A história do descobrimento ou "fabricação" desta cor pelo homem para específicos usos ou recriação remonta à Pré-História, após serem descobertos registros de pinturas em cavernas que apresentavam o vermelho. Caçadores do período neolítico já consideravam esta cor a mais importante, dotada de poderes relacionados a vida, colocada inclusive nos túmulos de seus mortos - o que explicaria os achados arqueológicos nos quais esqueletos foram vistos cobertos em pó de ocre vermelho; pinturas da mesma época também atribuíam poderes mágicos a esta cor. Por volta do século VIII, na cultura nórdica, o nome usado para o vermelho derivou de teafor (magia), que tornou-se mais tarde ocre vermelho, provavelmente por conta do óxido de ferro já usado para colorir e para evocar a fertilidade. Para as mais variadas culturas ao redor do mundo antigo, o vermelho detinha poderes mágicos relacionados à invencibilidade, proteção, força e intimidação, como visto em pinturas de Jan Van Eyck (1434). Inclusive a fênix, que ainda simboliza o renascimento, está relacionada ao vermelho, por seus poderes de vida e por estar ligada à ira e à guerra, quando os homens partiam para as batalhas. Em casamentos, o vermelho foi cor tradicional em guirlandas e roupas da época romana até o século XVIII, graças a seu simbolismo de fertilidade, mantendo-se ainda como característica cultural grega, albanesa e armênia; no Oriente, a China perpetuou a tradição de vestir suas noivas de vermelho. Gosto de vermelho simplesmente por gostar.
Livros emprestados e não devolvidos, faz parte de uma série inesquecível. O Escrivão ou Bartleby, o Escriturário é um conto do escritor norte-americano Herman Melville (1819-1891). A história apareceu pela primeira vez, anonimamente, na revista americana Putnam's Magazine, divida em duas partes. A primeira parte foi publicada em Novembro de 1853, e concluída na publicação em Dezembro do mesmo ano. A novela foi relançada no livro The Piazza Tales em 1856 com pequenas alterações. Certo dia, quando o narrador pede a Bartleby para revisar um documento, o jovem simplesmente responde "Eu preferiria não fazer". Enquanto isso, Bartleby continua a negar os trabalhos que têm para fazer, respondendo sempre com um "Eu preferiria não fazer". Isso continua até chegar ao ponto em que Bartleby não faz absolutamente nada. Albert Camus cita Herman explicitamente como uma grande influência em sua obra numa carta pessoal escrita a Liselotte Dieckmann. Alguns livros que emprestei não me importo de não terem sidos devolvidos, outros não perdoo.
Embora o termo expressionismo não se aplicasse à pintura antes de 1911, suas características se encontram nas criações de quase todos os países e períodos. Parte da arte chinesa e japonesa dá mais importância à essência do que à aparência física. Os grandes nomes da Europa medieval exageraram suas figuras nas igrejas românicas e góticas, objetivando aumentar a carga espiritual de suas criações. A intensidade expressiva, criada pela distorção, aparece também no século XVI nas obras de artistas maneiristas, como o pintor espanhol El Greco e o alemão Matthias Grünewald. Os autênticos precursores do expressionismo vanguardista apareceram no final do século XIX e começo do XX. Entre eles destacam-se o pintor holandês Vincent van Gogh, o francês Paul Gauguin e o norueguês Edvard Munch, que utilizavam cores violentas e linhas fortes para aumentar a intensidade de seus trabalhos. O grupo expressionista mais importante do século XX surgiu na Alemanha. Entre suas figuras de proa estão os pintores Ernst Ludwig Kirchner, Erich Heckel e Karl Schmidt-Rottluff, que fundaram em Dresden (1905) o grupo denominado Die Brucke (A ponte). O expressionismo no Die Bruke defendia a liberdade individual, o primado da subjectividade, o irracionalismo, o arrebatamento e os temas proibidos – o excitante, diabólico, sexual, fantástico ou perverso. Pretendeu ser o reflexo de uma visão subjectiva e emocional da realidade, materializada através da expressividade dos meios plásticos, que adquiriram uma dimensão metafísica, abrindo os sentidos ao mundo interior. Como adverte a escritora alemã Lotte H. Eisner, a principal historiadora do cinema alemão, "não é uma tarefa fácil penetrar na fraseologia expressionista alemã". Joga-se com expressões vagas, forjam-se cadeias de palavras combinadas ao acaso, procura-se o significado "metafísico" das palavras, inventam-se alegorias místicas, desprovidas de lógica e sentido, que são virtualmente intraduzíveis. Esta linguagem, carregada de símbolos, insinuações e metáforas permanece propositalmente obscura, sendo de acesso sumamente difícil para as línguas e mentalidades latinas. Pode-se afirmar, portanto, que aqueles que não estão familiarizados com o idioma alemão, compreenderão melhor expressionismo através da música, das artes plásticas e do cinema. De fato a primeira claridade me veio através do cinema, fotografia e pintura.
Não estamos assim tão longe desta realidade escrita em 1936, ano em que o seu autor foi fuzilado. Continuamos como podemos, apesar de todos os dias nos chegarem notícias de violência e opressão. Continuamos como podemos. Federico Garcia Lorca nasceu na região de Granada, Espanha, tendo sido assassinado pelos “Nacionalistas”, com apenas 38 anos de idade. Homossexual assumido, socialista convicto, Lorca foi perseguido pela extrema direita durante toda a sua vida, que o prendeu justificando que o escritor era “mais perigoso com a caneta do que outros com o revólver”. Federico García Lorca é, ao lado de Miguel de Cervantes, o escritor espanhol mais conhecido e lido tanto na própria Espanha, como no resto do mundo. Poeta e dramaturgo, de uma obra intensa, marcada por codificações simbólicas: a lua, a morte, a terra, a água, o cavalo, a criança... Lorca criou um dos mais belos teatros do século XX, introduzindo em suas peças uma linguagem poética singular. Sua insatisfação diante da vida transformava os costumes abordados em sua tragédia. Centro de um grupo de intelectuais que passou para a história como a “Geração de 27”, congregou com os maiores nomes do universo da arte e cultura da Espanha do século passado, entre o solar dos seus amigos estavam: Luís Buñuel, Salvador Dali, Antonio Machado, Manuel Falla e Rafael Alberti. Federico García Lorca foi um dos primeiros a ser vitimado pela Guerra Civil Espanhola. Lembrei de Lorca imediatamente quando vi podarem a árvore defronte a minha janela, pois verde que te queria tanto, mas mão insana te levou.
Pois então, lendo o livro de Zuza Homem de Mello " A Era dos Festivais " 2003, me fez dar um mergulho no lago da memória e me banhar com as águas do passado. A beleza das águas do lago permanecem cristalinas ainda que tenham passados cinquenta anos. Dai é que lendo e ouvindo as canções considero ótimas. O primeiro festival aconteceu em 1960, mas o frescor das águas, a temperatura certa foi em 1965 com " Arrastão " de Edu Lôbo, Elis cantou. Anos seguinte ou seja, 1966 " Porta Estandarte " composta pelo Vandré e cantada por Tuca e Airton Moreira, tivemos ainda Caetano com " Boa Palavra " . Tempos de Tv Excelsior x Tv Record. Quantas musicas e letras de qualidade. Vieram Chico com " A Banda " e " Disparada " com Vandré, Hermeto com caveira de Burro, Gil com " Ensaio Geral ". Na Tv Rio musicas como " Saveiros " - Dory Caymmi e Nana Caymmy cantando. O festival que está muito próximo de completar meio século, será no dia 21 de outubro, nos deu " Ponteio " - Edu Lôbo e Capinan, " Domingo no Parque " do Gil com arranjos do Duprat, " Roda Viva " do Chico Buarque, " Alegria, Alegria " do Caetano com Beat Boys. Tivemos neste mergulho de cinquenta anos atrás outros compositores ótimos tal como Sidney Miller, Luis Carlos Paraná, Maranhão. Outros tantos que surgiram arrasadores, " Travessia " do Milton Nascimento e Fernando Brandt, Milton que debutou numa eliminatória no Rio Grande do Sul. Tempos de Mutantes, irmãos Valle, Vanzolini, MPB-4, Gudin. Tom Zé, Taiguara. Essa água refrescante está no LAGO DA SAUDADE, pois me dou conta que temos musica, mas faltam bons letristas.
NA SELVA DE CONCRETO nasce com a luz da manhã um caminho de memórias involuntárias. Não brotou em 1896 onde cercado de livros na biblioteca Mazarine onde trabalhou, ano que produziu " Os Prazeres e os Dias ". É certo que os raios solares iluminaram seus arquivos 17 anos depois do primeiro livro. Reabri as páginas para sentir sabores, perfumes.
BOM DIA PARA TODOS E CAFÉ COM MADELINES.
Carlos Eduardo "Brizolinha" Motta
é poeta e proprietário
da banca de livros usados
mais charmosa da cidade de Santos,
situada à Rua Bahia sem número,
quase esquina com Avenida Mal. Deodoro,
quase esquina com Avenida Mal. Deodoro,
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