Friday, December 21, 2018

NOTÍCIAS DE UM NATAL ESQUENTADO (por Marcelo Rayel Correggiari)



Aí, Marcelão... meu brother!
Sim! Markito início de noite com seu possante carro de mate, tradicionalíssimo, na faixa de areia.
A caminho da birita da sexta, no Garga, esse merceeiro.
Após o expediente, tirar os sapatinhos, guardá-los na bolsa, para sentir a areia morna e a água ainda um pouco temperada.
Tentando o arrastão da água-de-côco na Ponta. Doce ilusão! Mais lotado que cadeia. Aposto que nem estava tão geladinha assim.
Depois da experiência Londres-Tâmisa, Belfast-Lagan, calor, muito calor, jamais foi, de fato, meu forte.
Claro que tem seu lado bom, mas depois de 21 o sumiço da brisa. Nem a noite dá uma trégua.
Esse merceeiro é o ‘homem-das-meia-estações’. Não tem jeito! Frio demais até dá para encarar, mas o calor em excesso deixou de ser meu amigo há muito.
Em que pese a cidade ter ficado feia pacas, salvaram a praia. Jardim da orla. Centenas com máquinas fotográficas na mão a registrar o ocaso.
Talvez não tivéssemos tanta generosidade com outros lugares: uma Lagoa da Saudade, talvez. Um orquidário aqui, uma Bancários acolá. Quem sabe.
Primeiros sinais das férias de verão: apinham-se! Sabendo onde ir, ainda se é possível escapar de alguma fila.
Quem tem carro, partiu litoral norte! Cachoeiras e cascatas, talvez. Lago de Furnas para os mais ousados (em termos de distância com pouco tempo de deslocamento). Lugares visitados com o sol senegalês.
A sun for everyone!
Uma espécie de ‘estação da muvucação’. Certo luxo de merceeiro: segunda e terça a praia fica ‘no ponto’. Uma boa forma de se começar a semana. De verdade!
Estação do ano boa para se olhar o cansaço. Contabilidade necessária para se entrar no outono com o ronco de um furacão.
Aí, sim! Com gosto!
Enquanto isso, é deixar o mar levar a zica para longe. Haja superstição!
Para quem tem filhos(as), excelente momento do ano para vê-los(as) crescer. Quem não tem, se esbalda numa vida fora do tempo cronológico.
Enfim, qualquer coisa, passa no mate do Markito para a gente pôr a conversa em dia.

 

Marcelo Rayel Correggiari
nasceu em Santos há 47 anos
e vive na mítica Vila Belmiro.
Formado em Letras,
leciona Inglês para sobreviver,
mas vive mesmo é de escrever e traduzir.
É autor de Areias Lunares
(à venda na Disqueria,
Av. Conselheiro Nébias
quase esquina com o Oceano Atlântico)
e escreve semanalmente em
LEVA UM CASAQUINHO

No comments:

Post a Comment