por Chico Marques
Para quem não lembra, ou não tem idade para lembrar, Fábio Jr. surgiu na cena musical no início dos Anos 70, gravando em Inglês com o nome fantasia Mark Davis e emplacando vários sucessos em trilhas de novelas da TV Globo, com "Don't Let me Cry". Mas, antes disso, ele foi ator mirim na TV Bandeirantes, participando de vários teleteatros na emissora
Foi só por volta de 1975 que ele decidiu assumir o nome Fábio Jr num programa na TV Tupi que seguia os moldes do velho Programa da Jovem Guarda, sempre à frente de uma grande banda comandada pelo superguitarrista argentino Tony Osanah e ao lado do cantor e compositor metido a engraçadinho Sílvio Brito. O nome do programa era "Hallelluyah!", e durou uma única temporada.
Desnecessário dizer que, na medida em que Sílvio nunca teve o menor sex-appeal, e Fábio sempre teve sex-appeal de sobra, ele rapidamente ganhou o público feminino e dominou o programa -- e a partir daí, sua carreira musical começou a deslanchar.
Toda essa exposição chamou a atenção da TV Globo, que decidiu contratá-lo assim que seu contrato com a Tupi acabou, mesmo sem saber ao certo o que oferecer a ele. Fábio estreou na novela "Nina" em 1977. Daí para o sucesso estrondoso um ano mais tarde no seriado pop "Ciranda Cirandinha" -- escrito pelo poeta Paulo Mendes Campos, dirigido por Daniel Filho e exibido nas noites de sexta na TV Globo, com Lucélia Santos, Denise Bandeira e Jorge Fernando no elenco -- foi só um pulinho.
O episódio de "Ciranda Cirandinha" em que o personagem de Fábio descobre que sua namorada Lucélia Santos está grávida, e canta em primeira mão a canção "Pai", é, sem sombra de dúvidas, um dos momentos mais marcantes da TV brasileira na década de 70.
E o resto é história.
Quarenta e cinco anos de história, por baixo.
Não é pouca coisa.
Merece respeito.
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