Monday, July 10, 2017

CALLING DOCTOR LOVE: HIGIENE SENTIMENTAL PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E SUPIMPA (#41)



Caro Dr. Love:
Sou casado há 15 anos com uma mulher fogosa e estonteante, mas sinto que ao longo de todos esses anos acabei virando prisioneiro de uma rotina sexual vibrante demais que combinei com minha mulher em nossa noite de núpcias. Todos os dias ao sair saio do trabalho ligo para ela avisando quantos minutos devo levar até chegar em casa e ela já toma sua posição: fica de quatro sobre nossa cama com sua bucetinha e seu cuzinho escancaradamente abertos e piscando -- ela adora dedos e dildos nas preliminares --, além de abundantemente lubrificados -- KY é fundamental em qualquer relação entre pessoas de meia idade --, e quando eu entro em casa, tenho que entrar nela logo em seguida, ainda vestido -- ela enlouquece ao ser currada por um homem usando terno e gravata, não me perguntem porque. Até aí, tudo bem. O problema é também faz parte do nosso ritual uma trepada matinal diária, às vezes debaixo do chuveiro, outras vezes na varanda, nas escadarias do prédio onde moramos, ou até mesmo no salão de festas na cobertura. Convenhamos: tanta atividade sexual depois de 15 anos de casamento é algo no mínimo estranho, quase doentio. Não faz sentido sentir tanto tesão pela mesma mulher por tanto tempo assim. Para piorar, minha secretária está dando mole para mim, mas nem me atrevo a comê-la, pois se eu chegar com minha piroca meio jonja e descalibrada em casa, ela vai acabar percebendo que tem outra mulher na parada. O que eu faço, Dr. Love, para conseguir passar duas ou três semanas sem precisar fuder em nenhuma bucetinha ou nenhum cuzinho?
(Bimbo Rex, Santa Rita do Passa Quatro SP)
   
Caro Bimbo Rex:
Uns com tanto, outros com tão pouco, não é mesmo?
Se eu fosse você, promoveria uma revisão imediata
desse acordo que você firmou com sua mulher
na sua noite de núpcias.
Eliminaria as curras de fim de tarde
durante a semana de trabalho,
e manteria apenas as trepadas matinais,
menos sistemáticas e mais criativas.
As tradicionais curras de fim de tarde
passariam a acontecer sem aviso prévio,
em qualquer dia e a qualquer momento,
a partir de um telefonema dado 5 minutos antes.
Fica mais emocionante assim.
Com isso, sobra uma pequena reserva de vigor sexual
que você pode investir nas carnes rosadas
e provavelmente molhadinhas de sua secretária.
Diplomacia, meu caro, é a chave da felicidade sexual.
Boa fudelança e boa sorte.


Caro Dr. Love:
Tenho 40 anos, sou gostosa pra caralho, mas sempre me recusei terminantemente a depilar minha buceta para poder fazê-la caber naqueles biquinis reveladores demais. Acho essa moda de mulheres com bucetinhas de bebês, sem pentelho algum, simplesmente ridícula. Buceta sem pentelho, para mim, é como bacon sem couro, como filet mignon sem pele ou como picanha sem gordura. Ou seja: não faz o menor sentido para mim. Claro que essa minha postura radical já me custou muitos homens, que reclamam de engasgar com meus pentelhos depois de fazerem sexo oral em mim e não me procuram mais para foder. Pois que se fodam todos eles. Amo meus pentelhos. E amo homens bem peludos também, tipo Tony Ramos. O diabo é que homens jovens com essa característica estão cada vez mais raros. Vejo pela praia somente homens mais velhos bem peludos, e confesso que, aos 40 anos, estou meio cansada de homens maduros, prefiro pirocas jovens e intrépidas. Sentiu o meu drama, Dr. Love? Onde é que eu vou encontrar jovens peludos enquanto essa moda de homens depilados permanecer em voga?
(Júnia Mata Atlântica, Maricá RJ) 


Cara Júnia Mata Atlântica:
Fique tranquila, essa moda de tosa íntima
está dando seus últimos suspiros,
e não deve emplacar o fim do ano,
por conta das celebrações dos 50 Anos
do Verão do Amor de San Francisco, California,
quando pelos pubianos não só tinham vez
como eram charmosíssimos e fundamentais.
Enquanto o Sol e o Calor não chegam,
seja menos exigente e dê um pouco de canseira
a alguns uns franguinhos depenados dadivosos neste Inverno.
Garanto que é melhor do que nada.
Boa fudelança e boa sorte.


Caro Dr. Love:
Tenho uma pequena indústria no setor de metalurgia e produzo brinquedos, brindes e principalmente miniaturas em metal de carros famosos -- meu grande xodó desde a infância, quando colecionava carrinhos Matchbox. entre outras coisas. Sempre fui fascinado por carros e por mecânica, tanto que nos finais de semana minha diversão é entrar na garagem lá de casa e me dedicar a montar motores, consertar coisas da casa e confeccionar novos modelos de carros em escala maior -- sem contar que consegui encaixar uma carcaça de Simca Chambord sobre um chassis de Opala, fiz dele um conversível, e agora, sempre que posso, saio com ele por aí para dar uma volta. Um mês atrás, no estacionamento de um Outback aqui em Campinas, fui abordado por uma morena muito simpática que se declarou encantada com meu carro. Começamos a conversar e ela disse: "pelas marcas de graxa na sua mão e nas suas unhas, vejo que você gosta de mecânica... eu também adoro, mas às vezes não sai toda a sujeira... só não passo removedor para não estragar as eu unhas, prefiro deixar sair naturalmente com os banhos diários!", e me mostrou suas mãos com algumas manchas. Duas horas depois, lá estávamos nós dois sujos e lambuzados de óleo e graxa na minha garagem fudendo sem parar -- e desde então nossos finais de semana tem sido assim: da garagem de casa para a jacuzzi para a cama king-size para a piscina para as espreguiçadeiras e de volta para a garagem, sempre fudendo sem parar. Acho que encontrei a mulher da minha vida, Dr. Love? Estou tão apaixonado que nem me importei quando ela revelou ser transsexual. Só fiquei triste por não poder ter filhos com ela. Tenho medo de adotar. Tem muita mãe viciada em crack que abandona filhos sequelados para adoção. Não quero ter surpresas desse tipo.  
(Jonas Bones, Indaiatuba SP)

Caro Jonas Bones:
Entendo sua preocupação.
As sequelas do crack em crianças
são um problema cada vez maior
nas escolas públicas do Estado de São Paulo,
onde o crack parece ter proliferado mais
do que em outros cantos do país.
A quantidade de síndromes decorrentes
do uso de crack durante a gravidez é enorme,
e não param de surgir novas variantes delas.
Quer um conselho? Alugue uma criança.
É melhor, sai muito mais em conta,
e quando a criança crescer e chegar à adolescência
você simplesmente a devolve para a Central
e a troca por um criança novinha em folha.
Enquanto isso, vá curtindo a mulher da sua vida
sem se aborrecer com detalhes aborrecidos
como a dificuldade dela em engravidar.
Quem sabe daqui a alguns anos
a ciência não encontra uma maneira
de fazer com que transsexuais engravidem, não é mesmo?
Boa fudelança e boa sorte.




Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início de 2014.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como rapidamente se transformou
no conselheiro sexual menos ortodoxo
do lado de cá do Equador:
DOCTOR LOVE.


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