por Sérgio Prior
para www.setimaarte.iron.com.br
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Anna (Agata Trzebuchowska) vive num convento de freiras desde que se conhece por gente.
Às vésperas de fazer seus votos de freira é comunicada pela madre superiora que ela tem uma tia, Wanda (Agata Kulesza), e que ela deve visitar a tia de imediato.
O conhecimento do mundo fora do convento inexistia para Anna.
A jornada que está prestes a se iniciar vai ser decisiva para os rumos que sua vida irá tomar.
O período de transição não se restringe à vida de Ida, já que a trama se passa na Polonia dos anos 60, período em que o país ainda vivia alguns fantasmas relativos à ocupação nazista na segunda grande guerra e o regime comunista então vigente.
As descobertas de Ida são inúmeras, mas uma das principais é de que seus pais eram judeus.
Com a ajuda de sua tia, que havia sido uma juíza das mais severas em defesa do estado polonês e do comunismo, e que se encontrava então aposentada, vai em busca do local onde seus pais estariam enterrados.
Anna fica sabendo que o nome escolhido por seus pais fora Ida. Tia e sobrinha fazem um road movie psicológico.
Wanda, que outrora fora uma "carrasca", tem uma visão pessimista da vida, do regime, e o que é pior, dela própria.
Já Anna/Ida está em processo de decisão para onde irá encaminhar a sua vida.
O filme só poderia ser rodado em preto e branco, assim fica sublinhado o aspecto psicológico dos personagens e político.
O oásis do filme fica por conta do grupo de jazz que toca "Naima", de John Coltrane, num final de noite, num boteco.
Oásis numa época e em personagens que em muito ainda sofriam com as cicatrizes que a história de suas vidas, da história de seu país (holocausto/comunismo) ainda permaneciam longe de estarem fechadas.
IDA
(Ida, 2013, 82 minutos)
Direção e Roteiro
Pawel Pawlikowski
Elenco
Agata Kulesza
Agata Trzebuchowska
Halina Skoczynska
Joanna Kulig
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