(publicado originalmente em www.setimaarte.iron.com.br)
A doença de Alzheimer foi abordada diversas vezes pelo cinema.
"AMOR", de Michael Haneke, traduziu de forma mais crua e dolorida o que é a doença para quem a desenvolve, assim como para os familiares.
O trabalho da atriz Emmanuelle Riva, caso ela fosse norte-americana, seria contemplado com o Oscar.
A referência imediata a esta obra-prima de 2012 ainda está presente na memória (assim espero) na maioria daqueles que acompanham cinema.
Uma das diferenças entre "AMOR" e "PARA SEMPRE ALICE", está na idade em que a doença de Alzheimer se inicia nas protagonistas.
Na casa dos 80 e poucos anos no primeiro, e 50 anos no segundo.
A Alice (Julianne Moore) é uma das maiores autoridades mundiais na área de linguagem.
Convidada a dar palestras em diversas universidades dos EUA e do mundo,
Alice consegue aliar uma vida acadêmica irretocável e uma vida familiar feliz.
Casada com John (Alec Baldwin), mãe de 3 filhos, uma delas Lydia (Kristen Stewart, que mais uma vez comprova que irá longe em sua carreira), a "rebelde", que estará ao lado da mãe nos momentos mais graves de sua doença.
Logo após o seu aniversário de 50 anos Alice percebe que algo de errado ocorre com o seu cérebro.
Procura um neurologista que diagnostica uma rara forma de Alzheimer de início precoce, já que o mais comum é que a doença venha a ocorrer aproximadamente duas décadas mais tarde.
Por sinal a cena da primeira consulta de Alice com o neurologista é um plano-seqüência capaz de revelar o talento de Julianne Moore.
Sem ela o filme seria apenas bom.
E para comprovar que a vida imita a arte, o roteirista e diretor do filme, Richard Glatzer, portador de esclerose amiotrófica lateral, morreu ontem, 11.03.2015.
PARA SEMPRE ALICE
(Still Alice)
2014
EUA/França
101 minutos
DIREÇÃO:
Richard Glatzel
Wash Westmoreland
ELENCO:
Julianne Moore
Alec Baldwin
Kate Bosworth
Hunter Parrish
Kristen Stewart
Em cartaz em Santos
no Cinespaço Shopping Miramar
e no Iporanga 4
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