Thursday, July 13, 2017

NASCIDO EM TREZE DE JULHO (uma crônica de Carlão Bittencourt)



A vida me deu tudo. Não me queixo. Uma família legal, uma infância com irmão, cachorros e quintal, e a chance de estudar em bons colégios. Foi legal. Depois a vida ainda caprichou nos amigos, primeiro com o "brother" Jorge Luiz Penninck, na Rua Euclides da Cunha, 271, e nos amigos da Esquina (Pinheiro Machado com Barão de Penedo). E, em algum momento no meio disso tudo, com outros dois caras bacanas: Marcelo Cherto e Flávio Bennatti, meu "irmão de sangue", com direito a corte no dedo indicador e tudo. Na Esquina, a turma era (e ainda é, há mais de 50 anos), Zezé e Mané Picado, Luis Antonio Di Giaymo, Carlinhos e Cláudio Ramos, Oriovaldo e Dereto Pires, Ramón de Torre, Dr. Cláudio Marcellini, José Cláudio Cobra Vasconcelos e Claudson Rodrigues Vasconcelos, Roberto de Salles e José Eduardo de Salles, além de Aldo Millani, Luizinho "Garoto", Ruizinho, Bochecha, Marinho, Bitenquinha (meu irmão), Paulo Mauá, Paulo Sardelich e muitos outros caras bacanas e essenciais a mim. É, a vida me deu tudo. A linda Banda da Divisa e sua incrível bateria, a Sinfônica, e grandes amigos até os próximos carnavais. Mais tarde, a partir de 1971, em Sampa, a vida me deu a profissão de Redator, na qual me diverti por quase 40 anos, 30 agências de propaganda, mais de 20 prêmios, 1 único casamento (com Soninha), 2 filhas (Júlia e Lívia), 1 chácara, 2 árvores, 29 cachorros e 3 livros. Nesta lida, de criação e transpiração, a vida me deu pessoas muito especiais. Vou citar apenas aquelas que, depois, ela resolveu tomar de volta, madrasta: os meus "irmãos" de fé Noé Sandino e Tom Figueiredo, imensos poetas na vida e nas palavras, e os amigos Sérgio "Arapuã" de Andrade, Silvio "salgueirense", Carlos Ivan Siqueira e Hector Brenner. Todos colegas de Expressão, que partiram muito antes do razoável. A vida me deu tudo também em Diretores de Arte e Redatores, amigos de profissão, uma verdadeira coleção de craques. Capioni, Feijão, Norking, Enido, Edmar, Gabriel, "Mito" Cebola, Paulo Almeida, Cláudio Carillo, Grillo, Izaias Almada, Luiz Orquestra, Erazê Martinho, Maria Ana Rita De Grande, Márcio Moreira, Mardi, Hélio Mirrado, Luiz Boralli (grande amigo), Spin, Lalau, Kiko, Paulo Dente, Luiz Vergal, Antonio Maioral, Luiz Carlos Christino Netto(da Carica), Anísio, Teresa Carvalho Lima, Luiz Bueno D' Horta, Enio Basílio, Enio Mainardi, Silvio Lima, Sergio Lima, Rubens Sampaio, Boris Fetcher, Ercilio, Persival, Dimitry Petroff, Yara Cynthia Xavier, Giba, Sergio Toni, Arthur Amorim, Sergio Ferd, Kaneaki, Keiko, Maria Pia Parente, Jailson Almeida, Jajá Goiano, Iris Coldibelli, Zé Antonio, Elias, Cristina, Beth (redatora), Sonia Maria Guilger Oliveira, Iara Vilela, Santiago, De Diago, Pedro Mauro, Galhiardi, Doriano Carneiro, Fabinho Boer, Arapinha, Isac Chapira, Cristina Carvalho Pinto, Ana Clelia, meu irmãozão Zelão, Ana Maria China, Regina Preta, Ernani, Luiz Guilherme e inúmeras outras pessoas que esqueci de citar, mas que vivem nas gavetas de minha memória. É muita gente. Como os amigos da Roda de Samba Ouro Verde, do Marapé, por exemplo. Ou o Santos Futebol Clube. A vida me deu tudo. Primos queridos (Renata, July, Adriana, Alexandre, Marco Antonio, Alfredo Rosato Fernandes )e tios incríveis (Eddy, gaúcho sábio, e mil beijos Tia Elza e prima Maria Luiza, saudade diária insuportável de vocês). Que sêde! A vida me deu 35 anos regados a uísque e 20 sem álcool. Foi preciso parar. Eu queria beber um mar de scotch. Quase me afoguei. Mas passou. Porque a vida me deu tudo. Me deu, inclusive, esta quinta-feira, 13 de julho, Dia do Rock. Dia dos meus 65 anos. Dia também dos meus amigos queridos Sérgio Pizzóccaro "Peninha" (que está no Céu) e de Tereza Boralli, que é um anjo de pessoa.





Carlão Bittencourt
é redator publicitário
e cronista.
É autor de
"Pela Sete - Breves Histórias do Pano Verde"
(2003, Editora Codex),
um mergulho no universo
dos salões de bilhar de São Paulo
e escreve todas as quintas
em LEVA UM CASAQUINHO.



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