Sunday, January 14, 2018

A BALZAQUIANA E O MENINO PINTUDO (um conto devasso de Emmanuelle Almada)




Meu nome é Luzinete, há sete anos trabalho numa empresa especializada em limpeza urbana em São Paulo, e acabo de ser promovida a gerente operacional. Com a promoção, ganhei um prêmio: uma viagem com acompanhante para Salvador. Queria convidar minha melhor amiga, Sirlei, para me acompanhar, mas minha filha Camila começou a se insinuar dizendo que queria ir comigo, e eu fiquei na maior saia justa. Deixei de estar ao lado de minha filha em alguns dos momentos mais marcantes de sua vida. Depois que meu marido morreu, tive que arcar com o sustento da casa. Como eu trabalhava de dia e estudava à noite, minha filha acabou sendo criada por minha mãe. Por conta disso, eu não estava por perto quando veio a primeira menstruação dela, quando ela deu o primeiro beijo, quando transou pela primeira vez... A interlocutora dela era sempre minha mãe, que me passava as novidades.

Senti muita raiva ao descobrir alguns anos depois da morte de meu marido que ele me traía na cara dura. Teve várias amantes o vagabundo. Não satisfeito com isso, ainda teve filhos com duas dessas amantes. Ao morrer, deixou dívidas enormes, que fiz questão de pagar uma a uma. Nunca deixei que minha filha soubesse dessas atitudes desabonadoras à reputação de seu pai, e fiz questão – sei lá porquê, ele não merecia isso -- de que ela cultivasse uma imagem imaculada dele, de paizão. Como já estava morto, e as dívidas que deixou já estavam pagas, para mim era tudo questão de passar uma borracha naquele episódio terrível da minha vida e retomar minha vida.

Quando Camila completou 16 anos, alguma coisa aconteceu. Minha mãe deixou de conseguir ter controle sobre ela, que só queria saber de sair para baladas e só voltava para casa de manhã. Eu morria de preocupação, tentava discutir o assunto com ela, mas fui tachada de chata, superprotetora e careta. Meu medo é que ela estivesse usando drogas, não desejava aquilo para minha filha. Um dia conseguimos ter uma conversa íntima e muito séria, e ela me revelou que estava saindo com uns amigos meio barra pesada. Havia experimentado crack, ficou assustada com o que sentiu – até então, ela só tinha provado álcool e maconha -- e queria se afastar daquela gente e ficar mais em casa por uns tempos. Para mim foi um alivio. Camila começou a ficar muito introspectiva a partir daí, não saía de frente do computador o dia inteiro, começou a escrever histórias e a criar um mundo só dela. No dia em que ela me permitiu ler as coisas que escrevia, fiquei emocionada. Não entendo nada de literatura, mas minha filha parecia ter talento e escrevia naturalmente, com uma facilidade impressionante.

A partir daí, ao invés de sair para a rua, os amigos e amigas dela é que começaram a frequentar nossa casa. Foi ótimo, todo fim de semana era festa, gente andando por toda a casa, pessoas rindo e se divertindo. Me lembrou da minha adolescência. Eu era uma loirinha magricela e desajeitada de olhos azuis e cabelos escorridos, que usava duas calças jeans (uma por cima da outra) para parecer mais bundudinha. Meu corpo só se modificou aos 19 anos, depois da gravidez da Camila. Estranhamente não fiquei com uma estria sequer. E ainda ganhei as ancas que tanto sonhava ter, quando adolescente, além de seios bem volumosos, com bicos mais amarronzados e salientes, do tipo que faz "farol aceso” nas blusas. Sem falsa modéstia, tudo isso somado a minha cinturinha fina e minhas pernas grossas faziam de mim uma balzaquiana enxuta e bastante desejável. Como eu sabia que era bonita e gostosa, usava calças de cintura baixa, bem justas, ou vestidinhos colados no corpo, e, claro, salto alto. Pois essa gostosura toda começou a incomodar Camila, que um dia me pediu que não vestisse roupas insinuantes assim nas festas com os amigos dela, pois alguns deles poderiam perder o controle e ficar mais salientes comigo depois de beberem um pouco. Aceitei o argumento dela, parei de me misturar ao grupo dela e passei a convidar Sirlei para as festas que rolavam lá em casa às sextas e sábados. Ficávamos nós duas recolhidas na cozinha, bebendo e recordando histórias de quando éramos jovens.

Numa dessas festinhas de sexta em casa, Sirlei me ligou avisando que estava com dor de cabeça e não poderia ir lá em casa. Eu, então, resolvi subir para meu quarto e tirar um cochilo. Mas antes fui até a sala conferir a bagunça que estava rolando entre os convidados de Camila, e ví uns garotos diferentes diferentes dos habituais, com um jeito bem viril. Gosto muito de homens mais jovens, gosto da pele macia, da virilidade, daqueles pintos que parecem feitos de concreto e nunca amolecem por completo. Bateu um flashback de um envolvimento que tive com o filho de uma amiga um ano depois que meu marido morreu. O menino tinha 14 anos. Nunca vou esquecer das explosões de tesão dele, daqueles poucos pelos recém nascidos no rosto, daquela pele branquinha e cheirosa. Ele ficava doidinho quando eu chegava de vestidinho curtinho e sem calcinha. Ele gostava de transar ouvindo as bandas barulhentas favoritas dele: System Of A Down, Papa Roach e Slipknot. Nunca ficava completamente pelado, transava usando boné e tênis AllStar. Eu odiava aquilo, mas deixava quieto, até porque, na hora H, quem dava as ordens era eu: “Me chupa... Me fode... Com força!” Eu tinha uma enorme satisfação ao ver aquele moleque alí em ponto de bala, me querendo, sabendo que ele poderia ter a menina mais linda que quisesse, mas preferia estar comigo. Aqueles eram os momentos em que eu recarregava minhas baterias. Nossa brincadeira acabou quando ele foi para Montréal em um intercâmbio. Depois dele, eu nunca mais me envolvi com meninos, apesar de nunca ter perdido o hábito de flertar levemente com eles.

Camila estava certa. Minha gostusura era um perigo naquelas festas. Meu tesão por meninos jamais se apagou, e em cada festinha que a Camila promovia eu sempre analisava de longe todos os “amiguinhos” dela. Um deles – que não estava lá naquela noite – tinha o dom de sempre me deixar nua só com os olhos. Eu adorava. Seu nome era Cleverson, um moreninho da pele clara, um pouco mais velho que Camila, talvez uns 18, 19 anos, com olhos verdes e braços fortes. Era bem saliente, ostentava várias tatuagens, e destoava um pouco dos demais. Um dia, quando fui levar uma bandeja de petiscos para eles na sala, senti Cleverson tocando de leve na minha bunda. Levantou para se desculpar e, de propósito, feito um tarado num onibus, roçou seu pinto na parte superior de minha perna. Me deixou louca. Sem-vergonha aquele menino.

Mas naquela noite eu estava cansada e, já que Sirlei não viria mesmo, subi para tomar um banho e me deitar. Tirei o conjunto de calcinha fio dental e sutiã com estampa de oncinha que estava usando por baixo da minha roupa, entrei no chuveiro quente por dez minutos e, depois de me enxugar, sentei num banquinho do banheiro para me depilar. Como estava com a pele bronzeada do verão, fui seguindo as marquinhas de biquini e desenhando com a lâmina um pequeno triângulo de pelos pubianos no topo da bucetinha. Ao redor dos grandes lábios, no entanto, eu depilava tudinho. Me sentia mais limpa e sensível assim, sem contar que adorava vislumbrar aquele “Big Mac” sempre que apontava meu espelho de maquiagem para minha bucetinha. Então, ainda coberta de espuma, escutei alguém bater na porta do quarto. Perguntei quem era. Ninguém respondeu. Mandei entrar, achando que fosse Camila. Então vesti meu roupão e saí do banheiro. Foi quando dei de cara com Cleverson, com a cara de sem-vergonha habitual, parado diante da porta do quarto.

“Oi tia! O que houve com a senhora?”

“Ai menino, quase me mata de susto, O que você faz aqui?”

“Vim ver se a senhora está bem”

“Estranho... não vi você lá embaixo, Cleverson”

“É... quando eu cheguei, a senhora estava subindo a escada... aí 15 minutos se passaram, a senhora não descia, então vim até aqui dar uma olhada se estava tudo bem.”

Olhei fundo nos olhos dele, dei um sorrido bem safado e disse:

“Fico feliz que você se preocupe comigo tanto assim, acho que isso merece uma recompensa...”

Desamarrei o roupão deixando que ele se abrisse sem mostrar meus seios, mas escancarando minha bucetinha recém-depilada ainda com marcas de espuma de barbear em alguns pontos. Peguei uma loção pós-depilação, entreguei o frasco nas mãos de Cleverson e disse.

“Acabo de me depilar, e sempre gosto de passar uma loção na pele para evitar irritações. Mas tem lugares que eu depilo onde eu não alcanço direito. Se você puder me ajudar, eu agradeço...”

Cleverson estava paralisado. Sua safadeza habitual ficou completamente subjulgada à minha. Mandei que ele se sentasse à beira da cama. Ele obedeceu. A seguir, aproximei minha bucetinha do rosto dele, soltei a faixa do roupão, abrindo-o por completo e o envolvi com ele. Senti sua língua lamber toda a minha região genital de uma maneira desenfreada, sem requintes de fodedor, seguindo apenas o instinto animal mesmo. Eu adoro atitudes impulsivas assim. Estava morrendo de saudades disso. Empurrei Cleverson para trás, fechei a porta do quarto, que estava entreaberta, e em um único gesto, deixei meu roupão cair no chão e fiquei completamente nua na frente dele. Andei em direção à cômoda e me agachei para pegar duas calcinhas, ambas minúsculas, uma preta e outra vermelha. Perguntei para ele:

“Qual das duas você acha que ficaria melhor em mim agora?”

Nesse momento, Cleverson recuperou um pouco da safadeza e disse:

“Eu confesso que estou na dúvida. Daria para a senhora provar as duas, por favor?”

Vestia uma a uma, desfilando diante dele para deixa-lo bastante excitado, e fiquei nua novamente aguardando uma resposta. Foi quando ele me surpreendeu:

“Continuo na dúvida. Daria para a senhora experimentar também a calcinha suada que estava usando antes do banho?”

Vesti o conjunto de oncinha suado e desfilei diante do olhar safado dele. Então ele disse:

“Acho que a vermelha vai ficar melhor em você. Mas tira esse conjunto de oncinha e dá um pouquinho aqui pra mim.”

Fiquei nua e entreguei a calcinha e o sutiã nas mãos dele. Ele começou a cheirar e a lamber as duas peças. Então, ficou de pé e me mandou sentar onde ele estava sentado antes. Acatei a ordem. Já sentada, libertei o pinto dele para fora da calça e comecei a bater uma punheta para ele alternando as mãos, segurando a calcinha preta e a calcinha vermelha durante a massagem.  Vez ou outra, encostava a ponta da minha língua na sua chapeleta, mas só para deixá-lo enlouquecido, sem engolir aquela jeba de ferro. Não parei de fazer isso enquanto ele não anunciou que iria gozar. Só então engoli seu pinto por inteiro, deixando que ele inundasse minha garganta com aquele dilúvio de esperma. Foi maravilhoso. Ao final, cuspi um pouco do gozo que engoli nas duas calcinhas que estavam nas minhas mãos, levantei, fui até a cômoda, guardei as duas na gaveta e disse a ele:

“Pronto, agora as duas estão prontas para usar. Mas não agora, claro...”

Fui em direção a Cleverson, arranquei violentamente as roupas que ele vestia, joguei-o na cama, vesti rapidamente uma camisinha no pau dele e aterrissei minha bucetinha nele, que já estava em riste novamente. Dei tantas chaves de buceta naquele menino que não sabia mais se ele estava gemendo de prazer ou de dor. Dessa vez ele demorou mais para gozar. Mas gozou. Pouco, mas gozou. Ao final, enquanto repousava, abri bem as pernas dele e comecei a chupar seu saco e seu pau. Mas quando enfiei o dedo no cu dele, ele reagiu mal. Disse a ele:

“Menino, deixa de ser bobo... isso faz parte da brincadeira...”

“Comigo não.. tô fora!”

Cleverson levantou, se vestiu e nem se despediu: simplesmente foi embora e nunca mais apareceu em casa nas festas de Camila. Soube depois que casou e entrou para uma dessas Igrejas Evangélicas. Para ele, devo ser o diabo em forma de mulher. Foda-se!

Contei para Camila o que aconteceu, e ela me disse que aquele menino era muito babaca, que não estava perdendo nada. Para minha surpresa, ela não reprovou o que eu fiz, e me liberou para voltar a usar minhas roupinhas justas nas festinhas dela. A partir daí, comecei a experimentar depois das festas algum amiguinho de Camila que me parecesse interessante. Camila, por sua vez, perdeu a inibição, seguiu meu exemplo e começou a devorar os meninos que a interessavam. Nossos quartos viraram um puteiro só. Fizemos swing inúmeras vezes. Até algumas surubinhas nós chegamos a promover por lá. Um dia ela chegou para mim e disse:

“Mãe, só te peço um favor: me consulte antes de comer esses meninos. Tem um deles que eu estou interessada e quero só para mim, daí combinar entre nós em quem vamos dar o bote, okay?”

Dei um beijo nela e concordei.

“Claro, filha.. perfeito!”

E então, quando ganhei essa viagem para a Bahia, Camila me disse:

“Vamos juntas, e vamos comer uns negões bem pintudos por lá! Já pensou que legal uma suruba só com negões bem suados?”

 Desnecessário dizer que eu adorei a ideia. E que o convite para Sirlei dançou. Contei uma história triste para ela, fazendo Camila de coitadinha. Mas sabe ela que de coitadinha Camila não tem nada. Somos duas ninfas bem safadas, isso sim. E tomara que nosso time continue batendo esse bolão por muito tempo.


Emmanuelle Almada tem 34 anos,
nasceu e vive em São Paulo,
e trabalha com Tecnologia da Informação.
Escreve desde muito pequena
e se iniciou na literatura erótica
por considerar sexo o único tema
relevante nos dias de hoje.
É casada com o empresário
e também escritor Ariel Almada.

1 comment:

  1. Temos que trabalhar todos os dias para aprender tudo que é necessário.
    Pessoas da mesma maneira que você, que compartilha o que sabe ajuda e bastante.

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