É provável que a coxinha de galinha tenha sido criada no Século 19, na Fazenda Morro Azul em Limeira, São Paulo, onde morava a Princesa Isabel e sua família. Consta que o filho da Princesa era um comedor compulsivo de coxas de galinha, mas não tinha o menor interesse no resto da ave. Daí, para não ter que abater tantas aves no galinheiro só para obter as coxas que enlouqueciam o impetuoso comilão imperial, uma das cozinheiras da Fazenda teve a ideia de desfiar o frango por completo, temperá-lo com ervas, e depois fazer dele recheio para um empanado frito em formato de coxa, feito com uma massa à base de farinha de trigo, batata, leite e água.
Existe, no entanto, uma outra versão menos nobre para essa história. Ela teria surgido em São Paulo no Século 19, durante o processo de Industrialização da cidade, e começado a ser comercializada nas portas das fábricas como um substituto barato e mais durável para as tradicionais coxas de galinha -- que até então funcionavam como almoço rápido para muitos operários paulistanos.
Seja qual for a verdadeira origem da coxinha de galinha, é um contrassenso enorme quando pessoas usam o termo "coxinha" como xingamento, na medida em que ele faz parte da História do Trabalhismo Brasileiro.
De São Paulo, a receita das coxinhas seguiu para Portugal, vindo a tornar-se popular por lá também nos Anos 1930.
No pós-Guerra, as coxinhas invadiram os botequins do Paraná e do Rio de Janeiro.
Foi só nos Anos 1970 que as coxinhas de galinha ficaram populares pelo país inteiro.
Tratada como um petisco ligeiro demais pela maioria dos gourmets, e demonizada pelos defensores de uma alimentação saudável, a sina da coxinha de galinha é um paradoxo, pois na mesma medida em que ela é popular ela é também uma incompreendida.
Existe, no entanto, uma outra versão menos nobre para essa história. Ela teria surgido em São Paulo no Século 19, durante o processo de Industrialização da cidade, e começado a ser comercializada nas portas das fábricas como um substituto barato e mais durável para as tradicionais coxas de galinha -- que até então funcionavam como almoço rápido para muitos operários paulistanos.
Seja qual for a verdadeira origem da coxinha de galinha, é um contrassenso enorme quando pessoas usam o termo "coxinha" como xingamento, na medida em que ele faz parte da História do Trabalhismo Brasileiro.
De São Paulo, a receita das coxinhas seguiu para Portugal, vindo a tornar-se popular por lá também nos Anos 1930.
No pós-Guerra, as coxinhas invadiram os botequins do Paraná e do Rio de Janeiro.
Foi só nos Anos 1970 que as coxinhas de galinha ficaram populares pelo país inteiro.
Tratada como um petisco ligeiro demais pela maioria dos gourmets, e demonizada pelos defensores de uma alimentação saudável, a sina da coxinha de galinha é um paradoxo, pois na mesma medida em que ela é popular ela é também uma incompreendida.
Em Santos, coxinhas de galinha são facilmente encontráveis em qualquer botequim ou padaria.
As melhores e mais saborosas tendem a ser aquelas preparadas em casas que trabalham com "televisões de cachorro" nos finais de semana. Essas casas desfiam todos os frangos que não foram vendidos e com essa carne desfiada preparam coxinhas, que, congeladas, abastecem o balcão a semana inteira.
Mas a provável melhor coxinha de Santos não obedece a essa regra. Ela é servida na Bombonière Boqueirão (SuperCentro Boqueirão) e a poucos metros dalí na Dona Flor (Oswaldo Cruz 363), ambas dos mesmos proprietários. Sua massa é bem leve, e o recheio é delicado e aromático. Seu preço é um pouco superior ao praticado na maioria dos botequins. Mas vale a pena. É deliciosa.
A provável segunda melhor coxinha de Santos é servida na tradicionalíssima Massas Milão (Júlio Conceição esquina com Carvalho de Mendonça), uma casa que existe há 56 anos sempre comandada pela mesma família.
A massa é deliciosa, bem molhadinha e levemente adocicada. Já o recheio é farto e muito saboroso. Duas delas valem por um almoço. São grandes o suficiente para dar um paradeiro na fome de qualquer glutão.
Desnecessário dizer que é um dos carros-chefe da casa.
Uma possível terceira melhor coxinha da cidade é a do Barton's, uma lanchonete muito movimentada na Praça da Independência, situada entre a Livraria Martins Fontes e a Livraria Realejo.
Como a casa vende muitas coxinhas ao longo do dia, sai uma nova leva de salgadinhos a cada hora da cozinha, e estão todos sempre quentinhos e crocantes no balcão.
É bem mais espartana que as duas mencionadas anteriormente. Mas é honesta, bem preparada e não vai decepcionar o paladar de nenhum coxinhólogo de plantão.
Para encerrar, quem quiser tentar fazer em casa, basta seguir a receita das deliciosas coxinhas de galinha preparadas pela Bernardete (ao centro, entre as irmãs Florinda e Audett) da Bombinière Boqueirão, no SuperCentro.
Ingredientes
Massa: 1kg de farinha de trigo; 4 batatas médias cozida e espremidas; 1 tablete de caldo de galinha; 1 litro de água; 150g margarina; sal a gosto.
Recheio: 1 peito de frango cozido e desfiado; 1 cebola picada; azeite; 1 tomate sem sementes picado; sal e salsinha a gosto.
Para empanar: 5 claras de ovos e farinha de rosca.
Preparo massa: em uma panela coloque a água, o caldo de galinha, a margarina e o sal a gosto, deixe ferver, acrescente as batatas cozidas e espremidas e adicione a farinha de trigo aos poucos, mexa até desgrudar do fundo da panela. Depois, coloque a massa em uma superfície lisa e seca cubra com filme plástico para não ressecar. Deixe amornar e sove um pouco até ficar bem macia.
Preparo recheio: cozinhe o peito de frango, desfie e reserve. em uma panela coloque um pouco de azeite, a cebola picada e deixe dourar um pouco, em seguida coloque o tomate e refogue. coloque o peito de frango e refogue mais um pouco, por último coloque a salsinha e o sal.
Finalização: Pegue porções da massa, coloque o recheio dengtro delas e modele as coxinhas. Passe-as na clara de ovo, depois na farinha de rosca e frite em óleo quente e abundante até dourar.
Chico Marques é meio gourmet,
meio gourmand,
meio comilão inveterado.
Para encerrar, quem quiser tentar fazer em casa, basta seguir a receita das deliciosas coxinhas de galinha preparadas pela Bernardete (ao centro, entre as irmãs Florinda e Audett) da Bombinière Boqueirão, no SuperCentro.
Ingredientes
Massa: 1kg de farinha de trigo; 4 batatas médias cozida e espremidas; 1 tablete de caldo de galinha; 1 litro de água; 150g margarina; sal a gosto.
Recheio: 1 peito de frango cozido e desfiado; 1 cebola picada; azeite; 1 tomate sem sementes picado; sal e salsinha a gosto.
Para empanar: 5 claras de ovos e farinha de rosca.
Preparo massa: em uma panela coloque a água, o caldo de galinha, a margarina e o sal a gosto, deixe ferver, acrescente as batatas cozidas e espremidas e adicione a farinha de trigo aos poucos, mexa até desgrudar do fundo da panela. Depois, coloque a massa em uma superfície lisa e seca cubra com filme plástico para não ressecar. Deixe amornar e sove um pouco até ficar bem macia.
Preparo recheio: cozinhe o peito de frango, desfie e reserve. em uma panela coloque um pouco de azeite, a cebola picada e deixe dourar um pouco, em seguida coloque o tomate e refogue. coloque o peito de frango e refogue mais um pouco, por último coloque a salsinha e o sal.
Finalização: Pegue porções da massa, coloque o recheio dengtro delas e modele as coxinhas. Passe-as na clara de ovo, depois na farinha de rosca e frite em óleo quente e abundante até dourar.
Chico Marques é meio gourmet,
meio gourmand,
meio comilão inveterado.
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