Saturday, December 2, 2017

VOVOZINHAS E VOVOZONAS (Aniversariantes Vintage entre 16 e 20 de Novembro)

TEXTOS DE CHICO MARQUES

JOANNA PETTET
Westminster UK
November 16, 1942





Joanna Pettet é filha de um piloto da RAF morto em combate na Segunda Guerra Mundial e de uma atriz inglesa. Sua mãe e ela se mudaram de Londres para o Canadá antes do final da guerra. Seu nome verdadeiro é Joanna Jane Salmon, mas adotou o sobrenome Pettet de seu padrasto canadense. Estudou Artes Cênicas em Montreal e foi tentar a sorte em Nova York, fazendo pequenos papéis em peças na Broadway, até ser descoberta pelo diretor Sidney Lumet e escalada para o elenco de seu filme "O Grupo" (1966), baseado no festejado romance de Mary McCarthy, ao lado de outras iniciantes muito talentosas como Candice Bergen e Jessica Walter. Seus filmes mais conhecidos são "A Noite dos Generais" e a comédia paródia de James Bond "Cassino Royale" (1967), onde vive Mata Bond, filha de 007 com Mata Hari. Casou-se em 1968 com o ator Alex Cord, com quem tem um filho e se divorciou no ano seguinte. Em 8 de agosto de 1969, almoçou na casa da amiga Sharon Tate, em Los Angeles, que seria assassinada pela Família Manson naquela mesma noite. Desencantada com a cena cinematográfica, mudou de mala e cuia para a TV , onde fez carreira nos anos 70 e 80. Em 1990, ela se aposentou precocemente para cuidar da saúde precária de seu filho Damien, dependente de heroína, e o levou para morar numa pequena cidade no interior da California. Quando Damien morreu, ela decidiu voltar para Londres. Viveu com o ator Alan Bates até sua morte em 2003. De lá para cá, não se tem notícias dela. Convenhamos: um histórico de carreira pouco condizente com a beleza e com o talento desta atriz classuda.




LAUREN HUTTON
Charleston, South Carolina
November 17, 1943





Lauren Hutton foi a primeira supermodelo americana a assinar um contrato com uma marca de cosméticos -- no caso, a Revlon, de quem foi modelo exclusiva entre 1969 e 1983. Foi também a primeira topmodel a conseguir migrar com sucesso para o cinema, estabelecendo uma carreira sólida através de filmes como "Welcome To LA" de Alan Rudolph (1976), "Alguém Me Vigia" de John Carpenter (1979), "American Gigolo" de Paul Schrader (1980) e "Zorro The Gay Blade" (1981), comédia rasgada e politicamente incorreta de Peter Medak, onde contracena com o canastrão talentosíssimo George Hamilton, que interpreta Don Diego Vega e também seu irmão gêmeo efeminado, que atende pelo nome de guerra Bunny Wigglesworth. Estudou na Universidade do Sul da Flórida em Tampa, mas depois foi transferida para a Tulane University, onde se formou em Artes em 1964. Sua carreira como atriz em Hollywood começou a estagnar lentamente durante a década de 1980, e então ela decidiu começar mudar para Paris e começar a aceitar convites para trabalhar em filmes europeus. A carreira de modelo de Hutton floresceu novamente na década de 1990, entre os 40 e 50 ano s de idade -- época da vida em que 99 por cento das modelos já estão bem aposentadas. Em outubro de 2005, aos 61 anos de idade, Hutton concordou posar nua para a revista Big, e declarou no programa Good Morning America: "Eu espero estar ajudando as mulheres da minha geração a aprender a conviver com o envelhecimento de seus corpos e não se sintam envergonhadas quando estiverem na cama com alguém mais jovem". Em 2016, aos 73 anos de idade, foi contratada como modelo de lingerie pela Calvin Klein, e mês passado recebeu uma bela homenagem da Vogue Italia pelas mais de 40 capas que fez para a revista -- outro recorde de que Lauren Hutton pode se orgulhar.






SOPHIE MARCEAU
Paris, France
November 17, 1966







Quando Sophie Marceau surgiu no início dos Anos 80 em plena adolescência fazendo "La Boum" e "La Boum II", todo mundo a achou uma gracinha, etc e tal, mas ninguém imaginou que dalí sairia uma atriz tão intensa e uma mulher tão exuberante. Pois saiu. Filha de um caminhoneiro e uma garçonete, aos 13 anos ela já sabia exatamente o que queria da vida e tratou de correr atrás. Sua beleza com traços fortes e angelicais garantiram seus primeiros papéis, O resto ela aprendeu na raça, contracenando com mestres generosos como Gérard Depardieu e Catherine Deneuve, com quem teve o prazer e o privilégio de contracenar ainda bem jovem em "Fort Saganne" (1984), de Alain Corneau. Também nessa época conheceu e se casou (e teve um filho) com o produtor e diretor Andrzej Zulawski, vinte e seis anos mais velho que ela, com quem fez quatro filmes: "L' Amour Braque" (1985), "Mes Nuits Sont Plus Belles Que Vos Juous" (1989), "La Note Bleue" (1992) e "La Fidelité" (2000). Mas Sophie sempre soube equilibrar bem suas escolhas de papéis, alternando participações em dramas intensos com comédias ligeiras e filmes de aventuras, além de vez ou outra apostar em uma carreira internacional -- que, diga-se de passagem, até agora não vingou, apesar da  -- apesar da exposição que teve em "Braveheart", de Mel Gibson, e de ter criado uma das bondgirls mais lindas e ferozes de todos os tempos: a milionária mimada Elektra King em "007 O Mundo Não é o Bastante". Sua popularidade é enorme. Filmes como "Fanfan" (1993) de Alexandre Jardin e "A Filha de D'artagnan" (1994) de Bertrand Tavernier levaram multidões aos cinemas. Então, de 2002 em diante, ela desistiu de emplacar em Hollywood e resolveu ficar na França, só que agora também como roteirista e diretora em filmes como "L'Aube à l'envers" (1995), "Parlez-moi d’amour" (2002) e "La Disparue de Deauville" (2007) . Em 2008, estrelou a produção francesa "Les Femmes de l'ombre", de Jean-Paul Salomé, sobre as guerrilheiras francesas na Segunda Guerra, e desde então tem atuado em apenas um filme a cada ano. Agora em 2018, Sophie vai retornar em grande estilo como roteirista, diretora e atriz no drama "Mrs Mills", atualmente em fase de filmagem. Aos 51 anos, Sophie é uma artista admirável e uma mulher lindíssima.


  






LINDA EVANS
Hartford, Connecticut
November 18, 1942







Guardadas as devidas proporções, John Derek foi uma espécie de Roger Vadim americano. Ator e diretor medíocre, se especializou em casar com jovens e belas atrizes em busca de um lugar ao sol em Hollywood. Linda Evans foi uma delas. Uma mulher absolutamente exuberante: loura, alta, linda, opulenta e de origem norueguesa -- seu nome verdadeiro é Linda Evanstad. Trabalhou durante cinco anos fazendo participações em diversos programas de TV, até receber seu primeiro papel fixo numa série: o de Audra Barkley em "Big Valley" (1965-1969), que a transformou rapidamente numa espécie de "namoradona da América". Livre de John Derek, Linda Evans teve um romance longo com seu parceiro em "Big Valley" Lee Majors e passou toda a década de 70 trabalhando bastante, mas fazendo filmes e telefilmes que poucos viram e séries que não emplacaram. De 1981 em diante, sua sorte mudou. Recebeu um convite para fazer Krystle Carrington, a mulher de seu amigo John Forsythe em "Dinastia" (1981-1989), e, de uma hora para outra, o mega-estrelato sorriu para ela. Graças ao nome de sua personagem na série, a atriz começou em 1984 a promover bebidas com o nome de Crystal Light. Foi casada por nove anos (1989-1998) com o inclassificável musico new-age de elevador Yanni. Depois de ganhar muito dinheiro com vídeos de Ginástica -- assim como Jane Fonda e Raquel Welch --, Linda Evans investiu numa rede de Academias de Ginástica e administra seu negócio de Tacoma, Washington, onde vive atualmente. A saudosa Joan Rivers costumava dizer que Linda Evans é uma pessoa adorável, além de ser a única pessoa do showbiz de que ninguém tem absolutamente nada de negativo a dizer.






MEG RYAN
Fairfield, Connecticut
November 19, 1961




A carreira de Meg Ryan como atriz aconteceu meio que por acaso. Ela estudava jornalismo na New York University a atuava em comerciais de TV para defender uns trocados e bancar seus estudos. Então, em 1982, lhe ofereceram um papel fixo numa novela vespertina horrenda intitulada "As the World Turns", e ela permaneceu no elenco da novela durante dois anos. Com tamanha exposição, outros convites (melhores) começaram a chegar, e ela começou a testar suas possibilidades: primeiro fazendo telefilmes e depois filmes para cinema. Foi quando Rob Reiner e Billy Crystal se encantaram com sua sensualidade moleca e a convidaram para a comédia romântica "When Harry Met Sally" (1989). O sucesso do filme fez dela uma estrela da noite para o dia. Casou-se com Dennis Quaid, com quem contracenou em vários filmes de sucesso, e estabeleceu uma parceria vitoriosa com Tom Hanks em dois filmes que fizeram deles dois uma espécie de versão anos 90 de Spencer Tracy e Kate Hepburn. Da virada do século para cá, no entanto, Meg vem tentando deixar as comédias um pouco de lado para apostar em produções independentes como "Em Carne Viva" (2002), de Jane Campion, "In The Land Of Women" (2007) de Joe Kasdan e "Serious Moonlight" (2009) de Cheryl Hines. Em 2015, estreou como diretora no belo "Ithaca" (2015), baseado num conto de William Saroyan, ao lado do amigo e parceiro Tom Hanks. Infelizmente, o filme não emplacou nas bilheterias, e sabe-se lá quando ela terá a chance de dirigir um projeto novamente. Ano que vem, Meg retorna à TV na série "Picture Paris", mas ainda há poucas informações disponíveis a respeito do projeto, portanto... aguardemos. Meg Ryan vive atualmente com o talentosíssimo country-rocker John Mellencamp.






BO DEREK
Long Beach, Calfornia
November 20, 1956









Quando Bo Derek surgiu em 1978 correndo pelas areias de uma praia mexicana num swimsuit cor de pele e enlouquecendo Dudley Moore em "Mulher Nota 10", de Blake Edwards, o mundo inteiro perdeu a respiração. Aquela mulher era simplesmente o máximo, uma louraça belzebu puro sangue. Bo era casada com -- e estava sendo lançada por -- John Derek, o mesmo que deu o empurrão inicial nas carreiras de duas outras louraças belzebu: Ursula Andress e Linda Evans. Ela não era propriamente uma atriz, mas para John Derek isso era apenas um detalhe. Fotografou-a pessoalmente para dois ensaios magníficos para a revista PLAYBOY em 1979 e 1980 e, já que ninguém a chamava para participar de novos filmes, ele mesmo começou a dirigí-la em produções eróticas softcore de gosto altamente discutível. Foram exatamente quatro, que formam uma tetralogia: "Tarzan The Ape Man" (1981), "'Fantasies - Once Upon A Love""(1982), "Bolero" (1984) e "Ghosts Can't Do It" (1989). De tão ruins, esses filmes hoje são reverenciados como "obras incompreendidas" por seguidores fiéis que colocam John Derek num patamar artístico semelhante ao de Russ Meyer. Depois da morte de John Derek, em 1998, Bo finalmente pode tentar construir uma carreira só sua. Tem sido vista com alguma frequência fazendo participações em séries de TV. Em 2000, depois de ganhar diversos Golden Raspberries pela ruindade de seus filmes e de suas performances, Bo concorreu ao Golden Raspberry de Pior Atriz do Século 20. Mas não levou. Perdeu para Madonna. Vive há 15 anos com o ator de TV John Corbett -- de "Sex & The City", "United States Of Tara" e "Parenthood"










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