Desinformação quase sempre e às vezes até mesmo ma fé têm provocado alguns equívocos na literatura de todos os tempos.
Durante algum tempo se disse que Shakespeare nunca existiu e que a obra a ele atribuída era na verdade de Francis Bacon.
Nunca houve um Homero, a Bíblia foi reescrita pelos apóstolos, Heródoto não foi um, mas vários historiadores.
Confusões que foram talvez esclarecidas mas outras acabam por ser aceitas como verdades.
Três equívocos recentes que estão quase se transformando em verdades, com a ajuda da internet.
Envolvem três poemas: um que não é de Brecht, outro que não é de Borges e um terceiro que não é de Garcia Marquez.
Alguns outros casos desfilam pomposos.
O certo é que o poema em prosa atribuído a García Márquez assemelha-se bastante no tema piegas e no estilo cafona a outro, também erradamente atribuído a Borges desde 1987: Instantes.
O escritor gaúcho Moacir Scliar sente-se parcialmente responsável por essa divulgação no Brasil, por ter encontrado o texto em Buenos Aires e publicado em português em Porto Alegre.
Mas fez questão de reproduzir a versão de Maria Kodama no jornal.
Só que isso até agora de pouco adiantou.
O texto continua circulando impresso ou na telinha do computador, como se fosse uma espécie de pecado literário borgiano.
ERRARE HUMANUM EST ?
Quantas informações passamos sem checar a veracidade?
Somos transmissores virais?
A ansiedade por querer mostrar conhecimento e atualização não vai além de condutores de erros inaceitáveis.
Meu respeito Silvana Guimarães.
Durante algum tempo se disse que Shakespeare nunca existiu e que a obra a ele atribuída era na verdade de Francis Bacon.
Nunca houve um Homero, a Bíblia foi reescrita pelos apóstolos, Heródoto não foi um, mas vários historiadores.
Confusões que foram talvez esclarecidas mas outras acabam por ser aceitas como verdades.
Três equívocos recentes que estão quase se transformando em verdades, com a ajuda da internet.
Envolvem três poemas: um que não é de Brecht, outro que não é de Borges e um terceiro que não é de Garcia Marquez.
Alguns outros casos desfilam pomposos.
O certo é que o poema em prosa atribuído a García Márquez assemelha-se bastante no tema piegas e no estilo cafona a outro, também erradamente atribuído a Borges desde 1987: Instantes.
O escritor gaúcho Moacir Scliar sente-se parcialmente responsável por essa divulgação no Brasil, por ter encontrado o texto em Buenos Aires e publicado em português em Porto Alegre.
Mas fez questão de reproduzir a versão de Maria Kodama no jornal.
Só que isso até agora de pouco adiantou.
O texto continua circulando impresso ou na telinha do computador, como se fosse uma espécie de pecado literário borgiano.
ERRARE HUMANUM EST ?
Quantas informações passamos sem checar a veracidade?
Somos transmissores virais?
A ansiedade por querer mostrar conhecimento e atualização não vai além de condutores de erros inaceitáveis.
Meu respeito Silvana Guimarães.
Reforçando o argumento, o fato de estar esquecida não significa que não seja uma autora importante.
Pois é Maurinho, Camus é de fato mais procurado, mas Sartre e Simone são igualmente importantes.
Leia "Os Mandarins".
A história se divide em dois eixos narrativos que focalizam ora o personagem Henri Perron, ora Anne Dubreuilh.
Quando Henri está na dianteira dos fatos, o narrador torna-se em 3ª pessoa onisciente.
Quando é Anne, ele se torna em 1ª pessoa.
Graças a isso, as partes narradas por fatos da vida de Henri terão mais ação e os momentos em que Anne assume a posição de contadora da história as reflexões darão o tom mais lírico ao romance.
O livro gira ao redor da vida dos heróis da Resistência, tornados em personagens literários.
Vários fatos da vida real são postos no romance, porém em alguns momentos têm um fim um tanto quanto diferenciado.
O mais significativo é o famoso conflito Camus-Sartre que no romance adquire um final feliz com uma bela reconciliação.
"Os Mandarins" é um livro de folego que nos obriga a girar páginas lentamente, diferente foi A Convidada onde Pierre, Françoise e a misteriosa Xavière, jovem provinciana que vai morar em Paris.
Nessa aproximação, os três desfilam uma relação sufocante no palco da boêmia intelectual no final dos anos 30.
"Os Mandarins" e "O Segundo Sexo" são dois portentos.
Ocorre que querer deslocar Simone como uma leitura de segundo escalão, negar a importância do "O Segundo Sexo" , "A Velhice" e até mesmo seu confessional "Morte Súbita" me assusta.
Nenhum argumento me demove, Mariac tentou e perdeu.
CAFÉ NA MANHÃ DE SEXTA E BOM DIA.
Carlos Eduardo "Brizolinha" Motta
é poeta e proprietário
da banca de livros usados
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