SUSAN SAINT JAMES
Los Angeles, Califórnia
14 de Agosto de 1946
Quando Susan Saint James surgiu na TV interpretando Peggy Maxwell, a intrépida assistente editorial de um trio de jornalistas independentes na Howard Publications -- Gene Barry, Tony Franciosa e Robert Stack -- na série "The Name Of The Game/Os Audaciosos" (1967-1971), sua beleza e seu talento como atriz rapidamente chamaram a atenção. Peggy tinha um jeitão delicado e, ao mesmo tempo, ousado e incansável, e funcionava como um reflexo perfeito do momento novo que as mulheres viviam em termos profissionais: misturando-se ao mundo dos homens, forjando uma carreira e mantendo sua feminilidade devidamente preservada. Cada episódio trazia Tony Franciosa, ou Robert Stack, ou Gene Barry na linha de frente. Mas todos os episódios da série contavam com a presença marcante de Susan Saint-James, que, mesmo sendo coadjuvante, era indiretamente a verdadeira protagonista da série.
Então, "The Name Of The Game" foi cancelado em 1971, e a NBC imediatamente convocou Susan para contracenar com Rock Hudson numa nova série policial: "McMillan & Wife/O Casal McMillan". Hudson interpretava o Comissário de Polícia de San Francisco Stuart McMillan, que fugia ao padrão clássico do policial de séries de TV com um postura pouco formal e bastante casual. Susan era sua mulher Sally, o oposto da imagem da tradicional mulher de policial: linda, meio riponga, e que se envolvia no trabalho do marido a ponto de ajudá-lo a resolver os casos que investiga.
Apesar do sucesso estrondoso da série, Susan não conseguiu renegociar seu contrato com os produtores para a sexta temporada, e acabou deixando o elenco para se dedicar ao cinema. Mas, infelizmente, sua carreira não decolou, e depois de dois ou três filmes pouco vistos, ela voltou para a TV, emplacando seu maior sucesso: a série dramática "Kate & Allie" (1985/1989), onde ela e Jane Curtin interpretam mulheres descasadas reinventando suas vidas amorosas enquanto dividem um apartamento em Greenwich Village, Nova York.
Quando "Kate & Allie" encerrou carreira, Susan resolveu parar de atuar e se dedicar a cuidar dos filhos. Casada com o ex-produtor de TV Dick Erbensol, com quem tem 3 filhos, vive próxima a Nova York e se dedica a causas humanitárias, reaparecendo vez ou outra fazendo participações especiais em séries como "Suits" e "Law & Order SVU".
BARBARA BOUCHET
Liberec, República Checa
15 de Agosto de 1944
De todas as loiras exuberantes surgidas no Cinema Europeu no rastro do sucesso internacional de Brigitte Bardot, a checa Barbara Bouchet foi disparado a mais arrebatadora de todas. Barbara tinha formas mais curvilíneas que Brigitte Bardot e Ursula Andress juntas. Era a mulher-violão por excelência, com quadris acentuados num corpo absolutamente escultural, que davam o tom do perigo. Mas havia equilíbrio no conjunto. Suas curvas combinavam perfeitamente com seus seios pequenos e bem arredondados.
Barbara Bouchet é o nome artístico de Barbara Goutscher, modelo, atriz e empresária tcheca radicada na Itália. Durante a Segunda Guerra Mundial, sua família esteve num Campo de Refugiados na Alemanha, e Barbara veio para os Estados Unidos com 4 anos de idade. Sua família veio para um assentamento de imigrantes em San Francisco, onde ela estudou na Escola Secundária Galileo. Em 1959, ganhou o concurso da "Miss Gidget" no programa de Dick Stewart no canal de TV Local KPIX, e ganhou como prêmio um posto de dançarina num programa jovem da emissora. Entre 1959 a 1962, ela dançou praticamente todas as canções pop e rock de sucesso. Foi só depois disso que ela foi tentar a sorte em Los Angeles, usando o sobrenome fictício Bouchet, francês, para tentar faturar em cima do sucesso de Brigitte Bardot.
Barbara Bouchet posou como modelo para várias capas de revistas, fez muitos em comerciais de TV, e estreou no cinema fazendo uma pequena participação em filmes onde sempre imitava o jeito sensual de Brigitte Bardot. Ganhou alguma visibilidade nas comédias "Good Neighbor Sam" (ao lado de Jack Lemmon) e "Sex and The Single Girl" (ao lado de Tony Curtis e Natalie Wood), e encantou Otto Preminger no drama de guerra "In Harm's Way" (ao lado de John Wayne e Henry Fonda). Mas só em 1967, em "Casino Royale" (1967), interpretando a filha de Miss Moneypenny, foi que ela ganhou visibilidade internacional.
Mas, de uma hora para outra, Barbara sentiu o mercado americano se fechando para ela, e não pensou duas vezes: mudou-se para a Itália no início dos anos de 1970, onde rodou nada menos que 40 filmes de muito sucesso na Europa e ganhou finalmente o tão almejado status de estrela. Em 1985, tornou-se sócia de uma produtora e começou a realizar séries de vídeos e livros sobre fitness. Virou uma empresária de sucesso, é dona de um estúdio em Roma. Deu sua sua carreira como atriz por encerrada em 2002, após fazer uma participação em "Gangs de New York" de Martin Scorsese. Foi casada uma única vez: com o produtor Luigi Borghese, com quem teve dois filhos e viveu 32 anos. Separou-se do marido em 2006. Permanece uma bela mulher até hoje, como comprovam as fotos recentes logo a seguir.
JULIE NEWMAR
Los Angeles, Califórnia
16 de Agosto de 1933
Desde cedo, Julie Newmar -- cujo nome verdadeiro é Julia Chalene Newmeyer -- estudou piano, dança and ballet clássico, e passou um ano correndo a Europa para se aperfeiçoar. Tornou-se "prima ballerina" na Los Angeles Opera, e depois frequentou a UCLA, onde estudou piano clássico, filosofia e francês. Com toda essa bagagem, Julie poderia tentar o que quisesse -- e decidiu mudar para Nova York e tentar a sorte nos Musicais da Broadway. Estreou em 1955 como uma das bailarinas de "Silk Stockings". Em 1957, ganhou reconhecimento da crítica por sua performance como Stupefyin' Jones em "Li'l Abner". As plateias enlouqueciam com ela. Não era para menos: Julie era linda, tinha um metro e oitenta de altura, uma elasticidade fantástica e as pernas mais espetaculares do showbiz desde Cyd Charisse.
Só que Julie realmente queria era ser atriz de comédias, como disse certa vez a um repórter do The New York Times: "Diga que sou engraçada, e será o melhor elogio que poderá fazer para mim." Linda, inteligente e dona de um senso de humor fantástico, ela adorava posar como pin-up girl para promover suas aparições na Broadway e off-Broadway. E não sossegou enquanto não conseguiu chegar onde queria.
Não chegou a fazer uma carreira muito marcante no cinema, mas fez muita TV. Estreou num episódio de "Além da Imaginação" em 1959, fazendo o papel de Miss Devlin, a personificação feminina do Diabo. Estrelou uma sitcom de sucesso chamada "Rhoda the Robot in My Living Doll", em 1964, e então, em 1966, aceitou a proposta dos produtores de "Batman" para fazer a Mulher-Gato. Teve um pouco de medo a princípio, pois não conhecia a personagem das histórias em quadrinhos. Foi um sucesso estrondoso por duas temporadas seguidas. Na terceira temporada, no entanto, ela não estava disponível e foi substituída por outra lenda da Broadway: a cantora e dançarina negra Eartha Kitt. E desde então vive ressurgindo em séries de TV e projetos especiais, já que seu amor pelo palco e pelas performances ao vivo sempre vieram em primeiro lugar.
Viajou por toda a América do Norte estrelando produções como "Damn Yankees" e "Dames at Sea". Virou empresária de teatro. Ficou rica. Em 1991, Julie saiu novamente em tournée pela América com uma produção musical: "The Women". Ainda muito ativa, e muito bonita para sua idade, Julie aparecia de tempos em tempos em convenções de fãs do seriado "Batman" sempre ao lado do bom amigo recém-falecido Adam West.
Quando Lesley Ann Warren e Leonard Nimoy ingressaram no elenco da quarta temporada da série de TV "Missão: Impossível" em 1971, muita gente respirou aliviado, pois a série estava sisuda demais com o casal Martin Landau e Barbara Bain. Como Nimoy já era uma figura bastante conhecida por conta de "Star Trek", restava saber se a bela Lesley iria conseguir tornar a série um pouco mais leve. Deu certo. Por dois anos. Quando Nimoy saiu do elenco, ela saiu junto, e Peter Graves, Greg Morris e Peter Lupus seguiram como trio nas duas temporadas finais. Lesley imaginou que conseguiria a partir dalí construir no Cinema e na TV uma carreira tão sólida quanto a que ela mantinha na Broadway desde sua estréia por lá, em 1963.
Mas não foi bem isso o que aconteceu. Na Broadway ela conseguiu desenvolver da maneira mais plena possível seu talento como cantora e dançarina. Lesley estudou interpretação com ninguém menos que Stella Adler e dança com o fabuloso George Ballanchine. Recebeu diversos prêmios por suas performances dramáticas no teatro. Mas infelizmente nunca emplacou como atriz naturalista. Prova disso que é a maioria das suas performances dramáticas no cinema ou na TV abusam do overacting e descambam para a canastrice com uma facilidade impressionante. No final das contas, suas melhores performances no cinema são cômicas e caricatas, como a da dançarina de cabaré promovida a estrela de musicais no delicioso "Victor/Victoria", de Blake Edwards, ou a da cantora que namora Kris Kristofferson em "Songwriter", filme de Alan Rudolph que lhe rendeu um Golden Globe de Melhor Atriz.
Mas se no cinema Lesley Ann Warren é vista quase como uma anomalia, na TV ela sempre foi muito bem recebida. Nos últimos anos, tem sido vista fazendo participações especiais em séries de TV como "Desperate Housewives" e "Psych", sempre nos intervalos de seus projetos teatrais. Aos 71 anos de idade e 55 de carreira, Lesley continua uma belíssima mulher, uma atriz corajosa e desafiadora e uma grande estrela da Broadway, atualmente brilhando no espetáculo "Dance To The Movies", em cartaz há já alguns anos.
JILL ST. JOHN
Los Angeles, Califórnia
19 de Agosto de 1940
De todas as ruivas que brilharam no cinema americano no início dos Anos 60, Jill St. John e Ann-Margret foram as mais queridas do público.
Ambas faziam a linha "nice girls", e só aceitavam papéis em comédias com uma levada mais juvenil -- até que, do meio da década de 60 em diante, mais crescidinhas, começaram a apostar em papéis dramáticos, fazendo uso do sex-appeal que ambas tinham de sobra.
Enquanto Ann se dividia entre sua carreira como cantora e sua carreira como atriz, Jill tratou de abraçar todos os papéis de coadjuvante que lhe ofereciam, na esperança de que, em breve, seria protagonista em algum filme.
Mas esse papel com o qual ela sempre sonhou infelizmente nunca veio, e o máximo que Jill conseguiu foi virar bond-girl, encarnando Tiffany Case, uma das bond-girls mais marcantes criadas por Ian Fleming, no filme derradeiro de Sean Connery como James Bond, "Os Diamantes São Eternos" (1971).
Mas o sucesso do filme infelizmente não alavancou convites consistentes para ela no cinema.
Decepcionada, mudou de Los Angeles para Aspen, no Colorado, onde começou a fazer um programa de TV sobre culinária e criou uma marca para fabricar roupas e equipamentos esportivos para ski, alpinismo e náutica, além de utensílios para camping e jardinagem.
Abandonou o cinema e passou a aceitar convites para fazer telefilmes, séries e até novelas, seguindo em frente com sua carreira de forma tranquila e sem sobressaltos.
Jill St. John, para quem não sabe, é uma das atrizes mais inteligentes que Hollywood já conheceu.
Dona de um QI de 162, ela foi admitida na UCLA aos 14 anos de idade.
Mulher lindíssima, Jill namorou muitos atores com quem contracenou -- entre eles, Frank Sinatra, Sean Connery e Robert Wagner --, e casou quatro vezes.
Curiosamente, seu quarto casamento, que está completando 35 anos, foi com seu antigo namorado Robert Wagner, que ficara viúvo de sua grande amiga Natalie Wood.
Jill tem vários livros publicados: alguns sobre jardinagem e outros sobre culinária, sendo que "The Jill St. John Cookbook" (1987) chegou ao topo da lista de best-sellers nos Estados Unidos.
Aos 76 anos de idade, Jill St.John segue cuidando de seus negócios como empresária, mas não pensa em voltar a atuar.
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