Thursday, March 26, 2015

AS 13 GRANDES SURPRESAS DO SOUTH BY SOUTHWEST FILM FESTIVAL 2015



Marcelo Pestana e Carlos Cirne 
para o Colunas & Notas 


Os estúdios realizaram grandes mostras 
no SOUTH BY SOUTHWEST FILM FESTIVAL,
 que acontece toda primavera em Austin, Texas
dentro do SWSW - Music Film Interactive.

Isso ficou evidente neste ano pelas concorridas
 premières de TRAINWRECK e SPY,
 assim como exibições secretas da performance final
 de Paul Walker em VELOZES E FURIOSOS 7.

Felizmente, para além dos grandes orçamentos,
 o festival ofereceu também uma sólida grade
 de diretores estreantes e talentos emergentes,
 incluindo os premiados KRISHA e PEACE OFFICER,
 os thrillers HANGMAN e THE INVITATION,
 além de documentários musicais como
 DANNY SAYS e MADE IN JAPAN.

 Veja abaixo 13 pérolas selecionadas
 pelos críticos da revista VARIETY.


SIX YEARS
O drama de Hannah Fidell,
 estrelado por Taissa Farmiga e Ben Rosenfield,
 foi filmado como um documentário
 sobre as desventuras do amor,
 e as interpretações lembram outro drama
 sobre jovens-em-desespero,
 O CASAMENTO DE RACHEL (2008),
 de Jonathan Demme.
 “6 Years” é o filme perfeito para assistir num dia chuvoso,
 se você estiver se sentindo mal por ser solteiro.


CREATIVE CONTROL
 Esta absorvente ficção de Benjamin Dickinson,
 como uma bizarra campanha publicitária para o Google Glass,
 usa de sua sofisticada atmosfera de preto e branco
 para discutir como a tecnologia pode nos mudar,
 ou como não. Argumento devidamente reforçado
 pela música clássica que pontua praticamente
 todos os impecáveis frames do filme.


DANNY SAYS
Um dos destaques do festival,
 o documentário de Brendan Toller
 abre espaço para que Danny Fields
 – jornalista e executivo da indústria musical
 norte-americana, conhecido como “o Pai do Punk” –
 distile algumas de suas anedotas
 – e parecem ser milhares –
 sobre músicos como Jim Morrison,
 Iggy Pop, The Velvet Underground,
 The Ramones e muito outros
 com quem teve contato direto.


THE FINAL GIRLS
Quando irrompe um incêndio durante a exibição
 de um clássico de terror brega dos anos 1980,
 uma jovem mulher e seus amigos se vêm,
 repentinamente, transportados para o universo do filme
 – um tipo de SEXTA FEIRA 13, cheio de assassinatos
 de adolescentes sedentos por sexo.
 O roteiro esperto de Mark Fortin e Josh Miller
 torna a sátira/homenagem de Todd Strauss-Schulson
 um deleite para os fãs.


FOR GRACE
Se houvesse uma escala de medida para documentários,
 os cineastas Kevin Pang e Mark Helenowski certamente
 receberiam 5 estrelas por este fascinante retrato
 do chef Curtis Duffy, um perfeccionista
 que devota seu coração e alma
 para conseguir abrir seu sofisticado restaurante.
 A história por trás da história da obsessão de Duffy
 torna o filme extremamente emocionante.


HANGMAN
O especialista inglês em filmes de horror Adam Mason,
 e seu usual parceiro nos roteiros Simon Boyes,
 injetam “sangue novo” numa história
 tipo “filmagem-perdida-recuperada”
 (como A BRUXA DE BLAIR, por exemplo),
 sobre uma família que retorna das férias
 e descobre que sua casa foi toda vasculhada.
 O que eles não percebem
 é que o intruso ainda está lá,
 com pequenos truques e câmeras escondidas
 para controlar cada movimento da família.


HELLO, MY NAME IS DORIS
O diretor Michael Showalter
 (num roteiro que co-escreveu com Laura Terruso)
 escalou Sally Field como Doris,
 uma sessentona obsecada por um colega
 bem mais jovem (Max Greenfield, da série NEW GIRL).
 O genial do filme é que ele nunca resvala para o clichê,
 reservando a Sally Field seu melhor papel
 desde NUNCA SEM MINHA FILHA (1991).


THE INVITATION
Alcançando um resultado bem melhor no gênero Horror,
 do que em seu sucesso de 2009, GAROTA INFERNAL,
 Karyn Kusama alcança aqui um clima de tensão contínuo,
 num thriller sobre um jantar que vai horrivelmente se distorcendo.
 Cheio de reviravoltas e com interpretações bem dirigidas,
 o filme resulta no seu melhor trabalho de direção
 desde sua aclamada estreia, em 2000, com BOA DE BRIGA.


KRISHA
Vencedor do Prêmio do Júri e também do Público,
 o filme é um perfeito exemplo de projeto pessoal
 de baixo orçamento bem sucedido.
 Escalar seus parentes, filmar na casa dos pais
 e roteirizar sua própria história de vida,
 pode soar como a receita mais autoindulgente do mundo,
 mas o astuto Trey Edward Shults (roteirista
 e diretor estreante)  acaba se colocando
 no “conforto do lar”,  no melhor dos sentidos.


LAMB
O emocionante filme de Ross Partridge (roteirista e diretor),
 sobre a amizade entre um homem (Partridge)
 e uma garota de 11 anos (a impressionante Oona Laurence)
 resvala num sensível território que poucos filmes ousam trilhar,
 mas isso é feito de uma maneira tão delicada
 e com um sentimento tão profundo,
 que não é possível se ofender com o resultado.


MADE IN JAPAN
Tomi Fujiyama, a primeira estrela de country music
 japonesa nos EUA, retorna ao Grand Ole Opry
 (teatro-santuário da country music americana, em Nashville),
 mais de cinco décadas depois da noite onde foi
 a única apresentação a ser aplaudida em pé pela plateia,
 apesar da presença de estrelas do porte de Johnny Cash.
 O documentário de Josh Bishop registra ainda
 a frustração da septuagenária cantora ao perceber
 que raramente o raio cai duas vezes no mesmo local.


PEACE OFFICER
A crescente militarização dos Departamentos de Polícia
 norte-americanos é debatida neste poderoso documentário
 de Scott Christopherson e Brad Barber,
 vencedor do Prêmio do Júri e do Público na categoria.
 O protagonista do filme, Dub Lawrence,
 é um policial aposentado, que quatro décadas atrás
 formou a primeira equipe da SWAT em Utah
 – a mesma que, alguns anos atrás, executou seu genro
 numa batida que pode ser definida como
 a personificação do termo “uso excessivo da força”.


TWINSTERS
O número incontável de casos de adoção por casais
 do exterior registrados na Coréia do Sul
 durante os anos 1980  gerou, e continua gerando,
 um sem número de emocionantes histórias pessoais.
 Algumas, entretanto, chegam a nosso conhecimento,
 como o documentário de Samantha Futerman
 (co-dirigido por Ryan Miyamoto),
 onde ela descobre a existência de sua irmã gêmea
 (elas não sabiam da existência uma da outra),
 graças justamente à tecnologia que possibilitou
 a feitura do filme.


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