por Chico Marques
Muita gente
confunde Paz Vega com Penélope Cruz.
Faz sentido,
pois fisicamente as duas são realmente um pouco parecidas.
Ambas nasceram
na Espanha – Penélope em Madrid e Paz em Sevilha –, regulam a mesma idade e são
queridinhas de Pedro Almodóvar.
Mas as
semelhanças entre elas terminam aí.
Paz talvez
seja um pouco mais “encorpada” que Penélope, e talvez seja uma atriz um pouco
mais cerebral e menos instintiva do que ela.
O caso é que as
duas são motivo de orgulho para a Espanha, pois mesmo com suas carreiras
internacionais indo de vento em popa, elas insistem em continuar filmando em seu
país sempre que surge um convite que valha a pena em termos artísticos.
O pedigrée de Maria de La Paz Santos Trigo -- ou Paz Vega -- é quase um clichê sevilhano.
Seu pai foi
toureiro e sua mãe, dona de casa. Ela e sua irmã foram criadas num meio
católico fervoroso e foram treinadas para ser dançarinas de flamenco.
Mas Vega queria
mesmo é ser atriz, e não sossegou enquanto não enveredou pelo teatro, estreando
aos 16 anos numa montagem de “A Casa de Bermarda Alba”, de Frederico Garcia
Lorca.
Terminou seus
estudos formais no Centro Andaluz de Teatro, e logo a seguir resolveu estudar
Jornalismo.
Mas não
chegou a se formar, e já seguiu para Madrid para tentar a vida por lá.
Virou modelo.
E pouco
depois foi convidada para fazer parte do elenco das séries de TV “Menudo Es Mi
Padre”, “Mas Que Amigos” e “Companheiros”.
Paz Vega
estreou no cinema em 1999, na comédia romântica “Zapping”.
No mesmo ano,
fez um papel de destaque no filme “Sobreviveré”, de David Menkes, ao lado de Emma
Suárez, Juan Diego Botto e Boy George.
Em 2001, ela
ganhou se primeiro papel como protagonista em “Sexo & Lucia”, filme de Julio
Médem, que fez carreira internacional e a projetou em vários cantos do mundo.
No ano seguinte, ganhou projeção ainda maior com "Fale Com Ela", um dos filmes mais marcantes e originais de Pedro Almodóvar.
Daí para
frente, foi inevitável: começaram a chegar convites de trabalho em Hollywood, e ela encarou com
galhardia um por um.
Brilhou em ‘Spanglish”
(2004), bela comédia agridoce de James L Brooks, onde ela contracena com Adam
Sandler e Tea Leoni.
Um pouco
adiante, brilhou novamente na produção independente “Um Astro Em Minha Vida”,
dirigido por Brad Silberling, onde divide a cena com Morgan Freeman, e também na
aventura “Spirit”, ao lado de Gabriel Macht, Samuel L. Jackson e Scarlett
Johansson.
Depois disso,
sua carreira em Hollywood já estava devidamente consolidada.
Desde
"Spanglish", Paz Vega vem sendo dirigida por cineastas aclamados como
Frank Miller, Danis Tanovic, Oliver Parker, Michelle Placido e os Irmãos
Taviani, e ela tem procurado encarar cada novo desafio dramático como uma experiência
única.
Em
2013, ela teve o prazer de voltar a trabalhar com Pedro Almodóvar em “Los Amantes Pasajeros”, e adorou cada minuto
em que esteve com ele no set de filmagens.
Ano
passado, a Província de Andaluzia e a Cidade de Sevilha reconheceram publicamente
a atriz por seu incansável trabalho representando sua região por todo o mundo,
e a agraciaram com a medalha de Andaluzia, a medalha de Sevilha e a prestigiada
Medalha de Ouro de Sevilha.
É
casada com o empresário venezuelano Oscar Salazar, com quem tem 3 filhos.
Paz
Veja completou 42 anos de idade no último dia 2 de Janeiro, e nós aqui
comemoramos trazendo uma seleção com 7 filmes menos conhecidos de sua
filmografia.
Ou
seja: nada de “Spanglish”, nada de “Spirit” e nada de Almodóvar.
Em
comum entre esses 7 filmes, apenas o fatao de estarem todos disponíveis para
locação nas estantes da
Paradiso Videolocadora - Rua Nabuco de Moraes 60
Boqueirão – Santos SP Telefone: (13) 3235-8135
Vamos
a eles:
LÚCIA
E O SEXO
(Lucia
Y El Sexo, 2001, 128 minutos, dir: Julio Medem)
Após
o sumiço de seu noivo, o escritor Lorenzo (Tristán Ulloa), a bela e
independente Lúcia (Paz Vega) decide ir até uma ilha do Mediterrâneo onde seu
namorado nunca a quis levar, apesar de seus insistentes pedidos. Lá ela
encontra detalhes sobre antigos relacionamentos dele, como se fossem passagens
ocultas de seu passado que o autor, com sua ausência, agora a permitisse ler.
UM
ASTRO EM MINHA VIDA
(10
Items Or Less, 2006, 82 minutos, dir: Brad Silberling)
Um astro do cinema mundial (Morgan
Freeman) vai parar num supermercado para estudar o personagem de seu próximo
filme. Chegando lá, encontra um lugar meio caótico e a única pessoa que parece
ter a cabeça no lugar é a belíssima moça do caixa rápido, Scarlet (Paz Veja).
Um Astro em Minha Vida é um jogo de sedução, charme e trocas de experiências.
Nunca é tarde demais para jogar tudo para o alto. Curiosidade: foi o primeiro
filme na história a ser lançado legalmente para download na Internet enquanto
ainda estava sendo exibido nos cinemas. A empresa ClickStar, fundada por Morgan
Freeman, disponibilizou o filme digitalmente em 15 de dezembro de 2006, 14 dias
após sua estreia. O evento foi mencionado pelo American Film Institute nos
"Momentos de Destaque" do AFI Awards 2006.
UM
NOME NA LISTA
(Fade
To Black, 2007, 104 minutos, dir: Oliver Parker)
O
ano é 1948. Com a sua em Hollywood em derrocada, Orson Welles (Danny Huston)
tem a necessidade de se recuperar da falência de seu casamento com a atriz Rita
Hayworth. Quando ele viaja para Roma para assumir a direção de “Black Magic”,
um ator é assassinado no set de filmagens e Welles encontra-se com sua bela
filha adotiva (Paz Vega). Então Welles se vê às voltas em um embrulhado e
perigoso jogo político num cenário de eleições no pós-guerra e acaba envolvido
em uma intriga internacional cheia de assassinatos, comunistas, fascistas,
americanos perdidos pelo mundo e muito dinheiro. Welles ainda tem que lidar com
um produtor para lá de exagerado e com um roteiro que para ser classificado
como ruim ainda teria que melhorar muito. Durante as filmagens acontece o
primeiro assassinato da história, e a partir daí ele passa a ser seguido por um
agente secreto americano (Christopher Walken) e, com a ajuda de seu motorista
(Diego Luna), parte em busca de uma explicação para a morte e descobre que
existe uma conspiração e uma lista de nomes, onde ele também está incluído.
Filmaço.
A
CASA DAS COTOVIAS
(La
Masseria Della Allodole, 2007, 122 minutos, dir: Paolo e Vittorio Taviani)
E m 1915, na Armênia, a
tradicional mansão dos Avakian abriga uma grande festa familiar para receber
Assadour, filho que vive na Itália. Mas antes que ele consiga chegar, a
perseguição do governo turco à minoria armênia transforma-se num massacre de
grandes proporções. Os Avakian tentam se esconder na fazenda da família, mas
são descobertos: todos os homens são mortos e as mulheres, deportadas. Sua
marcha tem como horizonte a morte certa e, apenas quando um soldado turco se
apaixona pela bela Nunik, a esperança acena para eles.
ANJOS
DO MAL
(Vallanzasca
– Gli Angeli Del Male, 2010, 125 minutos, dir: Michele Placido)
Histórias sobre ladrões dão boas
narrativas, especialmente se o sujeito foi preso e condenado à prisão perpétua.
Baseado na autobiografia “A Flor do Mal”, do criminoso Renato Vallanzasca —
escrito por ele com ajuda do jornalista Carlo Bonini. A famosa frase “alguns
nascem para guarda, eu nasci para ser ladrão”, dita por Vallanzasca, revela
muito do que se verá no filme. Trancado na prisão, um idoso Renato Vallanzasca
narra as memórias de uma juventude em que passou como chefe de sindicato do
crime, nos anos 1970, e virou Milão de cabeça para baixo com assaltos,
sequestros, assassinatos e fugas. O filme teve longa história até ser
produzido. Para se ter ideia, nos anos 1970, Alain Delon estava cogitado para o
papel principal — quando se pensou levar a história para o cinema. Depois de décadas,
o filme foi realizado e, claro, gerou polêmica. Muitos acharam que seria a celebração
de um criminoso.
GATA
EM FUGA
(Cat
Run, 2011, 102 minutos, dir: John Cromwell)
Mãe solteira, Catalina
"Cat" Rona (Paz Vega) é contratada para participar de uma orgia em
Montenegro junto com outras acompanhantes e homens poderosos, como o senador
americano William Krebb. Algo errado acontece com o político e todas as meninas
são assassinadas pelo seu segurança para evitar testemunhas. Cat consegue
escapar e leva consigo um HD com arquivos confidenciais. Perseguida, ela passa
a ser procurada por dois detetives que recém abriram uma agência.
O
MENSAGEIRO
(Kill
The Messenger, 2014, 112 minutos, dir: Michael Cuesta)
O jornalista Gary Webb (Jeremy Renner)
trabalha em um pequeno jornal, que não costuma cobrir assuntos políticos.
Acidentalmente, ele descobre documentos sigilosos sobre o governo americano e a
guerra às drogas. Webb passa a investigar o caso e percebe que os próprios
políticos americanos mantém acordos com traficantes da América Central para
trazer crack para dentro dos Estados Unidos. Ele tenta tornar as suas
investigações públicas para desmascarar o caso, mas passa a sofrer grande
pressão para abandonar a história, tanto de seus editores quanto de políticos
influentes, que não hesitam a usar todo o tipo de violência e pressão para
eliminá-lo. Baseado em uma história real.
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