por Chico Marques
para Black & White In Colour
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"Expresso do Amanhã" foi vítima de uma verdadeira novela que dificultou e muito seu lançamento nos países do Ocidente. A culpa disso é da política confusa do estúdio The Weinstein Company, que comprou os direitos de distribuição do filme. Agora, depois de dois anos de enrolação, o filme finalmente ganha lançamento nos cinemas brasileiros. E acredite: "Expresso do Amanhã" é um filme que merece ser descoberto.
A trama é bem curiosa: num futuro próximo, o Governo falha em uma missão de cessar o Aquecimento Global, culminando no congelamento total do planeta. Wilford (Ed Harris) é um engenheiro que elaborou a construção de um trem que é uma espécie de Arca de Noé sobre trilhos, que salvou os últimos sobreviventes. Os passageiros são separados por suas respectivas classes sociais, e aqueles que não conseguem comprar sua entrada para o trem, são alojados nos últimos vagões do trem -- num lugar conhecido como "a cauda" -- em situações extremamente precárias e se alimentando apenas de pequenas barras de proteína.
Então, 18 anos mais tarde, a população da cauda resolve dar início a uma rebelião. Liderados por Curtis (Chris Evans), sua intenção é chegar até os primeiros compartimentos, onde poderão controlar o trem e começar uma revolução.
Logo de cara, percebemos no filme que para cada classe social mostrada em cada vagão de "Expresso do Amanhã" foi criado um padrão visual diferente.
As classes mais baixas tem um visual streampunk, bem sombrio.
As classes altas, por sua vez, possuem cores e texturas muito intensas.
Já a classe média apresenta um visual intermediário entre esses dois extremos.
As classes mais baixas tem um visual streampunk, bem sombrio.
As classes altas, por sua vez, possuem cores e texturas muito intensas.
Já a classe média apresenta um visual intermediário entre esses dois extremos.
Daí, ao longo do filme, acompanhamos uma rebelião que começa na "cauda" do trem e segue em direção à sua frente -- e a cada vagão o espectador se depara com um universo social diferente em situações no mínimo eletrizantes.
Esse belíssimo e complexo trabalho da direção de arte para retratar a diversidade desses povos é o que salta aos olhos do público logo de cara.
Já o trabalho do diretor Joon-Ho Bong coordenando todos os inúmeros detalhes dessa produção intrincadíssima é impresionante, de altíssimo gabarito.
E isso, com certeza, ajudou bastante a conferir uma espécie de "cult following" ao filme.
Esse belíssimo e complexo trabalho da direção de arte para retratar a diversidade desses povos é o que salta aos olhos do público logo de cara.
Já o trabalho do diretor Joon-Ho Bong coordenando todos os inúmeros detalhes dessa produção intrincadíssima é impresionante, de altíssimo gabarito.
E isso, com certeza, ajudou bastante a conferir uma espécie de "cult following" ao filme.
Baseado na graphic novel francesa "Le Transperceneige", "Expresso do Amanha" é uma podução visualmente estilosa, e traz um olhar bastante original sobre o que seria um mundo pós-apocalíptico.
Chris Evans está muito bem no papel principal. Os fãs do capitão América vão gostar de voltar a vê-lo num contexto tão diferente do que estão acostumados.
Sem contar o grande John Hurt e a fabulosa Tilda Swinton, que surgem em situações quase sempre caricatas, mas com atitudes provocativas e sempre marcantes.
A grande sacada de "Expresso do Amanhã" talvez seja mostrar o trem como sendo um ecossistema, onde tudo precisa estar no seu devido lugar, onde a ordem é necessária, e onde a fuga e a liberdade causarão a morte
No comando desse trem, a figura impoluta de Wilford (Ed Harris), que controla tudo e é adorado por (quase) toda a população.
Chris Evans está muito bem no papel principal. Os fãs do capitão América vão gostar de voltar a vê-lo num contexto tão diferente do que estão acostumados.
Sem contar o grande John Hurt e a fabulosa Tilda Swinton, que surgem em situações quase sempre caricatas, mas com atitudes provocativas e sempre marcantes.
A grande sacada de "Expresso do Amanhã" talvez seja mostrar o trem como sendo um ecossistema, onde tudo precisa estar no seu devido lugar, onde a ordem é necessária, e onde a fuga e a liberdade causarão a morte
No comando desse trem, a figura impoluta de Wilford (Ed Harris), que controla tudo e é adorado por (quase) toda a população.
Convenhamos: é uma reflexão meio pueril sobre a natureza do poder, mas para um filme-pipoca sci-fi de final de Inverno como "Expresso do Amanhã", está de muito bom tamanho.
Sendo assim: divirtam-se.
Sendo assim: divirtam-se.
EXPRESSO DO AMANHÃ
SNOWPIERCER
(2013 - 126 minutos)
Diretor
Joon-ho Bong
Roteiro
Joon-ho Bong
Kelly Masterson
Elenco
Chris Evans
Kang-ho Song
Tilda Swinton
Ah-Sung Ko
Jamie Bell
Octavia Spencer
John Hurt
Alison Pill
Ed Harris
Emma Levie
em cartaz no Cine Roxy Iporanga 4
e no Cinemark Praiamar Shopping
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