Sim! Markito
início de noite com seu possante carro de mate, tradicionalíssimo, na faixa de
areia.
A caminho da
birita da sexta, no Garga, esse merceeiro.
Após o
expediente, tirar os sapatinhos, guardá-los na bolsa, para sentir a areia morna
e a água ainda um pouco temperada.
Tentando o
arrastão da água-de-côco na Ponta. Doce ilusão! Mais lotado que cadeia. Aposto
que nem estava tão geladinha assim.
Depois da
experiência Londres-Tâmisa, Belfast-Lagan, calor, muito calor, jamais foi, de
fato, meu forte.
Claro que tem
seu lado bom, mas depois de 21 o sumiço da brisa. Nem a noite dá uma trégua.
Esse merceeiro é
o ‘homem-das-meia-estações’. Não tem jeito! Frio demais até dá para encarar, mas
o calor em excesso deixou de ser meu amigo há muito.
Em que pese a
cidade ter ficado feia pacas, salvaram a praia. Jardim da orla. Centenas com
máquinas fotográficas na mão a registrar o ocaso.
Talvez não
tivéssemos tanta generosidade com outros lugares: uma Lagoa da Saudade, talvez.
Um orquidário aqui, uma Bancários acolá. Quem sabe.
Primeiros sinais
das férias de verão: apinham-se! Sabendo onde ir, ainda se é possível escapar
de alguma fila.
Quem tem carro,
partiu litoral norte! Cachoeiras e cascatas, talvez. Lago de Furnas para os
mais ousados (em termos de distância com pouco tempo de deslocamento). Lugares
visitados com o sol senegalês.
A sun for
everyone!
Uma espécie de
‘estação da muvucação’. Certo luxo de merceeiro: segunda e terça a praia fica
‘no ponto’. Uma boa forma de se começar a semana. De verdade!
Estação do ano
boa para se olhar o cansaço. Contabilidade necessária para se entrar no outono
com o ronco de um furacão.
Aí, sim! Com
gosto!
Enquanto isso, é
deixar o mar levar a zica para longe. Haja superstição!
Para quem tem
filhos(as), excelente momento do ano para vê-los(as) crescer. Quem não tem, se
esbalda numa vida fora do tempo cronológico.
Enfim, qualquer
coisa, passa no mate do Markito para a gente pôr a conversa em dia.
Marcelo Rayel Correggiari
nasceu em Santos há 47 anos
e vive na mítica Vila Belmiro.
Formado em Letras,
leciona Inglês para sobreviver,
mas vive mesmo é de escrever e traduzir.
É autor de Areias Lunares
(à venda na Disqueria,
Av. Conselheiro Nébias
quase esquina com o Oceano Atlântico)
e escreve semanalmente em
LEVA UM CASAQUINHO
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