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O Facebook não é divã (procure um psicólogo); o Facebook não é religião (procure uma igreja ou um templo); o Facebook não é instituição de caridade (saia da frente do computador e ajude alguém); o Facebook não é palanque (vote em quem quiser e não enche o saco); o Facebook não é ideologia (vá ser racista, sexista e filho da puta em outro lugar). Facebook é meio, não fim.
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— Racista, sexista e filho da puta é você, seu caga-regra!
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— Quem mora com você?
— A minha mãe, a minha irmã, o meu sobrinho e uma cachorrinha.
— E o seu pai?
— O meu pai morreu.
— Foi Deus?
— O quê?
— Foi Deus que matou ele?
— Não, Deus é bom.
— É nada! Deus é um safado.
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— O mundo de uma criança com deficiência é sensacional.
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Vou ter que levar embora de casa o meu amado Lúcio, o meu filhinho, o meu bebê, o meu cãozinho, que crio com todo o amor e carinho desde que o adotei. Infelizmente, ele vem apresentando comportamento agressivo com a minha mãezinha. A obrigação de defender a vida de quem me deu a vida por amor, versus dar o meu filho, é a decisão mais difícil que já tomei. Apesar de tudo, jamais deixarei de amá-lo. Espero que em seu novo lar o meu bebê tenha uma vida feliz, saudável e tranquila.
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— Por que você não leva o Lúcio a um psicólogo?
— Não adianta. Ele fica agressivo em momentos específicos e engatilhados que são complexos demais pra serem descobertos.
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A pior coisa de morar sozinho é a tristeza que insiste em vir durante as madrugadas, por não ter com quem dividir as angústias. Olhar fotos e postagens de casais apaixonados só ajuda a afundar o buraco no peito. A única solução que criei foi ouvir punk. Música de empoderamento. Saí da vibe triste, mas isso não resolve, e nem sempre se está com cabeça para o punk às 5 da manhã. Fiquei refletindo sobre o que acontece na minha vida. Fui cativada por alguém. Não um só, é a parte boa da vida, poder sentir amores diferentes. Mas a necessidade que se tem disso depois, como se precisa da água, é terrível. Falta o ar, seca a boca. Eu bem queria não querer. Não sentir, não desejar. Vou tentar o punk, mesmo sabendo que hoje não vai funcionar. Hoje, eu queria ouvir o punk com alguém.
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— Desarme o coração, deixe-o ser surpreendido. A vida é repleta de surpresas.
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Hoje, no ponto do ônibus, uma senhora questionava os infortúnios da vida: “Não lembro de um momento em que tenha sido feliz. Sofro desde criança. Tenho filhos e netos e não tenho sossego. Por que ser honesto custa caro? Por que só pilantra se dá bem? Cansei, cansei. Acho que quando Deus manda a gente pra cá já devia dizer: ‘Olha, tu vai comer o pão que o diabo amassou, ok?’. Se eu tivesse sido avisada disso, teria dado meia-volta.” Olhei bem pra ela e fiquei imaginando a que tipo de sofrimento ela se referia. Apesar do cabelo branco e da pele enrugada, ela estava bem vestida, era forte e sadia.
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— Essa história não tem fim?
— Não, pois o ônibus chegou.
— “Cedo ou tarde, na vida, cada um de nós se dá conta de que a felicidade completa é irrealizável; poucos, porém, atentam para a reflexão oposta: que também é irrealizável a infelicidade completa.”
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Matei um cacto. Um cacto! Consegui matar de secura um cacto!
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— Poderosa!
— Que fase!
— Como foi?
— Sei lá, quando olhei ele tava morto.
— Você conseguiu matar um cacto?
— A única explicação que encontro é de que talvez ele fosse um cacto suicida.
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A crueldade do destino não tem medida nem lógica. Nesse fim de semana tão triste, eu e minha família sentimos o peso do inevitável. A morte levou o meu querido tio. Tínhamos a minha idade. Fomos criados juntos. Ele estava tão radiante. Mês passado, afinal, conseguiu casar com a mulher que ele tanto amava. Um casal tardio, mas feliz. Ele morreu dormindo. Parecia uma criança... POR FAVOR, evitem aqui os comentários de cunho religioso ou místico.
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— A vida pode até fazer você chorar, mas Deus lhe quer sorrindo.
— E o Anjo do Senhor disse: “Não temais porque vos trago novas de grande alegria.”
— Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da Vida te livrou da lei do pecado e da morte.
— RESPEITEM O MEU NOJO!
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A pessoa está no trabalho, atenta ao dever, concentrada. O telefone toca. Do outro lado da linha: “Olá, essa mensagem é muito importante para a sua saúde. Você já conhece os benefícios do Ômega 3?”. Quem nunca xingou uma mensagem de voz que atire a primeira pedra.
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— O que você queria? Sombra e água fresca?
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Hoje pela manhã saí para ir à padaria. Estava chovendo. Mesmo assim, cheguei em casa contente, pois gosto do café da manhã em família. O meu filho olhou para o pão e disse que só comeria os frios. Neguei. Chegamos a um acordo, pelo menos meio pão teria de comer. Mas logo ele começou a desmontar o sanduíche. Pedi que parasse. Pedi uma, duas, três vezes. Ele, me olhando nos olhos, continuou a sua missão. Perdi o controle. Dei-lhe um tapa sonoro bem no meio da orelha, ele quase caiu da cadeira. Fiquei pensando depois: qual será o limite entre educar e punir? A raiva é um sentimento ruim, não educa, só pune e deixa rancor. Senti raiva do meu pai várias vezes, como o meu filho deve ter sentido raiva de mim. O meu pai me punia, mas na maioria das vezes acho que me educou. Com ele, aprendi a reconhecer os meus erros e também o significado da palavra desculpa. Assim, fui ao quarto do meu filho e pedi desculpa. Não sei se ele aceitou, não sei se a sua raiva, assim como a minha quando eu era criança, diminuiu, mas, como agora compreendo, nesse gesto eduquei, exatamente como o meu pai fazia comigo.
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— Olha, vou enviar para o teu filho uma cartilha que explica o que pode e que não pode na educação dos filhos.
— Concordo que ser pai não é tarefa fácil, mas bater simplesmente não educa ninguém. Acho covardia o adulto usar da força contra a criança, que não pode se defender à altura.
— Realmente não é fácil educar. E esse sentimento de culpa que vem depois é o pior. Isso me faz lembrar da minha mãe, que sempre foi rigorosa comigo. Era horrível. Eu tinha medo só de olhar pra ela.
— Que texto lindo!
— Você já levou o teu filho ao médico pra verificar se ele não ficou surdo ou teve alguma outra sequela em razão desse “tapa sonoro bem no meio da orelha”?
— É isso mesmo, vai ver que o menino não obedece porque não escuta mais depois dessa agressão.
— Uma correção: onde escrevi “tapa”, por favor, leiam “peteleco”. Um peteleco é sinal de amor, SIM!
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Por que a gilete rosa é mais cara que a azul?
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— O critério de cores está realmente ultrapassado.
— Para refletir: O peixe, por viver dentro d´água, é menos bicho que os outros animais?
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Daí você vem andando pelo calçadão da praia. Afinal, hoje é sábado, tá um sol lindo e você precisa de um bronze pra tirar aquela marca da regata. Enquanto isso, vem ao seu encontro uma mulher. Ela simplesmente para na tua frente, impedindo o caminho. Ela diz alguma coisa e faz um gesto, apontando o dedo indicador direito. Como tô ouvindo Animals, do Maroon 5 — justamente na parte em que o Adam uiva — que uivo! — não consigo entender o que ela tá querendo dizer. Tiro os fones de ouvido e digo:
— Oi, não entendi...
— O homem manda a mulher chupar. Só que a mulher só deve chupar quando ela quiser, não é?
— Claro!
— Isso mesmo, só chupo quando eu quiser.
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— Mas não custa nada o homem insistir, não é mesmo?
— E eu aqui tentando aprender a ser leve.
— A sinceridade é sempre uma linda mensagem.
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Gente, estou muito triste, destruída emocionalmente. Vou tentar contar bem friamente para não desabar enquanto escrevo. Minha gatinha Julie, de um ano e oito meses, virou estrelinha hoje, antes das oito da manhã, na sala de espera de um veterinário. Ela estava bem como sempre esteve. De madrugada, estava correndo com o irmão para lá e para cá. Aí a minha filha acordou às seis da manhã e percebeu que a Julie estava com a respiração difícil, e fazendo um barulhinho ao respirar, e nos chamou. Também achamos estranho, ficamos com ela um pouco, mas percebemos que não melhorava. Então a levamos ao veterinário. Ela tava quietinha em meus braços. Chegando lá, tivemos que esperar porque o doutor só chegaria às oito. Ainda em meus braços, ela piorou, começou a miar estranho e tentou fugir. Segurei-a, mas ela fez muita força e no desespero para sair correndo — devia estar sentindo muita dor — mordeu o meu braço. Meu marido tentou segurá-la e ela mordeu o dedo dele. A Julie nunca mordeu ninguém, sempre foi boazinha. Finalmente, conseguimos segurá-la no chão, onde ela ficou quieta, deu duas respiradas fundas e se foi...
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— Será que existe a possibilidade de ser urina de outro animal? Perdi uma cachorrinha em condições parecidas.
— O irmão dela deve estar perdido, coitadinho. Desde bebê com ela, eram tão agarradinhos.
— Depois da castração eles se afastaram um pouco. Eu até lamentava, pois adorava vê-los sempre grudadinhos. Não ficavam mais assim, mas sempre brincavam e corriam pela casa. Também fiquei preocupada com ele. Mas parece que ele ainda não percebeu o que está acontecendo.
— Que judiação, eu sei o quanto você ama os gatinhos. Estou aprendendo com os meus, que agora são meus filhos, fazem parte da família. É muito triste perder um anjinho assim. Me avisa quando souber o que aconteceu. Fiquei preocupada. Força e carinho para o gatinho que vai sentir falta dela.
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Aos amigos do Facebook que receberam uma mensagem minha dizendo: “O que os homens fazem com as garotas bêbadas.” Não mandei isso. Deve ser vírus. Até mesmo porque sei o que fazer com uma mulher bêbada.
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Sonolento e grudadinho em mim, ele parou a mamadinha para olhar o que provocava aquele estrondo na janela. É a chuva, filho! Está muito forte e vem com trovões... brummmm... Ele me ouviu atento, e grudadinho continuou... e grudadinho dormiu...
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— Imagino tamanha curiosidade, mas o soninho era maior.
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Nunca é tarde pra montar a árvore de Natal.
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— Desejo a todos um Natal bem gostosinho!
— Santos está ainda mais bonita com as ruas iluminadas e enfeitadas!
— Que clima de merda hoje! Tempo nublado e calor insuportável na sauna escrota que é essa cidade.
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Hoje fui ao shopping comprar um videogame para o meu filho. Aí olho pra vitrine e vejo um bonequinho com a etiqueta indicando a “módica” quantia de R$ 599,00. Brincando, perguntei se o bonequinho cozinhava, lavava, passava, arrumava a casa e cuidava das crianças. O nerd que atendia no balcão me olhou com uma expressão de desprezo e ódio e disse: “Prefiro ficar quieto, pois tô trabalhando e não posso falar o que penso para os clientes. Mas fique sabendo, senhor, que este não é um bonequinho. É a edição limitada de um jogo que, além do avatar, vem com um pôster e o jogo!”.
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— Se eu fosse o vendedor mandaria você à merda!
— Ele era um nerd educado.
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Aproveitando a época das festas de fim de ano, que tal transformar o seu cocô em algo mais cheio de brilho? É para isso que existe a Collors Pills. A marca tem uma cartela com trinta tipos de pílulas preenchidas com diferentes cores que vão desde o preto elegante ao dourado, passando por rosa e azul. Essas pílulas são destinadas apenas para fins de decoração, ideal para quem quer presentear os amigos no Natal com algo inusitado.
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— Achei muito bacana isso! Sempre que vou ao banheiro, penso: “Cocô deveria ser uma coisa mais bonita.” Que cor vocês escolheriam? Só não vale o dourado, esse é meu!
— Rosa seria um cocô viado?
— Por que essa preocupação com o rosa? Você vai chamar alguém pra olhar?
— Quero combinar o preto elegante com o azul. Será que dá?
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Enquanto isso no Metrô, rumo ao Jabaraquara. O tiozão com pandeiro e colar de miçanga começa a mostrar os seus talentos xavecando as minas do vagão da linha azul. Como eu atraio loucos, me escondi. Mas o imã voltou a funcionar e ele me achou:
— Cheguei na moça mais bonita do vagão.
Eu, simpática:
— ..............................................................
Tiozão do Pandeiro:
— Você tem namorado? Se não tem, me adiciona lá no Facebook pra gente começar a namorar.
Eu, ainda simpática:
— ...............................................................
Tiozão do Pandeiro:
— Imagina que lindos que serão os nossos filhos?
Socorro, vida!
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— Depois dessa cantada você adicionou ele, né?
— Fiz até combinação de signos.
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É simplesmente bizarro pedir um sanduíche vegetariano e a atendente perguntar se você quer bacon nele.
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— Era bacon de abobrinha.
— Eu me divirto bastante com asneiras desse tipo.
— Acho muito engraçado quando pergunto, por exemplo, se tem sanduíche sem carne e me respondem: “Olha, tem esse aqui com presunto.” Para muitos, carne só se refere à do boi. Frango, linguiça, mortadela, peixe, peru etc. não é carne.
— Para quem não consome alimentos com ingredientes de origem animal, mas gosta do sabor do bacon já existe isso na versão vegetariana vegana.
— Coxinha vegana é tudo de bom!
— Aqui vai uma receita de sanduíche vegano com bife de soja, berinjela e pimentões assados. Esta receita é daquelas do tipo “junta tudo que tem” e faz. Na verdade, nem é uma receita. Eu diria que é uma ideia do que fazer com as suas sobras: dois pimentões amarelos, um pimentão vermelho, uma berinjela cortada em rodelas, azeite, sal, pimenta do reino, bife vegetal preparado a seu gosto, mussarela vegana, pão sem glúten, se preferir. Forno.
— Tirando os pimentões parece muito bom esse sanduíche.
— Hoje em dia existe tanta diversificação de produtos que tem gente que fica confusa mesmo. Antigamente, quando íamos ao supermercado, só existia pão de forma Pullman ou o Seven Boys. Agora, a gente olha pra prateleira do pão e nem sabe o que levar.
— Nossa, Seven Boys?
— Eu falei Seven Boys, mas existia um outro pão de forma que concorria com o Pullman. Não consigo lembrar a marca. O Pullman grudava no céu da boca. O Seven Boys também.
— Como todos os pães de forma.
— Todos, não. O Wickbold não gruda.
— Wickbold é luxo.
— Pago pra não me engasgar!
— Que o nosso dia possa ser lindo como a natureza.
— Bom-dia, amigos, venho pedir uma importante ajuda de vocês. Preciso encontrar um lar para três gatinhos. Se tiver interesse, é só entrar em contato comigo.
— Bizarro é... República Popular Democrática da Coreia.
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Na escada rolante da estação Consolação, lotada, eu mexia no celular quando senti uma mão leve encostando em mim. Ela começou a me alisar devagar, nas costas, e foi descendo. Fiquei puta. Virei pra trás pronta pra fazer um escândalo. Se o abusador retrucasse ia rolar a escada de volta para a plataforma. Olhei pra trás rápido, antes que ele tivesse tempo de disfarçar, e atrás de mim estava o culpado: um bebê que, quando me encarou, soltou uma risada meio banguela maravilhosa e se esticou de novo pra encostar em mim. Fiquei apaixonada.
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— Ainda bem que não foi comigo! Porque eu já ia virar o murro e a pobre criança morria. hahahahhaha
— Levei uma cantada faz um tempo e confesso que caí. Ele me convidou pra ir à casa dele, disse que tinha coxinha e batata. Ele só tinha 4 anos, mas já manjava da arte da sedução. rsrsrsrsrs
— Que coisa mais meiga ser acariciada por um bebê.
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Vocês aí que estão celebrando o último dia de trabalho do ano. Estamos de olho.
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Não sei o que é pior no Ano-Novo: a uva-passa no arroz ou a maçã na maionese.
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Gente, por favor, vamos parar de postar fotos da família em volta da mesa e colocar mais fotos de comida. Queremos saber o que vocês estão fazendo e comendo de gostoso, e não as poses falsas de parentes que só vemos uma vez por ano.
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Sair
Márcio Calafiori é jornalista.
Nasceu em 1957 e se formou
pela Facos em 1986.
Exerceu quase todos os cargos
em redações de jornais em Santos,
Santo André, Campinas e São Paulo.
Foi redator, repórter, revisor, editor,
secretário de redação,
chefe de reportagem e ombudsman.
Aposentou-se em 2012
como professor da Unisanta,
depois de 29 anos
de dedicação exclusiva
ao Jornalismo Impresso.
Colabora regularmente com
LEVA UM CASAQUINHO.
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