por Sérgio Prior
publicado originalmente em
O novo trabalho da dupla formada pela atriz Melissa McCarthy e o diretor Paul Feig investe na autoparódia da atriz de 1,56 m de altura e mais de 100 kg e na abordagem satírica dos filmes de espiões, aqui no caso, o agente 007.
A gordinha McCarthy foge do esteriótipo das modelos magras e longilíneas que dominam as telonas.
Aqui ela encarna Susan Cooper, uma funcionária burocráticas da agência de inteligência americana.
Desde as primeiras cenas somos informados que Susan é perdidamente apaixonada pelo agente Bradley (Jude Law, bem escalado, nada melhor que um inglês charmoso e belo para ocupar o lugar de um 007).
O sentimento não é recíproco.
Quando a vilã Raina (Rose Byrne) assassina Bradley e descobre a identidade dos principais agentes da CIA, o campo fica aberto para Susan sair da burocracia para as aventuras da vida de uma discípula de James Bond.
Paris é a primeira parada de Susan, que, a princípio, deveria apenas relatar o paradeiro das pessoas envolvidas na venda de uma ogiva nuclear para um mafioso checheno.
É claro que as trapalhadas vão acontecer.
Os melhores momentos ocorrem quando o agente Rick (Jason Statham), que deveria ficar longe das investigações, se imiscui nas investigações de Susan, e com seu lado megalomaníaco e marginal, proporciona bons momentos cômicos.
Há um excesso gratuito de escatologia, além de uma espécie de propaganda de agência de viagens, com filmagens em Paris, Roma e Budapeste.
A Hungria, destino final da trama, dá para entender, pois os custos das filmagens são muito menores nos países do leste europeu.
No todo, "A ESPIÃ QUE SABIA DE MENOS", faz valer o dinheiro gasto na bilheteria.
Se os excessos, inclusive de duração, fossem cortados, poderia um veículo melhor para o talento cômico de Melissa McCarthy.
A ESPIÃ QUE SABIA DE MENOS
Spy
(2015 - 121 minutos)
Roteiro e Direção
Paul Feig
Elenco
Melissa McCarthy
Jasin Statham
Jude Law
Rose Byrne
50 Cent
Em cartaz nas Redes Roxy e Cinemark
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