O casal da Pensilvânia (USA), Corey e Christie Pebble,
que sempre trabalhou na área e saúde, descobriu uma nova forma de enriquecer:
notícias provocativas, violentas, fake news e afins. O público alvo: liberais e
democratas que ousaram votar em Hillary Clinton nas últimas eleições.
A ferramenta utilizada pelo insano casal é o site, de
nome sugestivo, “Mad World News”, alguma coisa, numa tradução livre, como
“Loucas Notícias do Mundo”. Parece inacreditável, mas é verdade. Uma verdadeira
fábrica de notícias falsas, agressões verbais, além de uma desavergonhada
manipulação da verdade.
Surpreendente mesmo é descobrir que se trata de um
grande negócio. De assalariados de um serviço de saúde, os dois passaram a
empresários num espaço de tempo muito pequeno. E com ganhos surpreendentes: US$
6,00 por cada grupo de 1000 curtidas. A dupla chegou a faturar a bagatela de
US$ 120 mil/mensais que, sem exagero, representam mais de 20 milhões de visitas
ao site! Um nível de alucinação altíssimo; a prova de que a procura pela
violência, mesmo que verbal e virtual é um excelente negócio.
Mas, como tudo que é bom um dia acaba, a nova política
do Facebook, onde o site se alojava, transformou o sonho em pesadelo. Hoje, a
dupla está à míngua e tem um problema bastante sério para resolver: a dívida de
US$ 500 mil contraída junto a um banco para expandir o negócio. Nem imagino o
que significaria expandir um negócio baseado em violência, mas acredito que
eles passariam a vender manuais de terror, armas, fórmulas para alterar
notícias e demais loucuras. Mas, sem saída, a dupla agora encontrou uma solução
bem simples para quem tem uma cabecinha como a deles: processar o Facebook...
Será difícil vencer uma parada dessas. Mas a lição que
se tira disso tudo é que a violência verbal com encaminhamento virtual, não é
um privilégio apenas de nossa sociedade, considerada de terceiro mundo.
Trata-se de um movimento mundial, gerado a partir do momento em que as pessoas
descobrem as redes sociais, descobrem que o anonimato pode ser eliminado e que
há muito mais além daqueles 15 minutos de fama que alguns conseguiam às duras
penas.
Pessoas descobriram que existe a possibilidade de se
expressar sem qualquer tipo de limites; sem qualquer tipo de censura, livres,
enfim. O silêncio passa a ser pecado, o bom senso um chato de galochas,
importando apenas a vontade de se falar o que bem se entende; nada de amarras,
nada de mordaças. Um novo, estranho e perigoso mundo que se apresenta sem
pudores a todos os níveis da sociedade. Do mais baixo ao mais alto posto: todos
estão à vontade para falar o que bem entendem. E, ao mesmo tempo, a serem
atacados! Existe coisa mais emocionante?
O lado negativo desse novo fenômeno de sociabilidade
(diferente de social...) é que a inocência foi enterrada e o prato principal
passa a ser e violência. E, a cada dia, em doses mais fortes. Basta acompanhar
a Internet, TV, seriados, novelas, filmes, revistas ou jornais sobreviventes
para se dosar os índices de violência.
A elegância, a boa educação, o bom senso, a bondade, a
convivência pacífica –do que estou falando, afinal? - foram brutalmente
substituídos pela intransigência. Nunca esteve tão clara aquela máxima da
política, dita por alguém que nem me lembro: “quem não está comigo é meu
inimigo”. Ou aquela frase emblemática do caudilho, tirano e ditador, Getúlio Ornelas
Vargas (que muita gente ainda admira...), “aos amigos tudo, aos inimigos a
lei”, no mais simples e cruel desprezo aos mínimos preceitos democráticos.
Portanto, preparem-se para tempos lúgubres. Outras
eleições virão e, infelizmente, teremos a velha e terrível carnificina verbal
mais uma vez. Confesso que por mais que pense, não vejo saída para tempos menos
ruins. Somente a Educação de boa qualidade poderá mudar as mentes, mas uma
transformação dessas levaria umas quatro, cinco, ou seis gerações. Só espero
que essa louca catarse seja superada o mais rápido possível. Para isso, o novo
governo terá papel importante. Problema é saber se ele tem competência e vontade
de realizar o milagre...Adios.
PS – E por falar em intransigência, fico sabendo que
um infeliz qualquer, bloqueou a página maravilhosa da “Cacilda”, um templo de
liberdade e de lembranças incríveis. Não sei bem onde anda a cabeça de alguém
para censurar seja lá o que for. Uma pessoa que acha ofensivo ver belas
mulheres, artigos interessantes e o maior, o inesquecível, o imbatível sexólogo
do mundo, Carlos Zéfiro, precisa deitar num divã. Infinitamente pior do que a
página da Cacilda é aquele falatório sujo, imundo e podre do nosso Congresso.
Cada vez que eles abrem a boca, mais crianças passam fome, mais aumenta a
pobreza e nossos bolsos são assaltados. A esse triste ser abjeto, meu total
desprezo. Peitos, bundas, pererecas do mundo, levantai! Esses puritanos, um
dia, correrão ao seu encontro! E aí, neguem, neguem, neguem....
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