Sunday, December 31, 2017

VOVOZINHAS E VOVOZONAS (Aniversariantes Vintage entre 19 e 31 de Dezembro)


TEXTOS DE CHICO MARQUES

DONNA MILLS
December 19, 1940
Chicago, Illinois




Donna Mills estudou Ballet durante a adolescência, e depois foi estudar Artes Dramáticas na Universidade de Illinois. De Chicago, seguiu para tentar a sorte em Nova York, onde estreou na peça de Woody Allen “Don’t Drink The Water” (1966). Linda e delicada, seguiu logo para Hollywood, onde fez pequenos papeis até brilhar – em todos os sentidos – em “Play Misty For Me”, de Clint Eastwood (1971). Mas ela logo seguiu para a TV. Fez uma série cômica de sucesso intitulada “The Good Life” ao lado de Larry Hagman no início dos Anos 70, e passou o resto da década pulando de galho em galho, esperando por uma oportunidade de ouro. E então, em 1980, a convidaram para fazer a empresária manipuladora e calculista Abby Cunninham no dramalhão “Knots Landing”, que foi um grande sucesso – aqui no Brasil inclusive -- entre 1980 e 1993. Donna virou uma espécie de J R Ewing de batom, que, curiosamente, rivalizava com ela em popularidade na CBS-TV, que também exibia “Dallas”. Nos últimos 20 anos, Donna nunca mais teve um papel tão marcante na TV quanto Abby.  Mas nunca saiu de cena. Recentemente, voltou ao cinema fazendo um pequeno papel em “Joy”, de David O. Russell. Encabeça atualmente o elenco da série Hilton Head Island”, que acaba de terminar sua primeira temporada, mas ainda não foi renovada para uma segunda. Está com 77 anos de idade, mas não pensa em parar tão cedo.




JENNIFER BEALS
December 19, 1963
Chicago, Illinois




Jennifer Beals é uma daquelas atrizes que deu o azar de estrear como protagonista muito antes de estar pronta. Sua performance como atriz no filme “Flashdance” (1983) beira o sofrível, já que ela foi escolhida mais por seus atributos físicos e por sua habilidade como dançarina. Por conta disso, ela ficou estigmatizada, e passou os 20 anos seguintes fazendo papeis pouco expressivos em filmes menos expressivos ainda. As exceções à regra são “Mrs Parker and The Vicious Circle” (1994, de Alan Rudolph), “Devil In A Blue Dress” (1996, de Carl Franklin) e “The Last Days Of Disco” (1998, de Whit Stillman). Então, finalmente brilhou nas séries de TV “The L Word” (2004-2009) e “The Chicago Code” (2011-2012). Trabalhou pouco nos últimos 5 anos, enquanto aguarda algum papel fixo em alguma nova série. Está gatíssima aos 54 anos de idade. Vovozinha nota dez.




JANE FONDA
December 21, 1937
New York, New York 








Lady Jayne Seymour Fonda é filha do grande ator de teatro e cinema Henry Fonda e da socialite Frances Seymour Ford. Henry era descendente de holandeses. Já sua mãe tinha um parentesco com uma das ex-esposas de Henrique VIII, Jane Seymour (1509-1537). Quando Jane tinha 12 anos de idade, sua mãe cometeu suicídio durante um surto após buscar tratamento num hospital psiquiátrico. A Jane foi dito que a mãe morrera de ataque cardíaco. Jane começou a ter aulas de dança em Fire Island Pines, em Nova Iorque, e foi estudar na prestigiada Greenwich Academy, um internato para garotas, em Greenwich, Connecticut. Jane foi modelo nos anos 1950, e foi capa de diversas revistas de moda, mas se interessou por Artes Dramáticas em 1954, depois de atuar com o pai numa produção beneficente de “The Country Girl”. Estudou no Emma Willard School na Vassar University, depois morou em Paris por dois anos para estudar arte, e na volta fez cursos com Lee Strasberg no Actors Studio. Strasberg foi a primeira pessoa, além de seu pai, que lhe disse que tinha talento. E então ela deu início a sua carreira no cinema no final dos Anos 50, fazendo dois filmes por ano até o início dos Anos 70. Sua lista de sucessos nos anos 60 é enorme: “Period of Adjustment” (1961), “Walk on the Wild Side” (1962, que lhe rendeu um Golden Globe), “Sunday in New York” (1963), Cat Ballou (1965), “The Chase” (1965, dirigido por Arthur Penn a partir de um roteiro de Lillian Hellman, onde contracenou com Marlon Brando), além das comédias “Any Wednesday” (1966) e “Barefoot in the Park” (1967, ao lado de Robert Redford). Então, em 1968, veio o clássico sci-fi lisérgico “Barbarella”, dirigido por seu então marido  Roger Vadim, que a estabeleceu como um dos maiores símbolos sexuais dos Estados Unidos no fim dos anos 1960. Na virada para os Anos 70, Jane Fonda radicalizou na escolha de seus papeis. Deixou as comédias de lado, e passou a fazer apenas dramas mais ou menos engajados para se livrar do estigma de símbolo sexual deixado por “Barbarella”. Então vieram “They Shoot Horses, Don't They?” (1970, de Sydney Pollack) e “Klute” (1972, de Alan J Pakula), que a consagraram como a maior atriz americana de sua geração, condição confirmada anos adiante com suas performances em “Julia” (1977, de Fred Zimmerman), em ”Coming Home” (1978, de Hal Ashby) e em “On Golden Pond” (1981, onde contracena com Katherine Hepburn e com seu pai Henry já doente um ano antes de falecer). Em abril de 1991, após três décadas de carreira no cinema, Jane anunciou que estava se aposentando da indústria cinematográfica e não tinha intenções de voltar a atuar. Em maio de 2005, no entanto, ela voltou, e desde então não parou mais. Brilhou recentemente na série “Grace & Grankie” (2015-2017), ao lado de Lily Tomlin, e em filmes como “Our Souls At Night” (2007) para a Netflix, novamente fazendo par romântico com Robert Redford Continua uma bela mulher aos 80 anos de idade. Parece ter, se muito, 60









 JOAN SEVERANCE
December 23, 1958
Houston, Texas





 Joan Severance é um mulherão desde a adolescência. Modelo desde os 15 anos, seguiu para Paris aos 18 por insistência de John Casablancas, de Elite Models, e em poucos meses tornou-se uma top model internacional de responsa, aparecendo em capas de muitas revistas internacionais e fazendo campanhas para Chanel e Versace. Aos 19, veio para Nova York, e passou a estrelar comerciais de beleza para marcas como L'Oreal e Revlon. Aos 22 anos, quando estava no auge de sua carreira como modelo, aposentou-se temporariamente para tentar virar atriz. Só se desse tudo errado, ela voltaria. Estreou na ótima série de TV “Wiseguy”, ao lado de Ken Wahl e Kevin Spacey, logo foi notada. No cinema, estreou na comédia de Arthur Hiller “Cegos, Surdos e Loucos” (1989), ao lado de Gene Wilder e Richard Pryor. Trabalhou com Mel Gibson em “Máquina Mortífera” (1987) e em “Alta Tensão” (1990) e no primeiro filme da série “Máquina Mortífera”, mas só foi conseguir ser protagonista em produções de alto teor erótico de Zalman King como “Black Scorpion”, “Lake Consequence” e “Last Seduction”, onde sempre faz alguma femme fatale. Nos últimos 20 anos, Joan retomou sua carreira como modelo e tem sido vista sempre fazendo papeis secundários em séries como “CSI Miami”, “American Horror Story” e “Masters Of Sex”, entre outras menos conhecidas. Aos quase 60 anos de idade, permanece uma mulher indíssima, dona de um corpo espetacular








EDWIGE FENECH
December 24, 1948
Bone, Constantine, França









Edwige Sfenek, ou Edwige Fenech, começou sua carreira de show-business como participante em concursos de beleza, ganhando o título de "Miss Manequim de La Cote d' Azur" aos 16 anos e ainda um Miss França Beleza. Trabalhou como modelo fotográfica antes de fazer sua estréia no cinema na comédia “Toutes Folles de Lui” (1967). Começou a aparecer com frequência em produções picantes por toda a Europa, sempre com seus cabelos negros brilhantes e seu rosto longo e sensual. Tornou-se uma atriz muito popular e muito requisitada. Filmes com cenas suas de nudez eram bilheteria garantido em vários países no início dos Anos 70 -- Brasil inclusive. Ela só começou a ser levada a sério como atriz em filmes como “O Estranho Vício da Senhora Ward” (1971) e “O Quarto Escuro de Satã” (1972). Edwige Fenech  sempre demonstrou sua excepcional facilidade para fazer performances desinibidas, e brilhou em comédias que hoje podem ser consideradas pequenos clássicos como “Quel Gran Pezzo Della Ubalda Tutta Nuda e Tutta Calda” (1972) e “L'insegnante” (1975). A partir dos anos 80, quando o cinema erótico europeu degruingolou para o pornô hardcore, Edwige mudou para a TV, e chegoua ter um show na RAI juntamente com Barbara Bouchet. Fundou sua própria produtora de filmes com seu filho Edwin Fenech, e passou a assinar várias séries de TV. Voltou ao cinema em 2007, fazendo um mulher madura muito sedutora em “O Albergue 2” de Eli Roth (2007). Aos 69 anos de idade, permanece uma mulher belíssima, e com tudo mais ou menos em cima. Uma GILF digna de todas as honras.
















SARAH MILES
December 31, 1941
Ingatestone UK



Sarah Miles surgiu na cena cinematográfica inglesa nos Anos 60, e enveredou tanto pelos grupos de “Angry Young Men” quanto pela turma mais hip que circulava pela Swinging London. Julie Christie, Vanessa Redgrave e ela praticamente estabeleceram um novo padrão de atuação para as novas atrizes inglesas na época. Seus primeiros grandes sucessos foram “O Criado” (1963), de Joseph Losey, onde contracenou com Dirk Bogarde, e “Cerimônia macabra” (1964), de Lawrence Harvey. Depois disso fez vários filmes marcantes, teve um romance muito comentado com Sir Laurence Olivier e casou-se com o teatrólogo e roteirista de cinema Robert Bolt, que adaptou para ela nada menos que "Madame Bovary", situando a trama durante a Rebelião de Páscoa de 1916 na Irlanda. O filme mais conhecido de Sarah é “A Filha de Ryan” (1970), obra prima de David Lean, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. No entanto, sua estrela começou a se apagar depois de participar de “Os Amantes de Lady Caroline” (1972), escrito e dirigido por Robert Bolt, que foi um fracasso tanto de crítica quanto de. Depois de participar de uma adaptação à TV de "Réquiem Para Uma Freira" de William Faulkner para o Hollywood Television Theatre (transmitida pela PBS), ela fez ao lado de Kris Kristofferson “O Marinheiro que Caiu em Desgraça com o Mar” (1976), baseado num romance de Yukio Mishima, com cenas de nudez muito reveladoras. A partir daí, voltou a atuar apenas na Inglaterra, brilhando eventualmente em filmes como “A Sauna” de Joseph Losey (1985), “Esperança e Glória”, de John Boorman (1987) e “Incontrolável Paixão” (1988) de Michael Radford. Decidiu aposentar em 2003, mas voltou atrás ano passado, quando estrelou o drama “Interlude City of a Dead Woman”, de Angela Ismallos. De qualquer maneira, é sempre bom saber que o talento de Sarah Miles continua em plena atividade.