Sexta passada, eu acordei estranho. Com uma sensação de culpa e ao mesmo tempo uma necessidade de me libertar dessa culpa, mesmo não sabendo do que se tratava.
Saí do quarto com a cara meio amassada de um sono mal dormido e quase atropelei a Marilda que saía do banheiro puxando um balde e um esfregão. Ao olhar nos seus olhos, percebi que ali poderia estar a minha culpa e, consequentemente, a chance de me redimir.
Imediatamente pensei em suas dificuldades, o filho doente, o marido desempregado… e resolvi ajudar. E saí logo disparando:
“Marilda, você está precisando de alguma coisa, uma ajuda?”
E ela disse:
“Como assim?”
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O Brain é um personagem virtual
que para muitos é de uma realidade espantosa.
O pessoal da agência de publicidade que recebe
semanalmente os seus textos datilografados (acreditem)
jura que nunca esteve frente
a frente com o articulista.
A ilustração que mostra o personagem é baseada
nos depoimentos do porteiro do prédio da agência
que o descreveu fisicamente para que
o ilustrador pudesse caracterizá-lo.
O porteiro diz que todo domingo
esse sujeito estranho, de gravata borboleta,
entrega o seu envelope com alguns textos.
São textos sobre publicidade e comunicação em geral,
mas sempre com teor crítico, irônico
e às vezes até um pouco petulante.
Foram esses traços de personalidade
que fizeram a agência dar o nome
de Brain ao nosso protagonista.
E criar um espaço para ele que se manifestasse
com suas opiniões polêmicas e comentários ácidos.
O Brain escreve toda quarta aqui no Leva um Casaquinho.
Isso se o porteiro do prédio não esquecer
de entregar o envelope lá em cima,
na agência.
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