Thursday, September 28, 2017

COISAS DO BRASIL: CABRAL E SUAS MULHERES (por Álvaro Carvalho Jr.)

pinturas: DiCavalcanti


Susana Neves Cabral, funcionária da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e ex-esposa do ex-poderoso Sérgio Cabral, entrou com um pedido junto à Assembléia reivindicando um penduricalho econômico aprovado pelos nobres senhores-deputados-estaduais-cariocas conhecido por “Bolsa Reforço Escolar”. Isso significa que um dos três filhos que Susana teve com o ex-governador atualmente encarcerado, receberá a mísera quantia de R$1.136,50 mensalmente para pagamento da escola. Considerando-se, claro, que o rebento ainda não atingiu os 24 anos. Os outros dois, infelizmente, já perderam o prazo de validade.

A desfaçatez desse povo não tem limites. Com as contas arrebentadas e com milhares de funcionários -professores incluídos- sem receber um tostão, o governador do Rio, Pezão (esse é outro...), vive de chapéu nas mãos em Brasília para tentar arrumar algum. Claro, Susana vai afirmar de pés juntos que tem todo o Direito de receber o tal penduricalho, pois está na Lei. E ela está certa. Mas, existem momentos em que o Direito vem ferir diretamente a Ética, coisa que, para esse pessoal irresponsavel e sem a menor noção cívica, pouco importa.

Para início de conversa, a simples existência do penduricalho já mostra o nível de desleixo dos deputados da Alerje. Mostra, inclusive, que os digníssimos deputados não passam de um bando de bananas ao criar e aprovar uma maluquice dessas, claramente para amaciar seus funcionários. Dinheiro público é sagrado e precisa ser tratado com respeito infinito, coisa que neste país de políticos insanos é uma raridade. No período trágico de Sergio Cabral, os desmandos com dinheiro público chegaram a uma situação insuportável, preço que a população está pagando e pagará por muito tempo ainda.

O interessante é que, até agora, nenhum vereador, secretário municipal, prefeito, deputado estadual, secretário estadual, o governador e membros da Justiça reclamaram de atraso nos pagamentos dos salários. Ou o parcelamento. Claro, isso é para o funcionalismo, a polícia, professores. A raia miúda, enfim. Aos amigos do Rei e daqueles que mamam na mesma teta, tudo é possível. Esse mundo sujo e anti-ético, apesar de legal, espalha-se por todo País, atingindo seu ponto mais alto em Brasília, onde a viúva dá de mamar a 513 insaciáveis deputados e 81 senadores, sem levar em conta seus áulicos funcionários da Câmara e do Senado. Imaginem!, 81 senadores, 3 por Estado, um absurdo de assustar até o Quentin Tarantino. Ou o Stephen King.

Transformaram a vida política num enorme bordel, num vale tudo assustador que não nos mostra um pequeno sinal derradeiro. Vivemos tempos loucos, estranhos, dignos de um conto de Edgar Allan Poe. Tão tresloucado e insano que a segunda esposa de Sergio Cabral, a inacreditável e cara de pau Adriana Anselmo, atualmente cumprindo prisão domiciliar numa bela cobertura elegante na elegante Zona Sul do Rio de Janeiro, recebe seus drinques em casa do requintado restaurante Antiquário, um dos mais caros e sofisticados do país. Afinal, a pobre moça precisa cuidar dos filhos e, em consequência da prisão, não pode sair de casa. Oremos...


Não sei se Pelé quis realmente homenagear Cristiano Ronaldo ou se pretendia manter-se na mídia, mas a verdade é que ele enviou um twiter ao jogador português pelos 77 gols feitos pela Seleção Portuguesa. Não deixa de ser um feito de respeito. Cristiano chega, assim, ao mesmo nível de Pelé na Seleção Brasileira. Mas, aos que gostam de números, Pelé pode ter sido irônico: para atingir os 77 gols, Cristiano vestiu a camisa da seleção 144 jogos em tempos que existem bem mais campeonatos envolvendo seleções do que antigamente. Pelé precisou de 92 jogos. Então ficamos assim: Cristiano manteve uma média de 0,54 gols por jogo. Pelé atingiu impressionantes 0,84. Quase chega a 1 gol por partida. Não é mole não...

Álvaro Carvalho Jr. é jornalista aposentado
e trabalhou para vários jornais e revistas
ao longo de 40 anos de carreira.
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quando quer e quando sente vontade,
pois, como dissemos acima,
Álvaro Carvalho Jr. é jornalista aposentado.

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