Thursday, October 22, 2015

NADA COMO O CHEIRO DO SEXO DA NOITE ANTERIOR ENTRANHADO NO QUARTO

por Manuel Mann

Sempre que aparece alguma mulher diferente no escritório eu fico ligada. É algo que não consigo evitar. Instinto de caçadora. Raramente dou em cima. Mas tem vezes que eu simplesmente não dá para não cair matando em cima.

Um dia desses, apareceu por lá uma mulher exuberante vendendo queijos da Serra da Canastra. Fiquei curiosa, pois não é fácil encontrar queijos daquela região a bons preços por aqui. Como ela estava oferecendo provas dos queijos a todos -- e eu sou de Muzambinho, cresci com o sabor dos melhores queijos do Estado na minha boca o dia inteiro --, aproveitei para checar o sabor e a consistência de cada um deles. 

Para minha surpresa, eram deliciosos. Com sabor de infância. Pobres paulistas, passam a vida inteira comendo queijos com leite pasteurizado e não fazem a menor idéia do que é um queijo feito de leite cru.


Para quem não sabe, os queijos da Serra da Canastra são certificados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio imaterial do Brasil, e possuem selo de indicação geográfica. São considerados artigos gourmet, cobiçados por consumidores e chefs de todo o país. 

Apesar disso -- e apesar de Minas ser vizinho a São Paulo --, durante muitos anos foi proibido comercializar no Estado de São Paulo queijos tipo Minas feitos com leite não-pasteurizado, de acordo com a receita tradicional mineira. 

As alegações eram higiênicas, mas obviamente funcionavam como uma espécie de barreira comercial para salvaguardar os produtores de queijos paulistas, de qualidade muito inferior. Em consequência disso, sempre houve um verdadeiro tráfico de queijos "contrabandeados" de Minas para cá. 

Só em 2013, depois de muita gritaria dos gourmets e gourmands daqui se São Paulo, que não tinham como usar produtos "ilegais" em suas receitas, começou uma pressão para que a lei fosse revista.



Como estamos no Brasil, Terra da Bandalheira Fiscal e da Burocracia Inútil, a liberação dos Queijos produzidos na Serra da Canastra foi regulamentada privilegiando alguns produtores em detrimento de outros. E, claro, não sem antes do Governo Federal inventar um novo fator complicador para poder em seguida vender uma facilidade. 

Criaram o SISBI, Sistema Brasileiro de Inspeção, mais um órgão fiscalizador federal inútil, até porque todos os outros laticínios produzidos no Brasil são submetidos ao SIF, Secretaria de Inspeção Federal, cujo selinho os consumidores de queijos e frios estão carecas de conhecer. E os dois órgãos, SISBI e SIF, fazem exatamente a mesma coisa: fiscalizam a qualidade dos laticínios. 

A ínica diferença entre eles é que o SIF pode autorizar exportações, e o SISBI não. 

De resto, prestam exatamente o mesmo serviço. 

Ou o mesmo desserviço, se preferirem.


Estranhamente, o processo burocrático de submeter os queijos da região ao SISBI triplicou seus preços originais. 

Os municípios onde são produzidos os queijos típicos da Canastra --Bambuí, Madeiros, Piumhi, São Roque de Minas, Tapiraí, Vargem Bonita e Delfinópolis-- reúnem perto de 1.500 produtores. Desses todos, apenas 30 possuem o selo do SISBI. 

Todos os demais permanecem na "ilegalidade", sem poder vender para outros Estados. 

Como operam com preços muito inferiores aos que possuem o selo do SISBI, favorecem a continuidade do "contrabando" de queijos de um Estado para o outro.



Qualquer retardado mental que tenha sido criado em Minas sabe perfeitamente bem que qualquer queijo produzido com leite cru é infinamente mais saudável que qualquer outro feito com leite pasteurizado. 

Mas a Burocracia Federal discorda. 

E não quer conversa.  

E não adiante argumentar mostrando por A mais B que na França não é assim que funciona, e que nem na nossa vizinha Argentina os queijos são submetidos a tantos entraves burocráticos. 

Isso para vocês verem como o Brasil é um país ridículo e surreal.



Enfim, voltando à "tipa" que estava vendendo queijos contrabandeados, era uma morena muito bonita e muito gostosa, com seios enormes, nitidamente naturais, muito sorridente e delicada, mas com um jeitão de mulher forte. 

Seu nome era assustador: Rosinete. 

Aparentava quarenta e poucos anos, e se vestia com roupas muito estranhas, coloridas demais, sobre uma malha preta que a cobria dos calcanhares ao pescoço. 

Achei a princípio que fosse sapa, mas meu "sapatômetro" estranhamente não apitou. Deixei rolar. Segui provando os queijos que ele tinha para vender. Tirando uma bobagem ou outra -- achei um completo absurdo um Queijo Minas oco recheado com Requeijão, simulando grosseiramente os adoráveis Queijos da Serra da Estrela, de Portugal --, valia a pena encher a geladeira de casa com aqueles queijos. 

E foi o que eu fiz. De quebra, comprei alguns para meu amigo Manuel Mann, que está viajando, volta semana que vem, e tem que dar de comer a suas duas loirinhas de estimação.



No total, comprei 12 peças de Queijo Minas: quatro curados, quatro meia cura e outros quatro no padrão normal.

Foi quando Luzinete sorriu para mim e disse: "É muito queijo. Quer que eu entregue mais tarde na sua casa?"   

Eu respondi: "Só se você não fizer a desfeita de recusar um convite para jantar"

"20 horas?"

Entreguei a ela meu cartão com endereço e telefone e disse: "Tá ótimo, te espero por lá. Moro na Ilha Porchat. Me ligue quando chegar que eu desço e ajudo a subir os queijos. Vou pedir para o zelador conseguir um lugar na garagem para você. É que lá é difícil estacionar, e a garagem fica vazia, pois mais da metade dos moradores do prédio só aparecem nos finais de semana."

Cheguei em casa toda animada, tomei um bom banho, passei meus cremes -- tenho 69 anos de idade, não posso abrir mão deles --, vesti uma roupa confortável e levemente sensual, um conjunto de lingerie bem delicado, e pedi pelo telefone uma pizza grande meio-margherita, meio napolitana para a BRAVO!, minha pizzaria delivery favorita. 

Pouco antes das 8 da noite Rosinete ligou, avisando que estava em São Vicente e que iria subir a Ilha. Desci até a portaria para recepcioná-la. Moro num prédio ótimo, mas geograficamente meio complicado. Com a ajuda de um guia, entrar aqui sem se perder fica bem mais fácil.

Subimos, guardamos os queijos no freezer, e disse a ela que havia pedido uma pizza, que deveria chegar a qualquer momento.



Enquanto a pizza não chegava, Rosinete me falou de sua vida. Foi aeromoça na VASP. Casou. O casamento durou pouco. Na separação, o ex-marido conseguiu a custódia da filha, alegando que o trabalho dela era incompatível com a maternidade, e levou a menina embora para os Estados Unidos. Anos mais tarde, quando Luzinete foi demitida da VASP, pegou seu fundo de garantia e seguiu também para os Estados Unidos, para a mesma cidade onde sua filha morava, só para ficar perto dela. Seu ex-marido, incomodado com a situação, ameaçou denunciá-la à Imigração caso ela decidisse permanecer por lá depois que seu visto expirasse. Luzinete pensou bem, e acatou a coação, com medo de ser deportada e nunca mais poder entrar nos Estados Unidos para ver sua filha.   

Voltou para o Brasil. Com o dinheiro que ainda tinha restado, abriu uma Casa de Laticínios no Centro de São Paulo. Depois de dois anos, cansou de tudo: do comércio, de São Paulo, da vida que levava. Prestou concurso para professora na Rede Pública de Praia Grande, passou, e se mudou para beira-mar para lecionar Inglês. Foi quando se identificou com o ciganismo, uma quase seita repleta de uns ciganos meio hippies, que não são necessariamente nômades, mas cultivam o estilo de vida e os princípios filosóficos das tribos nômades que circulavam pela Europa desde o Século XV. 

Desde então, Luzinete conseguiu encontrar alguma felicidade em meio a toda a tristeza que permeia sua vida. Ela se considera cigana de verdade, apesar de sua única atividade nômade consistir em viajar todo ano nas férias para visitar a filha, já casada e com um filho, em Atlanta. 

Quando ela terminou de contar essa história, estava meio chorosa, e eu a abracei. 

Foi quando o interfone tocou avisando que a pizza chegou.



Depois do jantar, continuamos conversando. Ela ficou encantada com a vista dos navios estacionados da janela de minha sala. 

Levei-a então até o térreo, para a área das churrasqueiras, diante da pedra gigante que fica bem diante do prédio, de frente para o mar. 

Tem uma pequena ponte que dá acesso à pedra, onde os moradores costumam tomar sol em dias de maré baixa. E aquela era uma noite de maré baixa. 

Apesar de não ser aconselhável seguir até lá à noite, por conta da escuridão, disse à Luzinete que, em noites de luar, eu adorava pegar uma toalha bem fofinha, abrir sobre a pedra e ficar lá, contemplando as estrelas, até a madrugada. Ela ficou encantada com a idéia. Disse que, se eu quisesse, leria meu futuro nas estrelas. 

Sem pestanejar, voltei ao apartamento para pegar duas toalhas bem fofas enquanto Luzinete ficou contemplando o mar. Para minha surpresa, assim que cheguei -- com as toalhas e uma sacola térmica com uma lanterna, duas garrafas de vinho e algumas latas de cerveja --, ela me abraçou e me deu um beijo na boca. 

Foi ótimo, nem precisei me identificar como lésbica, o que às vezes coloca tudo a perder.



Antes de seguimos pela pequena ponte até o centro da pedra gigante, peguei 8 pedras pequenas para servirem de peso para que as toalhas não voassem com algum vento que pudesse começar a bater de uma hora para outra. Afinal, estávamos com o mar aberto bem diante de nós. 

Ao chegarmos ao centro da pedra, o céu estava tão claro que dispensei a lanterna. Estiquei as toalhas na pedra. Enquanto eu abria uma garrafa de vinho para nós, Luzinete ficou completamente nua, e se deitou. Que visão espetacular de mulher! Que seios abundantes! Passei a garrafa de vinho para ela beber no gargalo mesmo e tratei de tirar minhas roupas também. 

Deitei-me ao lado dela. 

Começamos a nos beijar e a passear nossas mãos pelos nossos corpos. 

Foi quando Luzinete, com muito conhecimento de causa, começou a explorar meu corpo com sua língua, indo da boca aos seios, e dos seios até o meio da minhas pernas, passeando por todo o entorno da minha buceta. 

Pensei comigo mesma: meu sapatômetro falhou feio dessa vez. Luzinete era iniciada no assunto. E muito bem iniciada. Línguinha arisca. Gozei abundamente na boca dela.



E então chegou minha hora de retribuir. Comecei a lamber seus pés, seguindo com minha língua pela parte de trás de suas pernas. Passeei com minha língua pelas imediações de sua buceta e de seu cuzinho, mas não entrei. Em vez disso, subi em direção a seus seios irresistíveis, originais de fábrica. Lindíssimos. 

Depois subi para sua boca, enquanto esfregava minha buceta contra sua perna esquerda e roçava meus seios pequenos contra seus melões magestosos. 

Virei-a então de bruços e comecei a pressionar meu corpo contra suas costas, enquanto chupava seu pescoço. Desci com minha língua por toda a extensão de sua coluna, passando os bicos de meus seios sobre sua pela molhada e ansiosa por meus toques. 

Por último, virei-a novamente, sentei sobre seu rosto para que ela lambesse minha buceta. Levei-a ao gozo enquanto chupava a buceta dela enfiando dois dedos no cu dela. 

Luzinete grunia. 

Os moradores do prédio devem ter achado que havia algum gata no cio fazendo a alegria dos gatos de rua que moram na Ilha.



Depois de relaxarmos deitadas contemplando as estrelas, ela assumiu que transava tantos homens quanto mulheres em seus tempos de aeromoça. Que seu ex-marido certa vez deu um flagrante nela e numa outra aeromoça na cama, e isso levou à separação deles. Ele ainda ameaçou usar isso contra ela caso resolvesse brigar na Justiça pela custódia da filha. Por conta disso, Luzinete ficou muitos anos sem se relacionar com mulher ou homem nenhum. 

Nesses últimos meses, ela vem saindo com um rapaz cigano, mais jovem do que ela, mas está achando tudo muito chato, pois ele é mandão e careta. E também não é lá grande coisa na cama, apesar de ser bonitão, alto, forte e ter um pintão enorme. 

Foi quando eu disse a ela: "querida, pinto eu tenho vários lá em casa, de vários tamanhos e formatos, até porque nunca tive muita paciência com os felizes proprietários dos de "carne e osso".

Rimos muito, nuas sobre as pedras.


Luzinete prometeu e cumpriu: leu meu futuro nas estrelas. Mas não disse nada que eu já não soubesse: apenas que minha vida iria mudar um pouco a partir do próximo ano. 

Contei a ela que estou me aposentando. Ela disse que terei vida longa. Acreditei, pois minha família é bem longeva. Só torço para ter saúde e clareza de idéias até o fim.

Propus a Luzinete que, ao voltarmos para o apartamento, seguíssemos nuas para dar um mergulho na piscina antes de subir. Ela adorou a idéia. Afinal já era tarde da noite e ninguém iria nos ver mesmo. Fomos até a piscina. Nadamos um pouco. Depois subimos nuas mesmo pelo elevador de serviço, tapando a lente da câmera com minha calcinha, para que o zelador -- caso estivesse acordado --  não nos visse nuas. 



Ao chegarmos, Luznete pediu para ver minha coleção de pintos. 

Abri o oratório de mamãe e mostrei a ela os "meus amiguinhos". 

Ela ficou encantada. mas disse: "uma outra ocasião, talvez, hoje eu não quero nem saber de pinto". 

Seguimos para o banho, dalí para a cama, onde fizemos uma tesourinha sensacional que durou mais de meia hora, e depois chupamos nossas bucetas até nossas entranhas secarem por completo.



No dia seguinte, ao acordar, deixei o pão descongelar junto com a manteiga para o Café da Manhã -- compro sempre pão francês para a semana toda, na Panificadora Washington Luiz, em Santos, e depois congelo.

Fui até o quarto só para contemplar Luzinete e seus seios maravilhosos esparramados sobre a cama. Ela, com certeza, não iria conseguir acordar tão cedo. Quando entrei, senti aquele cheiro de mulher satisfeita sexualmente entranhado no ambiente. Parafraseando o Tenente Coronel Bill Kilgore de "Apocalypse Now", filme de Francis Ford Coppola, pensei comigo mesma: 

"Ah, nada como o cheiro de buceta pela manhã".




Jurema Cartwright
escreve toda quinta
 sobre comida e buceta
 em LEVA UM CASAQUINHO


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