Wednesday, December 27, 2017

JENNIFER CONNELLY COMPLETOU 47 ANOS NO ÚLTIMO DIA 12 E NÓS AQUI COMEMORAMOS

 por Chico Marques



Quando vi Jennifer Connelly pela primeira vez, num daqueles filmes juvenis que ela rodou no final dos Anos, lembro de ter ficado impressionadíssimo com sua beleza e, principalmente, com sua semelhança com Liz Taylor jovem.


Imaginei na ocasião que ela viesse a ter uma carreira brilhante no cinema, mas confesso que me surpreendi com a maneira notável com que ela desenvolveu seu talento como atriz ao longo desses 30 anos.

Jennifer Connelly passou boa parte de sua infância em Brooklyn Heights, próximo à famosa ponte do Brooklyn. Durante quatro anos, ainda criança, morou em Woodstock (NY), com seus pais. De volta ao Brooklyn, estudou na Saint Ann School.

Seu pai tinha um amigo que trabalhava com publicidade, e então, aos dez anos de Connelly, esse amigo sugeriu que a levassem para fazer um teste para ser modelo. Não muito tempo depois, Jennifer começou a aparecer em jornais e revistas, e em seguida em comerciais para a televisão.

Um diretor de elenco a viu, e a apresentou para Sergio Leone, que estava procurando uma garota dançarina para o filme “Era Uma Vez na América” (1984), sua estreia no cinema.


Naquele mesmo ano, ela estreou também numa série da TV inglesa: "Tales of the Unexpected".

Em seus primeiros anos como atriz, Jennifer Connelly alternou sua carreira emergente como atriz com muitos trabalhos como modelo – até porque seus cachês como atriz ganhava muito inferiores aos que recebia como modelo.

Claro que assim que começou a ser levada a sério como atriz, e passaram a chamá-la com frequência para fazer filmes, ela não hesitou em dar um chega pra lá em sua carreira de modelo.


 Para ela foi um alívio, pois sempre achou muito estranho ser modelo. Era muito tímida e não se sentia à vontade posando para fotos. Curiosamente, atuar em filmes ela tirava de letra. Sua timidez jamais se manifestou no set de filmagem.

Jennifer Connelly estudou Artes Dramáticas em Yale e em Stanford.

Colecionou sucessos em seus primeiros dez anos de carreira: “Labirinto”, “Some Girls”, “Hot Spot”, “Rocketeer”, “Construindo uma Carreira”, “O Preço da Paixão”, “Círculo de Paixões”, “Cidade das Sombras”...

Em 2000, já balzaquiana, abraçou o cinema independente em “Réquiem Para Um Sonho” de Darren Aronofsky, reinventando sua carreira de forma espetacular.

No ano seguinte, depois de ganhar prestígio no Sundance Festival, ela foi chamada por Ron Howard para contracenar com Russell Crowe em “A Beautiful Mind”, que lhe rendeu um Golden Globe, um Bafta e um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.


Desde então, vem pautando sua carreira pelo bom senso, alternando filmes independentes com filmes mainstream, e evitando ao máximo trabalhar no mesmo set de filmagem com o marido -- o ator inglês Paul Bettany. 


Jennifer Connelly completou 47 anos no última dia 12 de Dezembro, e LEVA UM CASAQUINHO estava em recessso e não comemorou a data conforme ela merecia.

Mas como o mês ainda não virou, ainda dá tempo.

Daí, escolhemos 7 filmes menos vistos de sua longa carreira e recomendamos aqui para os leitores de LEVA UM CASAQUINHO.

Em comum entre eles, o fato de estarem todos disponíveis para locação nas estantes da
PARADISO VIDEOLOCADORA
(Nabuco de Araújo, 60 - Boqueirão - Santos SP - telefone: 3235-8135)

Vamos a eles:


ESSAS GAROTAS
(Some Girls, 1988, 94 minutos, dir: Michael Hoffman)

No Natal, Michael (Patrick Dempsey), um universitário, viaja para Quebec, no Canadá, para visitar Gabriella (Jennifer Connelly), sua namorada, que carinhosamente chama de Gabby. Ao chegar, ela lhe conta que não está mais apaixonada por ele. Paralelamente a família dela tem um comportamento estranho.  Seu pai, Igor (André Gregory) é um escritor que passa grande parte do tempo vagando nu pela casa. Sua mãe (Florinda Bolkan, faz contraponto a ele com uma atitude estranhamente austera. E sua avó (Lila Kedrova) sofre de Alzheimer e confunde Michael com seu falecido marido. Em meio a tudo isso, Gabby volta a se interessar por Michael. Mas suas duas irmãs  (Ashley Greenfield e Sheila Kelly) também de cidem seduzí-lo. Um conto de Natal libidinoso e absolutamente original de Michael Hoffman, com produção executiva de Robert Redford, que leu o roteiro, adorou e tratou de viabilizá-lo.
 UM LOCAL MUITO QUENTE
(Hot Spot, 1990, 129 min, dir: Dennis Hopper)

Quando o andarilho Harry Madox (Don Johnson) chega a uma pequena cidade no Texas, ele consegue um emprego de vendedor de automóveis com o negociante George Harshaw (Charles Martin Smith) e se aloja em um quarto de hotel. Durante um incêndio na cidade, Harry observa que o banco local fica vazio e aberto sem qualquer segurança, e logo planeja roubar o banco provocando um incêndio em seu quarto para distrair os empregados. Quando Harry conhece a fogosa mulher de George, Dolly Harshaw (Virginia Madsen), os dois começam um tórrido romance, e quando ele é preso como suspeioto pelo roubo do banco ela fornece o álibi necessário para soltá-lo e o chantageia para permanecer a seu lado. Mas Harry se apaixona pela jovem, adorável e misteriosa Gloria Harper (Jennifer Connelly), que trabalha na contabilidade da agência de automóveis. Daí pra frente, só vendo o filme mesmo, chega de spoilers. “Hot Spot” é uma pequena obra-prima de Dennis Hopper que infelizmente poucos conhecem. E que merece um lugar ao sol entre os grandes “film noirs” da história do cinema. 
RÉQUIEM PARA UM SONHO
(Requiem For A Dream, 2000, 102 min, dir: Darren Aronofsky)

O ponto de partida é um romance de Hubert Selby Jr., o mesmo de "Noites Violentas no Brooklyn". Dois pólos da vida -- juventude e velhice --, afastados emocional e afetivamente, reencontram-se tragicamente sob o signo (destrutivo) das drogas. Um pós-adolescente (Jared Leto) mergulha nas "delícias" da cocaína e da heroína e embarca na manjada trajetória do vício. Do outro lado, sua mãe (Ellen Burstyn) afunda-se no "pesadelo" das anfetaminas quando resolve fazer de tudo para emagrecer. A premissa é boa: o sonho americano é transformado em pesadelo sob o impacto de drogas, tanto ilícitas quanto lícitas, com imagens sobrecarregadas agindo como uma tradução visual das alterações de consciência pelas quais os personagens passam. Em contraponto a tudo isso, não há da parte dos atores nenhum tipo de overacting. Aronofsky brilhante. Como sempre. 

POLLOCK
(2000, 122 min, dir: Ed Harris)

Cinebiografia de Jackson Pollock (1912-1956) -um dos maiores artistas plásticos norte-americanos do século 20-, o filme mostra a trajetória da fama à decadência do pintor (interpretado por Ed Harris) ao longo da vida, partindo de sua revelação para o mundo das artes como principal expoente do expressionismo abstrato até sua morte prematura e trágica em um acidente de carro. Da descoberta da técnica que o consagraria --a "action painting", que trazia a seus quadros furiosos borrões e pingos de tinta-- ao jugo imposto por sua mulher, a também artista plástica Lee Krasner (Jennifer Connelly), e sua mecenas, Peggy Guggenheim (Marcia Gay Harden), o filme expõe a realidade não menos torturada que seus quadros transmitiam. É um retrato comovente do primeiro pintor norte-americano a se tornar uma celebridade das artes plásticas e que foi consumido por esse universo. 

CASA DE AREIA E NÉVOA
(House Of Sand And Fog, 2003, 126 min, dir: Vadim Perelman)

 Duas pessoas travam uma disputa até às últimas conseqüências. De um lado está Kathy (Jennifer Connelly), jovem que sofre profunda depressão após ter sido abandonada pelo marido. Por um erro do governo, ela é expulsa da casa em que morava. Inconformada, contrata um advogado para recuperar o que ela acredita ser o último símbolo de sua sanidade. Do outro lado está Massoud Amir Behrani (Ben Kingsley), imigrante iraniano que comprou a casa de Kathy em leilão, o que para ele é a oportunidade de dar conforto à mulher e ao filho e de recuperar o padrão de vida que tinham no Irã. Um filme contundente, com grandes interpretações de todos os envolvidos.

PECADOS ÍNTIMOS
(Little Children, 2006, 126 min, dir: Todd Field)

Sarah Pierce (Kate Winslet) é casada com Richard e vive em uma cidade suburbana dos Estados Unidos. Ela leva regularmente sua filha Lucy a um pequeno parque perto de sua casa. Lá Sarah observa e conversa com outras mulheres, que também levam seus filhos para brincar e praticamente dedicam suas vidas a eles. Até que um dia surge Brad Adamson (Patrick Wilson) e seu filho Aaron. Brad já esteve no parque anteriormente e foi apelidado pelas mulheres de "rei do baile de formatura", mas Sarah nunca o tinha visto. Elas jamais tiveram coragem de falar com ele e nem mesmo sabem seu nome, mas sonham todos os dias com sua aparição. Brad empurra Aaron no balanço, sem dar atenção às mulheres, até que Lucy pede à mãe que também a empurre. Sarah passa a brincar com a filha e começa a conversar com Brad. É o início de uma amizade entre eles, que envolve um homem frustrado por estar desempregado e uma mulher infeliz com seu casamento e sua própria vida. Logo esta amizade torna-se um caso extra-conjugal, pois Brad também é casado, com Kathy (Jennifer Connelly). O diretor norte-americano Todd Field foi produtor e atuou em “Eyes Wide Shut”, último filme de Stanley Kubrick. Em Pecados íntimos, além de dirigir, ele adaptou o roteiro em parceria com Tom Perrotta, autor do romance que originou o filme.
 TRAÍDOS PELO DESTINO
(Reservation Road, 2007, 102 min, dir: Terry George)

 Ethan (Joaquin Phoenix) e Grace Learner (Jennifer Connelly) estão voltando para casa com seus filhos, Josh (Sean Curley) e Emma (Elle Fanning). Antes de entrar no carro Josh pegou alguns vaga-lumes e os prendeu em um pote. Já durante a viagem de retorno ele pergunta à mãe se pode ficar com eles, com ela respondendo que seria melhor soltá-los pois caso contrário morreriam. A família faz uma parada durante a viagem, onde Josh aproveita para saltar do carro para soltar os vaga-lumes. Simultaneamente Dwight Arno (Mark Ruffalo), um advogado divorciado, está voltando para casa com seu filho, Lucas (Eddie Alderson), após assistirem ao vivo uma partida do Red Sox. Dwight perde a direção do carro por um instante e atropela Josh, sem parar para socorrê-lo. Ethan vê o carro e seu condutor em um relance, mas corre para socorrer o filho. O garoto morre, o que faz com que Ethan desenvolva uma obsessão em encontrar e punir o culpado. Como a polícia não consegue encontrá-lo Ethan decide procurar uma empresa de advogados, sendo encaminhado para ser auxiliado por Dwight. Filmaço.
 PASTORAL AMERICANA
(American Pastoral, 2016, 108 min, dir: Ewan McGregor)


 Seymour Levov (McGregor), o Sueco, é um jovem que tinha tudo para ter uma vida perfeita. Estudante popular, esportista talentoso, foi para a guerra e voltou como herói, casou-se com uma jovem incrivelmente bela, Dawn (Jennifer Connelly), deu continuidade aos negócios do pai administrando uma fábrica de luvas, teve uma filha graciosa, Merry (Dakota Fanning), que poderia ser uma jovem bela e promissora, mas desde muito cedo começa a apresentar um comportamento no mínimo duvidoso. Da gagueira à rebeldia com a condição social da família, chegando ao engajamento com grupos revolucionários violentos, a filha torna-se a grande cruz do casal. O fio condutor de "Pastoral Americana" é a timeline da vida de Merry, mas sempre sob a ótica de Seymour. Trata-se da jornada de um pai e, mais à retaguarda, de uma mãe, lidando com as consequências de todos os atos da filha. Bela adaptação de um grande romance de Philip Roth.










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