Uma das lembranças mais legais que guardo dos tempos em que morei em São Paulo, na segunda metade dos Anos 80, tem a ver com um pequeno restaurante chamado Longchamp, um reduto boêmio tradicional que ficava na Rive Droite da Rua Augusta, um pouco adiante do Cine Magestic, seguindo em direção à cidade, e que fechou as portas pouco antes da virada do Século XX para o Século XXI.
O Longchamp era, juntamente com o Bar Riviera (em frente ao Belas Artes, ainda ativo) e o Bar das Putas (ao lado do Cemitério da Consolação, mais ativo e próspero do que nunca), um ambiente que destoava drasticamente da introspecção cotidiana de São Paulo. Seus frequentadores eram desconhecidos que, estranhamente, conversavam entre si enquanto comiam e bebiam naquele grande balcão. Lembro de almoçar ou jantar sentado ao lado de gente como Caio Fernando Abreu, Sílvio Bianchi, Cristina Prochaska e Antonio Abujamra, todos falando pelos cotovelos. E sempre tinha 3 ou 4 pessoas no fundo do bar conversando animadamente e esperando algum banquinho vagar para poderem comer.
O motivo pelo qual bateu essa saudade do Longchamp é que almocei neste domingo na Cantina Babbo Américo, na Avenida Ana Costa, lugar que frequento há mais de 40 anos, desde os almoços de família quando era criança até os dias de hoje. É uma casa muito alegre, com proprietários simpáticos e falastrões, e uma infinidade de pessoas amigas nas mesas próximas, todos frequentadores contumazes.
O motivo pelo qual bateu essa saudade do Longchamp é que almocei neste domingo na Cantina Babbo Américo, na Avenida Ana Costa, lugar que frequento há mais de 40 anos, desde os almoços de família quando era criança até os dias de hoje. É uma casa muito alegre, com proprietários simpáticos e falastrões, e uma infinidade de pessoas amigas nas mesas próximas, todos frequentadores contumazes.
Eu, por muito tempo, me gabei de conhecer o cardápio da casa de cor e salteado. Nunca escondi o quanto amo aquela lasagna bolognese que eles preparam magnificamente bem por lá desde os Anos 70. Minha mulher, por sua vez, não gosta muito de molho bolognese, prefere a lasagna branca de ricota. Por conta disso, sempre que almoçamos por lá pedimos sempre pratos individuais, nunca a grande lasagna que é servida de forma imponente numa bela travessa.
Nesse domingo, no entanto, decidimos fugir da rotina e experimentar um ítem relativamente novo no cardápio, que nos foi recomendado pelo próprio Sr. Américo: a Lasagna Verde Mista, recheada com molho bolognese e coberta com molho branco.
Confesso que pouquíssimas vezes provei algo tão sublime e tão delicioso. Lembrei do saudoso Longchamp. E com isso, sem querer, estabeleci um link na minha memória gastronômica entre meu paladar afetivo infantil santista e meu paladar afetivo já adulto em São Paulo, e confesso que me senti um prazer enorme com essa experiência.
Quem ainda não visitou o Restaurante Babbo Americo desde que mudou de nome -- antes era Cantina Liliana, nome que segue sendo utilizado apenas nas pizzarias expresso que outros setores da família instalaram em Shopping Centers --, precisa visitar urgentemente, nem que seja para constatar que nada mudou, e aquele mesmo padrão de excelência de outras épocas permanece ativo e intacto.
E toda noite tem, claro, as pizzas da casa: finas, crocantes e absolutamente deliciosas, que harmonizam perfeitamente com a cerveja pilsen premium que leva o rótulo da casa, e é fabricada pela Cervejaria Magnum.
E toda noite tem, claro, as pizzas da casa: finas, crocantes e absolutamente deliciosas, que harmonizam perfeitamente com a cerveja pilsen premium que leva o rótulo da casa, e é fabricada pela Cervejaria Magnum.
Lembro da lazanha verde a Bolognese com creme de espinafre do LongChamp.
ReplyDeleteMaravilhosa!!!
Lembro da lazanha verde a Bolognese com creme de espinafre do LongChamp.
ReplyDeleteMaravilhosa!!!
muito legal também era o balcão em curva com aqueles banquinhos altos, o que facilitava esses papos com outros frequentadores, porque não havia divisão entre os clientes. ótimos os chopps, mas não me lembro quais eram os tira-gostos.
ReplyDeleteEu amava a sopa de aspargos, fazia uma camada de queijo ralado e ia recolocando conforme eu ia tomando a sopa, balcão em formato de ferradura, era demais de gostoso
ReplyDeleteSaudades de tudo do Longchamp, da feijoada às quartas e sábados, do filé à parmegiana com batatas fritas gorduchas, das massas maravilhosas, das pizzas, dos beirutes, do choppinho, tudo era muito especial!
ReplyDeleteSaudades principalmente do meu pai que era um dos sócios e faleceu em 1989, ano em que o Longchamp fechou as portas… saudades de tempos que não voltam mais…
desculpe, seu pai era o João? Fui muito lá, nos anos 1960 , e descobri que o João era dos Acores, de Sao Miguel, e eu também!!! Saudade!
DeleteTinha aqueles mini pães de queijo do couvert. Deliciosos. Mas o prato que eu sempre pedia no Longchamp era a truta. A mais perfeita que já comi na vida. Saudades...
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