Friday, June 30, 2017

CALLING DOCTOR LOVE: HIGIENE SENTIMENTAL PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E SUPIMPA (#40)



Caro Dr. Love:
Nunca fui um cara muito "horny" em circunstâncias normais, nem mesmo na adolescência, em Governador Valadares MG. Passeava pelas páginas das revistas PLAYBOY de meu irmão mais velho e só uma foto ou outra conseguiam me deixar de pau duro. Até que um belo dia descobri o que realmente me despertava tesão: garotas loiras vestidas com peças de roupa com as cores da bandeira americana se esfregando em carros antigos. Como trabalho com carros usados, passei a colecionar carcaças de carros antigos desde então, e decorei meu escritório com elas. Uma vez por semana, chamo alguma putinha loira com jeitinho de "sweet sixteen" para a happy-hour, faço com que ela vista uma roupinha red white & blue de cheerleader e faça poledance e strip-tease para mim, aí eu enlouqueço na situação e fodo na loirinha por horas e horas e horas sem parar. Frequentei um psicólogo por alguns meses achando que havia algo de errado comigo, mas ele insistia que não. Dizia que eu era apenas um fetichista incurável, e que já tinha encontrado a chave do desejo em mim, para não me preocupar mais com isso. Só que eu não fiquei satisfeito com a explicação, e me dei alta. Tem algo de errado comigo, Doctor Love?
(Cadillac Joca, Tucson Arizona)

   
Caro Caddilac Joca:
Seu ex-psicólogo está certo.
Não há nada de errado com você.
Continue fudendo muito nessas cheerleaders loirinhas,
elas nasceram para levar rola mesmo.
Quanto ao tesão pelo design dos carros antigos
e pelas cores da bandeira americana,
lembre-se sempre que formas arredondadas
e cores primárias tem o poder de despertar
nossos instintos mais básicos e saudáveis.
Desejo um ótimo 4 de Julho a você,
além de muita fudelança e boa sorte!



Caro Dr. Love:
Sou baiano de Salvador e desde que vim morar aqui nos Estados Unidos vinte anos atrás sempre senti falta das morenas bundudas de minha terra natal. Com o passar do tempo, fui me acostumando ao padrão feminino daqui e acabei constatando que até branquelas peitudas sem bunda tem lá seus encantos. Mas então, um belo dia, vendo o programa das Kardashians na TV, descobri que se eu quisesse montar um puteiro só com lindas garotas baianas bem bundudas iria me dar bem. Daí, fiz uns contatos com alguns amigos em Salvador, que recrutaram moças interessadas em explorar o mercado daqui, e montei o negócio -- a princípio de forma tímida, com apenas 3 garotas operando, mas hoje com 25 garotas atendendo clientes em 5 cidades texanas: Houston, Austin, San Antonio, Dallas e Galveston, onde fica minha base operacional. Meu problema é que sou, de certa forma, apaixonado por todas elas, e sempre que uma ou outra se envolve emocionalmente com algum cliente e decide largar o métier para se casar, eu sofro demais. Gostaria de ser um cafetão sem coração, 100 por cento voltado para o lado business, mas não consigo. Sem contar que até conseguir importar uma nova garota baiana para dar a ela o treinamento devido, perco muito tempo. Como eu faço para ser diferente, Dr. Love?
(Torquato Doggy Dog, Galveston Texas)


Caro Torquato Doggy-Dog:
Tá entendendo agora porque
todo cafetão vira e mexe tem que
jogar pesado com suas meninas?
É que se ele não fizer isso,
elas fazem gato e sapato dele.
Pare com esse negócio de se apaixonar
por suas meninas, pois não dá certo.
Das duas uma: ou você aprende
a administrar emocionalmente
esse harém que você formou,
ou então caia fora desse ramo
antes que você se arrebente.
Desejo um ótimo 4 de Julho a você,
além de muita fudelança e boa sorte!


Caro Dr. Love:
Tenho 71 anos de idade, sou um dos poucos brasileiros que estiveram em Woodstock em 1969 e fiz questão absoluta de passar para meu filho Dalton os mesmos valores libertários e os mesmos ideais de vida que a mãe dele e eu cultivamos até hoje. Mas ele infelizmente não quis seguir nossos ensinamentos, se rebelou contra nós, e foi trabalhar na Wall Street, para nosso desgosto. Hoje, ele está na cadeia, sua mulher foi internada num manicômio e sua filha Wanda, que tem 22 anos de idade e sempre pensou parecido comigo e com sua avó optou por vir morar conosco aqui no campo. Wanda é socióloga, dublê de cantora e compositora, transa meninas e meninos, e todo 4 de Julho reúne um monte de amigos nus no quintal aqui de casa, onde lê o Bill Of Rights e promove um teatrinho divertido sobre a Independência com atores nus, que culmina numa surubinha básica ao som de discos clássicos de rock como "The Yes Album" e "Dark Side Of The Moon". Acho maravilhosa a iniciativa dela. Só não me conformo com o fato de Wanda torcer o nariz para que sua avó e eu participemos da atividade -- claro que nós participamos mesmo assim. Como eu faço para ajudá-la a se livrar de alguns conceitos de merda herdados do bostinha de seu pai que, por algum motivo, ainda permaneçam em sua cabeça, apesar de sua alma libertária?
(Country Joe Magalhães, Bearsville New York)


Caro Country Joe Magalhães:
Vá insistindo, não desista.
Qualquer ano desses ela cede
e acolhe vocês dois na boa
neste belo ritual que ela promove.
Desejo um ótimo 4 de Julho a todos vocês,
além de muita fudelança e boa sorte!




Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início de 2014.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como rapidamente se transformou
no conselheiro sexual menos ortodoxo
do lado de cá do Equador:
DOCTOR LOVE.



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