Wednesday, January 20, 2016

MULHER PELADA: UM ARTIGO CADA VEZ MAIS RARO NO MERCADO EDITORIAL BRASILEIRO


Saudações a todos!

Estamos aqui novamente, começando o ano falando de nosso assunto favorito: 

Mulher Pelada.

O que será que leva as novas gerações a se desinteressarem tanto deste tema que move a Humanidade desde o Início dos Tempos?

É difícil dizer.

Não adianta colocar a culpa na Internet e na facilidade de acessar gratuitamente material erótico e(ou) pornográfico, pois a Internet vai ser sempre apenas parcialmente responsável pelo desinteresse das novas gerações por adoráveis bucetinhas, lépidas bundinhas e tetinhas que desafiam a gravidade.

Vi não muito tempo atrás o filho de 13 anos de idade de um amigo fazer um download perigoso de um site russo "daqueles" para obter ilegalmente uma série de joguinhos que ele queria. Pois bem: juntamente com o pacote com o joguinho, o site russo em questão enviou um monte de trojans e toneladas de pornografia. Pois o garoto eliminou os trojans um a um, ignorou solenemente aquele monte de gente fudendo em pop-ups intermináveis, salvou os joguinhos que ele queria numa pasta e jogou todo o resto na lata de lixo. Sem pestanejar.

Naquele momento, fiquei pensando: quem na minha geração, no explendor dos 13 anos de idade, teria coragem de jogar fora sem ver aquele pacote plus-size de sacanagem na web? Quem? Eu, aos 55 anos, não seria capaz disso. Imagine aos 13....

Pois boa parte da molecada não está nem aí para isso. É muito curioso!

Pamela Paul, jornalista americana colaboradora de Time, The Economist e do The New York Times Book Review escreveu um livro muito elucidativo sobre esse assunto, intitulado "Pornificados" (Editora Pensamento-Cultrix), que tenta desvendar como a pornografia está transformando a nossa vida, nossos relacionamentos e nossas famílias.

Segundo ela, está comprovado cientificamente que nossa sexualidade se forma na adolescência a partir de regras aprendidas na prática do convívio, mas criadas individualmente. Ou seja: somos sexualmente na vida adulta exatamente o que esboçamos na adolescência.

 Na medida em que nos dias de hoje as crianças despertam para a sexualidade cada vez mais cedo e são expostas a várias modalidades de pornografia na mais tenra idade, surge nas famílias e nos círculos sociais uma postura tácita, blasè e apática em relação ao que a Pornografia se tornou. E isso, segundo Pamela Paul, é o aspecto que mais assusta e revolta na Sociedade Pós-Moderna.

Mas há quem diga que o buraco não é tão lá embaixo.

Talvez o problema resida no fato que hoje as próprias starlets e candidatas e celebridades banalizaram demais o seu "produto", divulgando na web gratuitamente selfies com nudez total ou parcial -- às vezes até mesmo cenas de sexo gravadas -- para fins de auto-promoção.

Esses selfies viralizam, mas uma semana depois somem com a mesma rapidez com que surgiram. Sendo assim, faz sentido um editor de alguma revista masculina apostar em fotos de uma determinada modelo ou atriz, mantendo-a exposta nas bancas de revista a um custo alto para o desinteresse do público pelo interminável período de um mês?

Óbvio que não.

Pois é por essas e outras que tantas revistas masculinas -- como GQ, Maxim e FHM -- deixaram de colocar obrigatoriamente fotos de mulheres em suas capas: para que não sejam vistas exclusivamente como revistas de mulheres (meio) peladas.

Quem diria que os trajes de Lady Godiva iriam sair de moda um dia?


Em Outubro de 2015, circulou mensalmente pela última vez a Revista STATUS, da Editora 3.

A partir de agora, STATUS passa a ser uma publicação trimestral e todas as matérias serão escritas por colaboradores free-lance -- ou seja, não terá mais um grupo fixo de jornalistas para escrevê-la. 

De todas as revistas masculinas em circulação no Brasil, STATUS é a mais antiga. Só não é a mais longeva porque ficou sem circular por duas longas décadas 

Em sua primeira e gloriosa fase (1974-1989), editada por Daniel Más e com colaboradores contumazes como Telmo Martino e Paulo Francis, STATUS conseguiu atingir o sonho de toda publicação masculina até então: mesclar com perfeição a iconoclastia editorial de ESQUIRE com a (então) ousadia de PLAYBOY.

Foi relançada em 2011 totalmente repaginada, sob o comando de Nirlando Beirão, que atualizou o projeto original para os novos tempos, mantendo muitas de suas características originais. Fez um excelente trabalho.

Mas, infelizmente, a queda de receita publicitária começou a reduzir a tiragem, que começou a reduzir o número de integrantes da redação, até que a Editora 3, incapaz de brigar com títulos mensais concorrentes como GQ e VIP, jogou a toalha, o que foi uma pena.

Mas ao menos nessa nova condição trimestral, STATUS permanece viva.

O primeiro número nesse nova peridiocidade chega às bancas em breve. 


Em Dezembro de 2015, como todos estão carecas de saber, a Editora Abril desistiu de seguir publicando PLAYBOY, depois de avacalhar o projeto original da revista com uma sucessão de propostas editoriais equivocadas, sempre visando fazer dela um título de interesse geral -- e não uma publicação segmentada, como foi originalmente concebida por Hugh Hefner.

Deu no que deu.

Mas, como todos já sabem também, essa interrupção não pode ser considerada uma baixa, já que a publicação da revista será retomada em Março por uma nova editora paranaense associada diretamente ao grupo PLAYBOY nos EUA.

Pelo visto, só os gênios da Abril não sabiam que as espetaculares mulheres brasileiras são uma commodity valiosíssima, extremamente bem aceitas nas páginas das edições de PLAYBOY na Europa, no Oriente e até mesmo nos Estados Unidos e vizinhos hermanos.


 Se bem que, nas circunstâncias atuais, essa baixa aqui é disparado a mais preocupante de todas:

A popular revista semanal londrina ZOO, especializada em peitões siliconados (ou não), encerrou atividades agora em Dezembro.

Apesar de ter uma boa tiragem nas bancas, e um número nada desprezível de assinantes em sua edição eletrônica, a ZOO não suportou a queda na receita publicitária decorrente da perda de anunciantes para publicações masculinas com fotos menos ostensivas -- leia-se publicações masculinas com o selo de aprovação de associações de mulheres e homossexuais que tem o poder de influenciar departamentos de marketing de indústrias que produzem automóveis, eletrodomésticos, produtos de beleza, etc.

A ZOO entregou os pontos em sua edição de Dezembro de 2015, mas não sem antes fazer uma piada tipicamente inglesa sobre sua priopria morte (vide fotos abaixo).

Só nos resta saber agora que outras baixas 2016 nos reserva no meio editorial.

E torcer para que os anseios dessas bichinas e dondocas desocupadas que aplicam o selo de "misógino" em tudo que não é politicamente correto sejam devidamente enquadradas pela crise econômica, política e institucional que o Brasil terá que enfrentar ao longo deste ano.

Ô gente chata e mal-humorada!
  






Odorico Azeitona 
é o tipo de homem que lê PLAYBOY

Escreve toda semana
em LEVA UM CASAQUINHO



No comments:

Post a Comment