Enfim, apagou-se a ‘chama olímpica’. Como não estaremos vivos, nem nós dessa desportiva Mercearia, nem os(as) caros(as) fregueses(as), deixemos nossas considerações. A se pensar (ou indagar):
Acidentes intestinais acontecem nas melhores famílias.
“Só um atleta sabe o que ele passa para chegar nesse momento”. Assim como só um motorista de ônibus sabe o que é conduzir com segurança seus passageiros dentro um pau-de-arara disfarçado de ônibus na hora do ‘rush’, alguém passar mais de oito horas em pé cortando o frango que acompanha nossa macarronada de domingo, ou um ajudante de pedreiro puxando concreto e erguendo paredes no alto do 40º andar.
O curso de malandragem de Ryan Lochte foi supletivo.
A medalha de ouro no futebol masculino retirou a tornozeleira de José Maria Marín?!
Não tente medir a qualidade do lugar onde você mora por intermédio de conquistas esportivas. “Tupiniquim: a frota preta, branca e cinza”, por exemplo, terminou na frente da Suíla, Nova Zelândia, Dinamarca, Suécia, Áustria, Bélgica e Noruega. E nem por isso...
Samantha Pearson, correspondente do Financial Times, casada e com filhos no Brasil, afirma que ‘(...) o Brasil não é para amadores. (...)’. Ryan Lochte, os ‘bicões’ australianos e parte do time olímpico francês sentiram isso na pele.
É feio utilizar as chamadas ‘redes sociais’ para chamar Galvão Bueno de ‘chato’. Apenas mudem de canal.
O grande legado, mesmo, dessas olimpíadas foram as transmissões esportivas do Porta dos Fundos.
O francês Renaud Lavillenie foi de um brilhantismo ímpar. Na disputa pela manutenção do título olímpico, encarou um atleta ‘da casa’ que na última tentativa quebrou o recorde olímpico com 6,03m. Justamente na última! O estádio pegou fogo, o que era de se esperar, mas Lavillenie provavelmente aguardava da plateia local algo semelhante à fidalguia de um ‘chá-das-cinco’. #sqn... não rolou. A pressão virou toda para a última tentativa dele e ele se lascou. Ficou fácil: comparou o público carioca (e o resto do país, por tabela) à Alemanha Nazista. O que nos leva a entender que a próxima III Guerra Mundial eclodirá na América do Sul, ao invés das duas primeiras, ocorridas na vizinhança do país onde ele nasceu e reside. O ciclo olímpico durou quatro anos e ninguém sugeriu a ele uma ‘visitinha’ pelo hemisfério sul a fim de saber (e entender!) como é que a banda toca pelas paragens de cá?! Mau preparo e a prata vai para o peito.
Todos nós acreditamos que sexo é bom. Todos nós temos lá nossas dúvidas quanto deixar alguém no corredor sob nobre finalidade.
“Eu... sou brasileiro! Com muito orgulho... com muito amor” = “Eu te amo, meu Brasil, eu te amo. Meu coração é amarelo, verde, branco, azul-anil” ?!?!
A Síndrome de Santos 2002 nos retirou a medalha de ouro no vôlei feminino e nos deu a medalha de ouro no masculino.
As mal-adaptações de um lugar valem para o resto de um país?!
A regra do jogo: é bom aguardar o final da competição antes de se tecer maiores comentários sobre essa ou aquela performance.
Odete Valentino Domingos, atleta de primeira linha no arremesso de peso, e que já foi recordista sul-americana de disco, não conteve a surpresa: “O que o Roberto Gesta estava fazendo na pista do Engenhão entregando medalha?”. Super simples: ajudando um gigante de 204 milhões passar vergonha em casa correndo atrás da principal estrela de uma ilha com 2,715 milhões. O supra-sumo do dinheiro mal-investido (quando não é desviado de sua boa finalidade) e de técnicos mal-aproveitados. Bem vinda ao Brasil, Odete.
Os ‘geeks’ só estão esperando a aprovação da Crefisa para a aquisição das passagens aéreas para Tóquio 2020.
Nosso primeiro grande produto com valor agregado: aberturas (e encerramentos) de Olimpíadas, festas e afins. Funcionam feito relógio-suíço.
Segundo os comentaristas da NBC (EUA), o futebol não é nosso esporte nº 1. Futebol, segundo eles, é nossa religião. Nosso esporte nº 1 é o volêi. Assim, vale botarmos a mão no termostato em relação ao vôlei feminino nesses jogos de semana passada?
A grande contribuição da falecida União Soviética era reduzir em quase 40% o tamanho da cerimônia de abertura.
O médico, medica; o professor, ensina; o treinador, treina; o coordenador, coordena, o advogado, advoga; o supervisor, supervisiona; o cantor, canta; o presidente, preside. Atenção, jornalismo (em especial o esportivo): noticie! Atenção, locutores: narrem a partida (ou a disputa esportiva em questão)! Deixem questões sobre humanidade, humildade, esforço, ufanismo, entre tantas também relacionadas à moralidade para o Karnal, Mosé, Cortella, Maria Rita Khel, Pondé, Tiburi, Calligaris, Olavo de Carvalho, Romano, Gianotti, Safatle, Barros Filho... enfim, uma turma da pesada que passa a maior parte do tempo lendo da ‘Metafísica dos Costumes’ até catecismo do Carlos Zéfiro a fim de melhor qualificar quaisquer comentários sobre questões mais profundas que, até, podem ser produzidas pelo esporte.
No caso Ingrid (Oliveira), realmente, nada a declarar. Com a palavra, o patrocinador.
Marcelo Rayel Correggiari
Marcelo Rayel Correggiari
nasceu em Santos há 47 anos
e vive na mítica Vila Belmiro.
Formado em Letras,
leciona Inglês para sobreviver,
mas vive mesmo é de escrever e traduzir.
É avesso a hermetismos
e herméticos em geral,
e escreve semanalmente em
LEVA UM CASAQUINHO
mas vive mesmo é de escrever e traduzir.
É avesso a hermetismos
e herméticos em geral,
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