Tuesday, August 30, 2016

NOSSO ANIVERSARIANTE DO DIA É O GRANDE SOULMAN IRLANDÊS VAN "THE MAN" MORRISON

PARA SAUDAR OS 71 ANOS DE GENIAL VAN MORRISON,
ASSISTAM À APRESENTAÇÃO NOTÁVEL
REALIZADA NESTE MESMO DIA NO ANO PASSADO
NA CYPRESS AVENUE, EM BELFAST,
NO QUARTEIRÃO ONDE ELE NASCEU,
PARA CELEBRAR SEU ANIVERSÁRIO.




MANGIA CHE TE FA BENE: ÚLTIMA CHAMADA PARA UM CALDO VERDE NESTE FIM DE INVERNO

por Chico Marques


O caldo verde é, sem dúvida, a sopa mais famosa de Portugal. É típica do Norte do país, mas se popularizou em todo o seu território e também nas colônias lusitanas.

Apesar de ser chamado de caldo, tem estrutura um pouco mais espessa. Mas não chega à consistência densa de um creme.

Talvez até exista uma receita original de Caldo Verde. Mas cada país onde o prato se popularizou passou a fazer uso de ingredientes típicos locais.

Há quem defenda o acréscimo ao caldo de várias rodelas de salpicão ou de chouriço de colorau, que o tornariam ainda mais delicioso.

Há também quem, a pretexto de tornar a receita mais democrática, prefera acrescentar mais ingredientes genéricos costela, bacon e linguiça calabresa

A característica principal do Caldo Verde é, no entanto, o corte finíssimo da couve-galega, que libera rapidamente seu sabor e a cor que personifica a receita.


Em Portugal, o Caldo Verde é servido com broa de milho salgada e um fio de azeite bem perfumado.

Já aqui no Brasil, como de praxe, rola o que vier: costuma vir acompanhado de vários tipos de pão, queijo parmesão suave ralado fino e azeite de oliva.

O Caldo Verde é considerado uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal. Devido à sua simplicidade e leveza, pode ser servido tanto no início de uma refeição principal quanto numa ceia tardia.

E, claro, deve ser sempre acompanhado sempre que possível por bom vinho verde tinto.


Todos os Restaurantes Portugueses de Santos lidam bem com a receita.

Reza a tradição que o Cado Verde do Restaurante Almeida (Avenida Ana Costa,1) permanece o melhor de todo o Litoral Paulista ao longo dos últimos 40 anos.

Mas há quem prefira o Caldo Verde do também tradicional Restaurante São Paulo (Rua Carlos Afonseca,4).

Adeptos de buffets de sopas lembram que o Caldo Verde servido no Empório Bella Villa (Rua Goiás, 44) é preparado com muita propriedade pela equipe da casa e devidamente supervisionado pelos proprietários portugueses.

Agora, se você preferir se aventurar a preparar um Caldo Verde Básico em casa para os amigos numa dessas noites frias de Inverno (que promete ser mais rigoroso que o habitual), siga a receita abaixo e boa sorte   

PASSO A PASSO
(fornecido pelo website www.cultuga.com.br)

Receita de Caldo Verde Português
Ingredientes
(receita para 6 pessoas)
1 cebola grande picada
2 dentes de alho triturados
5 a 6 folhas de couve manteiga picadas sem o talo
1 litro e meio de água
6 batatas grandes descascadas e cortadas em fatias finas
4 gomos de linguiça curada cortados em rodelas finas
Azeite, sal e pimenta do reino
ou pimenta calabresa moída a gosto










Chico Marques às vezes é gourmet,
outras vezes é gourmand,
mas na maior parte do tempo
é apenas um comilão inveterado.
Escreve sobre comida semanalmente
em LEVA UM CASAQUINHO

O JACARÉ DA MIMO (uma crônica publicitária de Carlão Bittencourt)


“O melhor amigo do homem é o uísque.
O uísque é o cachorro engarrafado”
(Vinicius de Moraes)



Se os melhores perfumes estão nos menores frascos, o mesmo conceito pode ser aplicado às agências de propaganda. Quanto mais butique de criação o estilo da agência, mais gostosa de trabalhar.

A Momento de Propaganda era assim. Charmosa, ocupava dois andares de um lindo edifício na Haddock Lobo, quase esquina de Lorena. Ou seja, ficava num dos pontos mais agradáveis da cidade: os Jardins.

A Criação era no 12º andar, comandada por Sérgio Lima, grande Redator e Diretor de Criação. Inteligente, bem humorado e rápido no gatilho, Serjão montou um time tão afinado quanto enxuto. Modestamente. Luís Boralli, na Direção de Arte, eu, na redação, e ele, na supervisão.

Nossas contas mais importantes eram Encol e Brinquedos Mimo, clientes que faturavam horrores. Principalmente a construtora, então, no auge do Plano Cruzado. Dinheiro a dar com pau. Ou com tijolo.

Com nosso talento e aquele tesão louco que só os bons salários inspiram, dávamos conta dos jobs da agência durante o dia, e de outras tarefas mais nobres a partir do happy-hour. Ambas jornadas com pleno sucesso.

Certo dia, o contato que atendia a Mimo, pediu uma reunião com a gente. Queria nos passar o briefing da campanha de lançamento de um brinquedo. Sérgio marcou para a manhã seguinte, às 10 horas.

No horário combinado, estávamos à espera do atendimento. Duas horas depois o contato apareceu em nossa sala. Sérgio Lima estava puto dentro das calças, mas não acusou o golpe. Ficou quieto.

O tal contato, que adorava a própria voz, levou mais de uma hora para nos apresentar ao novo mimo da Mimo. Não precisava. Resumindo a missa pela metade, o brinquedo não passava de um autorama de pobre. Um carrinho elétrico muito sem vergonha que corria sozinho, preso a um fio de plástico da espessura de um macarrão spaghetti. Mais nada.

Sérgio, Boralli e eu ouvimos pacientemente toda a cantilena do rapaz que, no fundo, só queria impressionar a linda assistente. Mal sabia ele, que Sérgio já estava de trampolinagens com a moça. Há tempos.

Terminada a reunião, começamos a criar os filmes. Parecíamos três moleques em volta do brinquedo. No fim do dia tínhamos várias idéias para TV. Deixamos para apresentá-las internamente na data estipulada. Prazo é prazo. Dois dias depois, mostramos ao contato. Eram seis filmes.

Sérgio, que entende como poucos de apresentação, contou os comerciais. Tudo foi bem, até que ele chegou ao último. A historinha do garoto que montou o brinquedo no quarto.

Com sua imaginação fértil de criança, ele decorou a trajetória do carrinho com os objetos que tinha no ambiente. Assim, correndo pelo fio de spaghetti, o carrinho passava por baixo da cama, tirava uma fina do pé da cadeira, acompanhava a lateral do baú de bugigangas e entrava num “túnel” feito de caixas de sapatos. Ao sair, ele passava rente ao focinho de um cachorro vira-latas, fazendo com que o bicho pulasse para trás, assustado. Pronto. Era isso.

O contato pareceu frustrado com o desfecho da trama. Tanto que deu um palpite:

“Porra, Serjão, tá cheio de cachorro no ar! Não dá pra vocês botarem outro bicho nesse filme???”

Sérgio Lima prometeu mudar. A reunião acabou.

Corta para o dia da apresentação da campanha ao cliente. Eram dez pessoas em volta da mesa, imensa. De um lado, o time da Mimo, completo. Do outro, o pessoal da agência, formado por nós três da Criação, um Mídia, o tal contato e sua assistente, além do Diretor de Atendimento, Flávio Dragone, que era um dos sócios da Momento.

Sérgio Lima começou a contar os filmes com sua naturalidade habitual. Como estávamos de frente, eu e Boralli, fomos conferindo as reações dos clientes. E, a julgar pelos sorrisos e trocas de olhares, tudo ia bem. Até que Sérgio chegou ao último comercial, aquele em que o nosso contato pediu para trocarmos os bichos. Sérjão estava animadíssimo:

“Então, o carrinho passa por baixo da cama e tira uma fininha do pé da cadeira. Depois, segue a lateral do baú e entra num “túnel” feito de caixas de sapatos. E quando sai, ele passa bem no focinho do jacaré, que abre o bocão e dá um pulo pra trás, abanando o rabo!!!”

Nesse ponto, quem deu um pulo, foi o Gerente de Produtos da Mimo que, cheio de dedos, sugeriu:

“Um jacaré?!?!?! Peraí, Sérgio, mas será que não dá pra usar um bicho assim mais...normal???"

Para surpresa geral, Sérgio respondeu, apontando o dedo para o contato da agência, encolhido na cadeira, morto de vergonha:

"Nós criamos o filme com um cachorro super fofinho... Foi ele que pediu pra mudar!!!”

Poucas vezes em meus mais de 30 anos de propaganda, vi uma campanha ser aprovada em meio a tantas risadas, palmas e elogios.


Carlão Bittencourt
é redator publicitário
e cronista.
É autor de
"Pela Sete - Breves Histórias do Pano Verde"
(2003, Editora Codex),
um mergulho no universo
dos salões de bilhar de São Paulo
e escreve todas as quartas
em LEVA UM CASAQUINHO.


AS IMPRESSÕES DE FÁBIO CAMPOS SOBRE "CAFÉ SOCIETY", O NOVO FILME DE WOODY ALLEN



Sempre procuro evitar spoilers, mas, nesse caso, as conclusões podem levar a pistas sobre o desenrolar do filme. Portanto, mais uma vez, recomendo a leitura depois de assistir ao filme.

Woody Allen é, sem duvida, o mais bem-sucedido caso de cineasta autoral da história. Consegue entregar quase que anualmente o sonho de todo o cineasta, um filme com total controle criativo e nenhuma preocupação com bilheteria. Com uma carreira longa e prolífica fica difícil não ser repetitivo. Particularmente enxergo os filmes europeus como um respiro, mas foram tantos que a volta pra casa acaba gerando um novo respiro. Talvez por isso, Café Society seja o mais divertido dos seus filmes em anos. Só rivaliza com Tudo Pode Dar Certo, mas esse era uma comédia rasgada (coincidentemente se passava em Nova York) e Café Society está mais para comédia romântica.

Bobby (o cada vez melhor, Jesse Einsenberg) é o filho mais novo de uma família judia de Nova York que cansa da vida monótona que é trabalhar com o pai e resolve tentar a vida em Los Angeles. Para isso procura o tio (o sempre bom Steve Carell), agente bem-sucedido na Hollywood dos anos 30, a procura um emprego. Depois de muita insistência, consegue o emprego e, de quebra, uma cicerone em LA, Vonnie (Kristen Stewart, deslumbrante). Obviamente Bobby acaba se apaixonando por Vonnie, mas ela tem um namorado nada presente. Bobby logo se cansa da superficialidade de LA, quer casar com Vonnie e voltar a NY.

A história é, como sempre ultimamente, uma desculpa elegante para o desfile das neuroses, cinismos e ironias de Woody, além de um confronto entre LA e NY que é uma covardia. NY não aparece tão linda no cinema desde Manhattan, enquanto LA se resume a casas de celebridades e restaurantes sem charme. Todo o glamour das cenas em LA se resume a Kristen Stewart, sempre mostrada como a única coisa luminosa em cena, enquanto NY é um cenário deslumbrante onde, talvez por isso, ninguém se destaque.

Há tempos não vejo tanto cinismo e a auto ironia como nesse filme. Apresar de sempre se auto depreciar em seus filmes, Woody nunca foi tão debochado com si mesmo quanto com o personagem do intelectual. Aquele que consegue ser profundo sobre tudo, mas incapaz de resolver problemas banais do cotidiano. A contrapartida com o gangster – o excelente Correy Stoll, que vem aparecendo cada vez mais desde que foi o Peter Russo de House of Cards – que resolve tudo sem pensar em nada é hilária. As habituais observações cínicas sobre religião nunca estiveram tão afiadas, arrancando gargalhadas da plateia.

Mas é a visão cínica do casamento que transborda no filme. Todos os casais do filme são mostrados de forma monótona e\ou neurótica. Até personagens encantadores e sedutores se tornam monótonos e apagados após o casamento. Não à toa, nessa visão, o único casal interessante do filme não tem filhos e é, obviamente nova-iorquino. Com tanto cinismo o filme não poderia terminar com conclusão melhor: o amor que nos trás as melhores lembranças é aquele não consumado.












CAFÉ SOCIETY
(Cafe Society, 2016, 96 minutos)

Roteiro e Direção
Woody Allen

Direção de Fotografia
Vittorio Storaro

Elenco
Jesse Eisenberg
Kristen Stewart
Steve Carell
Parker Posey
Blake Lively
Corey Stoll
Jeannie Berlin
Ken Stott
Tony Sirico

em cartaz no
Roxy Iporanga 4
e no Cinespaço Miramar Shopping





Fábio Campos convive com filmes
desde que nasceu, 49 anos atrás.
Seus textos sobre cinema passam ao largo
do vício da objetividade que norteia
a imensa maioria dos resenhistas.
Fábio é colaborador contumaz
de LEVA UM CASAQUINHO.






2 OPINIÕES CONVERGENTES SOBRE "TRUMAN", FILME COM RICARDO DÁRIN E JAVIER CÁMARA

DOIS GRANDES ATORES NUM FILME ESPETACULAR
por Sérgio Prior
para setimaarte.iron.com.br


O diretor espanhol apostou na quimica entre estes dois atores, Ricardo Darin e Javier Camara, para que o roteiro atinja em cheio seus propósitos.

Julian (Javier Camara) vive no Canadá com sua esposa e seus dois filhos e empreende uma viagem para Madri com objetivo de convencer seu amigo de juventude, Tomás (Ricardo Darin), a retomar o seu tratamento para combater o câncer.

Após um ano em que se submeteu a todos os tipos de exames e tratamentos, Tomas largou a toalha, optou por uma morte longe dos hospitais e dos médicos.

Sua grande preocupação principal é com o seu cachorro Truman.

Quem irá cuidar do seu grande companheiro após a sua morte.

O filme, em mãos erradas, poderia cair num melodrama sem fim.

Não é o caso.

O humor negro e inteligente, com diálogos agudos e que atualizam a amizade destes dois velhos amigos, que tornam "TRUMAN" uma grande experiência.

Darin, o maior nome do cinema argentino contemporâneo divide com o espanhol Javier Camara os méritos da beleza do filme.

Claro que Cesc Gay soube tirar dos dois atores (Tomas inclusive é um ator de teatro que vive uma fase decadente do ponto de vista artístico e financeiro) o talento que sobra em ambos.

Não espere que o cachorro tenha participação grandiosa.

Truman é um coadjuvante nesta imersão de cinco dias sobre o significado da amizade.

Imperdível.

UM BREVE TRATADO SOBRE A VERDADEIRA AMIZADE
por Lucas Salgado
para AdoroCinema

Maior nome do cinema latino americano, Ricardo Darín é daqueles atores raros que conseguem transformar histórias simples em um grande filme. Seu novo projeto, Truman, em que retoma a parceria com o diretor Cesc Gay três anos após O Que os Homens Falam, talvez fosse apenas um bom longa sem o ator. Com ele, é uma grande obra.

Darín interpreta Julian, um ator argentino radicado em Madrid. Ele, que lutava contra um câncer, recebe a notícia de que a doença se espalhou por todo o corpo. Sem perspectiva de cura, ele decide interromper o tratamento e aguardar pela morte. Então, recebe a visita de um amigo de infância que mora no Canadá, Thomas (Javier Cámara). O amigo tenta convencer Julian de seguir lutando, mas, sem muita abertura, acaba convencido a aproveitar o curto tempo que eles têm juntos para matar a saudade e também se despedir.

A história é básica e delicada e ganha força diante das grandes atuações de Cámara e especialmente Darín. É duro ver uma pessoa pensando o final de sua vida e se despedindo de pessoas importantes, mas também há certa beleza em vermos um sujeito tomando as rédeas de sua vida.

O Truman do título é uma referência ao nome do cachorro de Julian. Uma das missões dos amigos é encontrar uma nova casa para o animal, já velho. É tocante ver a relação entre o dono e são cachorro.

O roteiro de Cesc Gay e Tomas Aragay é linear e consegue tratar uma situação dramática com certo humor. Por sinal, o lado cômico da produção é muito eficaz. Não tenta aparecer demais, mas está presente o suficiente para oferecer uma experiência tocante, mas divertida ao espectador.

A dupla principal conta com a ajuda de Dolores Fonzi, que interpreta Paula, uma prima de Julian que não consegue aceitar sua decisão. Mas os destaques são mesmo os dois atores. O longa possui ainda uma bela trilha sonora e uma fotografia limpa, mas eficiente ao transformar Madrid em uma cidade universal.

TRUMAN
(Truman, 2015, 108 minutos)

Direção
Cesc Gay

Elenco
Ricardo Darín
Javier Cámara
Dolores Fonzi
Eduard Fernández
Troilo
Àlex Brendemühl




NOSSO GRANDE ANIVERSARIANTE DE HOJE É O NOTÁVEL DJ E PRODUTOR MUSICAL JOHN PEEL



JOHN PEEL, O DJ QUE AJUDOU A REDEFINIR
A CARA MUSICAL DOS ANOS 60, 70, 80 E 90
EM TODA A EUROPA ATRAVÉS DA BBC,
É SAUDADO PELO AMIGO IGGY POP
NESTE DOCUMENTÁRIO PARA A TV INGLESA






SOLUÇÕES CRIATIVAS PARA SUA VIDA SEXUAL COM O CONSELHEIRO ODORICO AZEITONA (#4)



Caro Odorico:
Sou heterossexual, tenho 35 anos de idade e vivo há 4 anos com uma advogada muito bonita e ótima de cama. Por algum motivo que eu não saberia explicar ao certo, de uns tempos para cá eu a tenho evitado na cama, preferindo me masturbar assistindo cenas de fudelança no meu smartphone no carro enquanto estou preso no trânsito ou em casa depois que ela vai dormir. Um dia desses ela me flagrou descabelando o palhaço com o telefone na mão, mas fez de conta que não viu e não me disse nada. Como conheço bem o jeito dela, sei que ela deve estar chateada comigo, ou -- pior -- com ela mesma. O que eu faço para fazer com que as coisas voltem a ser como eram antes?
(Mão de Urso, Jundiaí SP)


Caro Mão de Urso,
não há nada de incomum nisso
que você está vivenciando,
por mais que possa parecer inusitado.
O problema é que vídeos pornográficos,
quando bem realizados e convincentes,
nos permitem chegar a um padrão de satisfação
que beira a perfeição,
sem que para isso seja necessário fazer qualquer esforço físico
ou manter qualquer envolvimento emocional com a outra parte.
Para quem gosta de zonas de conforto,
trata-se de algo absolutamente irresistível.
Consta que muitos homens que faziam uso constante
de prostitutas como atividade sexual extra-conjugal
hoje não faz mais, já que o bom e velho
ato solitário se sofisticou demais no quesito "realismo".
O problema é que o seu casamento está correndo
um risco muito grande com essa coisa toda,
e é bom você tomar uma atitude logo para reverter essa tendência.
Isso se você ainda amar sua mulher.
Pense bem se você ainda a ama.
Às vezes, esse tipo de "desinteresse sem motivo" pela parceira
é uma maneira sacana do nosso subconsciente
dizer sem muita clareza que o romance acabou,
e a melhor coisa a fazer é encerrá-lo
enquanto ainda é possível fazer isso amistosamente.
Mas não se precipite.
Primeiro tente voltar a fuder na sua mulher.
Que sabe a química ainda funciona?
Boa sorte.




Caro Odorico:
Sou uma mulher bastante atraente de 28, e sou bissexual. Meu marido tem 36 anos e é hetero. Antes de nos conhecermos, tive várias relações com casais, até que passei por um aborrecimento muito grande que me levou a evitar relações desse tipo. Quando nos casamos, prometi a ele que não me relacionaria mais com mulheres. Apesar dele dizer que isso não era necessário, eu insisti que não queria mais bucetinhas na minha vida, e que dalí em diante seria hétero como ele. Mas de uns meses para cá conheci uma loira sensacional de São Paulo na praia e começamos um romance às escondidas nos finais de semana que ela aparece por aqui. Estou pensando em contar tudo para ele, e ainda propor que ele entre na brincadeira, mas tenho um pouco de medo, pois não sei bem por onde começar. Você me ajuda, Odorico?
(Aracnídea Bronzeada - Bertioga SP)


Quer um conselho?
Primeiro meça bem o terreno dos dois lados.
Veja se a sua loira maravilhosa de São Paulo
encara na boa uma situação dessas,
e depois dê umas indiretas no seu marido
para ver se ele não encareteou em termos sexuais
depois que assumiu uma relação estável com você.
Relações assim são muito incertas e delicadas,
e todo cuidado é pouco.
Mas se sentir que há abertura para aprimorar a brincadeira,
livre-se dos traumas das relações passadas
avance o sinal e divirta-se bastante.
Boa sorte.


Caro Odorico:
Convivo com minha mulher há mais de 15 anos, desde os tempos de faculdade. Sua beleza sempre foi exuberante. No entanto, 5 anos atrás, ela foi atacada por um pitbull num ataque de fúria e ficou desfigurada. Foi um trauma terrível para ela, que fez inúmeras operações plásticas para tentar reverter o quadro, com resultados sempre aquém do esperado. Mas, para minha surpresa, desde que ela ficou desfigurada eu passei a ter ainda mais tesão por ela. E isso virou um problemaço, pois a partir do momento em que ela sacou que suas deformidades me excitavam, passou a me negar sexo de forma sistemática. O que que eu faço para conseguir convencê-la de que eu a amo e que, para mim, ela é ainda mais linda como está agora do que antes?
(Papito Cronenberg, Serra Negra SP)


Caramba, Papito, você é realmente cabuloso...
Mas é bom que seja cabuloso mesmo,
pois só esse seu tesão pelas deformidades dela
poderão permitir que ela consiga ter
uma vida mais ou menos saudável no futuro.
Vá insistindo, e torça para que uma hora dessas
ela caia em si e baixe a guarda
e tope redescobrir o amor ao seu lado.
Boa sorte para vocês dois.



Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início do ano passado.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como ainda insistiu em começar imediatamente
e propôs que fosse mantido
o nome WE ARE THE WORST
adotado até agora em seu espaço semanal.
 




AS DESVENTURAS DE BENJAMINA LAVADINHO, UMA DEVASSA PORTUGUESA COM CERTEZA (#7)


PARTE I

Benjamina: Sou a amiga que gosta muito das tuas tatuagens… Interessado numa brincadeira?

Bofe Tatuado: Claro, quando?

Benjamina: Em breve digo-te mais detalhes do quando e onde, podes durante o dia por esta zona? Gostaste do cu do meu amigo?

Bofe Tatuado: Ando durante o dia por aí. Gostei do cu do teu amigo e gostava de estar contigo também.

Benjamina: Ótimo! Em breve combinamos um encontro os 3.

Bofe Tatuado: Ok beijos no pipi. (…)

Benjamina: Animado com a perspetiva da nossa festa? Vais ter muito com que te entreter…

Bofe Tatuado: Estou curioso e com vontade de te conhecer.

Benjamina: O que te deixa mais curioso? O nosso amigo já te falou de mim?

Bofe Tatuado: Não falámos de ti. Estou curioso de saber como és… tu não tens curiosidade de saber como eu sou?

Benjamina: Já tenho uma breve descrição tua e sei que cumpres os requisitos. Eu sou super normal apenas penso de forma diferente.

Bofe Tatuado: Os requisitos e as tatuagens!

Benjamina: Sim, isso é importante. O que queres saber mais sobre mim?

Bofe Tatuado: Nada, fico pela surpresa. Tem mais encanto. bj (…)

Benjamina: Oi oi! Que achas de amanhã me vires comer? Estou por aqui e livre ao almoço. Kiss

Bofe Tatuado: Tá combinado. Onde nos encontramos?

Benjamina: Podes apanhar-me aqui. Tens carro? E sugestões de sítio?

Bofe Tatuado: Estou cheio de vontade de te passar com o braço tatuado entre as pernas.Quanto tempo tens?

Benjamina: Tenho 1h30 ou um pouco mais.

Bofe Tatuado: A que horas te posso apanhar?

Benjamina: 12h30 em frente ao sítio.

Bofe Tatuado: Combinado, posso marcar um quarto aí perto.

Benjamina: Boa! Ansiosa…

Bofe Tatuado: Como vou saber que és tu?

Benjamina: Hmmm eu amanhã mando-te uma SMS a dizer como estou vestida. Vai ser fácil. Encostas o carro. Que carro tens?

Bofe Tatuado: Amanhã vejo qual carro levo mas antes digo-te.

Benjamina: Ok. Estou cheia de tesão…

Bofe Tatuado: Já somos dois.

Benjamina: Ainda bem… Sabes que amanhã tens de me deixar muito satisfeita… Não sabes?

Bofe Tatuado: E tu a mim também. Vamos passar um bom momento, vou-te mamar essa cona e cu todo!

Benjamina: Aiiii adoro isso!! Eu adoro mamar também… ADORO!

Bofe Tatuado: Vou daqui a pouco marcar o nosso quarto depois digo-te qual o sítio.

Benjamina: Ok. Perfeito.

Bofe Tatuado: Já marquei nosso quarto…

Benjamina: Nice. Fica na minha zona? Ou vamos até lá de carro? Descreve-te um pouco… Estou tão curiosa…

Bofe Tatuado: Sou gordo, careca, desdentado e uso óculos. E tu?

Benjamina: Igual mas com cabelo. Muito bem. Já vi que ou tens sentido de humor ou és mesmo gordo, careca e desdentado!! Amanhã saberei, não é?

Bofe Tatuado: O teu amigo não te disse como eu sou?

Benjamina: Nop… Só que tinhas um braço tatuado… Tu também não sabes nada sobre mim?

Bofe Tatuado: Nada! Eu sou moreno, alto, estilo descontraído, boa onda.

Benjamina: Estou a gostar da atitude! Eu também sou boa onda. Ahhh e sou um grande broche segundo dizem…

Bofe Tatuado: Fixe! Estou a gostar…

Benjamina: Ainda bem… Eu gosto que puxem por mim… O que me vais fazer quando entrarmos no quarto?

Bofe Tatuado: Assim não vale! E o elemento surpresa??

Benjamina: Tens razão! Assim é muito excitante… um total desconhecido! (…)

PARTE II

No dia seguinte enviei uma mensagem a dizer como estava vestida: Vestido preto com padrão, decote generoso e sandálias altas amarelas. Fui até ao ponto de encontro um pouco nervosa e esperei.

Olhei em todas as direções a tentar adivinhar quem seria o meu parceiro de loucura.

Apenas sabia que tinha um braço todo tatuado… passavam vários homens por mim e eu procurava algo neles, um olhar ou um sinal.

Estava a adorar a situação!

Até que vejo alguém a andar na minha direção, braço tatuado, estilo descontraído. Agradou-me instantaneamente!

"Olá eu sou o Bofe Tatuado"

Disse ele enquanto me cumprimentava com 2 beijos. Vamos? E dirigimo-nos até à praça de táxis perto e demos a morada ao taxista.

Eu estava com o coração a bater forte e algo tímida… fizemos alguma conversa leve e eu senti que ele estava a observar o meu peito. Sorri com ar safado.

A química entre nós fluiu, rimos face ao cenário e um de nós não ter nada a ver com o esperado!

Eu tinha confiança no amigo que o tinha escolhido e ele também suspeitava que essa pessoa não iria marcar um encontro com uma mulher desinteressante! Contudo imaginar uma situação caricata e as nossas reações fez-nos rir e quebrar o gelo.

Chegámos à pensão que ele tinha reservado, tinha bom aspeto e como ele já tinha pago no dia anterior foi pegar na chave e subir até ao andar.

Entrámos no quarto, agradável e limpo, e dirigi-me à janela para abrir os estores um pouco pois estava escuro. Eu gosto muito de me ver a foder, por isso, dispenso a escuridão!

Ele vem ter comigo e beija-me, passa a mão pelo meu corpo e percebe que não tinha cuecas por baixo do vestido. Sim, já estava molhada e ele bem sentiu isso.

Tiro o meu vestido e sandálias enquanto ele se despe também. Beijamo-nos mais intensamente e tiro o soutien, fico toda nua e subo para cima da cama, para onde ele me segue.

Deita-me completamente e abre-me as pernas passando primeiro os dedos, que deslizavam facilmente, e depois começa a chupar-me. A sua barba curta arranha mas sabe muito bem e digo-lhe isso.

Ele tem um ótimo cabelo, forte e bonito que me dava gozo agarrar enquanto ele me devorava com a sua boca.

"És apetitosa! Tão apetitosa!"

Dizia satisfeito enquanto continuava a foder-me com os dedos.

Olhei gulosa para o seu caralho já com sinais de excitação e ele percebe que o quero chupar!

Ele mete-se de joelhos na cama e eu de gatas começo a chupá-lo com vontade, mas ele diz que está muito excitado e que assim se vai vir…

Abrando o ritmo pois não quero isso! Quero ainda levar com aquele pau rijo na minha coninha e quem sabe no cu.

Mamo-o bem suave e ouço-o dar uns gemidos que me levam a pensar que não teremos muito tempo de brincadeira. Digo-lhe:

"Metes o preservativo?"

Ele sai da cama e vai até ao bolso das calças buscar a caixa que abre enquanto eu me aproximo dele e continuo a mama-lo para garantir o ponto.

Ele mete as mãos à obra e eu deito-me na cama com as pernas abertas e brinco com a minha cona molhada enquanto olho para ele.

Apetitosa e safada, como gosto de ser!

Por fim, ele sobe também para a cama e, abrindo bem as minhas pernas, entra dentro de mim com intensidade!

Ahh sim, adoro as primeiras penetrações…

Beijamo-nos forte, sinto a língua dele bem tesa na minha boca e sinto-o também muito louco!

Fecho os olhos e disfruto… Adoro uma boa foda.

Como já suspeitava ele também estava a adorar e não se conseguindo conter diz-me:

"Vou-me vir já!"

E geme de prazer enquanto descarrega dentro de mim o seu leite.

Aperto-o com as pernas e rio-me. Gosto de sentir o orgasmo do homem de todas as maneiras.

Continuo deitada na cama enquanto ele sai e se coloca ao meu lado de joelhos. Percebo que se queria dedicar a mim e garantir o meu prazer. Apreciei a atitude.

Começa por me chupar a cona e sinto a língua no meu cuzinho… hmmm relaxo. Enfia os dedos na minha cona e, com intenção, masturba-me até eu me vir. Como já estava bem quente ele consegue fazer-me atingir o orgasmo ao fim de pouco tempo…

"Ahhh vou-me vir!"

Sinto o arrepio passar por todo o corpo, seguido de uma sensação de relaxamento.

Ele começa, então, a bater uma e vejo que ele não estava terminado! Mantenho-me deitada e ele vem para cima da minha cara enquanto continua a masturbar-se.

Entretanto eu vou lambendo os seus tomates e ele, com a mão disponível enfia primeiro um, mas depois dois, dedos no meu cu. A sensação era ótima… Sabia que ia haver mais leitinho para mim e os dedos no cuzinho estavam a ser uma delícia.

Eu, excitada, mexo o meu corpo de forma a intensificar a penetração. Foi um excelente clímax… Ele vem-se na minha cara e eu imediatamente dou as chupadelas finais enquanto sinto o seu caralho a perder firmeza. Fico deitada na cama e rio-me satisfeita. Ele diz que adora a minha onda! Apesar de não ter sido um fodão memorável, a nossa empatia foi um ponto positivo.

Beijo-o novamente e ficámos deitados a conversar sobre aventuras e futuros encontros. Parecemos amigos de longa data e essa sensação foi muito boa. Ele diz-me que a situação era excitante e alicia-me para um novo encontro que, sem o fator do desconhecido será, segundo ele, um fodão!

Relaxada, satisfeita e animada ficámos ali até ser hora de ir embora. Após um banho rápido, em conjunto, vestimo-nos. Com pena minha, tenho de regressar…

Saímos animados e apanhámos um táxi. Ficou no ar uma promessa de um reencontro para uma aventura a 3, eu, ele e o nosso amigo comum.

Benjamina Lavadinho é uma mulher poderosa em Portugal.
Durante o dia, é uma causídica incansável,
empenhada em ajudar a eliminar os focos de corrupção
que norteiam o Governo Português.
Mas quando cai a noite, ela se transforma
em uma caçadora solitária implacável.
Esta é a sétima de uma série
de 20 destemidas aventuras sexuais noturnas
de Benjamina Lavadinho
pelas principais cidades portuguesas
que LEVA UM CASAQUINHO tem o prazer de publicar
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