Sunday, January 14, 2018

CALLING DOCTOR LOVE #59 (por Odorico Azeitona, MD)



Caro Dr. Love:
Sou engenheiro civil mas tenho alma de arquiteto, e tempos atrás decidi reformular o apartamento em que eu e minha mulher vivemos. Perguntei a ela o que ela queria que nossa nova casa tivesse e ela disse: "Uma barra de pole dance... para dançar prá você, meu amor". Criei uma cama especial integrada a um palco com uma barra de pole dance e cercada de espelhos por todos os lados. Ela amou. No início fui abençoado com as melhores preliminares de toda a minha vida. Mas, com o passar dos meses, percebi que minha mulher ficava cada vez mais envolvida numa trip narcisista e passou a viver uma espécie de ardente caso de amor com ela própria. Nem queria mais trepar comigo, o que ela via nos espelhos já a satisfazia plenamente. Estou desolado. E pensando seriamente em chegar em casa um dia desses com um machado e uma marreta e destruir tudo o que projetei -- e que agora me faz tão triste. Faço isso, Dr. Love? (Gilsandro Gervitzz, Americana SP)
   
Caro Gilsandro:
Vá com calma, meu chapa...
Sua mulher deve estar vivendo
um momento de descobertas
e você vai ser um perfeito idiota
se cair na sandice de interferir nesse processo,
que pode ser meio delicado.
Aproxime-se dela, mas chegue de mansinho.
Não espere que ela venha até você,
ao menos, não nesse momento.
Descubra o que a está levando a agir assim
e tente reconquistar o seu lugar na vida dela.
Eu, no seu lugar, faria um curso de pole dance
e começaria a fazer strip-teases
diários para ela, só para ver como ela reage.
Duvido que ela não se sensibilize com seu esforço.
Considere isso, e veja o que acontece.
Boa sorte e boa fudelança!



Caro Dr. Love:
Meu nome é Marva, sou muito rica e muito gostosa desde minha juventude e sempre tive aos meus pés todos os homens e mulheres que desejei. Mesmo depois de sofrer um acidente de ski que me condenou a viver sentada numa cadeira de rodas para o resto da minha vida, continuei gostosona e com muitos homens e mulheres a meus pés. Devo ser um caso único no Planeta Terra de pessoa entrevada que permaneceu tão sexualmente ativa quanto antes do acidente. Claro que, para viabilizar isso, conto com o suporte de um grupo de enfermeiras que estão sempre a postos para me deixar sempre pronta para o sexo. Pois bem: acabo de completar 54 anos dia 1 de Janeiro e decidi que enquanto ainda estiver com tudo em cima não usarei mais roupas em casa e só sairei para a rua trajando lingerie bem provocante. Tenho causado tumulto em alguns Shoppings, e me divirto bastante com isso, mas acho também que ao levar homens e mulheres a sentir tesão por uma gostosona entrevada numa cadeira de rodas estou ajudando muitas outras pessoas que não se conformam com suas situações e ficam enfurnadas e deprimidas em casa. Estou certa, Dr Love? (Ramona Schwarbick, Jundiaí SP)



Cara Marva:
Você já se deu conta que deve proporcionar
experiências sexuais absolutamente únicas
às pessoas que se relacionam com você?
Você é uma Cleópatra Sobre Rodas.
Eu confesso que já trepei com mulheres
com defeitos físicos meio cabulosos,
e sempre me senti estranho fazendo isso,
mas juro que nunca vi uma uma mulher
que aceitasse esses defeitos físicos
com essa nonchalance que você esbanja.
Presumo que isso tenha levado anos de terapia.
Você se importaria se eu guardasse meus conselhos
para dar pessoalmente a você qualquer hora dessas?
Faça assim: mande seu chauffeur vir me buscar
aqui na redação de Leva Um Casaquinho.
Ou então venha até aqui, se preferir.
Quero ser seu súdito de pau duro,
ó adorável Messalina Sobre Rodas!
Tudo o que você precisa é de
uma piroca serelepe como a minha
colocando você no esquadro,
equilibrada pelos orifícios do prazer. 
Deal?



Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início de 2014.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como rapidamente se transformou
no conselheiro sexual menos ortodoxo
do lado de cá do Equador:
DOCTOR LOVE

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