TEXTOS DE CHICO MARQUES
DONNA MILLS
December 19, 1940
Chicago, Illinois
Donna
Mills estudou Ballet durante a adolescência, e depois foi estudar Artes
Dramáticas na Universidade de Illinois. De Chicago, seguiu para tentar a sorte
em Nova York, onde estreou na peça de Woody Allen “Don’t Drink The Water” (1966).
Linda e delicada, seguiu logo para Hollywood, onde fez pequenos papeis até
brilhar – em todos os sentidos – em “Play Misty For Me”, de Clint Eastwood (1971).
Mas ela logo seguiu para a TV. Fez uma série cômica de sucesso intitulada “The
Good Life” ao lado de Larry Hagman no início dos Anos 70, e passou o resto da
década pulando de galho em galho, esperando por uma oportunidade de ouro. E
então, em 1980, a convidaram para fazer a empresária manipuladora e calculista
Abby Cunninham no dramalhão “Knots Landing”, que foi um grande sucesso – aqui no
Brasil inclusive -- entre 1980 e 1993. Donna virou uma espécie de J R Ewing de
batom, que, curiosamente, rivalizava com ela em popularidade na CBS-TV, que
também exibia “Dallas”. Nos últimos 20 anos, Donna nunca mais teve um papel tão
marcante na TV quanto Abby. Mas nunca
saiu de cena. Recentemente, voltou ao cinema fazendo um pequeno papel em “Joy”,
de David O. Russell. Encabeça atualmente o elenco da série Hilton Head Island”,
que acaba de terminar sua primeira temporada, mas ainda não foi renovada para
uma segunda. Está com 77 anos de idade, mas não pensa em parar tão cedo.
JENNIFER BEALS
December 19, 1963
Chicago, Illinois
Jennifer
Beals é uma daquelas atrizes que deu o azar de estrear como protagonista muito
antes de estar pronta. Sua performance como atriz no filme “Flashdance” (1983) beira
o sofrível, já que ela foi escolhida mais por seus atributos físicos e por sua
habilidade como dançarina. Por conta disso, ela ficou estigmatizada, e passou
os 20 anos seguintes fazendo papeis pouco expressivos em filmes menos
expressivos ainda. As exceções à regra são “Mrs Parker and The Vicious Circle”
(1994, de Alan Rudolph), “Devil In A Blue Dress” (1996, de Carl Franklin) e “The
Last Days Of Disco” (1998, de Whit Stillman). Então, finalmente brilhou nas
séries de TV “The L Word” (2004-2009) e “The Chicago Code” (2011-2012). Trabalhou
pouco nos últimos 5 anos, enquanto aguarda algum papel fixo em alguma nova série.
Está gatíssima aos 54 anos de idade. Vovozinha nota dez.
JANE FONDA
December 21, 1937
New York, New York
Lady Jayne Seymour Fonda é filha do grande ator
de teatro e cinema Henry Fonda e da socialite Frances Seymour Ford. Henry era
descendente de holandeses. Já sua mãe tinha um parentesco com uma das
ex-esposas de Henrique VIII, Jane Seymour (1509-1537). Quando Jane tinha 12
anos de idade, sua mãe cometeu suicídio durante um surto após buscar tratamento
num hospital psiquiátrico. A Jane foi dito que a mãe morrera de ataque
cardíaco. Jane começou a ter aulas de dança em Fire Island Pines, em Nova
Iorque, e foi estudar na prestigiada Greenwich Academy, um internato para
garotas, em Greenwich, Connecticut. Jane foi modelo nos anos 1950, e foi capa
de diversas revistas de moda, mas se interessou por Artes Dramáticas em 1954, depois
de atuar com o pai numa produção beneficente de “The Country Girl”. Estudou no
Emma Willard School na Vassar University, depois morou em Paris por dois anos
para estudar arte, e na volta fez cursos com Lee Strasberg no Actors Studio. Strasberg
foi a primeira pessoa, além de seu pai, que lhe disse que tinha talento. E
então ela deu início a sua carreira no cinema no final dos Anos 50, fazendo dois
filmes por ano até o início dos Anos 70. Sua lista de sucessos nos anos 60 é
enorme: “Period of Adjustment” (1961), “Walk on the Wild Side” (1962, que lhe
rendeu um Golden Globe), “Sunday in New York” (1963), Cat Ballou (1965), “The
Chase” (1965, dirigido por Arthur Penn a partir de um roteiro de Lillian
Hellman, onde contracenou com Marlon Brando), além das comédias “Any Wednesday”
(1966) e “Barefoot in the Park” (1967, ao lado de Robert Redford). Então, em
1968, veio o clássico sci-fi lisérgico “Barbarella”, dirigido por seu então
marido Roger Vadim, que a estabeleceu como
um dos maiores símbolos sexuais dos Estados Unidos no fim dos anos 1960. Na
virada para os Anos 70, Jane Fonda radicalizou na escolha de seus papeis. Deixou
as comédias de lado, e passou a fazer apenas dramas mais ou menos engajados para
se livrar do estigma de símbolo sexual deixado por “Barbarella”. Então vieram “They
Shoot Horses, Don't They?” (1970, de Sydney Pollack) e “Klute” (1972, de Alan J
Pakula), que a consagraram como a maior atriz americana de sua geração,
condição confirmada anos adiante com suas performances em “Julia” (1977, de
Fred Zimmerman), em ”Coming Home” (1978, de Hal Ashby) e em “On Golden Pond”
(1981, onde contracena com Katherine Hepburn e com seu pai Henry já doente um
ano antes de falecer). Em abril de 1991, após três décadas de carreira no
cinema, Jane anunciou que estava se aposentando da indústria cinematográfica e
não tinha intenções de voltar a atuar. Em maio de 2005, no entanto, ela voltou,
e desde então não parou mais. Brilhou recentemente na série “Grace &
Grankie” (2015-2017), ao lado de Lily Tomlin, e em filmes como “Our Souls At
Night” (2007) para a Netflix, novamente fazendo par romântico com Robert
Redford Continua uma bela mulher aos 80 anos de idade. Parece ter, se muito, 60
December 23, 1958
Houston, Texas
Joan
Severance é um mulherão desde a
adolescência. Modelo desde os 15 anos, seguiu para Paris aos 18 por insistência
de John Casablancas, de Elite Models, e em poucos meses tornou-se uma top model
internacional de responsa, aparecendo em capas de muitas revistas
internacionais e fazendo campanhas para Chanel e Versace. Aos 19, veio para
Nova York, e passou a estrelar comerciais de beleza para marcas como L'Oreal e
Revlon. Aos 22 anos, quando estava no auge de sua carreira como modelo, aposentou-se
temporariamente para tentar virar atriz. Só se desse tudo errado, ela voltaria.
Estreou na ótima série de TV “Wiseguy”, ao lado de Ken Wahl e Kevin Spacey,
logo foi notada. No cinema, estreou na comédia de Arthur Hiller “Cegos, Surdos
e Loucos” (1989), ao lado de Gene Wilder e Richard Pryor. Trabalhou com Mel
Gibson em “Máquina Mortífera” (1987) e em “Alta Tensão” (1990) e no primeiro
filme da série “Máquina Mortífera”, mas só foi conseguir ser protagonista em
produções de alto teor erótico de Zalman King como “Black Scorpion”, “Lake
Consequence” e “Last Seduction”, onde sempre faz alguma femme fatale. Nos
últimos 20 anos, Joan retomou sua carreira como modelo e tem sido vista sempre
fazendo papeis secundários em séries como “CSI Miami”, “American Horror Story”
e “Masters Of Sex”, entre outras menos conhecidas. Aos quase 60 anos de idade,
permanece uma mulher indíssima, dona de um corpo espetacular
EDWIGE FENECH
December 24, 1948
Bone, Constantine, França
Edwige
Sfenek, ou Edwige Fenech, começou sua carreira de show-business como participante
em concursos de beleza, ganhando o título de "Miss Manequim de La Cote d'
Azur" aos 16 anos e ainda um Miss França Beleza. Trabalhou como modelo fotográfica
antes de fazer sua estréia no cinema na comédia “Toutes Folles de Lui” (1967). Começou
a aparecer com frequência em produções picantes por toda a Europa, sempre com
seus cabelos negros brilhantes e seu rosto longo e sensual. Tornou-se uma atriz
muito popular e muito requisitada. Filmes com cenas suas de nudez eram bilheteria
garantido em vários países no início dos Anos 70 -- Brasil inclusive. Ela só
começou a ser levada a sério como atriz em filmes como “O Estranho Vício da Senhora
Ward” (1971) e “O Quarto Escuro de Satã” (1972). Edwige Fenech sempre demonstrou sua excepcional facilidade
para fazer performances desinibidas, e brilhou em comédias que hoje podem ser consideradas
pequenos clássicos como “Quel Gran Pezzo Della Ubalda Tutta Nuda e Tutta Calda”
(1972) e “L'insegnante” (1975). A partir dos anos 80, quando o cinema erótico
europeu degruingolou para o pornô hardcore, Edwige mudou para a TV, e chegoua
ter um show na RAI juntamente com Barbara Bouchet. Fundou sua própria produtora
de filmes com seu filho Edwin Fenech, e passou a assinar várias séries de TV.
Voltou ao cinema em 2007, fazendo um mulher madura muito sedutora em “O Albergue
2” de Eli Roth (2007). Aos 69 anos de idade, permanece uma mulher belíssima, e
com tudo mais ou menos em cima. Uma GILF digna de todas as honras.
SARAH MILES
December 31, 1941
Ingatestone UK
Sarah
Miles surgiu na cena cinematográfica inglesa nos Anos 60, e enveredou tanto
pelos grupos de “Angry Young Men” quanto pela turma mais hip que circulava pela
Swinging London. Julie Christie, Vanessa Redgrave e ela praticamente
estabeleceram um novo padrão de atuação para as novas atrizes inglesas na
época. Seus primeiros grandes sucessos foram “O Criado” (1963), de Joseph
Losey, onde contracenou com Dirk Bogarde, e “Cerimônia macabra” (1964), de
Lawrence Harvey. Depois disso fez vários filmes marcantes, teve um romance muito
comentado com Sir Laurence Olivier e casou-se com o teatrólogo e roteirista de
cinema Robert Bolt, que adaptou para ela nada menos que "Madame
Bovary", situando a trama durante a Rebelião de Páscoa de 1916 na Irlanda.
O filme mais conhecido de Sarah é “A Filha de Ryan” (1970), obra prima de David
Lean, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. No entanto, sua
estrela começou a se apagar depois de participar de “Os Amantes de Lady
Caroline” (1972), escrito e dirigido por Robert Bolt, que foi um fracasso tanto
de crítica quanto de. Depois de participar de uma adaptação à TV de "Réquiem
Para Uma Freira" de William Faulkner para o Hollywood Television Theatre
(transmitida pela PBS), ela fez ao lado de Kris Kristofferson “O Marinheiro que
Caiu em Desgraça com o Mar” (1976), baseado num romance de Yukio Mishima, com
cenas de nudez muito reveladoras. A partir daí, voltou a atuar apenas na
Inglaterra, brilhando eventualmente em filmes como “A Sauna” de Joseph Losey
(1985), “Esperança e Glória”, de John Boorman (1987) e “Incontrolável Paixão”
(1988) de Michael Radford. Decidiu aposentar em 2003, mas voltou atrás ano
passado, quando estrelou o drama “Interlude City of a Dead Woman”, de Angela
Ismallos. De qualquer maneira, é sempre bom saber que o talento de Sarah Miles
continua em plena atividade.
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