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Friday, April 22, 2016

PARATY DOS MEUS OLHOS (textos e fotos por Armando Catunda)



Doce Paraty!
A cidade tem doceiros famosos que continuam a tradição de receitas dos avós, bisavós, que nasceram para deixar o paladar feliz.
Pelas esquinas os carrinhos adoçam o caminho.



“Em vez de tomar chá com torrada, ele bebeu paraty.”
Já cantava Ari Barroso.
Paraty já foi sinônimo de cachaça.
Hoje, vir à cidade e não conhecer, degustar e levar algumas das excelentes cachaças da terra, é como ir à Roma e não dar um alô para o Chiquinho.



Praia do Jabaquara na primeira luz da manhã.
A beleza na paz ou a paz da beleza.
Sei lá...



Paraty dos artistas plásticos!
A cidade imã para artesãos, artistas de rua, bons músicos, ceramistas.
Jorge Pessoti é um deles.
Figura rara, com o trabalho exposto em seu estúdio na estrada Paraty Cunha, km 11.
Além das obras rola um banho de cachoeira em meio à Mata Atlântica.



Paraty dos recantos!
Cantinhos, à beira-rio, à beira-mar, em esquinas sob luminárias charmosíssimas, em banquinhos espalhados por lugares inesperados, onde o lance é se sentar e viajar.



Armando Catunda é fotógrafo,
e nasceu e foi criado em Santos.
Seu interesse pelo Mar e pela Natureza
o levaram a mudar para o Litoral Paulista,
onde explorou a Mata Atlântica
com uma sensibilidade a toda prova
através das lentes de suas câmeras.
Hoje, Armando reside em Paraty.
Suas fotos e seus textos sobre a cidade
começam a ser publicados esta semana
aqui em LEVA UM CASAQUINHO.


Friday, April 15, 2016

ARMANDO CATUNDA, NOSSO HOMEM EM PARATY, ESTREIA EM LEVA UM CASAQUINHO


texto e fotos por Armando Catunda
(foto acima: Máscaras no Estúdio de Jorge Pessoti)



Eu aqui rastejando na internet de 1 mega, pela qual pago sessenta conchas lusófonas, nessa província de Paraty do Sagrado Império.

Por falar nisso conheci, en passant, nosso príncipe João D’Orleans e Bragança, que realmente é simpático como um carioca dos bons tempos.

O veranico se instalou definitivamente por essas bandas. Dá uma preguiça!

A maré surpreende os turistas e enche seus carros com a água do mar e todos acham lindo e fotografam. Os caranguejinhos transitam pelas ruas da cidade e eventualmente são capturados por crianças e idiotas.

A vida flui feliz!


Na Casa da Cultura está rolando uma exposição de ceramistas da melhor qualidade, coisa muito fina!

Existem estupros não solucionados na cidade, mas... a polícia faz seu trabalho na velocidade de minha conexão.

Há um bairro chamado Ilhas das Cobras que eu em minha estrangeira ignorância pensei se tratar de um pedaço de terra cercado de água por todos os lados. Não. Era um pedaço de cidade cercado de violência por todos os lados, mas é onde se compram as melhores frutas e hortaliças.


Já começou o zum zum, a expectativa pelo Bourbon Paraty Festival que rola em maio. Entre as atrações já confirmadas, os guitarristas Romero Lubambo e Walter Wolfman Washington e a cantora Dianne Reeves. E tem várias outras atrações aguardando confirmação. Não deixem para reservar hotel na última hora, já fiz isso e fui parar em um quarto onde não se podia cair da cama, pois essa ficava exprimida entre duas paredes.

O Museu de Arte Sacra depois de um longo e tenebroso inverno reabriu suas portas. Aqui não faltam bons programas em dias santos e pagãos e para ambos recomendo firmemente as cachaças Prata e Ouro produzidas na cidade, e também, os passeios nos alambiques e (para os fortes) as cachoeiras. Preferencialmente na ordem inversa. Bebum em cachoeira é despacho.



Os paraplégicos continuam impedidos de passear pelo centro histórico da cidade que tem um calçamento terrivelmente irregular, construído pelos escravos, pois os puristas pensam que uma passarela para os deficientes físicos e os idosos, descaracterizaria o “mais belo conjunto arquitetônico colonial brasileiro” eleito pela UNESCO.


Sinto pena e uma sensação de profunda injustiça ao ver famílias inteiras, por vezes seis pessoas pesando algumas toneladas, sendo transportadas em charretes puxadas por velhos cavalinhos que são obrigados a suportar sua insensível carga por um piso dos infernos, por vezes com as patas submersas até os joelhos, na água do mar que a tudo invade.


Condutores com a aparência de Grande Otelo interpretando Macunaíma, tentam se comunicar com os turistas argentinos e espanhóis com um sotaque mais estranho do que o do cavalo.

Bate o sino, bate o bumbo, bate meu coração de confusão e carnaval (que por sinal, por aqui é uótimo!) Bate.. Bate... Bate...

Sexta que vem tem mais.

Armando Catunda é fotógrafo,
e nasceu e foi criado em Santos.
Seu interesse pelo Mar e pela Natureza
o levaram a mudar para o Litoral Paulista,
onde explorou a Mata Atlântica
com uma sensibilidade a toda prova
através das lentes de suas câmeras.
Hoje, Armando reside em Paraty.
Suas fotos e seus textos sobre a cidade
começam a ser publicados esta semana
aqui em LEVA UM CASAQUINHO.

Sunday, April 19, 2015

POEMINHA DE DOMINGO (por Armando Catunda)



MINÉRIO


Meu amor não é animal,
É mineral.
Desaparece no tempo, 
Lento e solitário.
Minério,
Mergulha no rio do sangue:
Imerso,
Imenso e alucinado.
No lado escuro da lua.
Pérola na noite da concha.
Calado atravessa o tempo. 
Calendários caem no lixo
E ele segue inalterado.
Como uma pedra rolando,
Meteoro abandonado.
Trem bala sem passageiro
Ou metrô desabitado.
Submarino, secreto.
Adormecido naufrágio
Que emerge como relâmpago.
A consciência: uma praia.
Algum som o trouxe à tona.
Algum gesto, riso, cheiro...
Algum sonho já sonhado.



Armando Catunda é fotógrafo.
 Vive e trabalha em Paraty, RJ. 
Santista de nascimento,
 é movido a poesia desde sempre.
 É um grande amigo de
 LEVA UM CASAQUINHO.