Friday, August 4, 2017

NOSSO MOVIEGOER CARLOS CIRNE INDICA SEIS BONS FILMES EM CARTAZ NESTE PRIMEIRO FIM DE SEMANA DESDE O FIM DAS FÉRIAS DE JULHO



Tenho a tendência de desconfiar um pouco de títulos grandiloquentes como “O Maior Não-sei-o-quê do Mundo”, ou “A Melhor Sei-lá-o-Quê do Brasil”, e confesso que “O Filme da Minha Vida” me deixou um pouco preocupado. Primeiro porque não se sabe se este deve ser “o” filme da vida do autor ou da nossa? E segundo, porque a sombra nefasta da unanimidade sempre me assustou. E as primeiras impressões pareciam apontar nesta direção.

Pois bem: estava errado. Pode não ser que este seja o filme da minha vida, mas é o do protagonista, Tony – vivido com assombrosa naturalidade por Johnny Massaro, certamente um dos melhores de sua geração -, e o diretor e roteirista Selton Mello (junto com Marcelo Vindicato) garante que assim o seja.

Adaptado do romance “Um Pai de Cinema”, do chileno Antonio Skármeta (que, aliás, faz uma ponta no filme, como Esteban), mesmo autor de “O Carteiro e o Poeta”, “O Filme da Minha Vida” tem tudo para agradar em cheio ao mais variado tipo de público. Belíssima fotografia do mestre Walter Carvalho, toda em tons de sépia; locações na Serra Gaúcha, perto do inverno; direção de arte caprichada, de Monica Delfino e René Padilha; uma irresistível ambientação no princípio da década de 1960, com direito a uma trilha sonora inusitada; e um elenco afinadíssimo, com destaque para Massaro e para o cada vez mais brasileiro Vincent Cassel, aqui atuando num registro muito delicado.

Um pequeno resumo da história: o garoto Tony Terranova vai estudar fora de Remanso, sua cidadezinha e, ao retornar formado, descobre que o pai está indo embora, com saudades de seu país (ele é francês) e de seus amigos. Tony dedica-se então a ser professor, tornando-se uma espécie de jovem figura paterna de seus alunos, quase como uma espécie de autocompensação. Vai tocando sua vida com a mãe, Sofia (Ondina Clais), e com um amigo de seu pai, Paco (Selton Mello), sujeito abrutalhado, mas esclarecido na “vida”, de quem Tony se aproxima para tentar saber do pai.

Selton, aliás, reserva para o seu Paco, em diálogos com Tony, as melhores tiradas do filme todo. Sua opinião pessoal sobre televisão e cinema são absolutamente impagáveis. Outra grata surpresa é o garoto João Prates, que vive Augusto, o aluno mais próximo de Tony, por coincidência irmão de Luna (Bruna Linzmeyer) e Petra (Bia Arantes), ambas interesses românticos de Tony, por motivos diferentes. Luna é a jovem e etérea moça de límpidos olhos muito claros. E Petra, a bela e voluptuosa mulher, alvo de fantasias muito menos inocentes. Repare também na deliciosa participação de Rolando Boldrin.

Num misto de romance histórico e rito de passagem, “O Filme da Minha Vida” traça uma delicada relação entre a vida do jovem Tony, o despertar de sua paixão, e o enredo de “Rio Vermelho” (Red River, de Howard Hawks, 1948), estrelado por John Wayne Montgomery Clift, e visto (ou ouvido) em vários trechos desta história. Tecnicamente impecável (e o apuro fica, felizmente, transparente), emociona e entretém. Não perca!



O FILME DE MINHA VIDA
(2017 – 113 minutos)

Roteiro e Direção
Selton Mello

Elenco
Vincent Cassel
Selton Mello
Bruna Linzmeyer
Bia Arantes
Johnny Massaro
Antonio Skármeta
Ondina Clais
Rolando Boldrin
Martha Nowill
João Prates
Erika Januza

em cartaz no Cinespaço Miramar Shopping, no Roxy Pátio Iporanga 4 e no Cinemark Praiamar Shopping (Santos) 






Numa definição do próprio diretor, Terrence Malick, o filme “De Canção em Canção” deveria passar ao espectador a impressão de que a vida é composta por uma série ininterrupta de momentos. Impressões justapostas, com um contexto perceptível apenas pela observação do todo. Daí a enorme quantidade de locações e canções que compõem o filme.

O roteiro, do próprio diretor, mostra o envolvimento de um casal de compositores, Faye (Rooney Mara) e BV (Ryan Gosling, pré-“La La Land”), com um magnata do mundo da música, Cook (o onipresente Michael Fassbender), e uma garçonete que ele incorpora a seu grupo, Rhonda (a magnífica Natalie Portman), numa “viagem” pelo universo da música, durante o Austin City Limits Festival de 2012, numa paisagem definida por sedução, traição e rock'n'roll. No caminho, eles vão interagindo (esta é a melhor definição da ação do filme), em maior ou menor grau, com familiares e figuras deste universo, como Amanda (uma enigmática Cate Blanchett), Miranda (Holly Hunter) e Duane (o sumido Val Kilmer).


O tempo do filme, pautado mais pela música do que pela real sensação temporal, estende algumas situações até quase o limite do insuportável, abreviando outras drasticamente. O que deve se tornar uma espécie de gincana para o público é tentar identificar a enorme quantidade de figuras do universo da música norte-americana que fazem pequenas participações no filme, tais como Arcade Fire, Johnny Rotten, Patti Smith, Iggy Pop, Florence Welch (do Florence and The Machine), The Black Lips, Lykke Li e os Red Hot Chili Peppers, só para citar alguns.


Experimentação levada às últimas consequências, o filme deveria ter, segundo o desejo de seu diretor, um corte final de 8 horas de duração. Na impossibilidade disto, personagens e atores foram completamente expurgados na sala de montagem, incluindo Christian Bale – cujo papel assemelhava-se muito ao de Fassbender – e Benicio Del Toro, ambos completamente limados na montagem definitiva.


Filmado simultaneamente com “Cavaleiro de Copas” (2015), na realidade demorou apenas 40 dias em árduas filmagens - durante dois anos, incluindo filmagens em horários de almoço e deslocamento entre sets, caso surgissem imagens interessantes -, mas levou este tempo todo para ser montado, chegando agora aos nossos cinemas. Experimente.



DE CANÇÃO EM CANÇÃO
(Song to Song – 2017 – 129 minutos)

Roteiro e Direção
Terrence Malick

Elenco
Ryan Gosling
Rooney Mara
Michael Fassbender
Natalie Portman
Cate Blanchett
Holly Hunter
Bérénice Marlohe
Val Kilmer

em cartaz no Cinespaço Miramar Shopping (Santos)






Baby (Ansel Elgort, da série “Divergente”) é um jovem piloto de carros, especialista em fugas arrojadas de cenas de roubo – especialmente a bancos. Dado um constante tinido que ele tem nos ouvidos, usa fones de ouvido o tempo todo, escutando infinitas playlists em inúmeros iPods que carrega consigo.

Sua vida no mundo da contravenção é arquitetada por Doc (Kevin Spacey, sempre ótimo), que organiza roubos mirabolantes – sempre com equipes diferentes -, e com quem Baby parece ter uma dívida pessoal. E anseia pelo dia em que quitará sua dívida.

O novo filme de Edgar Wright (de “Scott Pilgrim Contra o Mundo”, 2010), um misto de policial e ação non-stop, já começa em grande estilo num longo plano-sequência de Baby comprando cafés numa coffe shop (que levou quase 30 tomadas para ficar pronto), ao som de uma canção cuja letra vai aparecendo em meio às locações que o rapaz percorre, junto com os créditos iniciais.

O recurso de casar imagens e canção, aliás, permeia todo o filme, incluindo enormes tiroteios que obedecem rigorosamente o ritmo da trilha sonora. Talvez o melhor exemplo disso seja, no terceiro ato do filme, quando acontece uma fuga ao som de “Hocus Pocus”, da banda Focus, um rock progressivo clássico dos anos 1970. O filme é praticamente todo ilustrado por canções e, quando estas não estão presentes, pode-se perceber, ao fundo, o constante tinido que Baby experiencia.

De modo a pagar sua dívida, Baby aceita empreender fugas complicadíssimas – todas encenadas com carros reais, em locações de Atlanta -, para os diversos planos engedrados por Doc. Algumas dão certo, outras nem tanto. E, num destes casos, ele acaba “batendo de frente” com o perigoso e imprevisível Bats (Jamie Foxx), que tende a tornar sua vida um inferno. Isso e mais a presença de outras figuras muito desagradáveis, como Buddy (Jon Hamm, cujo papel foi escrito especialmente para ele), e sua namorada Darling (a bela Eiza González, da série “Um Drink no Inferno”, 2014), além de Griff (Jon Bernthal, da série “Demolidor”, 2016).

E todos eles parecem firmemente decididos a complicar e muito a vida de Baby, e seus entes mais próximos, a garçonete Debora (Lily James, de “Cinderela”, 2015) e o pai de criação Joe (CJ Jones, que é realmente surdo).

Influenciado em maior ou menor proporção por filmes como “Caçada de Morte” (de Walter Hill, 1978), “Os Irmãos Cara de Pau” (de John Landis, 1980), e “Arizona Nunca Mais” (de Joel e Ethan Coen, 1987), além de grande parte da obra de Quentim Tarantino, “Em Ritmo de Fuga” é ágil, divertido (apesar de meio sanguinolento), e tem uma das melhores trilhas sonoras dos últimos anos, embalada por mais de 30 canções clássicas, que passeiam do R.E.M. ao Queen, ou de Barry White ao T. Rex! Não perca!


EM RITMO DE FUGA
(Baby Driver – 2017 - 112 minutos)

Direção
Edgar Wright

Elenco
Ansel Elgort
Jon Bernthal
Jon Hamm
Eiza González
Lily James
Kevin Spacey
CJ Jones
Jamie Foxx

em cartaz no Cinespaço Miramar Shopping, no Pátio Roxy Iporanga 4 e no Cinemark Praiamar Shopping (Santos)






A profissão de parteira é a razão de viver de Claire (Catherine Frot, magnífica em “Marguerite”, 2015). Entre um plantão e outro – numa clínica que está para ser fechada por ser não lucrativa -, ela recebe uma ligação de Béatrice (Catherine Deneuve, ainda deslumbrante aos 74 anos) em sua secretária eletrônica. A dúvida sobre retornar ou não a ligação se deve ao fato de que Béatrice é a ex-amante de seu pai, numa relação que não terminou muito bem. E qual seria o motivo da reaproximação?

O que era para ser uma pequena transição profissional – sua mudança de emprego – acaba sendo o ponto de convergência de várias questões em sua vida: o retorno de Béatrice; a relação com o filho, Simon (Quentin Dolmaire, de “Três Lembranças da Minha Juventude”, 2015), estudante de medicina; e seus pequenos momentos de lazer, em uma pequena horta que cultiva fora de Paris, num terreno ao lado do terreno de Paul (Olivier Gourmet, de “Chocolate”, 2015), um caminhoneiro muito mais sofisticado do que se poderia esperar.

A extravagância de Béatrice e a previsibilidade da vida de Claire são o contraponto perfeito nesta história de duas mulheres que um dia se separaram, mas foram reunidas pela própria vida. Clichê? Completamente, mas exprime bem o clima geral do filme. O diretor e roteirista Martin Provost (de “Violette”, 2013) escapa por pouco da pieguice total – pelos rumos que o roteiro toma -, em muito pelo desempenho sincero e comovente das duas protagonistas.

Deneuve, como a bela mulher que já viu dias melhores em termos de finanças – mas que não perde a majestade – está em seu elemento, não levando a vida muito a sério, mas sem frivolidades, Mesmo assim, tem lá seus momentos, bem comoventes. Já Catherine Frot prova que os elogios e prêmios recebidos por “Marguerite” foram mais do que merecidos. Sua “Claire” é reservada e monotônica na superfície, escondendo uma grande dor reprimida pelos anos de anulação. Ambas muito bem, em suas antagônicas posições. E complementares.

Como curiosidade, apesar do filme se passar todo na França, as cenas de parto (verdadeiras) foram todas gravadas na Bélgica, pois a lei francesa não o permite. E sim, os partos foram realizados por Catherine Frot (cinco no total). Isso é que é pesquisa para o papel. Não perca!


O REENCONTRO
(Sage femme - 2017 – 117’)

Direção
Martin Provost

Elenco
Catherine Frot
Catherine Deneuve
Mylène Demongeot
Olivier Gourmet
Quentin Dolmaire
Pauline Parigot

em cartaz no Cinespaço Miramar Shopping e no Roxy Pátio Iporanga 4 (Santos)






A mais nova extravagância do aclamado diretor Christopher Nolan, “Dunkirk” (2017), não poderia ser mais emocionante. Partindo basicamente de três relatos isolados, conta a história do resgate de milhares de soldados britânicos, franceses, holandeses e belgas da cidade litorânea francesa, durante a II Guerra Mundial, onde estavam completamente cercados pelas tropas alemãs, sem escapatória que não fosse o mar às suas costas. Era quase como pescar num barril.

Acompanha-se o que ocorre na praia, a partir do relato do soldado Tommy (o novato Fionn Whitehead); no mar, a ação transcorre no pequeno barco de pesca do Sr. Dawson (Mark Rylance) que, com seu filho Peter (Tom Glynn-Carney) e o amigo dele George (Barry Keoghan), parte da Inglaterra para tentar resgatar alguns soldados do outro lado do Canal da Mancha, como fizeram centenas de outras embarcações; e, no ar, a partir da missão de dois pilotos, Farrier (Tom Hardy) e Collins (Jack Lowden), que tentam interceptar bombardeiros e caças alemães, que atacam os soldados na praia.

Alguns dos grandes achados de Nolan para o filme residem em simples observação de alguns fatos do período: as tropas eram tão jovens e inexperientes que nada mais claro do que escalar jovens e inexperientes atores como alguns dos protagonistas – caso de Fionn Whitehead, Aneurin Barnard e a grande surpresa do elenco, o (ex) cantor da boy band One Direction, Harry Styles, que revela-se um achado. Aliás, questionado sobre a escalação de Styles, Nolan declarou que durante o teste dele percebeu que, como acontecera anteriormente com Heath Ledger, tratava-se de subestimado talento.

Outro ponto de destaque é a utilização mínima de CGI (computação eletrônica), dando preferência sempre a efeitos práticos, aviões, barcos e navios reais (restaurados para o filme), assim como – nas grandes cenas de multidão – milhares de imagens recortadas em papelão de soldados, navios e veículos, postadas à distância, com resultado completamente verossímil. E a fantástica trilha sonora de Hans Zimmer (que já trabalhou antes com Nolan em sua trilogia “Batman”, em “A Origem”, 2010, e em “Interestelar”, 2014) que, baseando no tique-taque do relógio de bolso de Nolan, criou um efeito de bola de neve que parece marcar todo o filme num crescendo beirando o insuportável. Cada nota aumenta a ansiedade um décimo a mais, e o espectador fica na beirada da cadeira de tanta tensão.

Personagens absurdamente carismáticos, imagens delirantes - principalmente nas cenas de voo, realmente filmadas em aviões da época (a ponto de submergir-se uma câmera Imax em pleno oceano!) – e um roteiro que paulatinamente envolve, apesar das poucas linhas de diálogos de que cada personagem dispunha. A fotografia, um trunfo à parte, abusa dos tons frios, ampliando a sensação de abandono de cada um dos personagens.

O resgate deste fato histórico parece bem adequado, em época de limites tão tênues. O que era para ser encarado (na opinião de alguns soldados) como um grande fracasso, acaba se revelando uma das maiores vitórias de II Guerra, na medida em que, com a capitulação daquelas tropas, a Alemanha certamente assumiria novo ânimo, podendo alterar o historia como conhecemos. E o filme, antes da apologia do heroísmo, faz a apologia do humano. A sobrevivência deixa de ser um fardo para se tornar um ponto a favor daquelas tropas tão castigadas.

A lamentar apenas dois pontos: a visão deturpada que se teve da RAF (a força aérea britânica) no episódio - os pilotos ingleses tiveram atuação bem mais relevante do que a opinião pública percebeu -; a o fato de o filme focar a ação nos ingleses, não reservando praticamente nenhum espaço para as outras tropas que também estavam encurraladas na situação, resistindo ao cerco. Mas, de qualquer forma, um filme imperdível.


DUNKIRK
(2017 - 106 minutos)

Roteiro e Direção
Christopher Nolan

Elenco
Fionn Whitehead
Aneurin Barnard
Barry Keoghan
Mark Rylance
Tom Glynn-Carney
Tom Hardy
Jack Lowden
Kenneth Branagh
James D'Arcy,
Gllian Murphy

em cartaz no Roxy Gonzaga 5, no Roxy Pátio Iporanga 4 e no Cinemark Praiamar Shopping (Santos)





Anne (Diane Lane, de “Batman vs Superman: A Origem da Justiça”, 2016), esposa do produtor de cinema Michael (Alec Baldwin, o Trump de “Saturday Night Live”), deve acompanhá-lo a Budapeste, para uma reunião urgente, partindo de Cannes, ao final do festival de cinema. Mas uma dor de ouvido a impede de voar, e eles resolvem que ela vá diretamente a Paris de carro, acompanhando o sócio de Michael, Jacques (Arnaud Viard, de “Grandes Amigos”, 2012), que para lá se dirige. E o que deveria ser uma viagem de sete horas se torna um grande passeio pela França.

Interessante roteiro e direção de Eleanor Coppola – o nome não engana, ela é esposa de Francis Ford Coppola e mãe da também diretora, Sofia -, em trabalho bissexto (aos 80 anos de idade), depois de mais de 25 anos de sua estreia na direção, com o documentário premiado com o Emmy “Francis Ford Coppola - O Apocalipse de Um Cineasta” (1991). No filme, ela dá voz (e alma), a uma mulher na faixa dos 50 e alguns anos, que vê seu casamento cair aos poucos numa rotina de meias palavras e pouca atenção. Não que não haja amor: ele apenas está soterrado sob um dia a dia de trabalho e viagens estafantes.

Como curiosidade, ela desenvolve uma voracidade pela fotografia, registrando tudo a seu redor, e com excelente olhar para pequenos detalhes. E esta viagem a Paris, que vai sendo constantemente estendida, realça ainda mais a realidade de sua relação com o marido. Em muito pela companhia do charmoso e sedutor Jaques que, se não é exatamente um modelo de beleza ou sutileza, por outro lado a cobre de pequenas delicadezas das quais há muito ela estava se desacostumando.

E a viagem, em si, é um deslumbrante desfile de paisagens da Provence, restaurantes com cardápios especialíssimos, e cartas de vinho muito exclusivas. De maneira alguma, assista a este road movie gastronômico com fome. Sua situação ficará insustentável.

Bastante interessante é o contraste entre modos e fazeres europeus em contraponto com a maneira cartesiana de encarar as situações cotidianas da mulher norte-americana – aqui, personificada pela maravilhosa (e sub-aproveitada) Diane Lane -, que consegue resolver uma questão mecânica num carro, mas não tem jogo de cintura para lidar com situações mais românticas do que o esperado.

Com público-alvo bem definido – apesar de ser um grande programa para todos – gerou um comentário, à saída do cinema, ouvido por acaso: “...E ainda salvou o casamento dela!” Não perca!

PARIS PODE ESPERAR
(Paris Can Wait – 2016 – 92 minutos)

Roteiro e Direção
Eleanor Coppola

Elenco
Diane Lane
Alec Baldwin
Arnaud Viard
Linda Gegusch
Élodie Navarre
Elise Tielrooy

em cartaz no CineArte Posto 4
com sessões às 16h, 18h30 e 21h





Carlos Cirne é Crítico de Cinema
e há 15 anos produz diariamente
com o crítico teatral Marcelo Pestana
a newsletter COLUNAS E NOTAS,
de onde os textos acima foram colhidos



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