Tuesday, January 17, 2017

AS "BOAZUDAS" DOS ANOS DE OURO DO CINEMA BRASILEIRO #6: ADELE FÁTIMA













Símbolo sexual nas décadas de 70 e 80, a carioca Adele Fátima é, dispardo, a mulata mais exuberante de toda a história do cinema brasileiro.

Conhecida como "a mulata da Urca", bairro carioca onde cresceu e apareceu, Adele começou sua carreira no início dos anos 1970 como modelo, garota-propaganda e, mais adiante, como dançarina no lendário Esquadrão de Mulatas de Oswaldo Sargentelli. Mas abandonou o Velho Sargento assim que começou a receber convites para Teatro, Cinema e TV.

No Teatro, atuou com ícones do ramo, como Brigitte Blair e Grande Otelo. 

Na televisão, além de dançarina foi também cantora e comediante, marcando presença em programas humorísticos da TV Globo como "Faça Humor Não Faça A Guerra", "Fantástico", "Chico Anísio Show", "Viva o Gordo", "Brasil Pandeiro" e "Sandra & Miéle". Já como atriz, trabalhou em novelas e minisséries como "Gabriela", "Agosto" e "Memorial de Maria Moura".

Mas foi no Cinema que Adele Fátima brilhou para valer em pornochanchadas clássicas que são exibidas constantemente no canal Brasil, na Sessão "Como Era Gostoso O Nosso Cinema", e seu nome no elenco era sempre garantia de bilheteria.

De todos os filmes que participou, o mais marcante, com certeza, foi "Histórias Que Nossas babás Não Contavam", onde Adele interpreta Branca de Neve e contracena com Costinha e sete atores anões.

Uma curiosidade: Adele Fátima chegou a ser contratada para ser bond-girl no filme "Moonraker" da série 007 em 1979. Gravou cenas para o filme, que tinha locações no Rio de Janeiro, e posou para fotos promocionais ao lado do então 007 Roger Moore. Mas, infelizmente, suas cenas acabaram ficando de fora da edição final do filme.


Filmografia 
Com as Calças na Mão (1975, Carlo Mossy)
As Grã-Finas e o Camelô (1976, Ismar Porto)
O Flagrante (1976, Reginaldo Faria)
As Massagistas Profissionais (1976, Carlo Mossy)
Os Amores da Pantera (1977, Jece Valadão)
O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros Contra as Panteras (1978, Luiz Antonio Piá)
Manicures à Domicílio (1978, Carlo Mossy)
Histórias Que Nossas Babás Não Contavam, (1979, Osvaldo de Oliveira)
Fulaninha (1986, David Neves)
Natal da Portela (1988, Paulo César Saraceni)
O Viajante (1999, Paulo César Saraceni)




GG: Onde e quando você nasceu e como foi sua infância e adolescência?
ADELE: Nasci no Rio de Janeiro, em 17 de Fevereiro de 1954. Tinha uma família equilibrada, com um irmão e uma irmã. Morava em uma casa na Urca com muito conforto, cercada de familiares e amigos.
Meu pai era um industrial alemão, de familia nobre com brasão.

Como entrou para o mundo artístico?
Entrei aos dezessete anos, com o Sargentelli, que conheci no teatro Ginástico e logo comecei a fazer parte de seu elenco, na Sucata, uma casa noturna no Rio de Janeiro, em 1972.

Quando descobriu que tinha uma beleza descomunal?
Quando me vi nas ruas cercada de fãs de todas as idades e sexos.

Em que esta beleza abriu portas?
Nada veio fácil. Fiz diversos cursos, me tornei atriz, cantora, modelo, bailarina, manequim, depois empresária. Enfim esse conjunto acabou me divulgando para o mundo. Fiz 18 filmes, entre eles um da série 007. Fui a única atriz brasileira a ser bond girl. Fiz filmes falados em frances, italiano e ingles. Fiz shows internacionais como cantora, participei do festival de Vina del Mar representando o Brasil. Depois circulei um bocado cantando na noite européia. Fui capa de revistas na Europa, garota propaganda em produtos de beleza no Japão e na Itália, capa de discos e revistas e ainda achava tempo para ser goleira do time das Globetes da TV Globo. 

Você acha que a beleza garante o amor?
Garantir não, mas ajuda muito. A beleza seduz, facilitando o amor.

Quais são seus segredos de beleza?
Amar e ser amada. Ilumina o espirito e o emocional. Voce deve se sentir bela, principalmente no seu interior.

Porque se afastou da vida artística?
Não me afastei totalmente, dei mais atenção a minha familia, principalmente após a perda da minha filha, há 10 anos.

Qual seu recado para nossos leitores?
Se amar e se respeitar. Buscar o seu equilibrio espiritual; fisico e emocional para conviver melhor consigo mesmo.

O que significa pra você ter sido um ícone de beleza negra?
Etapas vencidas, desafios, determinação, muita garra e tambem muitas vitórias.













ASSISTA LOGO ABAIXO O FILME
HISTÓRIAS QUE NOSSAS BABÁS NÃO CONTAVAM
UMA CORTESIA CANAL BRASIL-YOU TUBE






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