Saturday, October 31, 2015

POEMINHA DE DOMINGO (por André Argolo)

VENTO NOROESTE


Sopro do avesso
pó espinho areia
aloja-se no fígado
vaza
quente amarelo
filhadaputamente
surra
e do Sul aguarda
a salmoura fria.







André Argolo nasceu em Santos, em 1974.
Começou sua carreira no jornalismo 
na TV Mar e na TV Tribuna, 
tornando-se mais adiante editor e repórter 
na ESPN Brasil, TV Cultura e TV Globo SP.
Atualmente, André atua na produção 
de vídeos de divulgação de escritores 
e obras na Global Editora 
e no PublishNews.com.br.
Reuniu seus poemas 
em "Vento Noroeste"

(2014, Editora Patuá). 
Vive em São Paulo e tem um filho.





SANTOS COMIC EXPO TRAZ NESTE SÁBADO O TRABALHO DO VETERANO FLÁVIO CALAZANS


A "Santos Comic Expo", na oitava cidade mais nerd do Brasil, reúne jovens expoentes do gênero com veteranos como Flávio Calazans, que autografa a quinta edição de seu quadrinho escrito e desenhado em Santos: “Guerra das Ideias”.

Flávio Calazans começou a carreira de chargista e autor de histórias em quadrinhos ao publicar tiras e caricaturas em 1980 no "Jornal de Mesa", em Santos, um jornal impresso nas toalhas de mesa de papel dos bares e lanchonetes santistas.


Calazans fundou e participou por 20 anos, de 1979 a 2000, da revista "Barata" publicada em cooperativa em Santos, foi jurado da "Bienal de Quadrinhos" do Rio de Janeiro e criou o primeiro grupo de pesquisa de quadrinhos no "Intercom - Congresso Brasileiro de Ciencias da Comunicação da ECA USP". 

Deste GTQH (Grupo de Pesquisadores em Histórias em Quadrinhos) organizou e publicou o livro volume sete da Coleção Intercom , “História em Quadrinhos no Brasil : Teoria e Prática” Intercom Unesp-Proex-SBPC - que irá autografar na "Santos Comic Expo".

Calazans também irá autografar seus álbuns e graphic novels da coleção “As Guerras Calazanistas”.


“A Guerra dos Golfinhos", editada pela Marca de Fantasia em 2002 e agora em segunda edição, leva a mais uma viagem pelo universo mítico de Flávio Calazans. 

Como tão bem sabe fazer, o autor consegue transportar seus personagens e elementos ficcionais à mais plausível realidade. 

Ao mesmo tempo, projeta a criação para uma dimensão universal, ao retratar os conflitos humanos e as lutas pelo poder.


Em outra guerra, a "Guerra das Ideias", Calazans já apresentava as lutas que moveram o mundo a partir do tempo e do espaço. 

Nesse álbum, pequenas histórias isoladas mostram o modo de ser e agir do homem em sua evolução por meio de confrontos históricos. 

A obra traz outra estrutura narrativa, ao ser construída como uma história dramática perpassada pelos choques ideológicos, diferentemente de "Guerra das Ideias", em que o tema é o elemento unificador.

"Este detalhe faz a diferença na obra de Calazans. 

A concepção de uma história em quadrinhos, assim como a de um filme, exige um trabalho complexo de elaboração, onde pesam a construção das personagens, a ambientação, o desenvolvimento dramático, as elipses, o jogo de sedução por intermédio do manejo consciente do que se deve ocultar ou expor, da ordem de aparição das cenas, de uma conclusão coerente, ainda que por vezes aberta ou não explícita. 

Enfim, o domínio da narrativa e dos elementos estruturais é o que faz a graça ou infelicidade de um autor”, diz  Henrique Magalhães, Doutor pela Sorbonne, em Paris.


Em fevereiro de 1987 saía a primeira edição de "Guerra das ideias" como edição extra do fanzine Quadrix, editado por Worney Almeida de Souza em São Paulo. 

Essa edição quase artesanal logo se transformou num acontecimento no meio dos quadrinhos independentes brasileiros. 

Esse álbum de Flávio Calazans é formado por uma série de pequenas histórias em quadrinhos de duas páginas que se encadeiam em uma grande história muito bem estruturada, a história do processo civilizatório desde os primeiros agrupamentos humanos até a revolução telemática. 

Calazans firmava-se, com "Guerra das Ideias", como um dos mais criativos quadrinistas de sua geração, com uma obra baseada em pesquisas acadêmicas, com o experimentalismo no campo visual e a proposta inovadora do que viria a ser conhecido como “quadrinhos poéticos”, ou “poético-filosóficos”, como também são chamados. 

"Guerra das Ideias" parte desse princípio, da quebra da formatação dos quadrinhos comerciais, da exploração dos limites da criatividade e da crítica política por intermédio da reflexão pessoal.


Malgrado o álbum abordar um universo amplo e complexo, Calazans apresenta com maestria um verdadeiro tratado sobre a história da humanidade, suas lutas, contradições, mesquinhez e tiranias. 

Seu olhar é extremamente personalizado, mas ricamente fundamentado nos pequenos detalhes, minúcias de arquitetura, ambientação, vestuário, fauna e flora. 

O rigor na elaboração dos quadrinhos os aproxima da realidade histórica, ainda que subvertida pela interpretação crítica do autor. 

O espírito contestador de Calazans flui perfeitamente em "Guerra das Ideias", que se baseia na dualidade do cérebro: lado esquerdo X lado direito, conformismo X fantasia, lógica X liberdade criativa.

As ideias revolucionárias contra os sistemas estabelecidos vêm à tona no discurso de negros, judeus, anarquistas, filósofos, que se confronta com preconceitos raciais, religiosos e políticos.


A quinta edição de "Guerra das Ideias", um fenômeno de persistência no volátil meio das produções independentes, corrobora a importância desse trabalho e brinda os leitores com uma obra que oferece um grande deleite em refinamento gráfico e um rico repertório para reflexão.

Os livros serão vendidos a R$ 20, e quem comprar ambos recebe um brinde. 

O lançamento será neste sábado, dia 31, das 10h às 20h, na av. Pinheiro Machado, 48, em Santos.





MEDO E DELÍRIO NA SHANGRI-LA DAS PERVERSÕES SEXUAIS DOS IRMÃOS NOLASCO (PARTE 1)

por Manuel Mann


Depois de duas semanas a trabalhar no Rio de Janeiro, é estranho estar de volta a Santos.

Não me entendam mal. Sou completamente apaixonado pela Cidade Maravilhosa. Adoro hospedar-me no Leblon -- se possível nas proximidades do Bracarense Bar --  e poder circular despojadamente até Copacabana sem maiores preocupações, só com a roupa do corpo e a ostentar absolutamente coisa alguma. Ainda mais nesta época do ano, em que dias de calor intenso alternam-se com dias chuvosos, onde o frio sempre predomina. 

E por mais irritante que seja trabalhar no Centro do Rio com as obras do Porto Maravilha em andamento, somado a todo o transtorno decorrente da confusão viária que resultou da implosão dos viadutos da perimetral, o Rio é "simplesmente demais", como dizem cá no Brasil. Sempre será, aconteça o que acontecer. 

No ano que vem, quando tudo estiver funcionando, com certeza o Centro do Rio estará bem mais aconchegante, tenho certeza. Só que neste momento, o aborrecimento é inevitável para a maioria dos cariocas. 

Mas não adianta: a mim ele não atinge.



O Centro Histórico de Santos tem seu charme, mas não tem -- nunca teve, é bom frisar -- o estofo cultural do Centro do Rio, nem o clima boêmio de fim de tarde nos bares e restaurantes dos corredores culturais que ligam Museus a Centros Culturais. Funciona apenas em horário comercial e a happy hour raramente vai além das oito da noite. 

Santos é curiosa. Possui uma malandragem portuária meio acanhada que não existe mais no Rio -- nem em Lisboa, e nem na Cidade do Porto -- há muito tempo. 

Senti isso nitidamente nesta segunda ao caminhar do escritório até um restaurante distante alguns quarteirões ao lado de minhas queridas gêmeas louras Marilice e Mariluce. 

No caminho, passamos por uma rua onde, já na hora do almoço, uma quantidade enorme de prostitutas pouco ou nada atraentes visualmente ficam encostadas nas portas dos hotéis a se oferecer para os homens desacompanhados que passam pela calçada. Acreditem ou não, havia uma fantasiada de Wonder Woman. Pedi às meninas para olharem discretamente, e não rirem, para evitar problemas. 

O mais engraçado é que se um homem passa sozinho por essas prostitutas, elas assoviam e perguntam "quer fazer nenem, gostosão?". Mas se passar acompanhado por mulheres bonitas e bem vestidas, como minhas duas louras, elas sentem-se intimidadas e se escondem. 

É como se no Universo em que elas vivem não existisse espaço para mulheres viçosas assim. 

Muito curioso. Triste, talvez.



Na última quinta, fui almoçar com Ivan Nolasco e Natan Nolasco, dois irmãos advogados que trouxe do Rio por alguns dias para prestar assessoria à Bronkson Thompson Inc. em alguns negócios novos recém-realizados na Europa. 

Os dois voltam para o Rio antes do fim de semana, daí levo-os cada dia para almoçar num restaurante diferente no Centro. Na quinta, fomos ao Paquito. Na terça, levei-os ao Café Paulista, e na quarta ao Bonifácio, atrás da Prefeitura. 

Durante esses almoços, conversamos basicamente de trabalho. Natan fala muito pouco. Ivan já é bem falastrão. Mas na nossa última conversa, para minha surpresa, começamos a falar sobre putaria em ambientes de trabalho. 

Os dois estavam encantados com Marilice e Mariluce e queriam saber como eu dava conta das duas. Disse-les que conseguia isso na medida do impossível, já que elas são mais de 30 anos mais jovens do que eu. 

Foi quando expliquei aos dois que sou movido a sexo, não penso em outra coisa o dia inteiro, daí preciso extravazar. 

Uma única mulher nunca foi o suficiente para mim.



Eles acharam curioso. Ivan perguntou como essa obsessão sexual se processa em mim. 

Disse a eles que é "uma bênção e uma maldição", para usar as palavras daquele detetive daquela série de TV, Adrian Monk. Expliquei que sempre que entro em qualquer lugar -- seja um ambiente de trabalho, uma residência ou qualquer ambiente, aberto ou fechado -- a primeira coisa que me passa pela cabeça é: quais os pontos mais adequados neste setting para fazer sexo com uma ou mais mulheres. 

É uma idéia fixa, uma espécie de feng-shui para prevertidos sexuais, como eu. Sou obcecado por isso. Na medida em que penso em sexo 24 horas por dia -- sim, penso em sexo dormindo também, não descanso jamais --, estou sempre a vislumbrar lugares possíveis para praticá-lo condignamente.



Ivan então perguntou se sou adepto do sexo em ambientes de trabalho? 

Disse a ele que hoje menos do que em outras épocas. Fiz com muita frequência, e com muitas mulheres diferentes, dentro da Embaixada de Portugal em Brasília, nos anos em que trabalhei por lá. Fazia um trabalho entendiante, e a disposição interna e a decoração do prédio da Embaixada sugeriam cantos estratégicos fantásticos por todos os lados, perfeitos para arrastar mulheres tanto durante quanto após o expediente. 

Fiz sexo com as mulheres negras mais lindas que já vi naqueles ambientes. Comi toda a nata feminina da Africa de língua portuguesa.

Depois que fui embora de Brasília, trabalhei em publicações pela Europa e tive que deixar esse hábito de lado -- até porque os ambientes muito coletivizados e raríssimas vezes tive uma sala fechada toda minha para poder promover estrepolias desse tipo.

Claro que, de tempos em tempos, batia uma saudade e tanto daquelas beldades africanas que circulavam por Brasília.



Ivan ria muito com meus relatos. Dizia: 'Cara, você é surpreendente, quem diria...". Então me contou uma história muito interessante. 

O relato a seguir é todo dele:

"Durante esses últimos anos, Natan e eu fomos verdadeiros atletas sexuais de escritório. Eu sou solteirão. Natan chegou a ser casado uns tempos, mas não deu certo. Trabalhávamos no escritório com papai. Mas então ele morreu. E mamãe ficou solitária demais no apartamento enorme na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde mora até hoje. Daí, Natan e eu desmontamos nossos apartamentos e voltamos a morar com ela. Para compensar esse "retrocesso" nas nossas vidas, decidimos reformar inteiramente nosso Escritório de Advocacia no Aterro do Flamengo e o transformamos num abatedouro equipadíssimo. Cara, nós somos almas gêmeas. Nós dois também só pensamos em sexo o dia inteiro. Saímos todos os dias pela manhã de casa para o trabalho pensando em putaria. Como você sabe, o meio jurídico é muito propício a isso. Daí, convidávamos alguns amigos ou clientes mais próximos e promoviámos umas surubinhas no escritório." 



"Temos uma sócia bissexual, Joana, que, além de ser uma grande amiga, gostava muito de atrair mulheres para o escritório para encontros sexuais -- e assim que as duas começavam a se pegar, chamava nós dois para entrar nus em cena e dar início a um gang-bang surpresa nos orifícios de sua "vítima". Só não era um estupro porque, passado o susto inicial, o que vinha a seguir era sempre consensual, e no final acabávamos todos nos divertindo muito. Mas Joana era louca, adorava promover gang-bangs surpresa na seleção de candidatas a recepcionista. Nós gostávamos também, não é Natan? O caso é que, por conta dessas maluquices, o escritório teve que enfrentar um BOs complicado, rolou uma denúncia que poderia ter trazido problemas terríveis para nós, mas felizmente acabou tudo de forma bastante diplomática. Para evitar maiores problemas, conseguimos convencer Joana a pegar mais leve nessas brincadeiras sexuais mais agressivas dentro do escritório, e seguirmos apenas com brincadeirinhas mais leves e menos comprometedoras, se possível com mulheres conhecidas nossas ou então com garotas de programa. Joana concordou, contanto que equipássemos o escritório com o que existe de mais moderno em termos de tecnologia erótica e fizéssemos dele uma verdadeira Academia de Putaria camuflada atrás das paredes de um dos Escritórios mais prestigiados do Rio de Janeiro."



Fiquei encantado com o relato que ouvi, e então perguntei a Ivan: Como é que passo uma semana a trabalhar lado a lado com vocês e não sou convidado para conhecer este Shangri-la do Sexo onde vocês trabalham?

"Calma, Manuel, estamos nos conhecendo agora. Acredite, oportunidades não faltarão, ainda mais agora que sabemos que você é um dos nossos. Nosso escritório é um playground dionisíaco. Temos uma mesa de reunião enorme no escritório, extremamente sólida, capaz de suportar o peso de até dez pessoas fudendo em cima dela. E o que é melhor: com uma vista dramática para a Baía da Guanabara. Num dos cantos, tem uma inocente mesa de snooker tamanho profissional onde promovemos frequentemente torneios de strip-snooker. Uma das salas do escritório é um verdadeiro apartamento, com vários sofás que se abrem formando uma cama gigantesca que abre e se estende pelo chão. No banheiro, basta apertar um botão para que uma das paredes abra e revele uma sauna e uma jacuzzi, além de 3 duchas. E temos ainda uma cozinha completa onde promovemos pequenas orgias gastronômicas nos finais de semana. É comum passarmos feriadões inteiros internados por lá, acompanhados por amigas ou garotas de programa que pegam no batente na sexta no final de tarde e só encerravam o turno na segunda pela manhã, pouco antes das faxineiras chegarem e o escritório abrir para o público novamente. Poucos sabem que temos lá uma espécie de batcaverna para adultos. Nesse feriadão de finados vai ser assim. Tem gente que gosta de seguir para a Serra. Tem gente que vai para a Região dos Lagos. Nós ficamos no escritório fudendo sem parar."



Perguntei a Ivan: E quanto a Joana, como ela é? 

"Joana é ótima. Anda mais sossegada atualmente. Está com uma namorada fixa e com um namorado fixo no momento. Mas de vez em quando ela aparece e se junta a nós, para não perder o hábito. É um mulherão. Morena, alta, gostosona, inteligentíssima. Mas perigosa..."

Como assim, perigosa?

"Louca de pedra. Envolvente ao extremo. Imprevisível. Uma mulher fascinante. Para ter uma idéia, a Gilda de Rita Hayworth é a Noviça Rebelde perto dela. Nós dois já nos apaixonamos por ela e nos fudemos de verde e amarelo por conta disso. Fizemos muita terapia para conseguirmos continuar convivendo com ela e com o que ela desperta em nós dois. Ela é completamente apaixonada por nós dois também, só que ela sabe como lidar com isso sem encanar. Nós tivemos que aprender, a duras penas. Mas passou. Aprendemos a viver como um trio e administramos nossa afeição mútua de uma maneira muito peculiar. Funciona. Você vai conhecê-la oportunamente. Quem sabe na sua próxima ida ao Rio ainda este mês?"



Voltei para casa com tanto tesão em conhecer Joana que mal cheguei em casa e, antes mesmo de tomar banho, me atraquei com Marilice e Mariluce -- que estavam do jeito que gosto, bem suadinhas, recém chegadas da Academia de Ginástica -- e as arrastei para um canto do apartamento onde temos algumas plantas ornamentais. 

Afastei um pouco os vasos, coloquei Mariluce e Marilice deitadas com as pernas entrelaçadas e voltadas para o alto, e comecei a alternar séries contínuas de estocadas na bocetinha de cada uma delas, enquanto elas se masturbavam e enxarcavam meu pinto com um gozo intenso. 

Caí de boca nas bocetinhas delas duas, depois enxarquei seus cuzinhos com KY e arregacei com carinho as bundinhas das duas, para ao final pegar mais pesado e levar as duas ao delírio.




Exaustos, tomamos um banho prolongado juntos.

A seguir, fui até a cozinha acender o forno para preparar pizzas para as meninas com a massa que eu deixei a descansar desde cedo pela manhã e um molho de tomate que levou nada menos que 12 horas para ficar pronto. 

Cortei em fatias finas linguiças de javali defumadas compradas no Mercado Municipal de São Paulo duas semanas atrás, separei pedaços de uma mozarella artesanal que veio muito bem recomendada e piquei duas cebolas brancas da Argentina, que são menos ácidas. 

Preparei pizzas individuais para as meninas, decorei-as com azeitoninhas portuguesas e com folhas de manjericão. 

Servi com um Chianti delicioso. 

As meninas adoraram. 



Dalí, seguimos para a cama para ver os últimos episódios da temporada de "Penny Dreadful", que elas perderam. 

Eu também gosto. mas confesso que não consegui prestar muitas atenção no que vi. 

Só conseguia pensar em Joana.

Algo me diz que minha próxima viagem ao Rio será muito mais interessante que foi essa última.





Manuel Mann escreve
 sobre mulheres e comida
semana sim, semana não
em LEVA UM CASAQUINHO



MANGIA CHE TE FA BENE! VISITA ESTA SEMANA O SUPER VEGETARIANO NO CENTRO DE SANTOS



Quem circula pelo Centro da Cidade, com certeza conhece o Restaurante Super Vegetariano, há exatos 29 anos e 8 meses proporcionando um cardápio saudável, extremamente saboroso e preparado com muito carinho por um time fiel de funcionários de longa data.

Instalado confortavelmente no andar superior de um prédio centenário, com um pé direito de 6 metros de altura, o Super Vegetariano possui cerca de 30 mesas espalhadas por um salão enorme. 

Trabalha com um buffet quente e um buffet frio repletos de opções bem variadas a um preço fixo (20 reais por pessoa).

Apesar de já estar no terceiro proprietário, o Super Vegetariano continua com a mesma filosofia implantada quando foi fundado: atender clientes que, vegetarianos ou não, adquiriram o hábito de se alimentar pensando em sua saúde.

Uma das características mais interessantes do Super Vegetariano é o Clube do Azeite, que funciona nos mesmos moldes do Clube do Whisky cultivado por vários bares. 

Cada cliente habitual do Restaurante traz a sua própria garrafa do azeite e ela fica exposta num armário, com seu nome nela marcado, sempre à sua disposição.


Hoje, o Super Vegetariano não é mais o único restaurante do gênero do Centro da Cidade. 

Vários outros, mais modernos, com cardápios mais arrojados, foram surgindo ao longo dos últimos anos.

Mas o Super Vegetariano continua sendo o mais tradicional, o mais charmoso, o mais em conta e o mais simpático de todos.

PS: Todas as terças, a casa serve pasteizinhos de ricota bem temperada e um purê de batata doce simplesmente divinos. Quem ainda não provou, não sabe o que está perdendo.



Aceita todos os cartões



Chico Marques é meio gourmet,
meio comilão inveterado.
E quem não é?


JULIA ROBERTS COMPLETA 48 ANOS E NÓS ESCOLHEMOS 5 DE SEUS MELHORES FILMES

por Chico Marques


Julia Roberts nasceu há exatos 48 anos em Smyma, no Estado da Georgia, Estados Unidos. Seu sorriso largo e seu rosto esguio viraram rapidamente a cara dos Anos 90, graças ao sucesso estrondoso de "Pretty Woman", que fez dela uma estrela implacável há exatos 25 anos. 

Depois de colecionar diversos sucessos de público em filmes relativamente ligeiros e fazer fortuna logo na primeira década de sua carreira, Julia começou a escolher melhor seus papéis na esperança de ser levada um pouco mais a sério como atriz. 

Deu sorte: faturou um Oscar de Melhor Atriz por sua performance soberba em "Erin Brockovich" (2000).

Daí pra frente, fez apenas o que quis.


A carreira de Julia Roberts tomou um rumo bem aventuresco desde então. 

Ela embarcou em projetos de prestígio, voltados para um público mais segmentado. Trabalhou diversas vezes com Steven Soderbergh e Mike Nichols em projetos pouco apelativos em termos comerciais, que ela, com seu prestígio pessoal, conseguiu levar a platéias mais amplas.  

Graças a iniciativas ousadas como essa, Julia vem conseguindo manter sua carreira num patamar bastante alto de dignidade e de respeitabilidade. 

Sem contar que continua uma "bela mulher" às vésperas dos cinquenta anos. 

Seu lindo sorriso permanece cativante. 

E a amplitude de seu talento é cada vez mais indiscutível.


Saudamos a adorável Julia Roberts nesta data querida resgatando 5 filmes não muito festejados -- talvez até subestimados -- de sua longa filmografia. 

Em comum entre eles, apenas o fato de estarem disponíveis para locação nas estantes da Vídeo Paradiso.

ADORO PROBLEMAS 
(I Love Trouble, 1994, roteiro e direção Nancy Myers e Charles Shyer)
Um veterano jornalista (Nick Nolte) descobre que uma linda novata (Julia Roberts) deu um furo de reportagem na sua frente, sobre um acidente de trem que foi fruto de sabotagem. Os dois começam se odiando por conta disso, mas, com o passar do tempo, começam a se envolver emocionalmente. Mas não sem antes se envolverem em uma série de encrencas com gente do submundo do crime. Nolte odeia esse filme, sabe-se lá porquê. É extremamente bem escrito, na melhor tradição de "A Primeira Página", de Billy Wilder. E Julia está mais linda do que jamais esteve até então. Diz ela que sua experiência de trabalhar ao lado de Nick Nolte foi péssima, e o classifica como "o pior ator com quem já trabalhei" (110 minutos)
O SEGREDO DE MARY REILLY
(Mary Reilly, 1996, direção Stephen Frears)
O filme conta a história de Mary Reilly (Julia Roberts) , uma moça de origem humilde que teve uma infância muito violenta, e que vai trabalhar na casa do tímido Dr. Jekyll (John Malkovich) . Ela conhece o assistente do médico - Mr. Hyde - e acaba descobrindo o segredo de Dr. Jekyll e de seu assistente, mas o guarda consigo mesma porque acaba se apaixonando por ele. O roteiro é baseado no livro "Mary Reilly", de Valerie Martin, obra inspirada em "O Médico e o Monstro", do escritor escocês Robert Louis Stevenson. Tanto Julia Roberts quanto John Malkovich estão exuberantes neste drama de suspense extremamente climático do talentosíssimo Stephen Frears. (108 minutos) 
UM LUGAR CHAMADO NOTTING HILL
(Notting Hill, 1999, roteiro Richard Curtis, direção Roger Mitchell)
Will (Hugh Grant) é dono de uma livraria especializada em guias de viagem, e recebe a inesperada visita de uma cliente muito especial, a estrela de cinema americana Anna Scott (Julia Roberts). Depois de um início meio atrapalhado, iniciam um romance confuso, cheio de idas e vindas, mas absolutamente encantador e estranhamente convincente. Com um time soberbo de atores coadjuvantes e um roteiro simplesmente perfeito, "Notting Hill" ajudou a humanizar a figura pública de Julia, e foi um merecidíssimo sucesso de crítica e público. Impossível não ficar encantado com ela nas cenas em que abre o coração e revela o quão difícil é lidar com o fato de ser uma atriz célebre. Sem sombra de dúvidas, a melhor de todas as comédias românticas que Julia protagonizou. (124 minutos)
A MEXICANA
(The Mexican, 2001, direção Gore Verbinski)
Jerry Welbach (Brad Pitt) recebeu dois ultimatos. Seu chefe quer que ele viaje para o México a fim de buscar uma pistola antiga caríssima chamada "A Mexicana" ou ele sofrerá as consequências. O outro ultimato vem de sua namorada Samantha (Julia Roberts), que quer que ele acabe com os negócios junto com esse chefe. Jerry percebe que estar vivo, mesmo que seja brigado com a namorada, é a melhor saída. Achar a pistola é fácil, mas voltar com ela para casa já é outra história. Supõe-se que a pistola carrega uma maldição e Jerry, com todos os problemas de sair do México, sua (ex) namorada raptada, começa a acreditar. Mal recebido pelo público na época, que o achou o tom do filme "independente demais", "A Mexicana" é um filme inusitado, conduzido de forma muito criativa pelo diretor Gore Verbinski e com participações especiais deliciosas de James Gandolfini, Gene Hackman e Pedro Armendáriz Jr. (120 minutos)
PERTO DEMAIS
(Closer, 2004, roteiro Patrick Masber, direção Mike Nichols)
Anna (Julia Roberts) é uma fotógrafa bem sucedida que conhece e seduz Dan Woolf (Jude Law), um jornalista sem sucesso tentando lançar um livro, os dois acabam tendo um rápido envolvimento. A seguir, Anna conhece Larry Gray (Clive Owen) de uma forma um tanto inusitada, e, mais tarde, se casa com ele. Dan mantém um caso com Anna mesmo depois de seu casamento e usa a misteriosa Alice (Natalie Portman), uma stripper, como sua musa inspiradora, sem saber que Alice carrega diversos segredos ainda não revelados. Adaptação de uma peça de teatro de muito sucesso que se transformou num filme nada menos que espetacular, com seus quatro atores testando seus limites sob a orientação segura e desafiadora do grande diretor Mike Nichols. De tirar o fôlego. (104 minutos)