Tuesday, February 28, 2017

O ANIVERSARIANTE DE HOJE FOI UM DOS MAIORES MESTRES NA FINGERPICKIN'' GUITAR


PARA SAUDAR A MEMÓRIA DO GRANDE
VIOLONISTA AMERICANO JOHN FAHEY,
CRAQUE ABSOLUTO DO FINGERPICKIN',
RESGATAMOS UMA AULA-SHOW
QUE ELE DEU NA SALA DE ESTAR
DE SUA PRÓPRIA CASA
EM SANTA MONICA, CALIFORNIA,
HÁ EXATOS 36 ANOS.

ENJOY...





O NOVO CARNAVAL NO BOTECO (por João Ubaldo Ribeiro)



- E aí, cara, pensei que você não vinha mais! E agora chega com essa cara de quem comeu e não gostou, é ressaca de carnaval?


– Eu não estou de ressaca. Aliás, pensando bem, estou. Não tenho mais preparo físico para aguentar um carnaval.

– Onde é que foi que você brincou?


– Eu não brinquei, há muito tempo que não brinco carnaval. Já fui até muito chegado, mas hoje em dia não quero nem saber. Não, eu estou de ressaca é de não dormir direito, com esses blocos parecendo que estavam todos debaixo da janela do meu quarto, levei dois dias praticamente sem pregar olho. Isso é um absurdo, essa esculhambação na rua, deviam proibir esse negócio.

– Ué, eu não entendo você. Alguns dias antes do carnaval, aqui mesmo, você disse que era a favor do carnaval de antigamente, o carnaval de rua, o espontâneo, o dos blocos, não sei mais o quê.


– É, dou a mão à palmatória. Não sou mais. Quer dizer, continuo a achar que o carnaval de antigamente era melhor, mas isso era antigamente, não dá para o antigamente ser hoje, eu tenho é que me recolher na terceira idade e ficar na minha, não me adapto mais, estranho tudo. Você viu aquelas mulheres nuas com o corpo pintado, viu a musculatura? Eu vou lhe dizer a verdade, mesmo quando eu tinha 30 anos, não sei se eu encarava uma mulher daquelas. Se uma mulher daquelas aplicar uma chave de perna num infeliz qualquer, ele pode encomendar a alma ao diabo, porque nem um pé-de-cabra solta ele. Eu pensava que as pernas do Adriano eram parrudas, mas perto dessas mulheres ele é franzininho.

– É, antigamente elas tinham curvas mais suaves, tinham cintura…


– E não ficavam peladas o tempo todo! Eu não sou contra mulher ficar pelada, mas o tempo todo é um exagero. Podia haver fantasias até mais sensuais, que não mostrassem logo tudo, não é preciso apelar. No meu tempo, por exemplo, as moças se fantasiavam muito de havaiana, com saiote esfiapado e as pernas aparecendo.

– E por baixo um short comprido, um corpete fechado e um calçolão blindado. Deixa de ser saudosista, cara, tem que colocar as coisas dentro do tempo, da atualidade. A fantasia de havaiana que você falou pode continuar a existir, só que dentro da realidade atual. Aliás, você me deu uma ideia, eu vou falar com o Maurição, o Maurição você sabe como é, é o maior produtor de festas de embalo do Rio de Janeiro, de repente rola até uma grana nisso, o Maurição sabe tudo. Isso que você falou me deu a ideia, uma festa com as mulheres todas fantasiadas de havaiana. Ou seja, sem nada em cima, mas de sandália havaiana, sacou? Se a ideia for bem trabalhada, dá para descolar um belo patrocínio com uma dessas fábricas de sandália. E conseguir mulher que pinte lá disposta a aparecer só de sandália vai ser a maior moleza, acho que dá até para cobrar taxa de inscrição. Bota um jornal ou revista nisso, bota umas duas celebridades, o suprimento de mulher pelada é automático. Eu tenho tino para empreendimentos, fico sempre observando as oportunidades que surgem. Aliás, que bela ideia, cara! O Festival Carioca do Nu Artístico! Carioca não, nacional! Internacional! Bota um nome em inglês, o Nude-in-Rio, pega logo! Tem que pensar grande, cara, pode ter certeza de que, se um cara com capital para investir pegar essa ideia, vai encher o rabo de dinheiro! Eu já estou aqui sacando as ramificações, cara, tem uma carroça cheia de grana esperando quem tiver essa iniciativa.


– Você já está de porre a esta hora?

– Não, você é que está querendo viver num mundo que não existe mais. Eu não, eu vivo no Brasil novo, no Brasil onde todo mundo prospera e quem tiver visão fica rico, todo dia estão surgindo novos milionários e são as ideias que fazem esses milionários. Muitas ideias que no princípio pareciam loucas terminaram em grande sucesso. A mulher pelada nacional é um dos nossos recursos naturais, tanto quanto a paisagem da Baía de Guanabara. Nós temos é que afastar os preconceitos e dar o destino mais lucrativo possível a nossos recursos, isso é que é desenvolvimento sustentável, a mulher pelada é um recurso altamente renovável. Você está por fora, está fixado no tempo do derrotismo e do atraso. Por exemplo, essa birra que você pegou contra o carnaval de rua é dar murro em ponta de faca, tem mais é que se sintonizar com os novos tempos e, sempre que possível, procurar tirar partido da situação. O carnaval de rua voltou para ficar, esta é que é a realidade.


– Espero que pelo menos o cheiro de mijo vá embora.

– Taí, você bateu em cima, olha a oportunidade de ganhar dinheiro aí, pensei nisso o carnaval inteiro. E pensei com criatividade. Vou ver se o Maurição tem contatos que consigam um patrocínio das cervejarias, dá para bolar uma série de esquemas, mas o principal é minha ideia. Minha ideia é pegar uns caminhões gigantes, desses de trio elétrico, e converter num conjunto de banheiros para uso dos blocos. O bloco anda e o Mijomóvel vai atrás, tudo arrumadinho, dá para uma série de bolações, é só soltar a criatividade, eu tenho anotado uma ideia atrás da outra.


– Eu também tive uma ideia. Neste caso, por que não criar também o Bloco do Fraldão? Em vez de ir ao banheiro, todo mundo se mija na fralda e fica despreocupado, vai ser um bloco muito tranquilo.

– Você está de gozação, mas é isso mesmo, são as ideias! Essa ideia do fraldão pode dar samba, acho que é possível pegar o patrocínio de um grande fabricante, botar umas popozudas sambando de fraldão…


(publicado originalmente em O GLOBO e O ESTADO DE S. PAULO, 3 de Março de 2011)


João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro
nasceu em Itaparica, Bahia, em 1941.
Formou-se em Direito em Salvador,
mas preferiu ser romancista,
jornalista, cronista, roteirista e professor
a ter que trabalhar como advogado.
Ganhou o Prêmio Camões de 2008
e foi membro da Academia Brasileira de Letras.
É autor de romances magníficos
como Sargento Getúlio,
O Sorriso do Lagarto,
A Casa dos Budas Ditosos
e Viva o Povo Brasileiro.
Este último acabou virando samba-enredo
pela escola de samba Império da Tijuca,
no Carnaval de 1987.
João Ubaldo morreu em 2014
em decorrência de uma pancreatite crônica.


CALLING DOCTOR LOVE: HIGIENE SENTIMENTAL PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E SUPIMPA (#25)



Caro Doctor Love,
Minha mulher adora fazer sexo na BMW dela. Eu não gosto. O fato é que cheguei num estágio social em que posso me dar ao luxo de alugar uma limousine cheia de putas ou de me hospedar em suítes presidenciais para encontros sexuais, e não abro mão de conforto na hora do sexo. Sempre que trepo com ela na BMW, saio todo torto, fico com dores no corpo por vários dias, e lembro que já passei dos 50 -- sem a menor necessidade, diga-se de passagem. Pois bem: soube um dia desses por um amigo que minha mulher tem o hábito de parar com nossa BMW em garagens de Shoppings ou em Estacionamentos durante a tarde, enquanto estou trabalhando, e, sempre trajando roupas muito provocantes, convida desconhecidos para entrar dentro do carro e dentro dela também. Foi bom ficar sabendo disso. Como não senti o menor ciúme dela, acabei por concluir que nosso casamento acabou. Só que não posso falar em divórcio com ela agora, até porque não seria nada bom ficar descapitalizado neste momento por conta de uma partilha idiota. Então, pensei em mandar alguém dar cabo dela antes que algum outro amigo fique sabendo que ela está me corneando na maior cara dura todas as tardes naquela porra daquela BMW, e eu acabe com fama de corno manso. Minha boa imagem pública tem que ser preservada a qualquer custo. O que eu faço, Doctor Love? (João H, São Paulo, SP)

Caro João H,
Quer um conselho?
Faça o que achar que deve fazer,
mas faça logo, e faça direito,
se possível orientado de um bom advogado.
Paro por aqui para não me comprometer,
pois não tenho a menor intenção
de me envolver no que possa estar por vir.
Mas lembre-se: nada disso irá apagar
o fato de você ser um corno consentido.
Bom Verão, Bons Negócios e Boa Sorte!






Caro Doctor Love,
Sou sonâmbula, moro num barco com meu namorado e dizem que costumo sair nua pelo pier toda madrugada atacando sexualmente os outros homens que moram em seus barcos por aqui. Meu namorado tem sono pesado e nunca me viu sonambulando, diz que não acredita nisso, mas eu acordo com gosto de esperma na boca, com o cu dolorido, com cheiro de suor de outros homens e sei que andei fazendo estrepolias por aí. Como eu faço para que isso pare de acontecer, Doctor Love? (Claudette R, Guarujá SP)


Cara Claudette,
Deixa de ser boba, menina.
Seu sonambulismo é um álibi perfeito
para qualquer estrepolia que você invente fazer.
Se está realmente preocupada,
melhor procurar um médico.
Mas não abra mão dessa prerrogativa
maravilhosa que Papai do Céu te deu,
e saia comendo todo mundo
que você tiver vontade de comer
no meio dessas noites quentes de Verão.
Bom Verão, Boa Fudelança e Boa Sorte!




Caro Doctor Love,
Sou advogado criminalista e fiquei incumbido de dar guarita à ex-mulher de um chefe do tráfico que é meu cliente, e que está preso numa prisão de máxima segurança prestes a delatar meio mundo no Crime Organizado. Ela está morando lá em casa, é gostosíssima e perigosíssima também, e eu juro que tentei ao máximo não ser comido por ela. Mas não deu. Sucumbi aos encantos dessa demônia fatal. Apesar dela ser ex dele, não ter mais vínculo sexual algum com ele, e estar sob minha "custódia" para não dar com a língua nos dentes por aí sem orientação jurídica, meu medo é que algum capanga do meu cliente presuma que eu estou traindo a confiança dele e decida nos apagar. O que eu faço, Doctor Love? (Juvêncio S, Serra Negra SP)



Caro Juvêncio,
Lamento te dizer, que você estragou tudo.
Não podia ter ido pra cama com ela
sob hipótese alguma.
Eu diria até que você já é um homem morto,
só falta alguém finalizar o serviço
e dar sumiço no seu corpo.
Sendo assim, meu conselho é:
Coma essa louca varrida de todas as
maneiras possíveis e imagináveis,
e aproveite bem suas últimas semanas de vida.
Bom Verão, Boa Sorte e... Boa Sorte!



Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início de 2014.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como rapidamente se transformou
no conselheiro sexual menos ortodoxo
do lado de cá do Equador:
DOCTOR LOVE.







AS "BOAZUDAS" DOS ANOS DE OURO DO CINEMA BRASILEIRO #12: SANDRA BRÉA

por Chico Marques


Sandra Bréa vinha de alguns papeis pouco expressivos em novelas da TV Globo quando foi escalada para o elenco do programa humorístico FAÇA HUMOR, NÃO FAÇA A GUERRA, com Jô Soares e Renato Corte Real. Foi quando sua estrela finalmente começou a brilhar, pois até então, ela era apenas uma corista candidata a atriz, como tantas outras no elenco da emissora.

Convenhamos: era virtualmente impossível para nós, telespectadores na época, não notar uma loura linda e esguia como ela, com um corpo de bailarina espetacular como o dela, que parecia mais alta do realmente era, desfilando de biquini por vários sketches humorísticos e exibindo um sorriso absolutamente cativante e uma sensualidade à flor da pele.

Pois foi esse programa humorístico que a catapultou para as principais capas de revistas do Rio e de São Paulo. E foi nesse programa, especificamente, que ela chamou a atenção de seu colega de elenco Luis Carlos Mièle, que mediu rapidamente o potencial da moça como cantora e dançarina escolada no teatro de revista, concluiu que estava diante de uma futura grande estrela e a chamou para um espetáculo teatral que estava produzindo.

Mièle montou com Sandra uma dupla de sucesso que emplacou vários shows de muito sucesso no teatro, e que acabaram virando um programa musical mensal mais bem sucedido ainda na TV Globo intitulado "Sandra e Mièle" (1976).

E o resto é história.

Mas uma história cheia de altos e baixos...










Sandra nasceu Sandra Bréa Brito no Rio em 11 de maio de 1952.

Com o corpo já formado aos 13 anos de idade, começou a trabalhar como modelo fotográfico e manequim.

Aos 14, ingressou no teatro de revista em "Poeira de Ipanema", e dois anos mais tarde, em 1968, estreou na peça "Plaza Suite", escolhida pelo diretor João Bittencourt e pela atriz Fernanda Montenegro.

Contratada por Moacir Deriquém na Rede Globo, participou de várias novelas ao longo dos Anos 70 e 80.

Seu primeiro papel de relevo foi em "O Bem Amado", de Dias Gomes, interpretando Telma, a filha libertária do prefeito Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo) que volta do Rio de Janeiro, onde estudou, para sua Sucupira natal.

Mas seus papeis mais memoráveis foram nas novelas "Sabor De Mel", de Jorge Andrade, ao lado de Raul Cortez -- uma breve escapada dela para a TV Bandeirantes em 1983 -- e na comédia rasgada "Bambolê" (1987), de Daniel Más, onde interpretava a condessa VonTropp.

Eis aqui a relação de trabalhos feitos por Sandra Bréa na TV

1970 Assim na Terra como no Céu
1970 Faça Humor, Não Faça A Guerra
1972 Uau, a Companhia
1972 Bicho do Mato
1973 O Bem-Amado
1973 Os Ossos do Barão
1974 Mulher
1974 Corrida do Ouro
1975 Escalada
1976 Sandra & Miele
1978 O Pulo do Gato
1979 Memórias de Amor
1982 Estúdio A
1982 Elas por Elas
1983 Sabor de Mel
1985 Ti Ti Ti
1986 Hipertensão
1987 Bambolê
1989 Pacto de Sangue
1990 Gente Fina
1991 Felicidade
1997 Zazá










Sandra Bréa sempre teve alma de vedete e brilhou no Carnaval durante muitos anos.

Nunca demonstrou a menor inibição em exibir sua nudez na Marquês de Sapucaí, em ensaios fotográficos, ou em cenas de filmes.

Sandra era um animal fotográfico como poucas. Sua fotogenia era arrebatadora. Por mais temperamental e dada a estrelismos que ela pudesse ser, sabia dar a qualquer fotógrafo exatamente o que ele queria. E, no final das contas, tanto ele quanto o público consumidor de revistas masculinas na época acaba saindo muito satisfeitos.

Sandra Bréa posou nua diversas vezes para a revista EleEla, e participou de 3 ensaios memoráveis para a Revista STATUS, clicados por Marisa Alvares Dias, Bubby Costa e por Antonio Guerreiro, com quem ela acabou se casando.

Foi justamente para as lentes de Guerreiro que ela protagonizou o ensaio abaixo, produzido para a PLAYBOY brasileira em 1981, com fotos deliciosamente reveladoras que enlouqueceram duas ou três gerações de onanistas sismicamente ativos.
































A carreira de Sandra Bréa seguiu de vento em popa ao longo dos anos 70, ainda que sempre pontuada por escândalos conjugais e explosões públicas desnecessárias..

Mas foi a partir dos anos 80 que a carreira dela realmente começou a balançar, e declinar.

Sua bipolaridade, somada às crises de estrelismo e às turbulentas trocas de namorados e(ou) maridos, fizeram dela, pouco a pouco, uma aposta difícil para produtores de cinema, teatro e também para emissoras de TV.

Luiz Carlos Mièle e Ronaldo Bôscoli foram os primeiros a desistir de novas produções com ela, pois nunca endossaram atitudes antiprofissionais de seus contratados -- e Sandra estava se tornando uma especialista nelas.

Por melhores que fossem as bilheterias dos shows, Sandra criava tantos problemas que chegou num ponto em que o faturamento não compensava as dores de cabeça jurídicas que ela causava.

Para piorar, ela se tornara uma usuária constante de Halcion, Valium e Rohypnol para acalmar, e de cocaína e anfetaminas para embalar. Em consequência disso, passou a ter um comportamento cada vez mais instável, e começou a simplesmente não cumprir mais compromissos fechados.

Resultado: nunca mais foi chamada para protagonizar novela alguma. Todos os convites que ela recebeu daí por diante foram para papeis secundários em novelas, daquele tipo que não tem como interferir no andamento da produção.








Apesar de ter trabalhado 21 anos na TV Globo, o legado de Sandra Bréa para a emissora é pouco lembrado hoje -- o que é compreensível, já que sua última aparição numa novela de lá aconteceu há 26 anos.

Por conta disso, é através dos filmes que Sandra fez, que são constantemente reprisados pelo Canal Brasil, que sua imagem permanece viva na tela pequena desde que saiu de cena por complicações causadas pela AIDS em Maio de 2000.

O lamentável disso tudo é que a imensa maioria dos filmes que Sandra protagonizou são de baixo gabarito artístico, e mesmo os melhores deles, dirigidos por Walter Hugo Khouri e Carlos Reichenbach, a trazem sempre em miscasts assustadores.

É que apesar de ótima dançarina, exímia comediante e boa cantora, Sandra era totalmente inadequada para papeis dramáticos, pois era uma canastrona irremediável. Só que ela queria porque queria ser reconhecida como atriz dramática, daí aceitava fazer qualquer papel pretensamente profundo naqueles horrendos dramas eróticos pseudo-existencialistas produzidos na Boca do Lixo em São Paulo.

O resultado final era no mínimo constrangedor, no máximo um desastre anunciado. Seu público na época só tolerava tamanha chateação porque sabia que, poucos minutos depois, aquelas modorrentas cenas dramáticas terminariam, ela surgiria na tela completamente nua e estaria tudo desculpado.

Não deixa de ser uma grande ironia que esses filmes duvidosos e esses clássicos ensaios fotográficos para STATUS e PLAYBOY sejam tudo o que restou do legado de Sandra Bréa.

É muito pouco para uma mulher que, durante quase duas décadas, brilhou tão intensamente e levou à loucura milhões de brasileiros.

Mas é melhor do que nada.

Eis aqui a lista de filmes em que ela atuou entre 1970 e 1982

Um Uísque Antes, Um Cigarro Depois
(1970, Flávio Tambellini)
Cassy Jones, O Magnífico Sedutor
(1972, Luis Sérgio Person)
Os Mansos
(1972, Braz Chediak, Pedro Carlos Róvai)
Sedução
(1974, Fauzi Mansur)
Amada Amante
(1978, Cláudio Cunha)
A Noite dos Duros
(1978, Adriano Stuart)
Capuzes Negros - Sede de Amar
(1978, Carlos Reichenbach)
O Prisioneiro do Sexo
(1979, Walter Hugo Khouri)
Sábado Alucinante
(1979, Cláudio Cunha)
A República dos Assassinos
(1979, Miguel Faria Jr)
Os Imorais
(1979, Geraldo Vietri)
Herança dos Devassos
(1979, Alfredo Sternheim)
O Convite ao Prazer
(1980, Walter Hugo Khouri)
As Aventuras de Mário Fofoca
(1983, Adriano Stuart)








FRASES DE SANDRA BRÉA

"Meu grande erro foi começar a aparecer mais que meus personagens."

Houve um ano em que cheguei a aparecer em 20 capas de revista."


"As feias são mais felizes."


"O estigma da AIDS é terrível. Foi a um restaurante semanas atrás e chegando lá passei mal. Os outros clientes olharam para mim com ar de reprovação, como se eu não tivesse o direito de estar naquele lugar. Fiquei muito deprimida com isso. Desde então não quis mais sair de casa.”


“Não queria morrer de Aids, morte anunciada é terrível. Preferia morrer atropelada. Seria mais digno.”















ASSISTA LOGO ABAIXO
CASSY JONES, O MAGNÍFICO SEDUTOR,
COM PAULO JOSÉ E SANDRA BRÉA
DIRIGIDO POR LUIZ SÉRGIO PERSON
QUE FOI SUCESSO DE BILHETERIA
NOS CINEMAS BRASILEIROS EM 1972

FOI COM CERTEZA O FILME
QUE MELHOR SOUBE EXPLORAR
O TALENTO DE SANDRA COMO
BAILARINA, CANTORA E COMEDIANTE

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LEVA UM CASAQUINHO