Tuesday, December 27, 2016

AS "BOAZUDAS" DOS ANOS DE OURO DO CINEMA BRASILEIRO #03: ALCIONE MAZZEO




Alcione Mazzeo, atriz, descendente de portugueses e italianos, nasceu na cidade de Santos, São Paulo. Começou a carreira como modelo, aos dezessete anos.

Com um rosto marcante e um corpo belíssimo, passou a ser muito requisitada para ensaios de moda e capas de revistas. Na televisão, começou a atuar em programas humorísticos na Rede Globo, como Moacyr Franco Show, Satiricom, Praça da Alegria e Chico City.

Participou de seis novelas e alguns seriados televisivos, atuou em peças de teatro e em cinema. Alcione também já posou para a revista Playboy.

Estudou turismo, passando a trabalhar como guia receptivo no Rio de Janeiro, e em cerimoniais. É mãe do ator e humorista Bruno Mazzeo, fruto da sua união com Chico Anysio.























Comentários extraídos do blog do fotógrafo (e amigo de Alcione) Antonio Guerreiro:

- Cada idade tem sua beleza e Alcione Mazzeo tem todas as belezas de todas as idades, só que muito mais jovem! Ela é um mistério! (Rozzi Brasil)

- O tempo passa, mas Alcione continua tendo uma beleza ímpar! Dona de uma simpatia inigualável e um coração que abraça o mundo. Tenho a honra de conhecê-la e tê-la como uma pessoa muito especial na minha vida. (Livingstone Trobilio)





 




 Suas atuações na TV estão ligadas ao humor. Isto está na veia?

Comecei no cinema atuando em comédias; depois, em programas de humor da Rede Globo. Embora tenha feito também novelas, Casos Verdade, acredito ter ficado rotulada. Mas não tenho gênero preferido. Todo ator deve e precisa diversificar.

Sabemos que um dos seus papéis mais marcantes, foi a Maria Angélica. O que tem da Alcione na Maria Angélica (namorada do Bozó)?

A ingenuidade, o ser verdadeira, falar o que sente (hoje em dia aprendo a me calar quando devo).

Atualmente, o que tem feito na televisão?

Tenho gravado o programa Zorra Total, na Rede Globo.

E o cinema? Teremos chance de ver você nas telas novamente?

Espero que sim! Aguardo convites.

Você fez televisão, cinema e teatro. O que mais você gostou de fazer?

Gosto de todos, um complementa o outro. Mas o teatro é sempre um desafio. Ele permite uma interação maior com o público, uma troca de energia grande e com uma resposta imediata. O mais importante é atuar, estar em cena, não importando o veículo. Um ator precisa se desenvolver e se reciclar sempre.

Você se formou em turismo. Porque deixou o lado atriz para ser uma profissional de turismo?

Não deixei de lado a atriz - isso é o que sou e o que gosto de fazer. Mas quando meu filho foi morar sozinho, passei a ter mais tempo para mim e fui cursar uma faculdade. Escolhi turismo por ser diferente da minha área e ser compatível com minha idade. Atualmente, como todo brasileiro, preciso me virar para me sustentar – como os trabalhos na TV são esporádicos, trabalho em cerimoniais e como guia de turismo.

Você gostaria de voltar a atuar?

Gostaria de poder viver da minha profissão de atriz.

Sofreu algum tipo de preconceito?

Muitos. Quando ia nas agências de turismo fazer contato e oferecer meu trabalho as pessoas perguntavam: “Chico Anysio não te dá pensão? Você não quer mais trabalhar na Globo?”

Se tivesse a oportunidade de recomeçar a vida, seria diferente?

Seria muito diferente – não perderia as oportunidades que perdi. Faltou-me orientação.

Sendo uma mulher bonita, quais os cuidados que você tem com o corpo?

Procuro ter uma vida sadia. Bebo muita água, como frutas, verduras e estou sempre me exercitando. Durmo bem e procuro manter o alto astral.

E a vida amorosa como está?

Querendo encontrar um amor.

Como é envelhecer pra você?

Há perdas e ganhos. As Perdas são físicas: - a pele já não tem a mesma rigidez, o mesmo viço, nosso condicionamento físico já não é mais o mesmo. Tenho a preocupação de me manter saudável (corpo e mente), mais do que combater os efeitos do tempo em minha aparência. Morro de medo de me tornar dependente, seja física ou financeiramente. Além disso, a sociedade passa a te tratar diferente, são menos as oportunidades. Os Ganhos são pessoais: - a gente se conhece melhor, aprende a relevar, a não sofrer por bobagem e a se calar, se torna mais segura, mais tranqüila e menos ansiosa. 

Todos os comentários feitos por amigos ou fãs, em alguma matéria ou notícia a seu respeito, são maravilhosos! Falam de uma pessoa muito amiga, amável, querida, linda e por aí vai... 

Sou amiga e generosa, gosto de ajudar as pessoas. Dou atenção a elas, acredito que todo artista tem a missão de levar alegria às pessoas. Gosto de gente, sou grata pelo carinho que me dão e procuro retribuir.

Qual é a sua filosofia de vida?

Amor, consideração, compaixão e solidariedade pelo outro. Respeito pela natureza: a gente tem que fazer a nossa parte. O mundo seria bem melhor se houvesse maior igualdade social, se todos nós tivéssemos um lar, assistência médica, alimentação saudável. Sem falar no acesso à cultura...

Você se considera uma Plena Mulher?

Longe de ser! Porém o importante é não perder a fé, perseverar sempre, aprender com os erros, e manter viva a criança que existe dentro da gente.











FILMOGRAFIA
1973 - Amante Muito Louca
1973 - O Descarte
1974 - O Exorcismo Negro
1975 - O Estranho Vício do Dr. Cornélio
1975 - Cada um Dá o que Tem (Episódio: "O Despejo")
1976 - Tem Folga na Direção
1976 - Tangarela, a Tanga de Cristal
1980 - O Incrível Monstro Trapalhão
1981 - A Mulher Sensual
1982 - Perdida em Sodoma
1987 - Banana Split
2001 - Suicídio, Nunca (curta-metragem)
2007 - Um Encontro Inesquecível (curta-metragem)
2011 - Surferssauros - Os Tubarões de Copacabana
2011 - Agamenon, o Filme






Quem quiser conhecer melhor a vida artística de Alcione Mazzeo, recomendo a leitura do dicionário ASTROS E ESTRELAS DO CINEMA BRASILEIRO, publicada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo na Coleção APLAUSO.


Apesar da edição não estar esgotada, o livro é meio difícil de encontrar nas livrarias.

Mas a versão versão PDF do livro pode ser baixada gratuitamente AQUI, direto do portal da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, assim como todos os outros volumes da Coleção APLAUSO, coordenada por Rubens Ewald Filho e editada por Marcelo Pestana e Carlos Cirne.



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