Pense num sujeito de voz grossa, daquelas bem graves, conforme os(as) regentes de coral, o famoso “baixo”, conhecido no meio como “basso profondo”.
Pois bem, pense num sujeito com
essa voz, barba na cara, um pênis e saco entre as pernas.
Pensou?!
Pois é: se tem alguém mais
fora-de-moda, “démodé”, na face da Terra, esse alguém é esse sujeito com essas
características.
‘Homem’, com suas
características naturais. Já ouviram falar?!
Bebe cerveja, assiste a jogo de
futebol e/ou rugby, come boceta, carrega consigo afetos e sentimentos que ser
humano algum (muito menos do gênero oposto) consegue sequer intuir.
Não é dado a excessivas
frescuras de indumentária, morre pela sua dama e pelos seus/suas filhos(as), é
capaz de se submenter às condições mais espúrias em prol dos(as) seus/suas...
de sua ‘patota’.
Ronca, coça o saco (até mesmo
porque tem um!), possui certa dificuldade de se assentar com as pernas cruzadas
(só quem tem saco sabe!), bebe birita, aquela voz que parece trovoada, tenta engolir
o choro entre outras bossas do gênero.
A pessoa com essas
características entrou no rol das discriminadas, juntou-se ao time dos que
sofrem preconceito. Uma coisa!
Tanto que gostaria de saber
quem realmente explica o número (na casa de bilhões ao redor do planeta!) dos
‘Incel’s e ‘Mgtow’s cada vez mais crescente. Uma ‘tchurma’ que chegou para
ficar e já de cara anda avacalhando o cangaço simplesmente porque deixou boa
parte do feminismo “... falando sozinha”!
Um número que só faz aumentar
e, em breve, vai foder as economias, sistemas de previdência e comércios locais
mundo afora.
Ou você, querido(a) freguês(a),
acha que a urgência para a aprovação do novo plano previdenciário público
brasileiro se deve apenas à contenção de gastos da governança federal? Santa
ingenuidade, Batgirl!
Os contratos sociais entre
homens e mulheres apodreceram! Colocaram no sexismo e na questão de gênero o
mau-caratísmo comum no ser humano. “Todo homem é isso...”, “... toda mulher é
aquilo...” e se esqueceram de verificar que canalhice pouco tem a ver com as
genitais.
Depois do feminismo 3.0 (esse,
do início dos anos 2000), os mais jovens que, recentemente, ‘chegaram na praça’
sequer “entram em campo” mais! Ao assistirem o aparelhamento & ativismo das
varas de família (onde, certamente, o pai é visto como uma espécie de
estuprador), a molecada chegou ‘metendo bala’ lindo: “Enfia no cu! Vou bater
minha punhetinha e nem sei se volto!”.
O sumiço dos ‘homens sérios’,
leais, ‘homens de verdade’, longe dessa emulação barata que a mulheres
encontram por aí (em especial em festas & baladas) será cada vez maior e
mais frequente. Em vários lugares do mundo, a questão da ‘renovação de
quadros’, geração de novos descendentes a fim de assegurar o bom andamento das
previdências sociais públicas, está indo ‘pras’ picas a passos largos. Em
breve, cada país fará sua “reforma da previdência” a cada cinco anos (duas por
década!) simplesmente porque não haverá mais testosterona & sêmen
disponível para pagar a conta.
Afinal, tem coisa mais escrota
do que voz grossa, barba na cara, pau, saco, testosterona & sêmen?!
Não, ‘né’?! Ô coisinha escrota,
tudo isso!
Até as empresas viraram
‘fêmeas’. Ou vocês acham que os frequentes ganchos que o Cacilda! sofre se deve
a quê?! Só porque tem imagens de ‘pepecas “in natura”’ ou catecismos do Carlos
Zéfiro?! Não! Experimentem fazer algum comentário tido como misógino para se
verificar o esporro que você leva...
Imaginem trabalhar nessas
empresas: ai de você se a sua voz, a única que você tem, é um, de acordo com o
mundo do coral, um “basso profondo”. Não passa sequer na porta do RH da empresa!
Áreas como Letras & escolas
viraram reduto. Homem não entra nem a pau. Algum professor aqui & acolá de
História, Geografia, Física e Matemática. No mais, é igual ao samba do Neguinho
da Beija-Flor: “(...) mulher, mulher, mulher, mulher... mulher, mulher...
mulheeeeer... (...)”.
Segundo os Mgtows, isso gera
premissas quase doentias de que o gênero oposto “... é tudo igual” quando bem
sabemos que não é. Os ‘Incel’s, celibatários compulsórios, reclamam que sequer
o bom caratismo, por parte das feministas, é visto, enxergado, e,
consequentemente, recompensado em alguma extensão.
Fodeu, ‘né’!
A misandria é forte e
respondeu, essa semana, por ‘jornalismo do Santa Cecília Portal’. Num assalto
& furto no bairro do Campo Grande registrados por CCTVs (um homem de
capacete descendo da moto para tomar à força o celular de uma jovem que
caminhava pela calçada), o SCP veio com essa pérola: “Homem ataca mulher...”.
Aaaahhh! Que lindo! “Homem ataca
mulher...”. Legal! Sou homem e nunca ataquei ninguém! Qual a premissa?! Que
homem ataca mulher?! Ah, é?! Nooooosa! Todo homem ataca mulher?! Engraçado! Meu
avô nunca atacou ninguém, meu pai nunca atacou ninguém, meus amigos nunca
atacaram ninguém, mas a premissa é de que “Homem ataca mulher...”.
Ora! Vai tomar no cu!
É esse tipo de premissa que
habita o inconsciente de escolas e empresas ao redor do globo. O trabalho foi
bem feitinho! E se o sujeito possui um fenótipo bem masculino, ah... coitado!
‘Tá’ fodidinho!
Sem trampo (consequentemente,
sem dinheiro), sem possibilidade de constituir uma família, sem perspectiva,
sem ‘moral na casa’... e ainda por cima tido como “o violento que ataca
mulheres e pessoas na rua”. Ótimo! Joga-se tudo na ‘raia miúda’ e foda-se o
resto!
Ou seja, a visão dos Mgtows não
é tão errada assim: uma sociedade construída para escalar o gênero masculino
‘para otário’, fazê-los pagar as contas (entre aqueles que ainda possuem
condições materiais), conferir-lhes fama de estuprador e, na hora de um
eventual litígio, topar com uma vara de família mais feminista do que nunca!
Tudo isso por quê?! O justo
paga pelo pecador: por causa de um canalha filha-da-puta, todos os demais do
gênero são classificados como ‘iguais’, quando, na verdade, nunca foram.
Só que a sociedade se aparelhou
e ficou ativista: tudo aquilo que é marca do gênero (voz grossa, barba, saco,
pau, testosterona e sêmen) virou ‘agressivo’, ‘nojento’, ‘vilipendiante’.
Fodeu, ‘né’?! Homem decente é aquele da voz fina, não tem pêlo no corpo, não
tem coceira nas partes pudendas, sei lá o quê... a coisa chegou num ponto que
sequer uma gentileza, seja qual for, é vista como... simplesmente... como uma
gentileza! Só isso!
O pior é que o feminismo
corrobora uma ministra como a Damares Alves: “homens vestem azul, meninas
vestem rosa”. Vários amigos meus, da área de Letras, estão tendo que recomeçar
suas carreiras em áreas ainda ‘masculinas’ (como Direito, Administração,
Economia, entre outros) porque já não conseguem vaga nas antigas atividades. Uma
vida inteirinha jogada fora! Muitos fazendo curso para operador de
porta-container porque ainda é uma área que homem pode trabalhar sem sofrer
assédio moral pelo simples fato de serem homens.
Ou seja, graças ao feminismo,
há “... o emprego de menino e o emprego de menina”. E uma multidão de
feministas reclamando da Damares! Ora, puta que pariu! São elas mesmas que
corroboram os atos e declarações da ministra, mas ela ‘... não pode abrir a
boca’.
Como diz o Dr. João Borzino,
não há ‘nhaca’ maior nos dias de hoje do que ser simplesmente ‘um homem’.
Luiz Felipe Pondé já anunciou:
“a conta das feministas chegou”. E esse merceeiro ousa afirmar que, hoje,
responde pelo nome de Mgtow. Duas reformas de previdência em vários países a
cada década simplesmente porque não haverá mais quem se disponibilize a se
responsabilizar por uma família dentro de um contrato tão podre como anda o
casamento, por exemplo. Varas de família aparelhadas & ‘ativizadas’. E tome
manchete feito “Homem ataca mulher...”. Com tamanha misandria, não seria para
menos o sumiço da testosterona na praça. O Mgtow não é o ‘contra-feminismo’
como muito(as) acham: mgtows simplesmente deram as costas para todo o resto.
Eles não disputam com as feministas: eles não disputam nada! Apenas dão meia
volta e seguem suas vidas sem esse tipo de interferência e misandria.
Afinal, não dá para assinar
papéis (sociais, inclusive) num mundo que vive te ‘desautorizando’... pelo
simples fato de ser homem.
Marcelo Rayel Correggiari
nasceu em Santos há 47 anos
e vive na mítica Vila Belmiro.
Formado em Letras,
leciona Inglês para sobreviver,
mas vive mesmo é de escrever e traduzir.
É autor de Areias Lunares
(à venda na Disqueria,
Av. Conselheiro Nébias
quase esquina com o Oceano Atlântico)
e escreve semanalmente em
LEVA UM CASAQUINHO