Showing posts with label PARATYANAS. Show all posts
Showing posts with label PARATYANAS. Show all posts

Sunday, May 22, 2016

AS BELAS FOTOS DE ARMANDO CATUNDA NA FESTA DO DIVINO 2016 EM PARATY



Criada em Portugal pela Rainha Isabel por volta do ano 1300, a Festa do Divino chegou ao Brasil trazida pelos colonizadores, e vem acontecendo em Paraty desde o século XVIII.

Realizada no dia de Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, a Festa do Divino homenageia o Espírito Santo, e envolve toda a comunidade num evento de grandes proporções, que começa a ser organizado um ano antes de sua realização.

Primeiro é escolhido pela Paróquia um "festeiro", que fica encarregado de administrar dezenas de voluntários para várias atividades, religiosas ou profanas.

São 10 dias inteiros de missas, ladainhas, leilões, rifas, bingos, bebidas, comidas e danças típicas, e shows musicais.





Apesar de algumas pequenas mudanças que foram se incorporando à Festa do Divino com o passar dos séculos, ela se mantém imutável nos seus princípios básicos -- como na distribuição de carnes aos pobres, comida ao povo e balas e doces às crianças

O último fim de semana é o mais trabalhoso, pois no sábado, logo após a alvorada, peças de carne são distribuídas aos pobres pelos festeiros, exatamente como a Rainha Isabel fazia 700 anos atrás.

Ao meio dia, distribuem comida e bebida para todos, e mais à noite, na Matriz, um adolescente da comunidade é coroado Imperador do Divino, que assiste missa com seus vassalos e, logo após, recebe homenagens do lado de fora da igreja, com a apresentação da Dança das Fitas, do Xiba Cateretê, da Dança dos velhos e dos bonecos folclóricos de Paraty: o Boi, o Cavalinho, o Peneirinha e a Miota.





O Imperador e sua corte, o festeiro e dezenas de outros devotos carregando suas bandeiras, dão uma volta pela cidade arrecadando donativos e seguem para assistir missa.

Em seguida, o Imperador assiste à Congada (Marrá Paiá em Paraty). Na cadeia antiga, simbolicamente, ele liberta um preso.

A ultima procissão acontece à tardinha, após a qual o festeiro passa a Bandeira Mestra para o festeiro do ano seguinte.

 




O Imperador preside as cerimônias de sua festa distribuindo lembranças e medalhas, soltando da cadeia um preso comum, como indulgência imperial, e recebe as homenagens das autoridades locais e as reverências de praxe.

Na parte religiosa, preside às procissões e tem assento ao lado direito do altar, em trono ricamente ornado, ostentando as insígnias imperiais: coroa e cetro de prata.



O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Brasília, aprovou no dia 3 de abril de 2013, o Registro da Festa do Divino Espírito Santo de Paraty, no Rio de Janeiro, como Patrimônio Cultural Brasileiro.

De acordo com o parecer do DPI sobre a festividade, trata-se de uma celebração representativa da diversidade e da singularidade, com elementos próprios, fundamental para a construção e afirmação da identidade cultural do paratiense.

A Festa possui, ainda, relevância nacional, na medida em que traz elementos essenciais para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira, além de ser uma referência cultural dinâmica e de longa continuidade histórica.

Armando Catunda é fotógrafo,
e nasceu e foi criado em Santos.
Seu interesse pelo Mar e pela Natureza
o levaram a mudar para o Litoral Paulista,
onde explorou a Mata Atlântica
com uma sensibilidade a toda prova
através das lentes de suas câmeras.
Hoje, Armando reside em Paraty.
Suas fotoreportagens sobre a cidade
estarão presentes sempre às segundas
aqui em LEVA UM CASAQUINHO.


Friday, April 22, 2016

PARATY DOS MEUS OLHOS (textos e fotos por Armando Catunda)



Doce Paraty!
A cidade tem doceiros famosos que continuam a tradição de receitas dos avós, bisavós, que nasceram para deixar o paladar feliz.
Pelas esquinas os carrinhos adoçam o caminho.



“Em vez de tomar chá com torrada, ele bebeu paraty.”
Já cantava Ari Barroso.
Paraty já foi sinônimo de cachaça.
Hoje, vir à cidade e não conhecer, degustar e levar algumas das excelentes cachaças da terra, é como ir à Roma e não dar um alô para o Chiquinho.



Praia do Jabaquara na primeira luz da manhã.
A beleza na paz ou a paz da beleza.
Sei lá...



Paraty dos artistas plásticos!
A cidade imã para artesãos, artistas de rua, bons músicos, ceramistas.
Jorge Pessoti é um deles.
Figura rara, com o trabalho exposto em seu estúdio na estrada Paraty Cunha, km 11.
Além das obras rola um banho de cachoeira em meio à Mata Atlântica.



Paraty dos recantos!
Cantinhos, à beira-rio, à beira-mar, em esquinas sob luminárias charmosíssimas, em banquinhos espalhados por lugares inesperados, onde o lance é se sentar e viajar.



Armando Catunda é fotógrafo,
e nasceu e foi criado em Santos.
Seu interesse pelo Mar e pela Natureza
o levaram a mudar para o Litoral Paulista,
onde explorou a Mata Atlântica
com uma sensibilidade a toda prova
através das lentes de suas câmeras.
Hoje, Armando reside em Paraty.
Suas fotos e seus textos sobre a cidade
começam a ser publicados esta semana
aqui em LEVA UM CASAQUINHO.


Friday, April 15, 2016

ARMANDO CATUNDA, NOSSO HOMEM EM PARATY, ESTREIA EM LEVA UM CASAQUINHO


texto e fotos por Armando Catunda
(foto acima: Máscaras no Estúdio de Jorge Pessoti)



Eu aqui rastejando na internet de 1 mega, pela qual pago sessenta conchas lusófonas, nessa província de Paraty do Sagrado Império.

Por falar nisso conheci, en passant, nosso príncipe João D’Orleans e Bragança, que realmente é simpático como um carioca dos bons tempos.

O veranico se instalou definitivamente por essas bandas. Dá uma preguiça!

A maré surpreende os turistas e enche seus carros com a água do mar e todos acham lindo e fotografam. Os caranguejinhos transitam pelas ruas da cidade e eventualmente são capturados por crianças e idiotas.

A vida flui feliz!


Na Casa da Cultura está rolando uma exposição de ceramistas da melhor qualidade, coisa muito fina!

Existem estupros não solucionados na cidade, mas... a polícia faz seu trabalho na velocidade de minha conexão.

Há um bairro chamado Ilhas das Cobras que eu em minha estrangeira ignorância pensei se tratar de um pedaço de terra cercado de água por todos os lados. Não. Era um pedaço de cidade cercado de violência por todos os lados, mas é onde se compram as melhores frutas e hortaliças.


Já começou o zum zum, a expectativa pelo Bourbon Paraty Festival que rola em maio. Entre as atrações já confirmadas, os guitarristas Romero Lubambo e Walter Wolfman Washington e a cantora Dianne Reeves. E tem várias outras atrações aguardando confirmação. Não deixem para reservar hotel na última hora, já fiz isso e fui parar em um quarto onde não se podia cair da cama, pois essa ficava exprimida entre duas paredes.

O Museu de Arte Sacra depois de um longo e tenebroso inverno reabriu suas portas. Aqui não faltam bons programas em dias santos e pagãos e para ambos recomendo firmemente as cachaças Prata e Ouro produzidas na cidade, e também, os passeios nos alambiques e (para os fortes) as cachoeiras. Preferencialmente na ordem inversa. Bebum em cachoeira é despacho.



Os paraplégicos continuam impedidos de passear pelo centro histórico da cidade que tem um calçamento terrivelmente irregular, construído pelos escravos, pois os puristas pensam que uma passarela para os deficientes físicos e os idosos, descaracterizaria o “mais belo conjunto arquitetônico colonial brasileiro” eleito pela UNESCO.


Sinto pena e uma sensação de profunda injustiça ao ver famílias inteiras, por vezes seis pessoas pesando algumas toneladas, sendo transportadas em charretes puxadas por velhos cavalinhos que são obrigados a suportar sua insensível carga por um piso dos infernos, por vezes com as patas submersas até os joelhos, na água do mar que a tudo invade.


Condutores com a aparência de Grande Otelo interpretando Macunaíma, tentam se comunicar com os turistas argentinos e espanhóis com um sotaque mais estranho do que o do cavalo.

Bate o sino, bate o bumbo, bate meu coração de confusão e carnaval (que por sinal, por aqui é uótimo!) Bate.. Bate... Bate...

Sexta que vem tem mais.

Armando Catunda é fotógrafo,
e nasceu e foi criado em Santos.
Seu interesse pelo Mar e pela Natureza
o levaram a mudar para o Litoral Paulista,
onde explorou a Mata Atlântica
com uma sensibilidade a toda prova
através das lentes de suas câmeras.
Hoje, Armando reside em Paraty.
Suas fotos e seus textos sobre a cidade
começam a ser publicados esta semana
aqui em LEVA UM CASAQUINHO.