Mais
milagres tem feito e mais proezas;
A
pica o melhor traste e das belezas,
Mal
que começa a lhes coçar o sundo.
A
pica é o cão, que avança furibundo
A
plebeias, fidalgas, e princesas;
A
pica em chamas Troia pôs acesas,
E
a Dido fez descer do Urco ao fundo.
É
a pica – carnal, possante espada,
Que
o mundo, perfurante, emenda, entorta,
E
tudo vence, como bem lhe agrada.
A
pica, ora e calmante, ora conforta;
Sendo
em dose alopática aplicada,
A
pica ressuscita a mulher morta.
Francisco Moniz Barreto (1804-1868)
nunca foi respeitado como poeta.
Natural de Salvador, Bahia,
ele publicou em 1855
dois volumes de poesias
com o nome "Clássicos e Românticos"
que foram solenemente ignorados.
Já seu talento como repentista
e sua facilidade para improvisar versos
fazem dele um talento único
na história da poesia brasileira.
Francisco Moniz Barreto (1804-1868)
nunca foi respeitado como poeta.
Natural de Salvador, Bahia,
ele publicou em 1855
dois volumes de poesias
com o nome "Clássicos e Românticos"
que foram solenemente ignorados.
Já seu talento como repentista
e sua facilidade para improvisar versos
fazem dele um talento único
na história da poesia brasileira.
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