A GRANDE FAÇANHA DOS YOUTUBERS
Que as pessoas estão cada vez mais rasas, desinteressantes e sem bagagem, não é novidade pra ninguém. Nem mesmo para as próprias. Aliás, elas se assumem como pessoas visuais, que preferem a imagem ao texto.
Que não têm paciência para ler mais do que 5 ou 6 linhas.
Que preferem os livros para colorir, o cinema de vampiros e transformers, os dramalhões das novelas, os sertanejos universitários, os funks, os arrochas e os wesley safadões.
Que têm o universo inteiro na tela do seu computador ou smart phone, mas escolhem caçar monstrinhos virtuais no quintal do vizinho.
Que preferem escrever “nada haver” do que perder 5 segundos no Google para corrigir o erro grosseiro que acabam publicando.
Que adotam, sem embasamento algum, posturas políticas, sociais e científicas apenas porque os seus amigos (igualmente obtusos) defendem radicalmente.
O Brain é um personagem virtual
que para muitos é de uma realidade espantosa.
O pessoal da agência de publicidade que recebe
semanalmente os seus textos datilografados (acreditem)
jura que nunca esteve frente
a frente com o articulista.
A ilustração que mostra o personagem é baseada
nos depoimentos do porteiro do prédio da agência
que o descreveu fisicamente para que
o ilustrador pudesse caracterizá-lo.
O porteiro diz que todo domingo
esse sujeito estranho, de gravata borboleta,
entrega o seu envelope com alguns textos.
São textos sobre publicidade e comunicação em geral,
mas sempre com teor crítico, irônico
e às vezes até um pouco petulante.
Foram esses traços de personalidade
que fizeram a agência dar o nome
de Brain ao nosso protagonista.
E criar um espaço para ele que se manifestasse
com suas opiniões polêmicas e comentários ácidos.
O Brain escreve toda quarta aqui no Leva um Casaquinho.
Isso se o porteiro do prédio não esquecer
de entregar o envelope lá em cima,
na agência.
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