A rir, desnudo, em praias impolutas.
Amado por um fauno sem presente
E sem passado, eternas prostitutas
Velavam por seu sono. Assim, pendente
O rosto sobre o ombro, pelas grutas
Do tempo o contemplamos, refulgente
Segredo de uma concha sem volutas.
Infância e madureza o cortejavam,
Velhice vigilante o protegia.
E loucos e ladrões acalentavam
Seu sono suave, até que um deus fendia
O céu, buscando arrebatá-lo, enquanto
Durasse ainda aquele breve encanto
Mário Faustino nasceu em 1930
em Teresina e morreu em 1962,
vítima de acidente aéreo.
Jornalista, crítico literário e poeta,
Mário editou entre 1956 e 1959,
a página semanal Poesia-Experiência
no Suplemento Dominical
do Jornal do Brasil,
apresentando um panorama poético
que englobava tanto poetas clássicos
quanto poetas iniciantes,
e apresentava o melhor
da produção estrangeira do gênero.
"O Homem e Sua Hora" (Cia das Letras)
foi seu único livro publicado em vida.
Um grande poeta que nos deixou cedo demais. Talvez ele tenha tido sorte (rs)
ReplyDeleteBeijos, Chico, obrigada - este poema dele eu não conhecia