Tuesday, January 31, 2017

O ANIVERSARIANTE DE HOJE REDEFINIU E MODERNIZOU O BLUES DE MEMPHIS, TENNESSEE


PARA CELEBRAR O ANIVERSÁRIO DE 73 ANOS
DO GENIAL GAITISTA CHARLIE MUSSELWHITE
RESGATAMOS UMA PERFORMANCE FULMINANTE
DELE COM SUA BANDA DE ESTRADA
NO GREEN HILLS IN BLUES FESTIVAL
EM ATRI, ITÁLIA, SEIS ANOS ATRÁS.
  




NOSSO GLOBETROTTER SEXUAL MANUEL MANN ESTÁ DE VOLTA COM MUITO AMOR PRA DAR #2



Cá estou eu, de volta a LEVA UM CASAQUINHO, em minha base em London Town, sentado diante de meu laptop com uma caneca de café com Bailey's em minha mão direita e minha piroca dura feito pedra em minha mão esquerda, a pensar no quão oportuno seria bom uma companhia feminina numa gélida manhã de sábado como esta.

Não sou do tipo de pessoa que cultive medo do frio. Já suportei temperaturas extremamente baixas nos vários cantos do mundo onde vivi. Certa vez, suportei 30 abaixo de zero no Canadá, sem maiores problemas. Quando o frio é extremamente seco, como no Canadá, "a gente tira de letra", como dizem no Brasil.

Mas infelizmente não consigo "tirar de letra" o frio que está a flagelar a Boa e Velha Inglaterra neste momento. O vento gelado proveniente dos Mares do Norte é de uma truculência meteorológica a toda prova. E, como se isso não bastasse, tem ainda a umidade relativa do ar, sempre operando em níveis altíssimos.

Claro que, algumas décadas atrás, quando o aquecimento das casas inglesas funcionava à base de carvão, tudo era muito mais difícil.

Hoje, felizmente, temos aquecedores desumidificadores.

Antes, o aquecimento a carvão mantinha o ar sempre "molhado" -- e ao aquecer os ambientes, os tornava também insuportavelmente abafados.

Era 8 ou 80: escapava-se de morrer de frio lá fora para derreter de suor dentro das casas, que viravam verdadeiras saunas a vapor.  



Essa história toda me faz lembrar do grande ator brasileiro Raul Cortez, já falecido, que dizia odiar subir nu ao palco durante o Inverno, pois o frio do teatro provocava um encolhimento imediato de sua piroca -- o que, além de extremamente embaraçoso e desagradável, resultava numa espécie de "esforço de marketing pessoal às avessas" para fins sexuais.

Entendo perfeitamente o drama de Raul Cortez, mas nunca necessitei preocupar-me com isso, pois mesmo com algum encolhimento natural proporcionado pelo Inverno, minha piroca jamais faz feio no quesito tamanho: é deveras avantajada, muito mais do que eu gostaria que fosse. Tanto que não hesito em afirmar que, nesta época do ano, ela finalmente assume dimensões que, para mim, são as ideais.


O corpo humano é muito curioso.

No Inverno, sempre que tenho uma ereção, sinto o corpo todo a aquecer, e consigo foder intermitentemente durante horas e horas.

Algo assim, no Verão, é absolutamente inconcebível, pois o calor faz com que as trepadas sejam mais breves e intensas -- e quando terminam é um sempre um alívio.

Verdade seja dita: sou um homem de quase 60 anos de idade.

Tenho plena consciência de que meus tempos de atletismo sexual se foram há uns bons anos.

Conheço bem meus limites, e não vou além do que meu corpo permite. 



Para quem não sabe, tenho um passado profissional considerável no meio editorial.

Trabalhei vários anos para a NatGeo em New York, depois fui diretor da Condé Nast aqui em London, e então, de volta a Lisboa, comandei o lançamento das edições portuguesas da PENTHOUSE e da PLAYBOY -- sem dúvida, as duas piores experiências profissionais que tive na vida.

Digo isso porque eu -- que sempre fui encantado pelo universo feminino -- quase enlouqueci ao passar a ser assediado dia e noite por modelos e candidatas a modelo desejosas de aparecer nas páginas das duas revistas a qualquer custo.

Foram quatro anos absolutamente infernais.

Vocês não imaginam como essas moças podem ser invasivas e truculentas. Elas surgiam no nada, nos lugares e momentos mais inusitados. Graças a elas, minha vida pessoal simplesmente deixou de existir. Que mulher em sã consciência se envolveria com um homem que é assediado 24 horas por dia por mulheres completamente ensandecidas?

Felizmente, depois de três anos à míngua no mercado publicitário português, as duas publicações deram com os burros n’água, e cessaram de circular.

Assim que isto ocorreu, a paz invadiu a minha vida.

E eu, imediatamente, deixei de ser "a caça" para um bando de desvairadas para voltar a ser o velho caçador solitário de mulheres de outras épocas.

Acreditem: é muito mais confortável e prazeroso assim.

Busquei refúgio em publicações corporativas, onde sou feliz, realizado e muito bem remunerado.



Em meio a toda essa conversa fiada aí de cima, a minha caneca cheia de Café com Bailey's secou e minha piroca de pedra rendeu-se ao frio e ficou a meio palmo.

Para reverter o quadro -- e o bonitão voltar a crescer rapidinho em minha mão novamente --, lembrei-me dos dois meses gloriosos que passei no Rio de Janeiro a trabalho não muito tempo atrás.

Nesse meu Amarcord tropical, a temperatura mínima é de 30ºC e não falta whisky com água de coco para encarar o calor e a moleza carioca.

Residi por dois meses num aconchegante apartamento da empresa situado à Rua Francisco Otaviano, bem na fronteira de Ipanema com Copacabana, com uma varanda que dava vista para o Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, e que me permitia ver o mar, ainda que de esguelha. Por ser um apartamento de fundos, mal escutava o barulho da rua. Os únicos sons que ouvia, dia e noite, era das ondas a quebrar nas pedras. E dá-lhe verde. Muito verde. Impressionante o charme daquele pequeno prédio. Quantos banhos de sol completamente nu eu tomei naquela varanda...

A localização era privilegiadíssima. Bastava atravessar o Parque para cair na praia mais adorável da cidade do Rio de Janeiro: a Praia do Diabo, um cantinho absolutamente paradisíaco e bravio que fica à esquerda da Pedra do Arpoador, e que forma pequenas praias entre as pedras no caminho que segue até o Forte de Copacabana.



 A Praia do Diabo era sempre o ponto de partida das minhas caminhadas até o Leblon, e também o ponto de chegada para mergulhos deliciosos, tanto cedo pela manhã quanto ao cair da tarde.

Para quem, assim como eu, estava habituado àquele mar santista que mais parece garapa, mergulhar nas praias do Rio é um choque e tanto.

Primeiro pela forte rebentação e pela água sempre muito gelada.

E segundo porque tem muita mulher -- mas muita mulher mesmo! -- dado sopa pelas praias cariocas, a qualquer hora do dia.

Como minha rota diária era o calçadão, não ficava a prestar atenção às mulheres que estavam a se bronzear na areia entre Ipanema e Leblon -- meus olhos viam apenas as beldades que passavam por mim ao longo das minhas caminhadas.

Daí, era impossível deixar de notar duas mulheres espetaculares que todas as tardes aproveitam os últimos raios de sol deitadas nas areias da Praia do Diabo sem as partes de cima de seus biquinis -- e protegidas por um setter belíssimo, quase vermelho, que não parava de correr de um lado para o outro na pequena praia.

O cachorro era bem conhecido de todos alí, pois, além de ser extremamente dócil, saudava com entusiasmo quem quer que chegasse à "praia particular" de suas lindas donas para um mergulho antes do anoitecer.

Depois de me filmar duas ou três vezes chegando à praia no mesmo horário no final da tarde, eis que o simpático setter finalmente decidiu veio fazer festa para mim.


Foi a deixa que eu necessitava para me aproximar de suas donas, ambas com trinta e poucos anos, bronzeadíssimas e ostentando corpos esculturais típicos de quem passa boas horas do dia em Academias de Ginástica buscando anticorpos contra a Lei da Gravidade.

Uma delas se chamava Cinira.

Parecia alguns anos mais velha que a outra, que se chamava Gilsandra, mas na verdade tinham exatamente a mesma idade: 28 anos.

As duas eram “casadas” com um alto executivo alemão que vivia mais na Europa do que aqui, e moravam num apartamento cinematográfico de cobertura de frente ao mar, na Rua Joaquim Nabuco, quase ao lado do Fasano.



Enquanto Gilsandra mergulhava, puxei conversa com Cinira, tentando a todo custo ignorar seu topless, apesar de seus belíssimos seios gritarem diante dos meus olhos, e falei de minhas duas setters que havia deixado em Santos, e da falta que elas me faziam.

Cinira perguntou quem estava tomando conta delas.

"Minhas duas namoradas", respondi.

Ela me olhou por cima dos óculos de sol e in dagou, sorrindo: "Duas namoradas?"

Eu disse: "Sim, são gêmeas."

"Gêmeas? Você só pode estar brincando..."

Puxei minha carteira e mostrei as fotos que carregava comigo de Marilice e Marinice, e das duas cachorrinhas adoráveis Aisha e Auanah, e disse, orgulhoso:

"São as minhas meninas"



Nisso, Gilsandra chegou do seu mergulho, e Cinira me apresentou a ela.

Enquanto nos cumprimentávamos, Cinira passou para ela tudo que havia sido conversado entre nós há pouco -- e Gilsandra mostrou-se bastante interessada.

"Como é namorar gêmeas idênticas? Não dá confusão?"

"Não se você se relacionar com as duas ao mesmo tempo", respondi, sorrindo.

"Ménage a Trois?"

"Sim... eu sou a prova viva de que essas coisas podem funcionar muito bem.. e olha que sou português, não francês..."

Gilsandra sorriu um sorriso bem safado, mediu-me dos pés à cabeça, e disparou: "É... pelo visto você não é fraco, não..."

Prosseguimos com nossa agradável conversa de fim de tarde até o sol sumir de vez, e elas finalmente vestirem a parte superior de seus biquinis. Além de muito simpáticas e agradáveis, as duas eram boas ouvintes. Aparentemente ficaram interessadas nas histórias que contei sobre minhas experiências pelo mundo afora.

Para minha surpresa, as confessaram que saíram do Méier direto para Ipanema, e que nunca pisaram fora das fronteiras do Estado do Rio. Trabalharam algum tempo como “acompanhantes” de executivos, até que esse alemão com quem "se casaram" resolveu dar casa, comida e roupa lavada para elas em troca de eventuais favores sexuais.

Como a casa era um apartamento no Arpoador de frente ao mar, a comida era do Fasano e a roupa lavada vinhas das melhores lojas do Rio, elas toparam na hora, sem pestanejar. 



Um pequeno detalhe, que elas me contaram enquanto se levantavam para caminhar de volta para casa:

Os favores sexuais que elas prestavam não eram não diretamente para o alemão, e sim para alguns garotões que ele arrebanhava pela praia e arrastava para um outro apartamento que mantinha na Francisco Sá, no Posto 6, que servia apenas para encontros furtivos.

Funcionava assim: as duas serviam como prato de entrada, só para esquentar e ambientar os meninos na garçonière do alemão. Depois disso, elas saíam de mansinho e voltavam para casa, e o alemão passava a ser o dono da situação.

Era comum vê-las acompanhando o marido-patrão com pose de playboy em eventos sociais pela noite do Rio, sempre escoltados por um motorista e guarda-costas careca extremamente musculoso, que era também como amante eventual do alemão, e morava numa dependência de serviço do mesmo apartamento.

A devoção do motorista-segurança ao alemão era tamanha que ele sempre achava um jeito de acompanhá-lo à distância quando saía com algum garotão, e nunca mediu esforços para evitar que ele virasse vítima desses pitbofes que assassinam bichas por esporte.



Quase todo final de tarde lá estavam as meninas na praia fazendo seu topless habitual. Como de hábito, conversávamos até o anoitecer, e então eu as deixava na porta do prédio antes de seguir para meu apartamento, um pouco adiante dalí.

Uma noite, elas me convidaram para subir com elas. Eu agradeci, mas achei melhor não. Propus que, ao invés disso, elas viessem jantar comigo daqui a uma hora e meia no meu apartamento. Expliquei que tinha receio de que a minha presença do apartamento do alemão pudesse criar algum constrangimento futuro para elas. Sem contar que meu apartamento era território neutro, e não haveria nenhum motorista-segurança monitorando a vida delas. Elas concordaram e aceitaram meu convite.

Disse a elas que sou um cozinheiro esforçado, que seria um prazer cozinhar para elas, e perguntei o que gostariam de comer.

As duas disseram: “você”.

Respondi que não tinha a menor dúvida quanto a isso, mas queria saber mesmo o que elas gostariam que eu preparasse para elas na cozinha lá de casa, isso depois, é claro, que elas me comessem.

“Pode ser uma pizza, qualquer coisa ligeira, está muito em cima da hora para inventar um jantar requintado”, disse Cinira.

Passei meu endereço, meu telefone e perguntei se eram vegetarianas ou veganas.

“Não, somos totalmente carnívoras, espere para ver…”



Uma hora e meia mais tarde, enquanto colocava a massa da pizza para descansar, tocou o interfone aqui de casa. Eram elas duas. Pedi ao porteiro da noite para encaminhá-las ao elevador.

Elas chegaram envoltas em vestidos curtos deliciosos -- Cinira de branco, Gilsandra de preto. Sorriram, entraram, me abraçaram, me beijaram e já começaram a arrancar minha roupa -- e enquanto não me deixaram completamente nu, não sossegaram.

Me empurraram contra o sofá e começaram a me lamber o peito. De repente, as duas sentaram de cavalinho, cada uma sobre uma de minhas pernas. Foi quando senti que nenhuma das duas estava a usar calcinhas -- e que, de tão excitadas que estavam com aquela situação que elas próprias arquitetaram, suas bucetinhas soltavam aquela gosma deliciosa e inebriante pela minha coxa, criando um delicioso efeito velcro no contato com os pelos das minhas pernas.

Deixei que Cinira e Gilsandra fizessem de mim o que quisessem.

A coreografia das duas era impecável.

Esfregavam seus seios brozeados no meu rosto, depois sentavam na minha cara até me encharcar com sua gosma perfumadíssima.

Presumi que talvez aquela fosse a hora de virar protagonista da brincadeira -- mas elas não deixaram, e foi aí que finalmente caiu a ficha de que eu não iria comer ninguém naquela noite, pois eu estava alí para ser comido pelas duas. Então, relaxei e deixei rolar.

Duas horas mais tarde eu estava completamente exausto -- mas as duas continuavam pegando fogo, brincando de tesourinha e se chupando sem parar.

Eu estava encantado com o magnífico poder de fogo das duas. 



Levantei para banhar-me na duche, para assim me recompor.

Na volta, as duas tentaram me arrastar para a cama a agarrar nas minhas pernas enquanto Cinira chupava minha piroca e Gilsandra engolia minhas bolas e enfiava dois dedos no meu cu. Tudo tão repentino e intrusivo que rapidamente explodi de gozo novamente, um pouco na boquinha de cada uma delas. Depois dessa investida, elas finalmente cansaram e apagaram.

Uma hora mais tarde, eu as acordei, pois a pizza rústica que havia preparado para o jantar estava quase pronta.



INGREDIENTES

Massa


30g de fermento fresco

3 colheres de sopa de açúcar
1/2 colher de sopa de sal
3 colheres de sopa de óleo ou azeite
1 xícara de água morna
3 xícaras de farinha de trigo

Cobertura


300g de tomate pelado amassado (com sal e azeite)

2 tomates italianos fatianos
300g de mozzarella fatiada
100g de pepperoni fatiado
20 folhas de mangericão
Orégano a gosto

PREPARO


  • Misture em uma tigela alta a água, o fermento, o açúcar e o azeite.
  • Acrescente aos poucos o sal e depois a farinha, sovando sempre até que fique uma massa lisa e que não grude mais nas mãos.
  • Deixe a massa na tigela, polvilhe farinha, cubra com um pano de prato limpo e deixe descansar por 3 horas ou até que dobre de tamanho.
  • Pré-aqueça o forno em temperatura máxima.
  • Unte uma forma com bastante azeite, o azeite (para a parte de baixo de sua pizza fique bem crocante).
  • Abra a massa com um rolo deixando as bordas grossas e o disco propositadamente desigual.
  • Acomode na forma, coloque o molho de tomates pelados amassados na quantia que desejar, distribua a mozzarella, as rodelas de tomate italiano, as rodelas de pepperoni e as folhas de manjerição.
  • Salpique orégano, jogue sal sobre as rodelas de tomate, capriche no azeite e deixe no forno até crescer e dourar bem.
  • Serve 3 pessoas não muito famintas (por precaução, preparei uma receita dupla, para o caso das meninas acordarem com fome no meio da noite).
  • Para acompanhar, um chianti bem encorpado cai que é uma beleza. (bebemos 3 garrafas)

 

Depois do jantar, achei que elas permitiriam que eu assumisse o comando da brincadeira num eventual segundo tempo desta nossa adorável "fudelança".

Mas não.

Para minha surpresa, enquanto descansávamos diante da TV, a campainha tocou, e logo a seguir entrou pela sala o motorista e guarda-costas careca.

Eu, sem entender o que estava acontecendo, tremi na base e perguntei a elas o que significava aquilo.

Gilsandra disse para não me preocupar, pois ele seria nosso guia e segurança pessoal numa aventura noturna pelo Rio de Janeiro.

Em outras palavras: sairíamos nus para um passeio na limousine Mercedes do alemão. E depois de circularmos por aí, tomaríamos banho de mar nus na Praia do Diabo, com motorista e guarda-costas nos dando a retaguarda necessáriaE, ao final, embarcaríamos numa surubinha a três ao relento na varanda do apartamento de cobertura do alemão.

Nesta primeira vez, confesso que me incomodei um pouco com aquele motorista e guarda-costas nos olhando o tempo todo enquanto trepávamos.

Mas depois da segunda vez, me acostumei.

Nas vezes seguintes, até convidei uma rapaz do escritório para conhecê-lo -- e parece que rolou uma química entre os dois, pois ambos sumiram da cobertura cinematográfica do alemão e foram buscar refúgio justamente em meu apartamento.

Entenderam agora porque só de pensar no Rio meu amiguinho cá embaixo fica neste estado latente?

Manuel Mann é escritor,
putanheiro de responsa
e executivo de imprensa
na Bronkson Thompson Inc.
Escreve sobre mulheres e comida
de vários cantos do mundo
nas Terças Sem Vergonha
de LEVA UM CASAQUINHO



AS "BOAZUDAS" DOS ANOS DE OURO DO CINEMA BRASILEIRO #8: KATE HANSEN

por Chico Marques


Kate Hansen nasceu em São Paulo no dia 13 de agosto de 1952, numa família de imigrantes dinamarqueses.

Era apenas uma garotinha de 8 anos quando participou de um concurso na TV Tupi para descobrir a mais bela voz colegial.

Ganhar, não ganhou.

Mas, em pouco tempo, foi chamada para um teste na novela Super Plá (69/70), de Bráulio Pedroso, na mesma TV Tupi, e nunca mais parou.

E então, de um ano para outro, a atriz infantil cresceu e se transformou numa loura de olhos verdes com seios fartos e uma sensualidade à flor da pele, dentro dos padrões nórdicos de beleza.

Foi obrigada a sair de casa para trabalhar como atriz, pois seu pai era contra sua escolha -- e assim, ela deixou para trás um sítio com cavalos e carros à disposição, e foi morar numa pensão.

O sacrifício valeu a pena, pois aos vinte e poucos anos ela já era bombardeada por convites de todos os tipos para fazer novelas, teatro e cinema.

De lá pra cá, passou por praticamente todas as emissoras que produzem telenovelas ou alguma modalidade de teleteatro.

Ao todo, Kate fez 13 longas.

Alguns deles realmente notáveis, como Aleluia Gretchen (de Silvio Back) e a ótima trinca de filmes que rodou com Walter Hugo Khouri: As Deusas, O Desejo e Eros.

Outros, nem tanto.

Curiosamente, é lembrada por ter participado de um filme clássico dos tempos da ditadura militar, realizado para a comemoração do sesquicentenário do Grito do Ipiranga: o oficialíssimo Independência ou Morte, de Carlos Coimbra, onde fez o papel da Imperatriz Leopoldina.

Ganhou dois prêmios APCA pelas novelas O Resto É Silêncio (1972) e Os Apóstolos de Judas (1976), e ganhou um Prêmio Air France por sua participação em As Deusas (1972), de Walter Hugo Khouri, onde interpreta uma psiquiatra se envolve emocionalmente com uma paciente (Lilian Lemmertz) e com o marido dela (Mário Benvenutti), tudo ao mesmo tempo.

Afastada da TV desde meados dos Anos 90, ela deu oficinas para atores no Sesc e participou também do Projeto S.O.S. Criança, da Prefeitura de São Paulo, para tirar meninos da rua e introduzi-los às artes, entre 1994 a 1998.

Desde então, morou em Belém do Pará, depois seguiu para a Europa, e há alguns anos está de volta a São Paulo fazendo teatro e ensaiando uma volta à TV num programa de entrevistas semelhante ao ELA, que ela apresentava nas tardes da TV Bandeirantes nos Anos 80.

Kate foi casada com o ator e cantor de rock Ricardo Petraglia (a.k.a. Dick Petra, do lendário grupo Sindicato), e com ele teve um filho -- Lucas Margutti, também ator, que participou de uma temporada da novela teen Malhação.

É viúva do geólogo Nilson Pinto Teixeira, com quem viveu em vários cantos do mundo no final dos Século XX.








TRECHOS DE ENTREVISTAS

"Meu pai foi contra eu virar atriz. Ele sabia das dificuldades da carreira."

"Eu trabalhava como um rolo compressor, fazia tudo o que aparecia pela frente. Cheguei a fazer duas novelas por ano. Não é legal trabalhar tanto assim. Às vezes a gente tem que dar uma reciclada."

"Tenho um carinho especial por algumas novelas que fiz, como A Viagem, O Barba Azul e Transas e Caretas. E os três anos em que estive na TV Cultura foram maravilhosos, pena que a Cultura esteja como está"








TELEVISÃO

1991 O Portador (Globo)
1989 Cortina de Vidro (SBT)
1984 Transas e Caretas (Globo)
1983 Razão de Viver (SBT)
1982 Paiol Velho (Cultura)
1982 Casa de Pensão (Cultura)
1982 Maria Stuart (Cultura)
1981 O Resto é Silêncio (Cultura)
1981 O Vento do Mar Aberto (Cultura)
1979 O Todo Poderoso (Bandeirantes)
1978 Roda de Fogo (Tupi)
1977 Cinderela 77 (Tupi)
1976 Os Apóstolos de Judas (Tupi)
1975 A Viagem (substituindo Márcia Maria) (Tupi)
1975 Ovelha Negra (Tupi)
1974 A Barba Azul (Tupi)
1974 Hospital (Tupi)
1970 Simplesmente Maria (Tupi)
1970 As Bruxas (Tupi)
1969 Super Plá (Tupi)



















FILMES

2007 A Volta do Regresso
1981 Eros, o Deus do Amor
1978 Mulher Desejada
1976 Aleluia Gretchen
1976 Excitação
1976 Helena A Noite da Fêmeas
1976 Tiradentes, O Mártir da Independência
1975 O Desejo
1975 As Secretárias...Que Fazem de Tudo
1972 Independência ou Morte
1972 As Deusas
1972 Os Machões
1972 Maridos em Férias




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QUE TRAZEM KATE HANSEN NO ELENCO
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