Wednesday, September 30, 2015

DE VOLTA AO ESPAÇO, RIDLEY SCOTT ESTÁ EM CASA NOVAMENTE. E EM EXCELENTE FORMA.

de Renato Hermsdorff 
para Adoro Cinema


Se você, saudoso fã de "Blade Runner, o Caçador de Andróides", vivia cabisbaixo porque há tempos Ridley Scott não entregava um bom trabalho, seus problemas acabaram! 

Com "Perdido em Marte", o diretor de "Alien, o 8º Passageiro" volta à melhor forma em termos de entretenimento.

Baseado no romance homônimo do escrito Andy Weir, o blockbuster começa no Planeta Vermelho, onde uma equipe de astronautas norte-americanos, chefiada por Melissa Lewis (Jessica Chastain), realiza um trabalho de campo. Até que uma tempestade repentina interrompe as pesquisas e eles têm de voltar imediatamente para a base.


Atingido por uma antena, o botânico Mark Watney (Matt Damon) é dado como morto e deixado para trás. Porém, sobrevive. E, até que o resgate chegue, vai demorar um intervalo de quatro anos, e ele tem que dar um jeito de se virar sozinho até lá.

Sem o tour de force de "Gravidade" (2013) ou o papo-cabeça de "Interestelar" (2014), "Perdido em Marte" é bem mais palpável.

Abandonado, o personagem precisa realizar uma dezena de cálculos, analisar dados e, sim, plantar a própria comida. E todo o aspecto técnico da empreitada é apresentado ao público de forma compreensível, traduzida da obra original pelo roteiro simples e, na medida do possível, conciso, de Drew Goddard (de "Lost" e "Guerra Mundial Z").


Ao mesmo tempo em que Watney tenta estabelecer contato com a Terra, desenvolve um diálogo com as câmeras da nave (ou seja, com o público), numa espécie de diário, que é calcado em excelentes tiradas e muito bom-humor. (Sobra até para Neil Armstrong, o primeiro homem a pousar na lua). É um recurso narrativo fácil? Certamente. Mas que resulta na construção de um perfil bem claro (e divertido) do personagem, sobretudo baseado no otimismo e, paradoxalmente, na auto-depreciação.

Na Terra, caberá à NASA (onde trabalham os personagens de Chiwetel Ejiofor, Sean Bean, Kristen Wiig, entre outros), primeiro, anunciar a tragédia da morte do tripulante da missão, para depois ter que voltar atrás e o processo de resgate ganhar uma dimensão interplanetária, com transmissão ao vivo para o mundo inteiro – o que não deixa de ser uma crítica à espetacularização da mídia hoje em dia.

Assim, restará à equipe original de Mark – composta ainda pelos personagens de Michael Peña, Kate Mara, Sebastian Stan e Aksel Hennie –, no espaço em outra missão, a possibilidade de reparar o “erro” acidental, o que suscita um dilema moral do time, uma vez que o resgate é arriscado.


Embora previsível, a história transcorre o mais realista possível. Sim, em um dado momento, a agência equivalente da NASA na China se oferece para ajudar – afinal, o mercado chinês é importante para Hollywood. Mas não há nem sequer um vilão (seria o personagem de Jeff Daniels, diretor da NASA, mas não é bem assim) para embaralhar o salvamento.

Mesmo intuindo onde a história vai parar, a aventura é conduzida de maneira a que não sobre uma unha intacta do espectador na poltrona. E a fotografia ainda entrega uma sucessão de lindas imagens para o deleite da plateia. De volta ao espaço, Ridley Scott está em casa. 

("Prometheus" não conta)



PERDIDO EM MARTE
(The Martian, 2015, 141 minutos)

Direção
Ridley Scott

Roteiro
Drew Goddard

Elenco
Matt Damon
Jessica Chastain
Jeff Daniels
Chiwetel Ejiofor
Sean Bean
Kristen Wiig

em cartaz nas Redes Roxy, Cinemark e Cinespaço




BLOGUEIROS PROGRESSISTAS TREMEM COM PITI DE DILMA BOLADA E TEMEM CALOTE DO PT



Disse aqui nesta coluna algumas semanas atrás que os ratos estavam começando a abandonar o barco que está prestes a afundar, e afirmei categoricamente que os "blogueiros progressistas" -- esses outrora bravos escudeiros do Governo Populista da República Sindicalista do Brasil, presidida por Dilma Rousseff -- dariam início à debandada assim que seus contracheques começassem a não mais pousar em suas contas.

Dito e feito.

Dilma Bolada, o clone pretensamente engraçadinho "criada" pelo publicitário Jeferson Monteiro para apoiar a Presidenta, agora passa a fazer oposição a ela.


Seu criador usou o Twitter e o Facebook nesta quarta feira para anunciar que a partir de hoje não apoia mais sua clone menos engraçada Dilma Rousseff. 

Recém-dispensado pela Agência de Publicidade Pepper Interativa, ligada ao PT, onde recebia 20 mil reais mensais para dar suporte à Presidenta nas redes sociais, Jeferson Monteiro desabafou: "Dilma não precisa mais de meu apoio. Afinal, para ela, só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que ela se mantenha lá onde está. Trocou o Governo pelo cargo. Não é o Governo que eu e mais de 54 milhões de brasileiros elegemos”. 

Para piorar, Jeferson afirmou sentir-se traído por Dilma, e saiu cantarolando um velho sambinha de Beth Carvalho: “Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”.


 Essa confusão toda começou nesta quarta-feira pela manhã, logo após a divulgação de uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, que revela que apenas 1 em cada 10 brasileiros aprova o governo petista.

“Não consigo acreditar como meu Governo ainda tem 10% de ótimo ou bom. Tem alguma coisa de errado aí”, disse Dilma Bolada no Twitter.

Imediatamente, gerou um alvoroço entre o séquito petista, que saiu tentando apagar o fogo alegando que o perfil de Dilma Bolada havia sido hackeado.

Mas a resposta de Dilma Bolada veio logo a seguir: “Amor, eu não mudei de lado. Quem mudou de lado foi a minha outra EU, também conhecida como Rousseff. Bjs.”

E logo a seguir, Dilma Bolada ligou o ventilador e saiu disparando contra quem até agora defendeu bravamente.


Na verdade, a questão que cerca esse episódio é bem mais tivial, e nada nada nada ideológica.

A Agência Pepper Interativa que mencionamos há pouco é alvo de investigação na Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que aponta a existência de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

No início deste mês, foi amplamente noticiado pela Imprensa que a Agência que pagava Jeferson Monteiro pelo seu "apoio" anunciou que não iria renovar contrato com o publicitário.



Se ilude, no entanto, quem pensa ser este um caso isolado entre os apoiadores profissionais de Dilma Rousseff.

Vários outros já começam a sentir os efeitos da crise econômica e do provável desemprego no setor ao longo do período de vacas magras que teremos pela frente.

Segundo fontes bem informadas, vários jornais já começam a receber currículos de "blogueiros profissionais" interessados em vagas ainda não-preenchidas por "profissionais de custo reduzido" depois das últimas visitas do Passaralho às redações.

Sabemos também que gerentes de bancos que cuidam de contas de "blogueiros progressistas" já começam a rever -- para baixo, bem baixo -- os limites de cheque especial e de cartões de crédito deles, tenmerosos que o Governo não faça os devidos repasses às contas desses "blogueiros progressistas" nos próximos meses -- o que é mais que provável que aconteça -- e toda essa "categoria profissional" quebre, dando um belo calote no sistema bancário.

Para piorar mais ainda, o Sindicato dos Jornalistas, que em princípio deveria defender a categoria dos "blogueiros progressistas", não declara nada oficialmente. Mas, nas internas, dá a entender que quer mais que eles se danem, pois nunca recompensaram o Sindicato na mesma medida em que foram beneficiados por repasses financeiros decorrentes de sua associação com o PT no Governo Federal.


Com 1,6 milhão de seguidores no Facebook e 457 mil no Twitter, o personagem Dilma Bolada fazia uma "sátira" favorável a Dilma Rousseff, enquanto criticava seus adversários. 

Em sua biografia -- sim, ela tem uma! --, Dilma Bolada se define como "A Rainha da Nação, a Diva do Povo, a Soberana das Américas, sou linda, sou diva, sou Presidenta. SOU DILMA!".

Depois do piti desta quarta, tudo que era doce se acabou entre as duas Dilmas.

Francamente, só faltou Dilma Bolada fazer um número Luís XV e disparar a frase: "depois de mim, o dilúvio".

Eu, que sempre quis ser blogueiro progressista e nunca fui convidado para fazer parte da curriola, me solidarizo aqui com Jeferson "Dilma Bolada" Monteiro.

A luta continua.



A CURIOSA RELEITURA DE NEVILLE DE ALMEIDA PARA "NAVALHA NA CARNE" (Pagu Quinta 19hs)

por Chico Marques


Neville de Almeida e Plínio Marcos possuem muito em comum. Ambos são fascinados pelo submundo da alma. Ambos transitam por um universo temático onde os instintos básicos de seus personagens dão as cartas o tempo todo. E ambos apostam em obras que são sempre audaciosas em suas propostas, mas que resultam em produtos finais constantemente dominados pela auto-indulgência. 

A idéia de Neville era contrapor a aridez do texto original de "Navalha na Carne", de Plinio Marcos -- que já havia sido filmado em 1969 de forma extremamente intensa e neo-realista por Braz Chediak, com Anecy Rocha, Jece Valadão e Emiliano Queiroz no elenco -- a uma espécie de musical. 

Ou seja: quebrar com o tom amargo da peça original ao acrescentar externas da noite da Zona Boêmia do Rio -- entre a Praça Mauá, a Lapa, o Leme e o Lido -- em clips musicais com números de grandes artistas. 

O resultado é bonito, mas não é uma unanimidade. 

Há quem prefira os 27 minutos de cenas de rua em preto e branco no centro do Rio, sem diálogos de espécie alguma, da versão original de Chediak. 


Quando começam as cenas de interiores, a alegria das ruas cede a vez para a claustrofobia cruel dos personagens de Plínio Marcos. 

Vera Fischer faz Neusa Suely, a prostituta decadente que não consegue lidar com a chegada da idade, com o desprezo de seu cafetão e objeto de desejo, Vado (interpretado pelo ator cubano Jorge Perugorria, de ''Morango e Chocolate''), e com a inveja da bichinha maldosa Veludo (interpretada brilhantemente por Carlos Loeffler).


Vera domina o filme, obviamente. 

Ela tem coragem, é louca de pedra, e é também uma mulher admirável. 

Sempre quis fazer Neusa Suely no teatro ou no cinema, a ponto de topar ser co-produtora do filme. 

E apesar de não ter nem metade da envergadura de Anecy Rocha como atriz, ela consegue fazer uma Neusa Suely mais ambígua e menos realista. 

Da mente dela brotam tanto imagens delicadas com anseios e sonhos de felicidade quanto delírios visuais magníficos, que sempre envolvem questões bíblicas, revelando toda a educação católica da personagem.

  
Diante disso tudo, recomendo a quem acompanhou esse texto até aqui ver primeiro a versão de 1969 de "Navalha na Carne", de Braz Chediak. 

É um filme excepcional, e está disponível na íntegra na janelinha do YouTube logo abaixo. 

E então, só depois disso, assistam à releitura de Neville de Almeida que será exibida nesta quinta, dia 1 de Outubro, no Cineclube Pagu. 

Daí, tirem suas próprias conclusões.


NAVALHA NA CARNE
(1997, 118 minutos)

Direção e Roteiro
Neville de Almeida

Música
Almir Chediak

Elenco
Vera Fischer
Jorge Perugorria
Carlos Loeffler



Quinta - 1 de Outubro - 19 horas
OFICINA CULTURAL PAGU
Rua Espírito Santo, 17 
quase esquina com Av. Ana Costa
Campo Grande, Santos SP
Telefone: (13) 3219-2036

Ao final da exibição,
 um breve debate com os curadores
 do Cineclube Pagu:
 Carlos Cirne e Marcelo Pestana









COMEÇA HOJE EM SANTOS E CUBATÃO A 4ª MOSTRA ECO FALANTE DE CINEMA AMBIENTAL


Filmes de diversas temáticas socioambientais serão exibidos nas cidades de Santos e Cubatão durante os meses de setembro e outubro. Em Santos, as sessões ocorrem de 30/09 a 10/10, no Sesc, no Museu da Imagem e do Som de Santos – MISS, no Cine Roxy, nas universidades Unisanta, Unisantos e Unimonte e na sede da Sociedade Melhoramentos do Morro Nova Cintra. Em Cubatão, os espaços que recebem a Mostra são o Cine Roxy Anilinas, a SOMECA (Sociedade de Melhoramentos dos Amigos do Jardim Casqueiro), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Campus Cubatão) e o SENAI, de 01/10 a 12/10. Este marca o terceiro ano de participação das cidades na Itinerância – só no ano passado, o público da região foi de mais de 9 mil pessoas.

A Itinerância 2015 da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é uma realização da Ecofalante e do Sesc-SP. Exibirá 18 filmes de diversas nacionalidades na região, em sessões gratuitas, debates e formação de professores. “A região da Baixada Santista é um dos grandes destaques da Itinerância Ecofalante. Tem sido o lugar em que mais se debatem os filmes, com interesse sempre crescente da população. E os diversos espaços de exibição, em locais variados nas cidades, expandem sua área de influência, atingindo mais pessoas”, declara Chico Guariba, diretor da Mostra.

SANTOS


Em Santos a Mostra abre no dia 30 de setembro, com o filme "ThuleTuvalu", um documentário suíço que acompanha a vida em dois opostos geográficos afetados pelo aquecimento global: Thule, na Groenlândia, por seus recordes de degelo, e Tuvalu, remota ilha-nação no Pacífico que é um dos primeiros países em vias de desaparecer como resultado da elevação do nível do mar. A exibição acontece no Cine Roxy, às 19h30, seguida de debate com Cesar Bargo Perez, coordenador do Departamento de Produção Audiovisual da Unisantos.


No dia 1º de outubro o debate é sobre o filme "A Lei da Água – O Novo Código Florestal", produção brasileira escolhida pelo público como melhor filme da 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. O longa esclarece as mudanças promovidas pelo novo Código Florestal, mostrando como a lei impacta diretamente a floresta e, consequentemente, a água, o ar, a fertilidade do solo, a produção de alimentos e a vida de cada cidadão. A sessão acontece no Sesc Santos, às 19h, e quem discute os filmes são estudantes de Engenharia Ambiental do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar da Unifesp da Baixada Santista.


Do mesmo diretor de "A Marcha dos Pinguins", Luc Jaquet, o filme "Era Uma Vez Uma Floresta" será exibido às 20h do dia 02/10, no MISS, seguido de debate com Paulo Salles Penteado Sampaio, de professor de botânica da Unisanta. O filme é uma experiência audiovisual única sobre as fases de ocupação vegetal de uma floresta tropical.


O debate na Sociedade Melhoramentos do Morro Nova Cintra acontece no domingo, dia 04/10, às 10h, com Carlos Henrique Nicolau, da Rede Cata Sampa de cooperativas e associações de catadores de material reciclável. Ele irá discutir com o público o filme "Efeito Reciclagem", que acompanha a vida de um carismático coletor de materiais recicláveis na cidade de São Paulo, incentivando a reflexão sobre a necessidade de reciclar não só materiais e produtos, mas também atitudes e ideias.

Este filme serviu de base para a formação de professores e pedagogos da rede pública de ensino de Santos e Cubatão, promovida pelo Sesc Santos, que aconteceu nos dias 22 e 23 de setembro. “Trabalhamos com o filme "Efeito Reciclagem" por ele ter uma temática que interessava tanto a rede estadual quanto a municipal de ensino. Ambas têm projetos nas escolas que abordam a questão dos resíduos sólidos, como hortas e compostagens”, explica Lilian Ronchi Oliveira, programadora do Sesc Santos.

“Essa primeira formação serviu para despertar nos professores a possibilidade de trabalhar esses temas de outras formas, saindo da sala de aula, utilizando filmes que provoquem reflexão, entre outras atividades”, completa Lilian. O objetivo é acompanhar, após essa experiência com o filme, a implementação de compostagens em cinco escolas de Santos.


Seguindo com a programação aberta ao público da Itinerância, será feita uma exibição do filme "A Tragédia do Lixo Eletrônico", que mostra a rota ilegal que movimenta 75% das 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico geradas por ano no mundo. Acontece às 19h30 do dia 06/10, na Unimonte, seguida de debate com Luis Roberto Guerreiro Lopes, professor da Unimonte, e Francisco Antônio Nogueira da Silva , coordenador do Centro de Reciclagem de Lixo Eletrônico da Fundação Settaport.


O filme "Malditas Barragens" explora a mudança na atitude dos cidadãos dos EUA, do orgulho das grandes barragens à crescente consciência de que nosso futuro está ligado à vida e à saúde de nossos rios. Será exibido na Unisantos, dia 07/10, às 19h30, mediado pelo professor Cesar Bargo Perez.


No dia 08/10, o Cine Roxy da Av. Ana Costa recebe uma sessão, às 19h30, do filme Favelas: "Cidades do Amanhã", uma viagem por Índia, Marrocos, EUA, França e Canadá, acompanhando intimamente a vida de moradores de habitações precárias, periféricas e de favelas, sob uma ótica sociológica. Cláudio Manetti, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unimonte, participará do debate que se segue.


No penúltimo dia de atividades, a Unisanta exibe o mexicano "H2Omx", que aborda a crise hídrica pelo caso da Cidade do México. Construída no meio de um lago, a cidade necessita trazer água de outros estados para seu abastecimento, e luta para salvar a si mesma com o crescimento de sua população, que já chega aos 22 milhões. A sessão acontece às 19h30 do dia 09/10, acompanhada de debate com Fábio Giordano, professor de ecologia na Unisanta.


Fechando a programação da Itinerância em Santos, o Sesc local exibe "O Veneno Está na Mesa 2", às 16h30 do sábado, dia 10/10. Depois do sucesso do primeiro filme, sobre o efeito prejudicial dos agrotóxicos na saúde das pessoas e do planeta, o documentário brasileiro de 2014 traz alternativas a esse modelo de produção de alimentos.

CUBATÃO


A Itinerância da 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental chega em Cubatão no dia 1º de Outubro, e fará cerca de 50 sessões até o dia 12. Dois debates acontecem na SOMECA, um na segunda-feira, 05/10, após exibição do filme "Favelas: Cidades do Amanhã", às 19h30, e um na quarta-feira, 07/10, também às 19h30, a partir das questões levantadas pelo filme "Trashed – Para Onde Vai o Nosso Lixo", que revela os perigos reais da poluição de resíduos para nossa saúde e saúde do planeta.

O final de semana dos dias 03 e 04 de outubro leva grandes destaques para o Cine Roxy Anilinas. Nas sessões da tarde, às 14h, serão exibidas as animações "Rango" e "Lorax", como parte do programa infantil exclusivo de Cubatão. Na sessão da noite de sábado, às 19h30, o público terá a chance de assistir o aclamado "O Sal da Terra", filme de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, indicado ao Oscar 2015, sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. No domingo, a sessão das 19h30 é dedicada ao longa "Era Uma Vez Uma Floresta".


Em comemoração ao mês das crianças, serão exibidos ainda os filmes "Wall-E", situado num futuro distante, em que um pequeno robô coletor de lixo embarca em uma jornada espacial que decidirá o futuro da humanidade; "Zarafa", sobre as aventuras de um menino africano e sua amiga girafa; e "Animais Unidos Jamais Serão Vencidos", no qual animais – muitos deles inimigos implacáveis – se unem para fazer as coisas voltarem ao normal depois que a construção de uma enorme barragem e um resort bloqueiam o abastecimento de água da planície em que vivem. As sessões infantis serão dubladas.


Produções brasileiras também marcam a Itinerância em Cubatão, com títulos como "A Lei da Água", "Efeito Reciclagem" e "O Veneno Está na Mesa 1". O filme "A Cidade É Uma Só" traz uma reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela da população do Distrito Federal sofre. Integram ainda os brasileiros vencedores da Competição Latina da Mostra Ecofalante, "Brasil S/A", escolhido pelo júri como melhor filme deste ano, e "Amazônia Desconhecida", escolhido pelo público na edição do ano passado.


Outros temas contemporâneos abordados pela Mostra em Cubatão são as mudanças climáticas, através do filme "ThuleTuvalu", e o consumo, pelo documentário "A Tragédia do Lixo Eletrônico".

ITINERÂNCIA ECOFALANTE

A Itinerância 2015 da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental acontece em outras 13 cidades de São Paulo: Americana, Santo André, São Caetano, Bauru, Catanduva, Itu, Presidente Prudente, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Sorocaba e Taubaté, em dias e horários variados ao longo do mês.

“Temos visto uma grande carência de informação que subsidie a educação socioambiental, principalmente no interior do estado, onde os espaços de cultura e reflexão são poucos. A Itinerância da Mostra em parceria com o Sesc SP leva essa oportunidade de reunião e debate – fundamental para que as pessoas tenham mais condições de exercer sua cidadania – para uma rede ampla de cidades, cumprindo sua missão de democratização do conhecimento”, define o Diretor da Mostra, Chico Guariba.

A Itinerância da 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é uma realização da ONG Ecofalante e do Sesc-SP, com patrocínio da Goodyear e apoio da White Martins, da Reciclo Pepsico, através do ProAC – Programa de Ação Cultural 2015. O projeto conta com apoio institucional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Le Monde Diplomatique Brasil, Instituto Envolverde, Catraca Livre, Rádio Eldorado, Rádio Estadão, Revista Piauí, Procam/USP, Instituto Akatu, Rede Nossa São Paulo, Instituto Polis e Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.


Tuesday, September 29, 2015

HOJE NO CINE ROXY GONZAGA 5, ÀS 20 HS, TEM "THE WALL" AO VIVO, COM ROGER WATERS.


Escrito e dirigido
 por Roger Waters e Sean Evans, 
THE WALL apresenta o show
 com o lendário músico do Pink Floyd,
 tocando e cantando os sucessos
 do álbum mais conhecido da banda,
 composto quase inteiramente por ele.





THE WALL ainda apresenta
 uma conversa exclusiva e inédita
 entre Roger Waters e Nick Mason,
 ambos ex-integrantes do Pink Floyd.






UM SÉCULO, GASTÃO (por José Luiz Tahan)


Isso de nos aproximarmos de clientes que viram amigos se repete – tanto quando se trabalha num botequim, num salão de barbeiro e até mesmo quando se é um terapeuta.

Numa livraria, ficamos conhecendo o gosto das pessoas para leitura, sabemos das suas crenças e manias, das devoções e preconceitos.

Quando eu tinha vinte e poucos anos me chamou atenção um cliente. Ele tinha dois óculos de grau, um no rosto, no lugar de sempre. O outro ficava pendurado na orelha, balançando como um trapezista sem rede. O homem deveria ter uns 80 anos. Suas leituras eram de cunho científico ou boa literatura. Nunca pedia sugestão.

Fiquei sabendo que era artista plástico e que mexia com café. Santos tem essa tradição de exportar o ouro verde. Numa tarde qualquer ele me convidou para uma visita a sua casa, mais precisamente a sua biblioteca. Saí da livraria e caminhamos juntos uns três quarteirões, sem pressa – a bengala dava a cadência.

A casa, um sobrado simples, com a fachada escondida por árvores e um jardim selvagem, dava um ar de esquecimento.

Gastão pediu para que eu me sentasse numa cadeira, de frente para a biblioteca. Voltou com muitos trabalhos artísticos, arte abstrata. Perguntou de qual eu havia gostado. Respondi que de todos. Ele me disse que quem gosta de tudo não conhece nada. Começou de novo a desfilar os trabalhos, eu tinha que me arriscar e falei pelos cotovelos.

Daí nos concentramos na biblioteca. Nunca tinha visto nada igual. Eram fileiras e fileiras de capas brancas. Gastão tinha um método de organizar seus livros, encapava todos com papel pautado, chamado almaço, lembra? Nas lombadas, duas informações: quando e onde tinha adquirido a obra. Se percorrêssemos toda a coleção na sua ordem, conheceríamos as suas ideologias e gostos ao longo da vida.



Gastão era um tanto recluso, não gostava de ir a eventos.

Era um bom amigo do maestro Gilberto Mendes, mas faltou ao lançamento de seu livro.

O único que me lembro de ele ter ido foi a tarde de autógrafos do cartunista Fernando Gonzales, criador do Níquel Náusea. Eles conversaram animadamente por uma meia hora.

Gastão sempre me perguntava como iam os negócios, e também me esculhambava por eu não desenhar, não praticar o desenho.

Perdi esse amigo especial três anos atrás. Ele se foi à beira dos 97 anos. Morreu em casa, com os filhos por perto, longe de invasões cirúrgicas e sofrimentos hospitalares. Agora, por esses dias, comemoraria 100 anos.

Os negócios estão melhorando, Gastão. 

E voltei a desenhar, meu amigo. 

Obrigado pela companhia, sinto sempre a sua falta.



José Luiz Tahan, 41, é livreiro e editor.

 Dono da Realejo Livros e Edições em Santos, SP,
 gosta de ser chamado de "livreiro",
 pois acha mais específico do que
 "empresário" ou "comerciante",
 ainda mais porque gosta de pensar o livro
 ao mesmo tempo como obra de arte e produto.

 Nas horas vagas, é um pai de família exemplar.

Já nas horas vagas de pai de família exemplar,
assume sua identidade (não muito) secreta
 como o blues-shouter Big Joe Tahan.


Monday, September 28, 2015

A INFLUÊNCIA DA SUPERLUA NA LIBIDO FEMININA NA SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA

por Manuel Mann


Demorou, mas finalmente os telespectadores brasileiros de classe média renderam-se às alegrias do incesto. 

Antes tarde que jamais! 

Afinal, o incesto tem sido, desde que o mundo era jovem, uma prática corriqueira entre pais e filhas -- ou pais e enteadas, mães e filhos, mães e enteados, ou todo mundo junto e salve-se quem puder -- nas classes mais baixas e menos favorecidas, tanto financeiramente quanto intelectualmente. 

Já não era sem tempo desta prática milenar tão comum na Roma Antiga e na Grécia Antiga ser dissiminada sem culpas pela alta burguesia paulistana e pela nova (e já falida) classe média brasileira.


Graças ao sucesso estrondoso da novela "Verdades Secretas" da TV Globo, todo o Brasil mobilizou-se com as desventuras sexuais de Alex (Rodrigo Lombardi), um rico e prepotente empresário paulistano, aparentemente fugido de um filme de Walter Hugo Khoury, que pulou de cama em cama aos longo dos 64 capítulos da novela, atuando como uma espécie de "pinga amor" com a professorinha desmiolada e suburbana Carolina (Drica Meraes) e sua bela filha, a estudante e eventual garota de programa Angel (Camila Queiroz), por quem apaixonou-se obsessivamente.



Alex é um personagem absolutamente unidimensional e inverossímil, além de careta ao extremo. Sua babaquice e sua inexpressividade são tamanhas que ele nem faz por merecer o status de personagem trágico. Falta-lhe estofo existencial para comportar qualquer modalidade de tragicidade. 

E, diga-se de passagem, é absoluta perda de tempo tentar estabelecer qualquer relação entre seu personagem insosso e criaturas absolutamente amorais e subversivas da teledramaturgia moderna, como o personagem de Terence Stamp no clássico "Teorema" (1968) de Pier Paolo Pasolini.



Verdade seja dita: se Alex fosse minimamente subversivo, e pensasse de forma prática, como 99% dos empresários pensa, jamais teria dado uma volta tão grande contraindo matrimônio com a mãe de seu objeto de desejo se não tivesse a intenção de tê-las simultaneamente na mesma cama. 

Uma atitude dessas é digna de uma mente confusa, como a de Humbert Humbert, aquele professor atrapalhado que se apaixona por "Lolita" no romance de Vladimir Nabokov e casa-se com a mãe para poder relacionar-se com a filha sob o mesmo teto.

Um empresário teria proposto a mãe e filha um ménage à trois sem casamentos ou contratos de espécie alguma, apenas com alguns cartões de crédito para bancar a situação enquanto ela fosse de seu interesse. 

Walcyr Carrasco, definitivamente, não entende nada dessas coisas....



Quem já teve a oportunidade de ouro de participar de uma brincadeira sexual com mãe e filha na cama ao mesmo tempo, provou do vinho do Santo Graal. E pode morrer feliz, certo de que nem no topo do Everest ou nas profundezas do Pacífico existe sensação remotamente semelhante a essa.

Posso considerar-me um felizardo, além de um highlander sexual. Experimentei jogos sexuais e até aventuras amorosas com mães e filhas nada menos que quatro vezes vezes em meus 55 anos de vida. A última delas ocorreu justamente nesse último final de semana, enquanto ia ao ar o capítulo final de "Verdades Secretas", e foi especialíssima.

A história começa assim: adquiri nas bilheterias do SESC-Santos 3 ingressos para assistir no último dia 25, no Teatro Paulo Autran do SESC-Pinheiros, em São Paulo, uma apresentação do Eumir Deodato Quintet. Um dos ingressos era para mim. Os outros dois para Mariluce e Marilice, minhas deliciosas assistentes, que se entusiasmaram com o showa princípio, apesar de não fazerem a menor idéia de quem é Deodato, pois são jovens demais para isso. Tudo bem: eu estou sempre disposto a preencher qualquer lacuna -- inclusive cultural -- que minhas duas lourinhas queridas possam ter. 




Deodato, para quem não sabe, comandava um grupo de bossa-pop excelente nos Anos 60: Os Catedráticos. 

A sorte começou a sorrir para ele quando o convidaram para cuidar dos arranjos e da regência do segundo LP da dupla Frank Sinatra e Tom Jobim para a Reprise Records. 

Deste ponto em diante, passou a receber propostas de trabalho frequentes, sempre por indicação de seus amigos Tom Jobim e Sérgio Mendes. 

Um belo dia, já com residência fixa nos Estados Unidos, foi apresentado ao produtor Creed Taylor, dono da CTI Records. Resultado: acabou contratado. E estreou em 1972 com "Prelude", um LP que trazia uma curiosíssima releitura funky de "Also Sprach Zarathustra" de Richard Strauss, e... bem, o resto é uma história de sucesso impressionante

Hoje, aos 73 anos de idade, Eumir Deodato ainda trabalha como produtor e arranjador em seu próprio estúdio em Nova York, e segue circulando com seu quinteto pelo circuito de festivais da Europa e Japão, retornando ao Brasil pelo menos duas vezes por ano a trabalho e também para rever familiares.



Mas voltando a Mariluce e Marilice, senti as duas um tanto quanto encabuladas comigo na quinta à noite.

Então, tomaram coragem e disseram que haviam sido convidadas de última hora para um casamento em Ilhabela. Era o casamento de uma desconhecida, promovido por uma amiga dos tempos de escola -- as duas estudaram no prestigioso Colégio São José, administrado por freiras -- com quem as duas estavam a cogitar virar sócias numa empresa de Festas de Casamento.

Mariluce e e Marilice precisavam viajar para Ilhabela ainda na sexta à noite, pois tinham cabelereiro marcado por lá no sábado pela manhã, e não sabiam como me dizer isso. Acharam que eu iria ficar desapontado com elas.

Confesso que fiquei um pouco triste. Mas sorri, dei um beijo em cada uma delas, desejei boa viagem e boa sorte para elasas duas, e tentei disfarçar meu desconforto com a idéia de ter que subir a serra sozinho, sem minhas companheiras habituais.



Peguei meu carro e dirigi do meu prédio em Santos rumo ao SESC-Pnheiros. Ao chegar lá, fiquei algum tempo na entrada do Teatro Paulo Autran para presentear algum felizardo ou felizarda com os dois ingressos das meninas. 

Foi quando três mulheres extremamente interessantes surgiram diante de mim: duas delas na faixa dos 40 anos de idade, e uma mais jovem, com pouco mais de 20. Olhavam para os lados na esperança de algum cambista estar agindo na área, mas não havia nenhum. 

Aproximei-me delas e perguntei se necessitavam de ingressos. Disseram que sim. Então, ofereci os dois que trazia comigo. Lamentei não ter um terceiro para ceder a elas. Foi quando uma delas disse que, na verdade, precisavam de apenas dois, um elas já tinham há semanas. 

Propus então que ficassem com meus três ingressos sequenciais, para sentarem uma ao lado da outra, e me entregassem o ingresso que elas tinham. Mas então, para a surpresa de todos nós, a numeração do ingresso delas vinha logo na sequência dos meus. Ou seja: iríamos sentar todos juntos. 

Sorri e disse a elas que, pelo visto, nosso encontro estava escrito nas estrelas, e me apresentei: "Sou Manuel Mann". Elas sorriram e se apresentaram também. A mais velha se chamava Adelaide. Sua irmã mais nova, Antonieta. E sua filha, Eugênia. Trocamos beijos. Disse a elas que estava encantado e jamais seria capaz de imaginar serem de suas gerações diferentes, pois pareciam todas irmãs. Elas adoraram meu galanteio. 



Depois de mais alguns galanteios, entramos no Teatro e seguimos em direção a nossas poltronas. Posicionei-me para que se sentassem primeiro, mas, para minha surpresa, Adelaide puxou-me minha mão e conduziu-me para sentar em uma poltrona entre ela e Antonieta. 

Gostei da pegada forte dela. Senti que teria uma noite interessante pela frente. Subira a Serra meio triste e incomodado de estar desacompanhado, e vejam só o que me acontece!



Enquanto Eumir Deodato fazia no palco um belíssimo panorama retrospectivo de sua longa carreira, eu, na platéia, era levado à loucura pelas mãos habilidosíssimas de Adelaide e Antonieta do início ao final do show. 

Enquanto uma delas circulava pela minha perna nas imediações de meu pinto -- mas sem jamais tocar nele --, a outra fazia um cafuné delicadíssimo. Depois trocavam os papéis. Num determinado momento, abracei os ombros das duas e, desse momento em diante, as carícias das duas começaram a ficar bem mais intensas. Nós três trocamos vários beijos durante o show, sempre com alguma discrição. Eugênia, a filha, observava tudo, e parecia divertir-se com a volúpia com que mamãe e titia tiravam-me do sério.

Quando o show terminou e as três levantaram das poltronas, pedi a elas um pouquinho de paciência até que as pessoas saíssem, pois o volume no meio de minhas pernas permanecia visível até demais. Elas riram, e deram-me o tempo que eu necessitava para me recompor. Na saída, ao passar por um bebedouro com água gelada, deixei que um pouco escorresse pelos meus pulsos. Nunca falha.

Já do lado de fora do Teatro, expliquei a elas que moro em Santos e subira a Serra apenas para ver o show.


Adelaide e Antonieta sorriram e contaram-me que passaram a maioria dos finais de semana de suas infâncias num apartamento na Avenida Conselheiro Nébias com a praia, e que almoçavam e jantavam sempre num restaurante chamado Cibus, que ficava no térreo do edifício e servia risotos deliciosos. 

Expliquei a elas que moro em Santos há apenas um ano, que sou nascido e criado em Lisboa, mas que conheço histórias gloriosas de amigos que frequentavam este restaurante, e hoje sentem muita falta dele.


Já que falávamos tão animadamente sobre risotos, seguimos para a Vinheria Percussi (Rua Cônego Eugênio Leite 523, Pinheiros, telefone (11)3088-4920) para provar o famoso risoto oriental da casa, que ganhou recentemente vários prêmios internacionais e matérias em vários jornais e revistas da cidade. Simplesmente inebriante. Bebemos três garrafas de vinho durante o jantar. 

Foi quando soube um pouco mais da vida das três. Adelaide e Antonieta são advogadas, e Eugênia começou a estudar Cinema na USP, mas desistiu do curso e agora faz Direito na PUC. Todas as três eram divorciadas, moravam juntas no casarão da família e estavam muito felizes assim.


Ao sairmos da Vinheria, Adelaide e Antonieta me deram voz de prisão. 

Disseram que eu estaria detido em São Paulo por todo o final de semana, e ordenaram que eu seguisse o carro delas. Obedeci sem questionar coisa alguma.

Começamos a circular pelo Alto de Pinheiros e, de repente, chegamos a uma casa enorme. Adelaide e Antonieta desceram do carro, abriram o portão, e me mandaram estacionar na garagem da casa. Eugênia, que dirigia o carro, sorriu para a mãe e a tia e disse: "Divirtam-se, meninas, que ainda está muito cedo para eu voltar para casa, hoje eu vou cair na noite". Me deu um beijo e perguntou: "Te vejo mais tarde, lisboense". Respondi com um sorriso meio idiota. Ela entendeu.



E lá estávamos nós, sozinhos numa casa enorme com um quase bosque no quintal e uma velha piscina meio escondida entre as árvores. Enquanto conversava com Adelaide à beira da piscina, surge Antonieta completamente nua com uma garrafa de vinho tinto em cada mão,e diz: "Nada de taças esta noite, Manuel, pois vamos beber essas garrafas e você também no gargalo". Ao olhar para Adelaide, vi que ela já estava quase nua também. Só eu ainda estava vestido. Pedi às duas que ajudassem-me a me livrar das roupas. Fui atendido prontamente. 

As bocas das duas alternavam-se entre meu pinto, minha boca e as garrafas de vinho. Ordenaram que eu deitasse em uma espriguiçadeira, e a seguir banharam-me com vinho e me lamberam todo. Depois, espalharam vinho por seus próprios corpos e vieram por cima de mim, oferecendo seus seios e suas bucetinhas para que eu lambesse. Antonieta sentou-se sobre meu rosto e deixou o vinho escorrer pelo seu ventre até sua bucetinha colada à minha boca, enquanto Adelaide cavalgava meu pinto com sua bucetinha surpreendentemente úmida para sua idade. Tudo isso com a Superlua a nos contemplar lá do alto, numa noite clara de início de Primavera em São Paulo.



Adelaide e Antonieta: duas belas mulheres, extremamente bem cuidadas, com corpos esculturais mantidos a duras penas em Academias e Tratamentos Estéticos. Para minha surpresa, apesar das duas irmãs aparentarem ter próteses de silicone implantadas em seus seios, um simples contato de minhas mãos indicava o contrário. Aqueles quatro lindos e fartos seios não só eram originais de fábrica como estavam em excelente estado de conservação.

Passamos a madrugada inteira a foder incansavelmente e a testar combinações a três sob aquele luar fabuloso à beira da piscina entre as árvores. Enquanto não estávamos ainda bêbados, tudo funcionou muito bem. Depois de bêbados, no entanto, nosso ménage á trois virou uma palhaçada, passamos a trepar de forma confusa e acabamos dormindo nas espriguiçadeiras, nus. 

Quando acordei, já estava a amanhecer. Dei um mergulho para acordar e me recompor, saí da água, fui até a cozinha preparar um café com torradas e voltei para acordar e servir o desejum para  Adelaide e Antonieta. 

As duas levantaram com vontade de ir ao banheiro. mas o banheiro estava não muito perto dalí. Daí eu, de joelhos, implorei para que fizessem xixi na grama entre as árvores, para que eu pudesse ver. Elas hesitaram um pouco, mas então fizeram tudo conforme eu pedi, sempre esboçando um sorriso bem peralta enquanto mijavam docemente. Pedi então que viessem até mim para que eu pudesse sentir o bouquet de suas bucetinhas depois do xixi abundante que largaram pela terra. Lambi delicadamente as bucetinhas das duas. Depois servi o café e as torradas para elas. Desnecessário dizer que meu pinto estava eretíssimo novamente, pronto para novas estrepolias.

 

Decidimos mudar de cenário e seguimos os três para dentro da casa e tomamos uma ducha prolongada juntos. 

Deixei as duas irmãs a se acariciarem sob a água corrente enquanto assistia ao espetáculo que elas proporcionavam. Impossível não ficar inebriado com aquela imagem. 

Sentei-me em uma poltrona para poder observá-las com o carinho e a atenção que mereciam. E então, assim que juntei-me a elas debaixo do chuveiro, qualquer resquício de bebedeira na noite anterior havia desaparecido por completo. 



Nos deitamos ainda molhados na cama enorme do quarto de Antonieta, cheio de espelhos por todo lado, e fui extremamente bem acolhido pelos corpos das duas irmãs.

Antonieta era mais impetuosa. 

Adelaide, mais delicada. Seu quarto era um pouco mais austero. Brincamos um pouco por lá também, logo a seguir.

Demos sequência a nossa brincadeira por mais uma hora, e não sosseguei enquanto não dei uma bela canseira nas duas. 



Ao final, Adelaide disse estar com vontade de comer um doce, e não havia nada doce na geladeira. 

Me ofereci para ir até a cozinha preparar um pavê para elas, e as convoquei como minhas assistentes. 

Elas adoraram a idéia. Vieram vestidas com dois aventais sobre seus corpos nus. Trouxeram um para mim também, mas disse a elas que preferia cozinhar nu, pois tenho tesão cozinhando, e qualquer peça de roupa sempre atrapalha.

Elas sentiram que eu não era fraco não. E lá fomos nós.


PAVÊ DE CHOCOLATE COM BISCOITO CHAMPAGNE

INGREDIENTES 
1 lata de leite condensado
5 colheres de sopa de chocolate em pó
2 colheres de sopa de manteiga
1 xícara de leite
200 gramas de biscoito champanhe
Chocolate granulado para decorar
200 gramas de creme de leite sem soro

Em uma panela média, coloco o leite condensado, o chocolate em pó e a manteiga e levo ao fogo médio, mexendo até dar o ponto de brigadeiro mole. 
Retiro do fogo e junto o creme de leite.
Umedeço os biscoitos champagne no leite e faço uma camada num refratário médio. 
Coloco uma camada de brigadeiro por cima, deixo assentar e aplico a seguir uma segunda camada de brigadeiro.
Levo à geladeira por 3 horas. 
Sirvo gelado, decorado com chocolate granulado e com biscoitos waffers em pé levemente entortados, imitando os prédios tortos da orla de Santos.


Enquanto o pavê descansava 3 horas na geladeira, aproveitamos a bela manhã de sábado que estava fazendo e fomos tomar um banho de sol nus à beira da piscina. 

Eu dormi na espriguiçadeira e sonhei que estava em gravidade zero numa nave espacial com uma roupa de astronauta hermeticamente fechada. Então, surgia Rachel Welch com aquele biquini amarelho de "Fathom" e Jane Fonda com aquela roupa de Barbarella com os seios cobertos por um soutien de plástico transparente, e as duas abriam meu traje de astronauta, colocavam meu pinto para fora e começavam a chupá-lo. 

Foi quando senti uma fraqueza enorme, decorrente da despressurização. Pressenti que iria morrer. Meu pinto permanecia ereto, entrando e saindo das bocas daquelas duas deusas do cinema, e então, quando estava prestes a morrer feliz, acordei com meu pinto novamente ereto.



Então, sou surpreendido por Eugênia, que acaba de chegar de sua noitada, olha para nós três completamente nus à beira da piscina, com garrafas de vinho vazias ao redor e resquícios do café da manhã, e diz: "Uau, pelo visto a noite de vocês foi bem melhor que a minha". 

Enquanto diz isso, tira a roupa, fica completamente nua na minha frente e mergulha na piscina. Nada de uma ponta a outra com muita rapidez, então pára e fica a olhar em minha direção por algum tempo. De repente, sai da água e vem em minha direção completamente molhada e determinada a me devorar. Deitar-se sobre meu corpo quente de sol, abraça meu pinto duro com suas duas coxas firmes enquanto dá pequenas mordidas no meu queixo. Sem mais nem menos, senta-se sobre meu pinto e começa a me cavalgar impiedosamente. Aguento firme para não gozar dentro dela, mas ela não está nem aí e goza abundantemente sobre mim, deixando toda a área ao redor do meu pinto completamente encharcada com sua deliciosa gosma genital. Confesso que nunca tinha visto uma bucetinha babar tanto assim. Ah, a Juventude....

 Assim que ela se desmanchou sobre mim depois de gozar três vezes, olho para o lado e vejo Adelaide e Antonieta rindo de nós dois. 

"Eu sabia que isso aqui ia acabar virando "Verdades Secretas", estava na cara...", disse Antonieta. 

Então, Adelaide lembrou: "A propósito, deixei gravando o último capítulo ontem à noite, vamos ver enquanto comemos alguma coisa?"



Em apenas 10 minutos, preparei um spaghetti alla putanesca para as três, com bastante parmegianno em lascas por cima, e servi enquanto elas assistiam nuas ao capítulo final da novela erótica da TV Globo.
 Ao final, servi o pavê. Elas o devoraram por completo, enquanto vibravam com as reviravoltas finais da trama. 

Adelaide olhou para mim e disse, imitando meu sotaque: "Lisboense, foste um achado. Ficas conosco até segunda, certo?". Disse a elas que sim, mas que iria embora segunda antes de amanhecer para recolher minhas duas Golden Retrievers que estavam hospedadas na casa de um amigo, e depois iria trabalhar.

Elas concordaram.




 Foi um final de semana divertidíssimo com as três, surpreendentemente leve. Famílias quase sempre carregam um peso meio desconfortável para quem está de fora. Não era o caso alí naquele núcleo de mãe, tia e filha lindas e taradas.

Confesso que fiquei encantado com Adelaide, particularmente. 

Mas se, para transar com ela novamente, eu tiver que levar as outras duas no mesmo pacote, confesso que não ficarei nem um pouco triste, e nem hesitarei um minuto sequer.



Assim que chego a Santos segunda bem cedo pela manhã, já com as cachorrinhas comigo, encontro Mariluce e Marilice ainda a dormir.

Deito-me nu entre as duas e descanso duas horinhas antes de sair para trabalhar. Elas dão as boas-vindas ainda adormecidas e me abraçam com seus braços e pernas. 

Pergunto se deu tudo certo com a sócia em Ilhabela. Marilice diz que não quer falar disso. Marilucce diz "acabou". Percebo que alguma coisa deu muito errado por lá, mas não pergunto mais nada. Se elas quiserem contar mais tarde o que aconteceu, serei todo ouvidos. Da mainha parte, vou contar a elas o que me aconteceu. Elas adoram os relatos de minhas puladas de cerca. 

Confesso que fiquei muito feliz em saber que nada mudar na nossa rotina, e que não iria perdê-las. Gosto muito de tê-las por aqui. 

Tanto que, assim que acordaram, cliquei algumas fotos delas, para repartir com meus leitores um pouco do bem estar que minhas duas lourinhas me proporcionam diariamente. 

E vamos em frente.











Manuel Mann é O CARA
e escreve sobre sua boa vida
 segunda sim, segunda não
em LEVA UM CASAQUINHO