por Sérgio Prior
para setimaarte.iron.com.br
O diretor espanhol apostou na quimica entre estes dois atores, Ricardo Darin e Javier Camara, para que o roteiro atinja em cheio seus propósitos.
Julian (Javier Camara) vive no Canadá com sua esposa e seus dois filhos e empreende uma viagem para Madri com objetivo de convencer seu amigo de juventude, Tomás (Ricardo Darin), a retomar o seu tratamento para combater o câncer.
Após um ano em que se submeteu a todos os tipos de exames e tratamentos, Tomas largou a toalha, optou por uma morte longe dos hospitais e dos médicos.
Sua grande preocupação principal é com o seu cachorro Truman.
Quem irá cuidar do seu grande companheiro após a sua morte.
O filme, em mãos erradas, poderia cair num melodrama sem fim.
Não é o caso.
O humor negro e inteligente, com diálogos agudos e que atualizam a amizade destes dois velhos amigos, que tornam "TRUMAN" uma grande experiência.
Darin, o maior nome do cinema argentino contemporâneo divide com o espanhol Javier Camara os méritos da beleza do filme.
Claro que Cesc Gay soube tirar dos dois atores (Tomas inclusive é um ator de teatro que vive uma fase decadente do ponto de vista artístico e financeiro) o talento que sobra em ambos.
Não espere que o cachorro tenha participação grandiosa.
Truman é um coadjuvante nesta imersão de cinco dias sobre o significado da amizade.
Imperdível.
por Lucas Salgado
para AdoroCinema
Maior nome do cinema latino americano, Ricardo Darín é daqueles atores raros que conseguem transformar histórias simples em um grande filme. Seu novo projeto, Truman, em que retoma a parceria com o diretor Cesc Gay três anos após O Que os Homens Falam, talvez fosse apenas um bom longa sem o ator. Com ele, é uma grande obra.
Darín interpreta Julian, um ator argentino radicado em Madrid. Ele, que lutava contra um câncer, recebe a notícia de que a doença se espalhou por todo o corpo. Sem perspectiva de cura, ele decide interromper o tratamento e aguardar pela morte. Então, recebe a visita de um amigo de infância que mora no Canadá, Thomas (Javier Cámara). O amigo tenta convencer Julian de seguir lutando, mas, sem muita abertura, acaba convencido a aproveitar o curto tempo que eles têm juntos para matar a saudade e também se despedir.
A história é básica e delicada e ganha força diante das grandes atuações de Cámara e especialmente Darín. É duro ver uma pessoa pensando o final de sua vida e se despedindo de pessoas importantes, mas também há certa beleza em vermos um sujeito tomando as rédeas de sua vida.
O Truman do título é uma referência ao nome do cachorro de Julian. Uma das missões dos amigos é encontrar uma nova casa para o animal, já velho. É tocante ver a relação entre o dono e são cachorro.
O roteiro de Cesc Gay e Tomas Aragay é linear e consegue tratar uma situação dramática com certo humor. Por sinal, o lado cômico da produção é muito eficaz. Não tenta aparecer demais, mas está presente o suficiente para oferecer uma experiência tocante, mas divertida ao espectador.
A dupla principal conta com a ajuda de Dolores Fonzi, que interpreta Paula, uma prima de Julian que não consegue aceitar sua decisão. Mas os destaques são mesmo os dois atores. O longa possui ainda uma bela trilha sonora e uma fotografia limpa, mas eficiente ao transformar Madrid em uma cidade universal.
Darín interpreta Julian, um ator argentino radicado em Madrid. Ele, que lutava contra um câncer, recebe a notícia de que a doença se espalhou por todo o corpo. Sem perspectiva de cura, ele decide interromper o tratamento e aguardar pela morte. Então, recebe a visita de um amigo de infância que mora no Canadá, Thomas (Javier Cámara). O amigo tenta convencer Julian de seguir lutando, mas, sem muita abertura, acaba convencido a aproveitar o curto tempo que eles têm juntos para matar a saudade e também se despedir.
A história é básica e delicada e ganha força diante das grandes atuações de Cámara e especialmente Darín. É duro ver uma pessoa pensando o final de sua vida e se despedindo de pessoas importantes, mas também há certa beleza em vermos um sujeito tomando as rédeas de sua vida.
O Truman do título é uma referência ao nome do cachorro de Julian. Uma das missões dos amigos é encontrar uma nova casa para o animal, já velho. É tocante ver a relação entre o dono e são cachorro.
O roteiro de Cesc Gay e Tomas Aragay é linear e consegue tratar uma situação dramática com certo humor. Por sinal, o lado cômico da produção é muito eficaz. Não tenta aparecer demais, mas está presente o suficiente para oferecer uma experiência tocante, mas divertida ao espectador.
A dupla principal conta com a ajuda de Dolores Fonzi, que interpreta Paula, uma prima de Julian que não consegue aceitar sua decisão. Mas os destaques são mesmo os dois atores. O longa possui ainda uma bela trilha sonora e uma fotografia limpa, mas eficiente ao transformar Madrid em uma cidade universal.
TRUMAN
(Truman, 2015, 108 minutos)
Direção
Cesc Gay
Elenco
Ricardo Darín
Javier Cámara
Dolores Fonzi
Eduard Fernández
Troilo
Àlex Brendemühl
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