Episódio de Hoje: A Nudez e a Fotografia
Na metade do século 19, o surgimento da fotografia e das máquinas de impressão ajudou – e muito! – na disseminação da pornografia, tornando a produção em série mais barata.
Fotos de modelos nuas e livros ilustrados com cenas eróticas logo começaram a ser vendidos nas principais cidades do mundo.
A fim de evitar a prisão, os primeiros fotógrafos que se dedicaram ao nu trabalhavam no anonimato.
Um deles, o francês Félix-Jacques-Antoine Moulin, que viveu entre 1800 e 1868, chegou a ser processado e foi parar atrás das grades por causa de suas fotos – entre elas, o famoso retrato “Two Nudes Standing”, realizado em 1850.
Na metade do século 19, o surgimento da fotografia e das máquinas de impressão ajudou – e muito! – na disseminação da pornografia, tornando a produção em série mais barata.
Fotos de modelos nuas e livros ilustrados com cenas eróticas logo começaram a ser vendidos nas principais cidades do mundo.
A fim de evitar a prisão, os primeiros fotógrafos que se dedicaram ao nu trabalhavam no anonimato.
Um deles, o francês Félix-Jacques-Antoine Moulin, que viveu entre 1800 e 1868, chegou a ser processado e foi parar atrás das grades por causa de suas fotos – entre elas, o famoso retrato “Two Nudes Standing”, realizado em 1850.
No Brasil, a nova onda chegou por volta de 1870.
E fez tanto sucesso que no Rio de Janeiro daquela época já circulavam centenas de títulos com histórias e imagens eróticas.
Segundo Alessandra El Far, autora de “Páginas de Sensação”, livro que conta a trajetória da literatura pornô brasileira de 1870 até 1924, no final do século 19 metade dos 500 mil habitantes da cidade do Rio sabia ler.
“Muitos compravam livros eróticos importados”.
Os editores, ainda de acordo com El Far, perceberam o filão e lançaram autores nacionais.
Anônimos, esses precursores da pornografia nacional morreram sem o devido reconhecimento de suas indecências literárias, mas deixaram alguns títulos históricos: “Memórias do Frei Saturnino”, “Amar, Gozar, Morrer”, “As Sete Noites de Lucrecia”, entre outros.
Os livros que tratavam de sexo – os chamados “romances para homens” ou “romances de sensação” -– falavam em sua maioria de adultério, padres que abandonavam a batina, aventuras na zona do meretrício ou incesto.
E fez tanto sucesso que no Rio de Janeiro daquela época já circulavam centenas de títulos com histórias e imagens eróticas.
Segundo Alessandra El Far, autora de “Páginas de Sensação”, livro que conta a trajetória da literatura pornô brasileira de 1870 até 1924, no final do século 19 metade dos 500 mil habitantes da cidade do Rio sabia ler.
“Muitos compravam livros eróticos importados”.
Os editores, ainda de acordo com El Far, perceberam o filão e lançaram autores nacionais.
Anônimos, esses precursores da pornografia nacional morreram sem o devido reconhecimento de suas indecências literárias, mas deixaram alguns títulos históricos: “Memórias do Frei Saturnino”, “Amar, Gozar, Morrer”, “As Sete Noites de Lucrecia”, entre outros.
Os livros que tratavam de sexo – os chamados “romances para homens” ou “romances de sensação” -– falavam em sua maioria de adultério, padres que abandonavam a batina, aventuras na zona do meretrício ou incesto.
Já no século 20, a fotografia e os grandes avanços tecnológicos possibilitaram a criação de um milionário mercado editorial: o das revistas masculinas.
A mais famosa de todas é, sem dúvida, a “Playboy”.
Fundada por Hugh Marston Hefner, a primeira edição da revista, com Marilyn Monroe na capa, chegou às bancas dos Estados Unidos em dezembro de 1953, e vendeu 53.991 exemplares a 50 centavos de dólar cada.
E para quem acha que Hefner sempre foi um tarado, ledo engano.
Ele conta que até ler “Sexual Behavior in the Human Male”, pioneiro estudo do biólogo Alfred Kinsey sobre a sexualidade humana, era um sujeito introvertido e sexualmente retraído.
Segundo Hefner, a obra de Kinsey lhe abriu os olhos para a hipocrisia da América com relação ao sexo.
A mais famosa de todas é, sem dúvida, a “Playboy”.
Fundada por Hugh Marston Hefner, a primeira edição da revista, com Marilyn Monroe na capa, chegou às bancas dos Estados Unidos em dezembro de 1953, e vendeu 53.991 exemplares a 50 centavos de dólar cada.
E para quem acha que Hefner sempre foi um tarado, ledo engano.
Ele conta que até ler “Sexual Behavior in the Human Male”, pioneiro estudo do biólogo Alfred Kinsey sobre a sexualidade humana, era um sujeito introvertido e sexualmente retraído.
Segundo Hefner, a obra de Kinsey lhe abriu os olhos para a hipocrisia da América com relação ao sexo.
A “Playboy” chegou ao Brasil em 1975, por meio da Editora Abril.
Mas o título, naquela época, ainda era proibido de circular no país.
A Abril, então, lançou a publicação batizando-a de “Revista do Homem” e, posteriormente, apenas “Homem”.
Em seu miolo, a fórmula que transformou a revista em sucesso editorial: mulheres nuas, humor picante, entrevistas e alguns temas mais “sérios”.
Desde 1986, quando atingiu a marca de 485 mil exemplares vendidos, a “Playboy” brasileira só perde para a norte-americana.
O recorde de vendas da versão nacional aconteceu em dezembro de 1999, quando Joana Prado, no papel da personagem “Feiticeira”, fez história: a edição vendeu 1,2 milhão de exemplares.
Mas o título, naquela época, ainda era proibido de circular no país.
A Abril, então, lançou a publicação batizando-a de “Revista do Homem” e, posteriormente, apenas “Homem”.
Em seu miolo, a fórmula que transformou a revista em sucesso editorial: mulheres nuas, humor picante, entrevistas e alguns temas mais “sérios”.
Desde 1986, quando atingiu a marca de 485 mil exemplares vendidos, a “Playboy” brasileira só perde para a norte-americana.
O recorde de vendas da versão nacional aconteceu em dezembro de 1999, quando Joana Prado, no papel da personagem “Feiticeira”, fez história: a edição vendeu 1,2 milhão de exemplares.
Mas a “Playboy” não foi a primeira investida nacional no filão das revistas masculinas.
Em 1959, a Editora Delfa colocou nas bancas “Senhor”, misturando arte, cultura e assuntos de interesse do público masculino – ou seja, mulheres.
Não deu muito certo, e a revista foi extinta em 1963.
Voltou três anos depois, mas igualmente sem sucesso.
Em 1966, surge a “Fairplay”, da Editora Efecê.
No início, a publicação era dedicada a pin-ups e tinha como único objetivo “mostrar mulheres e pronto”.
Mas a partir da décima edição, a revista muda sua linha editorial, incluindo artigos assinados por gente como Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Manoel Bandeira e Nelson Rodrigues.
Dessa forma, ganha prestígio, e passa a publicar em suas páginas ensaios com atrizes em início de carreira.
Norma Bengell, Odete Lara, Darlene Glória e Leila Diniz debutaram na “Fairplay”.
Em 1959, a Editora Delfa colocou nas bancas “Senhor”, misturando arte, cultura e assuntos de interesse do público masculino – ou seja, mulheres.
Não deu muito certo, e a revista foi extinta em 1963.
Voltou três anos depois, mas igualmente sem sucesso.
Em 1966, surge a “Fairplay”, da Editora Efecê.
No início, a publicação era dedicada a pin-ups e tinha como único objetivo “mostrar mulheres e pronto”.
Mas a partir da décima edição, a revista muda sua linha editorial, incluindo artigos assinados por gente como Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Manoel Bandeira e Nelson Rodrigues.
Dessa forma, ganha prestígio, e passa a publicar em suas páginas ensaios com atrizes em início de carreira.
Norma Bengell, Odete Lara, Darlene Glória e Leila Diniz debutaram na “Fairplay”.
Outras duas publicações de sucesso foram lançadas na década de 1970: “Ele & Ela”, da Editora Bloch, e “Status”, da Editora Três.
Esta última é responsável pelo primeiro nu frontal feminino da história das revistas masculinas no Brasil.
A ousadia aconteceu em 1980 e resultou em recorde de vendas: em 48 horas, a revista sumiu das bancas, elevando sua tiragem de 170 mil para 420 mil exemplares.
Além dessas publicações (todas extintas, com exceção da “Playboy”), dezenas de outras – mais “apelativas” e assumidamente pornográficas – pipocaram nas bancas de jornal ao longo desses anos.
Atualmente, revistas como “VIP”, “UM” e “Sexy” – além da “Playboy” – mantêm a desgastada, mas ainda rentável, fórmula: ensaios com mulheres peladas em meio a uma série de seções com temas direcionados aos homens.
Nos últimos anos, o nu masculino também ganhou algum espaço nas bancas de jornal.
Dirigidas principalmente ao público gay, essas publicações ainda são marcadas pela má qualidade editorial e pelo “mau gosto” dos seus ensaios fotográficos.
Esta última é responsável pelo primeiro nu frontal feminino da história das revistas masculinas no Brasil.
A ousadia aconteceu em 1980 e resultou em recorde de vendas: em 48 horas, a revista sumiu das bancas, elevando sua tiragem de 170 mil para 420 mil exemplares.
Além dessas publicações (todas extintas, com exceção da “Playboy”), dezenas de outras – mais “apelativas” e assumidamente pornográficas – pipocaram nas bancas de jornal ao longo desses anos.
Atualmente, revistas como “VIP”, “UM” e “Sexy” – além da “Playboy” – mantêm a desgastada, mas ainda rentável, fórmula: ensaios com mulheres peladas em meio a uma série de seções com temas direcionados aos homens.
Nos últimos anos, o nu masculino também ganhou algum espaço nas bancas de jornal.
Dirigidas principalmente ao público gay, essas publicações ainda são marcadas pela má qualidade editorial e pelo “mau gosto” dos seus ensaios fotográficos.
E antes que eu me esqueça, aqui vai um lembrete: numa matéria sobre a história da pornografia não poderia deixar de registrar o nome de Carlos Zéfiro.
Não há garoto que não tenha se deliciado com os chamados “catecismos”, os famosos quadrinhos pornográficos publicados por Zéfiro no Brasil das décadas de 1950 e 1960.
Sem-vergonhice da melhor qualidade.
Não há garoto que não tenha se deliciado com os chamados “catecismos”, os famosos quadrinhos pornográficos publicados por Zéfiro no Brasil das décadas de 1950 e 1960.
Sem-vergonhice da melhor qualidade.
Odorico Azeitona pensa em sacanagem
24 horas por dia.
Por conta disso, decidiu começar a escrever
uma Breve História da Sacanagem
desde o início da Humanidade
até os dias de hoje.
Este é o segundo de sete artigos
sobre este assunto tão palpitante
e tão querido a todos nós.
Odorico escreve todas as semanas
em LEVA UM CASAQUINHO
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