Thursday, November 30, 2017

CELEBRAMOS COM UM PEQUENO ATRASO OS 40 ANOS DA ADORÁVEL MAGGIE GYLLENHAAL

por Chico Marques


Maggie Gyllenhaal é filha do diretor de cinema Stephen Gyllenhaal e da produtora de cinema e roteirista Naomi Foner Gyllenhaal, além de irmã mais velha do ótimo ator Jake Gyllenhaal.

Seu pai vem de uma família de nobres suecos. Já sua mãe é uma ex-professora judia do Brooklyn. Maggie cresceu entre Nova York e Los Angeles depois que seus pais se separaram.

Seu curriculum escolar é no mínimo curioso.

Em 1995, ela decidiu estudar literatura e religiões orientais na Columbia University, e se formou em 1999 como Bacharel em Artes.

Depois disso, seguiu para Londres estudar na Royal Academy of Dramatic Arts.

De volta aos Estados Unidos, foi fazer cinema e teatro, tudo ao mesmo tempo.


A estreia de Maggie Gyllenhaal no cinema aconteceu em 1992 com "Terra D'Água".

Trabalhou em diversas ocasiões ao lado de seu pai e de seu irmão, mas só foi chamar a atenção de Hollywood a partir do sucesso de "Donnie Darko" (2001), onde faz um pequeno mas marcante papel.

Seu primeiro papel como protagonista veio no ano seguinte em "Secretária", de Steven Shainberg, quando o crítico Stephen Holden, do The New York Times, publicou um elogio rasgado:

"O papel de Lee em que Maggie Gyllenhaal interpretou com uma delicadeza e doçura contida em quadrinhos, deve fazer dela uma estrela".

O desempenho de Maggie valeu-lhe o prêmio National Board of Review of Motion Pictures na categoria Melhor Performance de uma Revelação, além de indicações ao Golden Globe e ao Independent Spirit Award.


Em 2002, Maggie Gullenhaal teve a oportunidade de trabalhar em dois projetos do grande roteirista Charlie Kaufman.

O primeiro foi "Adaptação", dirigido por Spike Jonze.

E o segundo foi "Confissões de Uma Mente Perigosa", que marcou a estreia na direção de George Clooney.

Na sequência, fez uma série de filmes bem descolados como "40 Dias e 40 Noites" (2002), "O Sorriso de Mona Lisa" (2003), "Casa De Los Babys" (2003), "Criminal" (2004), "Nove Rainhas" (2004), "Finais Felizes" (2005), "Totalmente Apaixonados" (2005), "Mais Estranho Que A Ficção" (2006) e "Sherrybaby" (2006).

Todos eles filmes bons o suficiente para estabelecer seu rosto com destaque em meio a elencos de apoio.


E então... "Batman The Dark Knight" (2008) aconteceu na vida de Maggie Gyllenhaal e virou tudo de ponta cabeça de uma hora pra outra.

Ela se surpreendeu quando viu que ganhou subitamente um público extenso, que nunca havia prestado a atenção devida nela antes.

Passou a ser citada nas listas das mulheres mais lindas e mais quentes do cinema americano, e seu passe no mercado foi para as alturas com o sucesso do filme de Christopher Nolan.

Mesmo assim, Maggie continuou a escolher papéis nada óbvios e sempre fugir dos atalhos fáceis para sua carreira 

Casada com o excelente ator Peter Sarsgaard, Maggie está brilhando atualmente como uma prostituta na série HBO "The Deuce", ambientada na barra pesada do Times Square dos Anos 70.

Completou 40 anos no último dia 16 de Novembro, e nós aqui celebramos esta data selecionando alguns dos filmes mais marcantes -- e menos vistos -- de sua carreira.

Todos, claro, disponíveis para locação nas estantes da Paradiso Videolocadora.
  



TERRA D'ÁGUA
(Waterland, 1992, 95 minutos, dir.: Stephen Gyllenhaal)

O professor de História Tom Crick sofre críticas de seus alunos, principalmente de um deles, Price, que questiona para que serve a História e usa o discurso do fim da História. Diante de jovens que não conseguem mais visualizar a importância desta disciplina e que influenciam inclusive as decisões da escola em Pittsburg, uma vez que se valoriza a produção e ganhar dinheiro e se esquece que é preciso também aprender a viver. O professor mostra que somos todos história, e o faz de uma forma diferente contando sua própria história que começa na Inglaterra. Baseado no premiado romance de Graham Swift. Marca a estreia de Maggie Gyllenhaal aos 15 anos de idade, no papel de uma estudante.
ADAPTAÇÃO
(Adaptation, 2002, 114 minutos, dir.: Spike Jonze)

Charlie Kaufman (Nicolas Cage) precisa de qualquer maneira adaptar para o cinema o romance "The Orchid Thief", de Susan Orlean (Meryl Streep). O livro conta a história de John Laroche (Chris Cooper), um fornecedor de plantas que clona orquídeas raras para vendê-las a colecionadores. Porém, além das dificuldades naturais da adaptação de um livro em roteiro de cinema, Charlie precisa lidar também com sua baixa auto-estima, sua frustração sexual e ainda Donald, seu irmão gêmeo que vive como um parasita em sua vida e sonha em também se tornar um roteirista. Um quebra-cabeças psicológico brilhante e absolutamente delicioso do grande roteirista Charlie Kaufman rodado brilhantemente por Spike Jonze. Maggie faz Caroline, uma figura curiosa e enigmática na trama.
CONFISSÕES DE UMA MENTE PERIGOSA
(Confessions Of A Dangerous Mind, 2002, 113 minutos, dir.: George Clooney)

Chuck Barris (Sam Rockwell), um jovem homem cheio de energia e concentrado em uma carreira de destaque na crescente indústria da televisão, percebe que está sendo seguido por um sujeito suspeito, que logo o introduz em um universo secreto e perigoso: o dos agentes da CIA. Enquanto Barris adquire notoriedade como um dinâmico produtor de televisão, criando programas inovadores e populares como o game show "The Newlywed Game" e o programa "The Gong Show" (no Brasil "Show de Calouros"), que ele mesmo apresenta, ele comete assassinatos com regularidade para o governo dos Estados Unidos. Aos poucos Barris vai incorporando seus programas de televisão em sua vida secreta: os casais vencedores do game show "The Dating Game" (no Brasil "Namoro na Tevê") ganham viagens para "a fabulosa Helsinki" e a "romântica Berlim Ocidental" para o encontro de seus sonhos – não é o mesmo que Paris, mas proporciona a Barris, que os acompanha, um disfarce para suas missões secretas. Roteiro magnífico de Charlie Kaufman. Maggie faz um papel pequeno mas marcante no filme.
SECRETÁRIA
(Secretary, 2002, 111 minutos, dir.: Steven Shainberg)

Após passar algum tempo em um sanatório, Lee Holloway (Maggie Gyllenhaal) volta para a casa de seus pais pronta para recomeçar sua vida. Ela então faz um curso de secretária e tenta um emprego com E. Edward Grey (James Spader), que tem um escritório de advocacia. Apesar dela nunca antes ter trabalhado Lee é contratada por Grey, que não dá importância para sua falta de experiência. Inicialmente o trabalho parece bem normal e entediante, pois só digita, arquiva e faz café e Lee se esforça para agradar seu chefe e sua mãe, Joan (Lesley Ann Warren), se mostra ansiosa para a filha ser bem sucedida. Lentamente Lee e Grey embarcam em uma relação mais pessoal atrás de portas e cruzam linhas de conduta da sexualidade humana, um caso de amor no qual os papéis de dominação e total submissão ambos desempenham perfeitamente. Filme estranhíssimo, mas surpreendente, de Shainberg. Primeiro papel de Maggie Gyllenhaal como protagonista.
 MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO
(Stranger Than Fiction, 2007, 105 minutos, dir.: Marc Forster)

Nesta trama metalingüística, Will Ferrell vive Harold Crick, cobrador de impostos da Receita Federal que surta quando a sua vida começa a ser contada por uma voz que só ele consegue ouvir. A narradora, Kay Eiffel (Emma Thompson), luta para completar o que pode ser seu melhor livro, ápice de uma carreira de romances trágicos. Kay só não percebe que o seu protagonista está vivo e incontrolavelmente guiado por suas palavras.  Escrito por Zach Helm, o roteiro ganha ares de contagem regressiva quando Harold descobre que Kay planeja matá-lo no final do livro. Harold é o tipo de pessoa que precisou ter uma vez dentro de sua cabeça, narrando seus atos e antecipando a sua morte, para perceber que estava jogando a vida fora. Apoiado nos excelentes diálogos de Helm e na estrutura narrativa familiar ao espectador, o diretor Marc Forster vira do avesso o batido mote do loser-que-desabrocha. Trama deliciosa, elenco magnífico, e Maggie Gyllenhaal lindíssima: precisa mais do que isso?
 SHERRYBABY
(Sherrybaby, 2007, 96 minutos, dir.: Laurie Collyer)

Após três anos presa, Sherry Swanson (Maggie Gyllenhaal) volta para casa. Ela busca um emprego e tenta se reaproximar da filha, mas logo percebe que encontrar seu lugar na sociedade será mais difícil que o esperado. Drama contundente e exasperaddor, onde Maggie dá um banho de inter´retação, num papel ousado e repleto de nuances. Um filme pouco visto que merece ser descoberto.
BOAS VIBRAÇÕES
(Hysteria, 2011, 100 minutos, dir.: Tanya Wexler)

No século XIX, muitas mulheres eram diagnosticadas com histeria. Segundo o Dr. Robert Dalrymple (Jonathan Pryce), famoso especialista em medicina da mulher, essa doença exclusivamente feminina "dominava" quase que população feminina de Londres. Por acreditar que a origem do problema encontrava-se no útero, ele tratava suas pacientes com longas massagens na vagina, provocando assim um outro efeito, mais conhecido como prazer sexual. Ao dar oportunidade para que o jovem Dr. Mortimer Granville (Hugh Dancy) começasse a dar consultas no seu consultório, o local passa a receber cada vez mais pacientes, provocando no rapaz um grave problema nas mãos. Disposto a combater a dor crônica que sentia, ela acaba descobrindo em um aparelho criado por seu amigo e inventor Edmund St John-Smythe (Rupert Everett) uma solução que iria atender a ele e também as mulheres: um massageador elétrico. Baseado em fatos reais sobre a criação do aparelho, também conhecido nos dias atuais como vibrador, consolo, entre outros nomes.




No comments:

Post a Comment