por Sérgio Prior para
www.setimaarte.iron.com.br
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O filme que deu ao diretor chileno Pablo Larraín o Urso de Prata do Festival de Berlim aborda um tema que serviu de acusação contra a Igreja Católica: a padres pedófilos.
O roteiro ficcional de Guillermo Calderón e do próprio Larraín (aliás, toda a família participa de alguma forma da película) retrata um retiro que a Igreja Católica chilena mantém num lugarejo litorâneo chamado La Boca.
Nele vivem 4 padres que estão impedidos de exercer seu sacerdócio, além de uma mulher com "ares" beatíficos, mas que se revela o Maquiavel personificado em algumas situações da trama.
E cabe a ela gerenciar a casa cuja função é manter os padres (pedófilos ou envolvidos com situações ligadas ao regime militar chileno) isolado do mundo externo.
A ligação entre o esta "república" de padres em débito com a Igreja se dá através do cachorro de corrida, Rayo, que participa de competições na região.
A chegada de um novo padre para fazer parte desta comunidade muda por completo o panorama dentro do exílio.
O excelente roteiro somado a um grupo de atores de primeira linha torna "O CLUBE" num dos melhores filmes do ano.
Algumas cenas são perturbadoras como a descrição das relações sexuais do padre com um menino de sua paróquia.
O mal-estar invade o espectador.
Não estamos diante de um "feel good movie".
"O CLUBE" intriga e perturba como poucos exemplos no cinema recente.
O CLUBE
(El Club, 2015, 99 minutos)
Direção
Pablo Larraín
Roteiro
Pablo Larraín
Guillermo Calderón
Elenco
Alfredo Castro
Roberto Farías
Antonia Zegers
Jaime Vadell
Alejandro Goic
Alejandro Sieveking
Marcelo Alonso
José Soza
Francisco Reyes
em cartaz no CInespaço Miramar Shopping
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