Friday, April 7, 2017

A PODEROSA TEXANA ROBIN WRIGHT FAZ 54 ANOS E NÓS, SEUS SÚDITOS, COMEMORAMOS

por Chico Marques


Robin Wright é uma das maiores atrizes americanas.

Desde quando estreou no cinema, em 1986 -- muito antes de casar e ter dois filhos com Sean Penn, e permanecer ao lado dele por 19 anos --, ela sempre foi conhecida por ser muito criteriosa na hora de escolher seus papeis.


Por conta disso, sempre esteve muito próxima de tornar-se uma estrela em filmes de muito sucesso como "A Princesa Prometida" e "Forest Gump" -- e sempre achou algum jeito de escapar pela tangente e fugir do estrelato.




Na verdade, para Robin o estrelato sempre foi uma idèia incômoda.

O que ela queria mesmo era ser uma atriz de respeito por méritos próprios.


Sentia que havia menos dificuldade em conquistar isso na cena do cinema independente do que na cena mainstream, onde fatalmente acabaria ofuscada pelo sucesso de seu então marido Sean Penn.





Escolha feita, ela seguiu com sua carreira de forma brilhante, em papéis muito marcantes, e não se importava em ser notada apenas por um público restrito.

Claro que de três anos para cá, isso acabou.


Desde que foi chamada para interpretar Claire Underwood, a primeira-dama (de ferro) dos Estados Unidos da América no seriado de TV "House Of Cards" da Netflix, Robin finalmente virou estrela.


E que estrela!





A diferença é que agora Robin Wright consegue lidar melhor com isso.

Diz ela que, em sua vida e em sua carreira, tudo veio no seu tempo:


“Suponho que cresci tarde. Levei tempo. Mas agora estou preparada. Tive filhos muito cedo e nesta indústria tudo são aparências. Você precisa saber bem quem você é."


Budista, adepta da meditação diária, ela afirma que está no melhor momento de sua vida, e que “a melhor parte do crescimento é quando você deixa de se preocupar com coisas pequenas.”





Lindíssima aos 54 anos de idade, essa louraça texana maravilhosa está comemorando aniversário nesta sexta, dia 8 de Abril, e nós aqui, seus súditos, fazemos questão de soprar as velinhas, escolhendo 5 filmes muito especiais de sua filmografia.

Em comum entre esses filmes que escolhemos, apenas o fato de estarem todos disponíveis para locação nas estantes da Paradiso Videolocadora.






 
CRIME PASSIONAL
(Loved, 1997, 108 minutos, direção Erin Dignam)
Três mulheres diferentes, que nunca se viram ou se falaram, mas já tiveram algo em comum: o namorado (Sean Penn), um homem de inexplicável magnetismo. Para K.D. (William Hurt), advogado e promotor público, foi ele quem levou Hedda (Robin Wright), Debra (Jennifer Rubin) e Diana (jennifer Watson-Johnston) a tentarem contra suas próprias vidas. Diana alcançou seu objetivo: a morte. Debra, hoje numa cadeira de rodas, é quem move o processo contra o ex-namorado. Agora, K.D. só conta com Hedda para depôr no caso. Ela reluta, mas tem de subir ao banco das testemunhas. Começa o interrogatório. Uma estranha e forte relação se estabelece entre Hedda e seu inquiridor diante de todos naquele tribunal. K.D. vai tão fundo nos sentimentos dela, que parece conhecê-los... parece já Ter vivido, ele mesmo, horror igual. Um thriller surpreendente e altamente recomendado.

  
LOUCOS DE AMOR
(She's So Lovely, 1997, 100 minutos, direção Nick Cassavetes)
Faz três dias que Eddie Quinn (Sean Penn), o marido de Maureen Murphy Quinn (Robin Wright), desapareceu. Ela tentou localizá-lo sem sucesso e, além disto, Maureen está grávida. Ela tenta se acalmar bebendo com Kiefer (James Gandolfini), seu vizinho, mas após beberem bastante ele tenta estuprá-la e a espanca. Quando Eddie reaparece ela inicialmente conta que caiu, mas quando diz realmente a verdade Eddie tem um descontrole emocional e acaba sendo internado em um sanatório, onde passa 10 anos. Neste espaço de tempo ela se divorciou do marido e se casou com Joey (John Travolta), que a tirou da bebida e das drogas, lhe deu uma boa casa e duas filhas, além de criar aquela uma outra menina, que é filha de Eddie, como se fosse sua. Tentando fazer tudo da forma mais civilizada Joey leva a filha de Eddie para conhecer o pai, mas o problema é a instabilidade emocional de Maureen, que considera Eddie o grande amor de sua vida. Até que, quando Joey resolve convidar Eddie para um jantar, a situação fica praticamente insustentável, onde qualquer coisa pode acontecer. Um grande triunfo conematográfico em todos os sentidos. Direção absurdamente criativa, roteiro magnífico e interpretações assombrosas de tão intensas que são -- a começar pela de Robin Wright... que atriz sensacional!

INVASÃO DE DOMICÍLIO
(Breaking and Entering, 2006, 120 minutos, direção Anthony Minghella)
Will (Jude Law) e Sandy (Martin Freeman) possuem uma próspera firma de arquitetura paisagística, que se transfere para a região de King's Cross, o centro da mais ambiciosa regeneração urbana da Europa. O seu escritório, repleto com a tecnologia mais avançada, é alvo constante de ladrões. Cansado desta situação, um dia Will segue Miro (Rafi Gavron), um dos integrantes da quadrilha que assalta a sua empresa, até ao apartamento em que Miro mora com a mãe, Amira (Juliette Binoche), uma refugiada bósnia. Na intenção de investigar o roubo, Will torna-se amigo de Amira. Porém ela descobre as suas verdadeiras intenções e passa a chantageá-lo para proteger o seu filho. Robin Wright interpreta Liv, a mulher de Will, neste filme surpreendente de Anthony Minghella -- o último que ele conseguiu dirigir, dois anos antes de morrer de leucemia.

 
 A VIDA ÍNTIMA DE PIPPA LEE
(The Private Lives of Pippa Lee, 2010, 98 minutos, direção Rebecca Miller)
Pode-se dizer que Pippa Lee (Robin Wright, explêndida) tem uma vida bem resolvida. Aos 50 anos, mora em uma boa casa, é casada com um editor de livros (Alan Arkin) 30 anos mais velho e é uma mãe orgulhosa. Até o dia em que seu marido decide que está na hora da aposentadoria e de sair de Nova York. Para embolar de vez, ele também arruma uma amante (Wynona Ryder) bem mais jovem do que ela. Mas as coisas realmente fogem ao controle quando ela começa a ter reações tão diferentes das que tinha quando levava uma vida pacata. E agora, seu mundo, sua vida tranqüila, sua família, tudo o que ela ama ameaça ruir. Uma pequena obra prima do cinema independente do Século 21 e o papel que Robin Wright pediu a Deus.

 O CONGRESSO FUTURISTA
(The Congress, 2014, 123 minutos, direção Ari Folman)
Uma atriz em fim de carreira (Robin Wright, magnífica!) decide aceitar uma proposta ousada, mas muito bem paga, para ter melhores condições de cuidar de seu filho, portador de deficiência física. Segundo o acordo, ela deve colaborar com uma empresa que vai fazer uma versão digital de sua imagem, criando assim uma atriz virtual idêntica à ela mesma. Enquanto a empresa pode utilizar essa imagem virtual para os fins que desejar, a atriz real será proibida de atuar até o resto de sua vida. Aos poucos, ela começa a perceber as consequências catastróficas da atitude que tomou. Do mesmo diretor de "Jantar com Bashir", um filme absolutamente incomum, que se transforma em animação da metade em diante e surpreende o público a cada reviralvolta. Brilhante.



2 comments:

  1. Miga, ela tá fazendo 51 anos em 2017 :)
    https://houseofcardsbrasil.wordpress.com/2017/04/08/51-motivos-para-amar-robin-wright/

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  2. Eu adoro a Robin Wright! Lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador. Desfrutei muito sua atuação neste filme Blade Runner cuida todos os detalhes e como resultado é uma grande produção e muito bom elenco.

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