Um dia desses,
essa animalesca Mercearia trombou com imagens (acho que no ‘Livro de Róstos’ do
(Alcides) Mesquita) de pequenos saguis perambulando nas imediações do
Municipal.
Vídeos de
mensageiros instantâneos com saruês passeando pelas gôndolas frigoríficas do
Assai. Certamente, uma freguesia não escolhida ‘a dedo’.
O testemunho da
presença dos pequenos símios percorre os quatro cantos da cidade. Quem é
morador do Morro do Marapé já se acostumou com o furto de ovos protagonizado pelos
pequenos bichos nos ninhos da passarinhada das adjacências.
Corre-se à boca
pequena que entre o Primo Ferreia e o Maria Emília Reis, na Vila Belmiro, os
danados dos saguis estão desfilando só no ‘grand jeté’: definitivamente, a
macacada não está para brincadeiras.
Macacos
arteiros: em busca de alimento, vão presepando aqui e acolá.
No caso dos
saruês, vale o registro no jardim do solar desse desanimado merceeiro: um
filhote da espécie que passou alguns dias hospedado entre as folhagens.
Batizei-o de Lo-Rez (salve William Gibson!).
Lo-Rez, por ser
filhote, só se atrevia a passear pelos muros da vivenda ao longo da madrugada.
Talvez com medo dos gatos, maiores e mais fortes. Sua beleza não era lá seu
forte, mas valia a ‘fofice’ de sua tenra idade.
Não sabendo o
que fazer, meu irmão ligou para os bombeiros. Foi deles a informação de que os
saruês estavam a invadir a cidade chegados pelos caminhões de bananas do Vale
do Ribeira e que abastecem as feiras-livres de nossa região.
Nessa Mercearia,
não temos o hábito de comercializar animais silvestres, mas coube versarmos sobre
a presença inusitada desses moradores cidade afora.
Quem já foi à
Índia, sabe a mão-de-obra e dor-de-cabeça que macacos dão: furtam carteiras,
máquinas fotográficas, bolsas... comida. Já não bastasse o punguista nosso de
cada dia, em breve, teremos mais essa pelo andar da carruagem.
No caso de
furto, cabe B.O.?! Na delegacia de polícia civil... ou ambiental?!
Do jeito que a coisa vai, sairíamos, como diz Flávio Viegas Amoreira, de “Dubai do Brejo” para nos tornarmos a “Nova Delhi do Lagamar”
Marcelo Rayel Correggiari
nasceu em Santos há 48 anos
e vive na mítica Vila Belmiro.
Formado em Letras,
leciona Inglês para sobreviver,
mas vive mesmo é de escrever e traduzir.
É avesso a hermetismos
e herméticos em geral,
e escreve semanalmente em
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