Se estivesse vivo, Eric Hobsbawn bem que poderia escrever "A ERA DAS MESMICES", para retratar o fim da criatividade nas artes.
A fórmula utilizada para resolver a equação proposta neste filme, caro leitor, você já a viu incontáveis vezes. Com leves, quase imperceptíveis alterações.
Como forma de atrair o público coloca-se como casal central dois nomes conhecidos. No caso, James Franco e Kate Hudson.
Norte-americanos que procuram a Inglaterra para trabalho, já que Tom (James Franco) não teve êxito como arquiteto em Chicago, enquanto Anna (Kate Hudson) deseja superar um aborto espontâneo.
A idéia de dar a volta por cima cai por terra.
A crise financeira pode ser sentida dos dois lados do Atlântico.
O despejo do apartamento onde moram bate à porta, as dívidas se acumulam.
Como por encanto Tom descobre no apartamento de seu vizinho morto a bagatela de 220.000 euros.
O dinheiro envolve o narcotráfico.
Heroína líquida, para ser mais preciso.
O dilema ético surge: entregar o dinheiro para a polícia, representada pelo detetive Halden (o sempre ótimo, Tom Wilkinson) ou pagar as dívidas e se esbaldar com esta soma considerável.
É óbvio que a segunda opção é a mais atraente, mas sair gastando o dinheiro de cara não seria a opção nem de um "bad guy" de quinta categoria.
Os meliantes e o narcotraficante interpretado por Omar Sy (o mesmo do filme francês, "OS INTOCÁVEIS") vão atrás do dinheiro.
Uma sucessão de mortes e ressuscitações desfilarão diante dos seus olhos, incrédulo leitor, até que tudo alcance o seu devido lugar.
Adivinhe quem passa por maior risco ao assistir este filme?
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